26 de abr. de 2010

SOB A TUA PALAVRA LANÇAREI A REDE


"Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes. Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes. Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes. Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique... Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens" (Lucas 5.1-7 e 10).

A tarefa prioritária da Igreja e de seus membros é ganhar pessoas para Jesus, pregar o Evangelho, envolver-se com a obra missionária. Qualquer outra atividade pode ser interessante ou importante, mas deve sempre ter posição secundária em relação a essa tarefa principal. O mais importante é que a Igreja de Jesus cresça, de modo que o Senhor, como recompensa pelo Seu sofrimento, possa a cada dia acrescentar à Sua Igreja os que forem sendo salvos, para que se complete a plenitude dos gentios (Rm 11.25). Alguém disse certa vez: "Aquilo que é bom é inimigo do que é melhor". Portanto, não devemos gastar nosso tempo com a coisas que nos parecem boas, esquecendo o que realmente é o mais importante, o que é prioritário aos olhos de Deus.

Precisamos sentir um peso no coração!

"Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a Palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; e viu dois barcos junto à beira do lago..." (Lc 5.1-2). Quando o Senhor Jesus viu a multidão que O apertava para ouvir a Palavra de Deus, Ele ficou profundamente comovido. Por isso Ele buscou imediatamente uma maneira de transmitir-lhe a Palavra, olhando em volta à procura de um barco.

Ainda percebemos que sempre há um "aconteceu que"? Ainda notamos as oportunidades? Será que estamos atentos quando algo acontece, quando surge uma situação que pode dar a chance de falar de Jesus? Quantas possibilidades de alcançar as pessoas com o Evangelho de Jesus surgem em um único dia! Por exemplo, ao distribuirmos um folheto, ao fazermos uma visita, durante um encontro na rua, no ônibus, etc. A Bíblia Viva diz: "Ele me faz andar pelo caminho certo para mostrar a todos quão grande Ele é" (Sl 23.3). "Aconteceu que..." Esses são momentos especiais preparados por Deus para falarmos do Seu amor às pessoas. Às vezes nem é necessário muita coisa para transmitir alívio e ânimo ao nosso próximo: "O olhar do amigo alegra o coração; as boas-novas fortalecem até os ossos" (Pv 15.30).

Será que estamos à procura de oportunidades para levar a mensagem libertadora do Evangelho de Jesus Cristo aos que nos cercam? Sentimos a nossa responsabilidade neste sentido? Ainda somos impelidos a clamar de joelhos, com fé, a implorar ao Senhor Todo-Poderoso pelas pessoas em nossas famílias, em nossa vizinhança, a orar pelos nossos colegas de trabalho e de aula, intercedendo para que se convertam?

Quando o Senhor Jesus Se encontrava às margens do lago de Genesaré, as pessoas O escutavam com muita atenção: "...ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus..." Entretanto, não apenas naquela época, mas também hoje – quando a vinda de Jesus está próxima – o tempo continua sendo de colheita: ainda hoje as pessoas têm fome de ouvir a Palavra do Senhor. De modo nenhum devemos pensar que as pessoas não querem mais saber da Palavra de Deus. Em nossos dias, quando as atenções são absorvidas pelos meios de comunicação e pelos mais diversos tipos de lazer, deveríamos mesmo assim ver nas pessoas ao nosso redor uma multidão que se aperta para ouvir a Palavra de Deus. Pois os homens têm em si a busca pela verdade e pela paz completa. Por isso, todos são impelidos, consciente ou inconscientemente, em direção a Jesus, que é a verdade e quer tornar-se a nossa paz (Jo 14.6; Ef 2.14). Ainda estamos conscientes de que qualquer pessoa em toda a terra necessita de Jesus porque – sem Jesus – está perdida em seus pecados não perdoados?! O fato de que hoje em dia um incontável número de pessoas busca tantas correntes religiosas e filosóficas, é apenas mais uma prova de que elas anseiam ouvir a verdade em algum lugar. E justamente para isso é que Jesus quer usar-nos!

O Senhor procura por pessoas dispostas

Em Lucas 5.1-3 lemos: "...estava ele junto ao lago de Genesaré; e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes. Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastassem um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões." Para cumprir a Sua tarefa de salvar os perdidos, o Senhor quer usar pessoas que já foram salvas por Ele. Naquele tempo Ele estava junto ao lago para dar o pão da vida aos ansiosos e famintos. Ele usou homens e também o barco de Pedro para levar a Sua Palavra às pessoas: "Entrando em um dos barcos, que era o de Simão..."

