9 razões para persistir quando as coisas insistem em dar errado
Eu estava meditando,
 já há alguns dias, que precisava escrever novamente sobre motivação. 
Apesar de gostar de escrever sobre vários assuntos, a motivação é algo 
que me traz muito prazer em escrever. Uma coisa que os leitores não 
devem fazer idéia ou ter noção é que nós que escrevemos… ops, não 
conheço outros que escrevem sobre motivação para falar em seu nome… 
Reformulando: eu que escrevo sobre motivação também tenho meus momentos “down“, pra baixo. Inclusive, fim do ano e começo deste (2011) foi um ano em que praticamente desisti de viver, perdi o prazer de viver. Sim, é verdade, passei por isso, e olha que não é a primeira vez que sofro disso.
Mas, calma, não quis me suicidar, nada disso, apenas
 achei que a vida tinha perdido o sentido ou que ela não tinha mais 
atrativos para mim. Não é estranho isso? Tenho uma esposa maravilhosa, 
trabalho no órgão que queria, num cargo cobiçado e desejado, meu 
ambiente de trabalho é agradável, mas… pra mim, nada disso parecia ser 
relevante. Você já experimentou a sensação [desagradável] de gostar de 
uma comida e, de repente, ela perder o sabor, como se o gosto dela 
sumisse? Pois é, pois foi, aconteceu comigo.
Certa
 feita, conversando com um colega que é professor de cursinho, bem 
requisitado e bem conceituado, comentei que estava meio desanimado. 
Então ele olhou pra mim com certo espanto (se não foi, fingiu bem) e 
soltou a bomba: “mas como uma pessoa que escreve sobre motivação pode 
ficar desmotivado?”. De fato, a pergunta dele me pegou em cheio, mas… 
respondi: “e como vou escrever sobre como vencer o desânimo e a 
desmotivação se eu não passo por isso, pra saber como é?”. Xeque, chefe.
 Ele concordou, e eu fiquei pensando: será que sou minha própria cobaia 
de meus textos? Talvez sim.
Sequência do processo:
decepção > frustração > desânimo > depressão > desistência >>> morte
Mas,
 lendo o texto seguinte, hoje, Deus iluminou minha mente para mudar esse
 quadro, e vou lhe dizer algo que pode mudar o quadro de sua vida. Sabe,
 às vezes nos esquecemos ou fazemos questão de negligenciar, mas as derrotas são ótimas professoras. Duvida? Então leia e, se não mudar mesmo, pode deixar sua crítica.
Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado [1]; mas uma coisa faço [2], e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam [3], e avançando [4] para as que estão diante de mim [5], Prossigo para o alvo [6], pelo prêmio [7] da soberana vocação [8] de Deus em Cristo Jesus [9]. (ênfases minhas)
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1. Insatisfação com o comodismo
Quando
 Paulo afirma que julga ainda não ter alcançado aquilo que ele poderia e
 que deveria alcançar, eu fico a pensar o que estava lhe faltando, 
tirante os problemas e perseguições, que lhe eram constantes. Afinal, 
ele era um gigante espiritual, e já poderia dizer que havia chegado ao 
topo, ao auge. Esse é o problema: quando achamos que chegamos ao nosso 
máximo, estamos abrindo espaço para que o desânimo faça guarida em nossa
 vida.
Para
 que nossa vida continue crescendo, precisamos desenvolver uma salutar 
insatisfação contra a mediocridade e o comodismo. Eu me lembro que após 
ver que havia passado no concurso do DNIT, em 2006, sem estudar tanto o 
que deveria e que podia, vi-me, ali, descobrindo que poderia ir mais 
longe, que era possível atingir um outro nível, se eu me esforçasse 
mais. A partir dali, não sosseguei até atingir meu potencial, até chegar
 ao ponto de dizer: dei meu máximo, fiz o que pude. Tem um verso na 
Bíblia que diz: “faça conforme as tuas forças“, e isso 
significa que Deus não exige de você além daquilo que você é capaz. Mas,
 também quer dizer que Ele não fica satisfeito quando você fica 
acomodado e aquém do que pode alcançar.
Enquanto
 você estiver enredado no canto da sereia do comodismo, você nunca vai 
chegar ao seu destino, nunca será aquilo que alguém lhe disse um dia, 
que você tinha um futuro brilhante e promissor. É momento de levantar a 
cabeça e sacudir essa poeira da acomodação e partir para um novo desafio, independentemente do que você espera – ou não – encontrar pela frente.