Como o Senhor quer usar-nos? Ele nos usa quando pode dispor daquilo que nos pertence. Jesus entrou "...em um dos barcos, que era o de Simão...", mas então "pediu-lhe que o afastassem um pouco da praia." Ele quer usar toda a nossa vida – com tudo que somos e tudo que temos – em Sua causa, para que pessoas perdidas sejam eternamente salvas.

Mas Ele não obriga ninguém a dar-Lhe qualquer coisa. Ele apela à nossa vontade livre. Onde consegue ser ouvido, onde pessoas atendem aos Seus pedidos, outros passam a ser ricamente abençoados, e os próprios doadores voluntários terão superabundância. Cada um de nós é, individualmente, um desses pequenos barquinhos que o Senhor da seara quer usar.

Olhando para o que realmente importa

Está escrito: "...mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes. Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões" (Lc 5.2-3). Esses pescadores estavam ocupados com suas atividades do dia-a-dia, eles estavam realizando uma tarefa necessária, pois "lavavam as redes." Isso faz parte do trabalho de um bom pescador. Apesar disso, o Senhor Jesus tirou-os desse trabalho necessário e fez com que seus olhares se voltassem para um trabalho muito mais importante.

Às vezes Jesus quer arrancar-nos das circunstâncias normais da vida para usar-nos em Sua causa. Freqüentemente ficamos envolvidos pela rotina do cotidiano, preocupamo-nos com a infra-estrutura das nossas vidas e temos à nossa frente uma lista do que precisa ser feito "sem falta". Será que Jesus pode frustrar nossos planos e fazer-nos parar, tirar-nos do trabalho costumeiro e colocar-nos numa atividade que é a mais importante para Ele? Talvez, justamente neste momento, a irmã deveria visitar sua vizinha e deixar para outra oportunidade o trabalho de passar roupa? Pode ser também que em algum momento do dia você tenha a impressão que deve interceder por esta ou aquela pessoa. Então deixe o trabalho, e ore! Será que aceitamos essas interrupções que o Senhor coloca em nossas vidas? Ou fazemos o nosso devocional durante um certo período pela manhã, e depois nenhuma atividade para o Senhor cabe mais em nossa agenda?

Escutar a voz do Senhor e obedecer freqüentemente é mais frutífero do que todo o nosso trabalho. Pedindo a Pedro que "afastasse [o barco] um pouco da praia", Jesus tirou também os outros discípulos do seu trabalho de lavar as redes e eles tiveram que voltar ao barco.

Comunhão pessoal com Jesus

Antes que o Senhor Jesus alcançasse a multidão, Ele "entrou em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia." O período que Pedro gastou afastando-se com Jesus da praia foi um tempo em que ele esteve a sós com Jesus. Isso foi extremamente importante para ele.

Também para nós esses momentos têm o maior significado. Estar a sós com Jesus, "um pouco afastados da praia", a hora silenciosa com o Senhor, não é o cumprimento de um dever, mas algo necessário para podermos respirar espiritualmente. Esses são os períodos mais frutíferos para nós, pois eles permitem que alcancemos outras pessoas com a mensagem da salvação e passemos adiante as bênçãos recebidas.

Indo mais longe

Depois que Jesus havia ensinado a multidão que estava às margens do lago, "disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes. Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes" (Lc 5.4-6).

A ordem do Senhor a Pedro: "Faze-te ao largo", aparece na Bíblia Viva como: "Agora saiam mais para o fundo". O Senhor está interessado em ampliar as fronteiras, em expandir sempre mais o Evangelho. Precisamos pensar em alcançar cada vez mais pessoas, não devemos deixar de remar, de avançar mais para o fundo no mar das nações. Temos que parar somente onde o Senhor mandar fazê-lo, e ali devemos lançar as redes.

Não deveríamos poupar esforços no sentido de continuar procurando oportunidades para cumprir a tarefa prioritária da Igreja de Jesus. Mas isso também exige confiança total nas promessas da Bíblia.

Confiança inabalável em Jesus

"Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes" (Lc 5.5). Pedro superou todas as objeções humanas, todos os argumentos racionais, e até sua própria experiência, dizendo: "...mas sob a tua palavra lançarei as redes." Existem milhares de argumentos, sentimentos, razões e conselhos humanos que poderiam nos deter, que nos dizem que basta, que nos aconselham a não lançar as redes e a ficarmos acomodados. Podemos pensar: não faz sentido continuar orando por esta ou aquela pessoa, – pois parece que sua vida fica cada vez pior! Mas, apesar de tudo, há um argumento decisivo para avançar e tentar alcançar ainda mais pessoas, e este argumento é a Palavra de Deus – que nos ordena que devemos ir. Jesus prometeu: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto... pregai o evangelho a toda criatura... E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28.18-19; Mc 16.15; Mt 28.20). "Porque a Tua palavra o diz, Senhor, eu oro. Sob a Tua palavra, eu vou, pois não tenho outra coisa em que possa confiar. Pessoas nos decepcionam, mas sob as ordens da Tua palavra eu obedeço e vou!"

Pedro ousou confiar na palavra de Jesus. Ele lançou as redes e não se arrependeu: "Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes... Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens" (Lc 5.6 e 10).

Até que amadureça em um coração a firme convicção de não mais olhar para a esquerda ou para a direita, mas de simplesmente agir sob a palavra de Jesus, é preciso ter fé. Deus não apela às nossas emoções, nem à nossa imaginação, Ele apela à nossa vontade. A respeito disso li recentemente:

"Eu gostaria" – "Logo farei" – "Estou fazendo"

Essas três expressões representam três tipos de pessoas. Não é difícil adivinhar para quem valem as promessas divinas e quem será bem-sucedido em sua vida de fé.

"Eu gostaria" – Quem se expressa assim, mostra saber que sua vida não está em ordem, demonstra que tem anseios de viver "outra vida", gostaria de deixar de lado todas as dúvidas e inverdades, mas não consegue tomar uma decisão clara. Tais pessoas não querem realmente. Elas ficam desejando mudar sem conseguir sair de sua situação.

"Logo farei" – Há o reconhecimento de que não se pode continuar do mesmo modo, é preciso deixar a indefinição de lado, toma-se uma decisão – mas ela fica para depois. Não se ousa executá-la, procura-se uma maior certeza. Tais pessoas "consolam" a si mesmas e às outras com promessas, mas não avançam, e finalmente são infelizes por não alcançarem o objetivo.

Ao contrário, quem diz "estou fazendo" não fica só nos desejos e anseios, mas toma uma decisão firme e dá passos concretos.

Foi o que Pedro fez quando Jesus colocou-o diante da decisão. Primeiro ele pronunciou o grande "mas" de sua vida, porém, depois foi: "...mas sob a tua palavra lançarei as redes." Milhões de pessoas já seguiram as ordens de Jesus – quanto antes nós também o fizermos corajosamente, tanto antes Ele poderá receber-nos em Sua comunhão e usar-nos em Seu serviço.

Jesus espera por estas duas pequenas palavras em nossa vida – agora e sempre: "estou fazendo..."

Tornemo-nos pessoas que, "sob a Sua palavra", deixam-se chamar para a amplitude e a profundeza das possibilidades de Deus! Somente quando damos passos firmes "sob a Sua palavra" tornamo-nos verdadeiramente pescadores de homens!

Um pescador...

Um pescador conhece os peixes

Ele sabe em que águas se encontram, ele conhece seus hábitos, ele sabe onde se escondem. Alguns se encontram em águas profundas, outros em águas rasas. Alguns nadam sozinhos, outros em cardumes.

Um pescador conhece as épocas

Ele sabe quando é hora de sair para a pesca e quando deve esperar. Nem toda hora é hora de pescar. Há horários em que é inútil lançar a rede. Há horários em que os peixes vêm por si mesmos. Por isso o pescador precisa saber e observar a hora certa para pescar.

Um pescador conhece os seus instrumentos de trabalho

Existem diferentes maneiras de pescar, que exigem apetrechos diferentes. Para certos tipos de peixes usa-se o caniço, enquanto outros são pescados com redes. Um pescador decide se vai levar o anzol ou o arpão para pescar. E ele sabe lidar com todos estes apetrechos e instrumentos.

Um pescador não deve ser visto

Ele não deve chamar a atenção. Ele não faz barulho ou movimentos bruscos. Ele não agita a água. Nem a sua sombra deve projetar-se na água. Um pescador não deve expor-se em seu trabalho. O importante não é o próprio pescador, mas o que ele faz.

Fonte: Chamada da Meia Noite

ARREBATAMENTO E SEGUNDA VINDA

Distinção Entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda
“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras... Certamente, venho sem demora” (Ap 22.12,20).

O encontro nos ares

Essas palavras, as últimas de Cristo que foram registradas por escrito, confirmam Sua promessa anterior: “...voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.3). Paulo faz referência ao cumprimento dessa promessa: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, ...e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; ...depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).