Justamente
 por não me acomodar é que passei, depois disso, no concurso de 
Administrador do Estado de Mato Grosso, analista administrativo da 
Advocacia-geral da União, Tribunal Regional Federal 1ª Região, 
Ministério Público da União e, por fim, analista da Controladoria-geral 
da União. E se eu tivesse me acomodado, jamais saberia que poderia ir 
mais longe. E você, está pronto para tentar mais uma vez?
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2. Planejar é bom, mas executar é essencial
Preste atenção no que Paulo disse: “uma coisa faço“. Existe uma frase que diz muito com poucas palavras: “quem falha em planejar, planeja para falhar“.
 É verdade. Mas, ficar só no planejamento, só no projeto, também não 
leva a lugar algum. Muitas pessoas são capazes de fazer grandes 
projetos, mas incapazes de colocá-los em prática, e se frustram do mesmo
 jeito. Você deve conhecer pessoas craques em planejar, em fazer 
projetos lindos e maravilhosos, mas na hora de tirar do papel… é só 
frustração e decepção. Eu não sei porque as pessoas são assim, só sei 
que EU não quero ser assim.
Eu já escrevi sobre como planejar de forma adequada um projeto para passar em um concurso público,
 mas de nada adianta colocar no papel, mas deixá-lo lá, ou seja, não 
tirar do papel, é apenas iludir-se. Quando eu pensava nisso para 
escrever, pensei exatamente isso: estou colocando minhas idéias no blog 
justamente para você tirá-las do papel. Captou, né? risos
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3. Superação dos reveses passados
É
 muito provável que você já tenha passado por isso: ficar prostrado e 
abatido por conta de situações de seu passado que deixaram marcas e 
feridas, não é mesmo? Todos enfrentamos situações que nos marcam
 e, às vezes, as marcas são mais profundas do que desejaríamos que 
fossem e temos coragem de admitir. Até aí, tudo bem, tudo normal. O 
problema é quando deixamos que essas coisas atrapalhem nossas vidas e 
emperrem nossos sonhos.
É
 muito comum encontrar pessoas que carregam fardos do passado e deixaram
 crescer raízes de amargura em suas vidas. Essas raízes, que têm sua 
origem no passado, amarram nosso presente e comprometem nossos projetos 
futuros. Solução? Pare de sofrer por causa de seu passado! A frase de 
Paulo “esquecendo-me das coisas que para trás ficam” é a deixa para olhar para o futuro, viver o presente e deixar o que ficou no passado para trás.
 Não se engane, guardar amargura só fará com que seu presente se torne 
insosso e seu futuro seja menos doce. Por que ficar carregando um fardo 
sem necessidade?
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4. Não pare no meio do caminho
A frase que contém a palavra avançando também merece atenção. Agora que você já deve estar convencido a deixar o passado para trás, não fique parado, não senhor! É momento de avançar,
 porque é pra frente que se anda, e seus alvos, ah… seus alvos! Onde 
estão eles? Claro, estão em sua frente, certo? E o que você deve fazer 
para alcançá-los? Avançar.
Compreendeu
 o que acabei de dizer? Não basta parar de olhar no retrovisor da vida, 
com medo de ser alcançado por seus medos e temores, como se estivesse 
sendo perseguido por um sabujo (cão farejador), você tem que aproveitar o
 fato de estar economizando suas energias, que eram antes canalizadas 
para esconder-se dos fracassos pretéritos, e investi-las na conquista 
daquilo que realmente importa: seu projeto de vida futuro. Você já ouviu
 falar de alguém que atingisse seus objetivos parando no meio do 
caminho?
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5. Não perca o foco
Sabe
 quais são os principais motivos de fracasso? São a falta e a perda de 
foco. A falta de foco é o que ocorre quando você NÃO tem foco, ou seja, 
não sabe bem ainda o que quer. Já a perda de foco é quando você JÁ sabe o que quer,
 mas se deixa levar  pelas circunstâncias e acaba por desviar de seu 
objetivo ou colocá-lo em segundo plano. Ambas as coisas são ruins, e não
 sei dizer qual é a pior.