Como resposta a essas promessas de Cristo, “o Espírito e a noiva dizem: Vem!” (Ap 22.17); ao que João adiciona, jubilante: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20b). Quem é essa Noiva? Após declarar que esposo e esposa são “uma só carne”, Paulo explica: “Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.32).
A qualquer momento

As palavras de Cristo, do mesmo modo como as de João, do Espírito e da Noiva, não fariam sentido se essa vinda para levar os crentes para Si mesmo tivesse que esperar a revelação do Anticristo (perspectiva pré-ira) ou a consumação da Grande Tribulação (perspectiva pós-tribulacionista). Uma vinda de Cristo “pós-qualquer coisa” para Sua Noiva simplesmente não se encaixa nessas palavras das Escrituras. Afirmar que a Grande Tribulação deve ocorrer primeiro, para que o Espírito e a Noiva digam: “Vem, Senhor Jesus”, é como exigir o pagamento de uma dívida que vai vencer somente em sete anos!

Um Arrebatamento “pós-qualquer coisa” vai contra várias passagens das Escrituras que demandam claramente a vinda de Cristo a qualquer momento (iminente). O próprio Jesus disse: “Cingido esteja o vosso corpo, e acesas as vossas candeias, sede vós semelhantes a homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a). Esse mandamento seria ridículo se Cristo pudesse vir para o Arrebatamento apenas após os sete anos da Tribulação.

A vinda que a Noiva de Cristo tanto deseja levará à ressurreição dos mortos e à transformação dos corpos dos vivos. Isso fica bem claro não somente em 1 Tessalonicenses 4, mas também através de outras passagens: “...de onde (os céus) aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória” (Fp 3.20-21). Muitas outras passagens também incentivam os crentes a vigiar e esperar com intensa expectativa. Essas exortações somente fazem sentido se a possibilidade de Cristo levar Sua Noiva para o céu puder ocorrer a qualquer momento: “...aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7); “...deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro, e para aguardardes dos céus o Seu Filho...” (1 Ts 1.9-10); “...aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13); “...aparecerá segunda vez ...aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28); “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor” (Tg 5.7).

Diferentes opiniões sobre o Arrebatamento não afetam a salvação, mas deveríamos procurar entender o que a Bíblia diz. A Igreja primitiva estava claramente esperando o Senhor a qualquer momento. Estar vigiando e esperando por Cristo, se o Anticristo deve aparecer primeiro, é como esperar o Pentecoste antes da Páscoa. No entanto, Cristo exortou: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13); “...para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai” (Mc 13.36-37).
A surpresa da Sua vinda

A seguinte afirmação de Jesus também não se encaixa numa vinda pós-tribulacionista: “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Mt 24.44). É absurdo imaginar que qualquer pessoa sobrevivente da Grande Tribulação, que tenha visto os eventos profetizados (as pragas e julgamentos derramados na terra; a imagem do Anticristo no Templo; a marca da besta imposta a todos que quiserem comprar e vender; as duas testemunhas testificando em Jerusalém, sendo mortas, ressuscitadas e levadas ao céu; Jerusalém cercada pelos exércitos do mundo, etc.), tendo contado os 1260 dias (3 anos e meio) de duração da segunda metade da Grande Tribulação (preditos em Apocalipse 11.2-3;12.14), poderia imaginar naquela hora que Cristo não estaria a ponto de retornar! Após todos esses acontecimentos, isso será por demais evidente. Portanto, simplesmente não há como reconciliar uma vinda de Cristo pós-tribulacionista com Seu aviso de que virá quando não estiver sendo esperado.
Distinção entre Arrebatamento e Segunda Vinda

Somente essa afirmação já distingue o Arrebatamento (a retirada da Igreja da terra para o céu) da Segunda Vinda (para resgatar Israel durante o Armagedom); pois este último acontecimento não vai surpreender quase ninguém. Contrastando com Seu aviso de que mesmo muitos na Igreja não O estarão esperando, as Escrituras anunciam outra vinda de Cristo quando todos os sinais já tiverem sido cumpridos e todos souberem que Ele está voltando. A um Israel descrente, Cristo declarou: “Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (Mt 24.33). Até o Anticristo saberá: “E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o Seu exército” (Ap 19.19).
“Cingido esteja o vosso corpo, e acesas as vossas candeias, sede vós semelhantes a homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a)

Ou Cristo está se contradizendo (impossível!), ou Ele está falando de dois eventos. Jesus disse que virá num tempo de paz e prosperidade quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele: “Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Lc 12.40). Não somente as [virgens] néscias, mas até as sábias estarão dormindo: “E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram” (Mt 25.5).

No entanto, a Escritura diz que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela guerra, fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado. Então, Yahweh declara: “olharão para aquele a quem traspassaram” (Zc 12.10b), e todos os judeus vivos na terra reconhecerão seu Messias que retornará como “Deus forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6): exatamente como os profetas previram, Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará, dessa vez para salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Cristo declara: “Aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24.13). Paulo adiciona: “...todo o Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm 11.26).
Dois eventos distintos

Não podemos escapar ao fato de que duas vindas de Cristo ainda se darão no futuro: uma que surpreenderá até mesmo Sua Noiva e outra que não será uma surpresa para quase ninguém. As duas não podem ser o mesmo evento. Mas onde o Novo Testamento diz que ainda há duas vindas a serem cumpridas? Todo cristão crê em duas vindas de Cristo: Ele veio uma vez à terra, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou dentre os mortos, retornou ao céu e voltará. Contudo, em nenhum lugar o Antigo Testamento diz que haveria duas vindas distintas.

Esse fato causou confusão para os rabinos, para os discípulos de Cristo e até para João Batista, que era “cheio do Espírito Santo, já do ventre materno” (Lc 1.15, 41,44), João tinha testificado que Jesus era “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). No entanto, este último dos profetas do Velho Testamento, de quem não havia ninguém maior “nascido de mulher” (Lc 7.28), começou a duvidar: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11.3).

Somente uma vinda do Messias era esperada. Ele iria resgatar Israel e estabelecer Seu Reino sobre o trono de Davi em Jerusalém. Por essa razão os rabinos, os soldados e a multidão zombaram dEle na cruz (Mt 27.40-44; Mc 15.18-20; 29-32; Lc 23.35-37). Apesar de todos os milagres que Jesus tinha feito, os discípulos, da mesma forma, tomaram Sua crucificação como a prova conclusiva de que Ele não poderia ter sido o Messias. Os dois na estrada de Emaús disseram: “...nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir Israel” (Lc 24.19-21) – mas agora Ele estava morto.

Cristo os repreendeu por não crerem “tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24.25). Este era o problema comum: deixar de considerar todas as profecias. Israel tinha uma compreensão unilateral da vinda do Messias (e continua assim atualmente), que lhe permitia ver apenas Seu reino triunfante e o deixava cego para Seu sacrifício pelo pecado. Até mesmo muitos cristãos estão tão obcecados com pensamentos de “conquista” e “domínio” que imaginam ser responsabilidade da Igreja dominar o mundo e estabelecer o Reino de Deus, para que o Rei possa retornar à terra para reinar. Eles se esquecem da promessa que Ele fez à Sua Noiva de levá-la ao céu, de onde ela voltará com Ele para ajudá-lO a governar o mundo.
O Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação

Como poderia Cristo executar julgamento sobre a terra, vindo do céu “entre suas santas miríades (multidões de santos)” (Jd 14), se primeiro não as tivesse levado para o céu? Aqui temos outra razão para um Arrebatamento anterior à Tribulação. Incrivelmente, Michael Horton, em seu livro “Putting Amazing Back into Grace”, imagina que 1 Tessalonicenses 4.14 (“assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem”) refere-se à Segunda Vinda de Cristo “com os santos”. Ao contrário, na ocasião do Arrebatamento Jesus trará a alma e o espírito dos cristãos fisicamente mortos para serem reunidos com seus corpos na ressurreição, levando-os para o céu juntamente com os vivos transformados. Na Segunda Vinda Ele trará consigo de volta à terra os santos vivos, que já foram ressuscitados e previamente levados ao céu no Arrebatamento.

Antes da volta de Cristo com os Seus santos haverá a celebração das Bodas do Cordeiro com Sua Noiva (Ap 19.7). Tendo passado pelo Tribunal de Cristo (1 Co 3.12-15); (2 Co 5.10 ), os santos estarão vestidos de linho fino, branco e puro (Ap 19.8). Certamente eles devem ser também o exército vestido de linho fino, branco e puro (Ap 19.14) que virá com Cristo para destruir o Anticristo. Quando eles foram levados ao céu? É claro que isso não ocorrerá durante a própria Segunda Vinda, pois não haveria tempo suficiente nem para o Tribunal de Cristo, nem para as Bodas do Cordeiro. O Arrebatamento deve ter ocorrido anteriormente.