Quando
 Paulo disse que avançava, ele não o fazia sem rumo certo, pelo 
contrário, ele tinha uma direção a seguir: para frente. E como ele sabia
 que deveria ir em frente? Porque ele via, diante de si, aquilo que ele 
deveria atingir. Você sabia que, muitas vezes, as coisas estão bem 
diante de nossos olhos, bem “debaixo de nosso nariz” e não conseguimos 
vê-las? Nesses momentos, é necessário contarmos com o apoio de alguém de
 fora que venha a nos ajudar a recuperar a calma, olhar sem afobação e assim podermos enxergar a saída. Se você quiser ser um vencedor, mesmo que a torcida esteja apostando em seu fracasso, não perder o foco é primordial.
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6. Defina, de forma realista, seus alvos e metas a serem atingidas
Como
 administrador (formado, não atuante), já estudei alguma coisa sobre o 
poder das metas, e sei que uma pessoa sem metas é alguém que qualquer 
caminho serve, já que ela não sabe onde quer chegar. E isso é muito 
importante para que não se perca o foco, afinal, como permanecer focado 
sem um alvo fixo e uma meta estabelecida? Não tem como.
Todavia,
 a definição das metas deve obedecer a alguns parâmetros, senão isso 
pode ser um fator de desmotivação, ao invés de motivação. Estranho, não é
 mesmo, que meta possa vir a ser desestimulante? Pois é, mas converse 
com vendedores em fim de mês, com gerentes de banco e outros 
profissionais que 
morrem
vivem de bater (ou não) metas! Sinta o drama.
morrem
vivem de bater (ou não) metas! Sinta o drama.
Mas, pra você cair nessa armadilha, trace suas metas
 assim: objetivamente, realisticamente, satisfatoriamente e respeitando 
suas limitações, de modo que não sejam inatingíveis. Fazendo assim, 
você, ao se esforçar ao máximo, poderá até se dar ao luxo de superá-las!
 De outra feita, ficará frustrado ao não atingi-las. Você tem metas? 
Elas obedecem aos parâmetros citados?
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7. Visualize a recompensa prometida
O
 que vou dizer agora não é unanimidade entre os motivadores. Aliás, nem 
posso me considerar um motivador: não dou palestras, não ganho dinheiro 
com isso e não tenho fama e prestígio (sem bem que prefiro Chokito… 
risos). Em suma, o que vou dizer pode ser – ou não – útil pra você. 
Avalie e faça uso por sua própria conta e risco.
Já
 vi muitos concurseiros experientes dizerem que você pode colocar a 
cópia de um contracheque do cargo que você quer ocupar, o carro que você
 quer comprar, a viagem que você almeja fazer, etc., na sua frente 
enquanto estuda. Não nego que isso é uma motivação a mais, e acrescento:
 comece a se ver fazendo aquilo que você está projetando conquistar, 
para que, nos momentos de incerteza, você possa olhar para frente e 
dizer a si mesmo: não vou desistir, eu tenho um sonho.
Acabei
 de dizer aos meus alunos adolescentes da escola dominical: os irmãos de
 José ficaram com inveja porque ele sonhou coisas da terra, e logo 
depois ele sonhou com as coisas do céu. Quer saber? Sonhe mais alto, 
sonhe mais longe, sonhe mais, seja ousado. Quando decidi que queria 
trabalhar na Controladoria-geral da União, agendei um dia e fui 
conversar com um rapaz que trabalhava lá e a quem admirava. Ao chegar e 
cumprimentá-lo, fui olhando como era o local de trabalho e disse na 
bucha: “no próximo concurso pode me esperar, porque eu vou vir trabalhar
 aqui!”. E é onde estou hoje.
Tive
 um professor (também pastor) português que nos contou um pouco de sua 
história. Ele disse que foi em uma faculdade fazer a entrevista para 
ingresso (vestibular de lá) e a entrevistadora fez as perguntas de praxe
 e lhe questionou o que ele fazia e tal. Ele respondeu que era pastor 
evangélico. Ela então disse: “por que você está aqui? nós não temos interesse em pastores sendo nossos alunos!”. Sabe o que ele pensou? “Bem, se eles não me querem como aluno, quem sabe como professor?”. E ele estava no Brasil justamente para ministrar aulas por aquela faculdade que o rejeitou como aluno.
E você, tem recuado diante das críticas e palavras desanimadoras que ouve? Que tal sonhar mais alto, ou já desistiu de seus sonhos?