Aqueles que estão com seus pés plantados na terra, esperando encontrar um “Cristo”, esquecem que o verdadeiro Cristo virá nos buscar para nos encontrarmos com Ele nos ares e nos levará para a casa de Seu Pai. Eles se esquecem também que o Anticristo estabelecerá um reino terreno antes que o verdadeiro Rei volte para reinar. Infelizmente, os que se empenham em estabelecer um reino nesta terra estão preparando o mundo para o reino fraudulento do “homem do pecado”.
A Escritura registra duas vindas

Como alguém nos tempos do Velho Testamento poderia saber que haveria duas vindas do Messias? Somente por implicação. Ou os profetas se contradisseram quando profetizaram que o Messias seria rejeitado e crucificado e que Ele também seria proclamado Rei sobre o trono de Davi para sempre, ou eles falavam de duas vindas de Cristo.

Não há forma de colocar dentro de um só evento o que os profetas disseram. Simplesmente tem de haver duas vindas do Messias: primeiro como o Cordeiro de Deus, para morrer pelos nossos pecados, e depois como o Leão da Tribo de Judá (Os 5.14-15; Ap 5.5), em poder e glória para resgatar Israel no meio da batalha do Armagedom.

A mesma coisa acontece no Novo Testamento. Note as muitas contradições, a menos que estes sejam dois eventos:

1) Ele vem para Seus santos e numa hora que ninguém espera; mas vem com Seus santos quando todos souberem que Ele está vindo.

2) Ele não vem à terra mas arrebata os santos para se encontrarem com Ele nos ares (1 Ts 4.17); por outro lado, Ele vem à terra: “naquele dia, estarão Seus pés sobre o monte das Oliveiras” (Zc.14.4), e os santos vem à terra com Ele.

3) Ele leva os santos para o céu, para as muitas mansões na casa de Seu Pai, para estarem com Ele (Jo.14.3); mas traz os santos do céu (Zc 14.5, Jd 14).

4) Ele vem para Sua Noiva num tempo de paz e prosperidade, bons negócios e prazeres (Lc 17.26-30); mas volta para salvar Seu povo Israel quando o mundo já terá sido praticamente destruído, em meio ao pior conflito já visto na terra, a batalha do Armagedom.
Rebatendo as críticas ao Arrebatamento

Cristo declarou: “Assim como foi nos dias de Noé ...comiam, bebiam, casavam-se... O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre... Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.26-30). Essas condições mundiais por ocasião do Arrebatamento só podem se referir ao período anterior à Tribulação; certamente não ao final dela!

Arrebatamento? Há críticos afirmando que a palavra “Arrebatamento” nem está na Bíblia! Isso não é verdade, pois a versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo no quinto século, traduziu o grego harpazo (arrancar subitamente) pela palavra raptus (raptar), da qual deriva “Arrebatamento”. Foi o que Cristo nos prometeu em João 14: levar-nos para o céu.
“Certamente, venho sem demora”
(Ap 22.20).

Outros críticos papagueiam o mito propagado por Dave MacPherson, de que o ensino do Arrebatamento antes da Tribulação apareceu apenas no início do século XIX através de Darby, que o teria aprendido de Margaret MacDonald. Ela o teria recebido de Edward Irving, e este, por sua vez, o teria encontrado nos escritos do jesuíta Emmanuel Lacunza. Isso simplesmente não é verdade. Muitos escritores anteriores expressaram a mesma convicção. Um deles foi Ephraem de Nisibis (306-373 d.C.), bem conhecido na história da igreja da Síria. Ele afirmou: “Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da tribulação, que está por vir, e serão levados para o Senhor...” Seu sermão com essa afirmação teve ampla circulação popular em diferentes idiomas.

Sim, há uma vinda do Senhor após a Tribulação: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias... verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mt 24.29-30). A referência aos anjos “reunindo Seus escolhidos dos quatro ventos” (vv. 29-31) certamente não significa Cristo arrebatando Sua Igreja para levá-la ao céu, pois trata-se do ajuntamento do Israel disperso, de volta à sua terra quando da Segunda Vinda.

Cristo associou o mal com o pensamento de que Sua vinda se atrasaria: “Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu Senhor demora-se” (Mt 24.48; Lc 12.45). Novamente, essa afirmação não tem sentido se o Arrebatamento vem após a Tribulação.