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8. Descubra sua vocação, invista e insista nela
Uma
 das críticas que sempre faço aos que querem estudar para passar em um 
bom concurso é que não devem olhar apenas para o salário, mas para o 
conjunto. Não se pode isolar um elemento de seu contexto natural e 
querer que as coisas funcionem como se estivessem desligadas umas das 
outras. Uma atividade a ser desempenhada é semelhante a comprar um 
carro: o carro pode ser ótimo, mas se assistência técnica e peças for 
deficiente, você está com uma dor-de-cabeça nas mãos.
Assim,
 é preciso que, antes de tudo, você descubra aquilo que você gosta e se 
sente apto a fazer com qualidade e satisfação, sabendo que todo aquele 
esforço deve trazer recompensa e gratificação, e não desilusão e 
insatisfação. Depois que você descobrir sua vocação, aquilo que você 
realmente quer na vida, é momento de investir nela, de buscar trazer à 
realidade aquilo que existe apenas em sua mente. Mas, descobrir e 
investir em sua vocação nem sempre são suficientes para que o sucesso 
torne-se real: às vezes, é preciso insistir em sua vocação.
Sabe,
 as dificuldades também são um filtro para nos mostrar se estamos mesmo 
convictos daquilo que queremos para nossa vida. São as dificuldades que 
vão nos mostrar o quanto queremos, de fato, algo. Já passei por várias 
situações assim, e me lembro de uma em especial, quando estava pensando 
em desistir, mas levantei a cabeça no último instante e disse a mim 
mesmo: eu vou até o fim, dê o que der, haja o que houver, não vou 
desistir. Naquele momento, a única coisa que contava era não desistir, 
não parar. Mas, para minha surpresa, venci. Venci porque não desisti.
Paulo,
 apesar de ter sofrido horrores, não desistiu, pois fazia aquilo para o 
qual, literalmente, fora chamado. E você, já descobriu qual é o seu chamado (vocação)?
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9. Eleja um modelo para nele se espelhar
Isso é um pouco constrangedor: falar de modelos a serem seguidos.
 Aqui no Brasil, infelizmente, vemos uma profusão de maus exemplos 
permeando a política, o governo, a polícia e as lideranças religiosas. 
Nossos jovens, às vezes, sentem-se perdidos ao procurar um modelo a 
seguir. Nas favelas, não é raro encontrar as crianças querendo ser 
bandido ao invés de mocinho, quando crescer. Os exemplos de 
enriquecimento fácil e ilícito deixam nossos jovens desnorteados, e 
muitos se perguntam por quê ser honesto e trabalhador se são os bandidos
 que se dão bem.
Mas,
 para que você seja uma pessoa bem-sucedida e feliz, seu futuro está 
atrelado àquilo que você fará no futuro. A história tem comprovado que 
não basta ser rico e poderoso para ser feliz. Ser feliz é muito mais do 
que isso e, não raras vezes, muito diferente disso. Escolha um modelo a 
seguir que lhe dê segurança de que você fez a escolha certa, e que tanto
 ao final de sua carreira como de sua vida, você olhará para trás e 
dirá: valeu a pena.
Paulo
 escolheu Jesus como modelo a seguir e, mesmo tendo vivido uma curta 
vida de perseguições e tormentos, ele encerrou suas palavras dizendo “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”.  2 Timóteo 4:7.
 Logo mais, ele perderia a cabeça, mas não perdeu a esperança. É disso 
que estou falando, que você faça suas escolhas sabendo que um dia vai 
olhar para trás e pesar sua existência na balança da vida. Depois que as
 coisas supérfluas caírem, ainda sobrará alguma coisa de que se 
orgulhar? Se não, a vida passou, mas você não a viveu como deveria e 
podia.
Escolha bem o modelo que deseja seguir hoje, porque nesses dias de BBB
 e de jogadores-problemas, que jogam sua carreira, seu talento e seu 
futuro na lata do lixo da mídia e da história, você tem muito a perder 
se fizer as escolhas erradas. É a sua vida que está em jogo, ou você já 
se esqueceu disso?
- 
Conclusão
Um dia, vai chegar sua oportunidade, vai chegar sua vez. Não é preciso ter pressa,
 sabia? A opção é simples: não desistir, mas sim persistir e prosseguir,
 mesmo que as coisas não estejam saindo do que planejamos ou desejamos. É
 melhor que a oportunidade, quando chegar, não nos pegue desprevenidos e
 despreparados, mas prontos para aproveitá-la e saboreá-la.Que tal?
Fonte: http://wallysou.com 







 
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