Não existe motivo maior para uma vida santa e um evangelismo diligente do que saber que o Senhor poderia nos levar ao céu a qualquer momento. Que a Noiva acorde do seu sono, apaixone-se novamente pelo Noivo, e de coração diga continuamente por meio da sua vida diária: “Vem, Senhor Jesus!”

Fonte: Chamada da Meia Noite

19 de abr. de 2010

DOMINGO: DIA DO SENHOR (QUAL SENHOR?)

Sábado
POR QUE O DOMINGO E NÃO MAIS O SÁBADO COMO DIA DO DESCANSO?

“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” Êxodo 20:8 a 11.

Motivos alegados para a instituição do Domingo como dia do descanso:
- Jesus Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Mateus 28:1, Marcos 16:2, Lucas 24:1, João 20:1);
- Uma semana mais tarde (isto é, o próximo domingo), Jesus apareceu-lhes uma segunda vez (João 20:26);
- Os primeiros cristãos se reuniam no domingo (At 20:7, 1 Co 16.2);
- Em Cl 2.16 está escrito "Ninguém vos critique por causa de comida e bebida, ou espécie de luas novas ou de sábados" afirmando que os primeiros cristãos já não observavam o sábado e nem certas restrições alimentares judaicas, e que por isso, tinham sido julgados por outros, que continuavam observando estas tradições;
- O próprio Jesus foi criticado por ter deixado de observar tradições alimentares (Mt 9.14) e sabáticas (Mt 12.1-8, Lc 6.1-11, Jo 9.14-16 e Mc 2.21-28).

Tais alegações seriam os verdadeiros motivos?

Em 325 d.C., com as orientações decididas no Primeiro Concílio de Nicéia (ocorreu durante o reinado do imperador romano Constantino I), que estabelece universalmente o domingo como dia sagrado, o nome do primeiro dia da semana foi modificado de Prima Feria para Dies Domenica. Decisão mantida pela maioria das denominações cristãs até a atualidade.

Sobre o imperador Constantino, apesar de seu batismo, há dúvidas se realmente ele se tornou cristão. A Enciclopédia Católica diz: "Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões (pagã e cristã). Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e protegeu seus direitos." E a Enciclopédia Hídria observa: "Constantino nunca se tornou cristão". No dia anterior ao da sua morte, Constantino fizera um sacrifício a Zeus, e até o último dia usou o título pagão de Sumo Pontífice. E, de fato, Constantino, até o dia da sua morte, não havendo sido batizado, não participou de qualquer ato litúrgico, como a missa ou a eucaristia.

Também é um fato reconhecido que o anti-judaísmo, ou o anti-semitismo cristão, ganhou um novo impulso com a tomada do controle do Império Romano, sendo o concílio de Niceia um marco neste sentido. Os posteriores Concílios da Igreja manteriam esta linha. O Concílio de Antioquia (341) proibiu aos cristãos a celebração da Páscoa com os Judeus. O Concílio de Laodicéia (364) proibiu os cristãos de observar o Shabbat e de receber prendas de judeus ou mesmo de comer pão ázimo nos festejos judaicos.

No Concílio de Laodicéia de forma oficial, numa das tomadas de decisões, o Poder Papal, mudou o dia de guarda, o Sábado para o Domingo: “Os cristãos não devem judaizar, ou estar ociosos no Sábado, mas trabalharão nesse dia; o Dia do Senhor (Domingo), entretanto, o honrarão especialmente; e como Cristãos não devem se possível fazer qualquer trabalho nele.”.(Cânon 29, do Concílio de Laodicéia, em 364 d.C.
Em 590 dC o papa Gregório I , em carta ao povo Romano chama de profetas do anticristo os que achavam que não se devia trabalhar no sábado.

O Paganismo

Domingo, o Dia do Senhor (qual senhor?):
Por ser Roma uma cidade cosmopolita e sede de um vasto império, afluíram a ela povos de diversas culturas, que incluíam na bagagem cultural inúmeras crenças, as quais eram recebidas e reconhecidas pelos romanos. Entre elas, teria-se associado às crenças dos latinos, sabinos e etruscos a reverência ao primeiro dia da semana (domingo).

Povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses dedicando este dia, o domingo, ao astro Sol o que originou outras denominações para este dia, em inglês diz-se Sunday, e no alemão Sonntag, com o significado de "Dia do Sol".
Em outras línguas e países, ainda permanecem expressões oriundas de cultos pagãos e deuses mitológicos antigos, como aqueles oriundos dos babilônicos, com base no fato do domingo ser dedicado ao deus Shamash, o Sol (o senhor do culto solar) segundo as crenças daquele povo, bem como dos assírios e egípcias, que reverenciavam como deus maior o sol, o deus Rá, conforme foi também comentado por Gerald Messadié, em História Geral do Antisemitismo. Sem contar os tantos outros povos adoradores do Sol, como as civilizações anteriores a Cristóvão Colombo das Américas (Incas, Maias e Astecas).

Veneração ao Sol Invictus:

Sol Invictus (Sol Invicto, em latim), também conhecido pelo nome completo, Deus Sol Invicto (Deus Sol Invictus), era um título relígioso que foi aplicado a três divindades distintas durante o Império Romano tardio.Também, aparece aplicado a Marte.

O imperador Aureliano introduziu um culto oficial do Sol Invicto em 270 d.C., fazendo do Deus Sol, a primeira divindade do império. Contudo não oficialmente identificado com Mitras, o Sol de Aureliano tem muitas características próprias do Mitraísmo, incluindo a representação iconográfica do deus com juventude sem barba. O culto de Sol Invicto continuou a ser uma base do paganismo oficial até ao triunfo da cristandade - antes da sua conversão, até o jovem imperador Constantino tinha o Sol Invicto como a sua cunhagem oficial.

Natalis Solis Invictus – Natal

Dia 25 de Dezembro é data da celebração do Natalis Solis Invictus, isto é, do Nascimento do Sol Invencível. O Nascimento do Sol Invencível é o momento em que o Sol inicia a Sua ascenção triunfante, representando, neste momento, a Luz que nunca morre e vence sempre. A celebração do Sol Invencível foi estabelecida em 274 e.c., pelo imperador Aureliano, depois do seu triunfo no oriente, e incluía corridas de cavalos - trinta bigas - em honra do Sol. Este Sol Invicto, Luz que nunca morre e vence sempre, é pois um reflexo da Eternidade.
De um modo sintético, pode-se começar por dizer o óbvio - que a generalidade dos povos consagrou esta época ao culto ou à homenagem do Sol, ou de forças solares divinas.

Você já prestou atenção nestes símbolos: o Ostensório, Hóstia e todo o ritual da missa com estes objetos?



Até aqui você viu que:
- Até 364 d.C. Os cristãos guardavam o Sábado como Dia do Senhor, quando no Concílio de Laodicéia foram proibidos de observar o Shabbat, além de proibições de relacionamento com os judeus e festejos judaicos;
- O Imperador Constantino I, “organizador” do Concílio, era pagão e só foi batizado no cristianismo pouco antes de sua morte, sendo a divindade de seu império o “deus sol”;
- Nas religiões pagãs, o domingo, 1° dia da semana, sempre foi consagrado ao deus sol;
- A festa de natal, 25 de dezembro, outro dogma Católico, também era uma data comemorativa, o Natalis Solis Invictus (Nascimento do Sol Invencível);
- A igreja Católica Romana adotou cultos pagãos ao deus sol, o que fica bem claro ao observarmos as imagens acima e estabeleceu dissimuladamente dogmas voltados para esse culto.

Independente de Leis judaicas (Cl 2.16), se bem que até 364 d.C. vimos que a Igreja tinha um estilo judaico:
Pergunto:

1. QUANDO SE FALA EM DIA DO SENHOR, A QUE SENHOR ESTÃO SE REFERINDO?

2. DEVEMOS SUSTENTAR UM ERRO IMPOSTO POR UMA IGREJA CORROMPIDA PELO PAGANISMO, PRATICANDO SEUS ENSINOS?

3. DEVEMOS MANTER COSTUMES DA “MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA” (Ap 17)?

4. NÃO DEVEMOS ABANDONAR TUDO QUE VEM DE ROMA, HAJA VISTO SEREM COSTUMES PAGÃOS, FICANDO BEM CLARO QUE SEUS LÍDERES SÃO SACERDOTES DO DEUS SOL, COMO PÔDE SER CLARAMENTE OBSERVADO NAS IMAGENS DO OSTENSÓRIO, HÓSTIA E RITUAL DA MISSA?

5. NÃO SERIA MAIS “SAUDÁVEL” PARA A IGREJA OBSERVAR O SÁBADO, DIA ESTABELECIDO PELO SENHOR DEUS DE ISRAEL, ÚNICO E VERDADEIRO DEUS, AO INVÉS DE OBSERVAR O DOMINGO PAGÃO?

6. JESUS DEIXOU DE GUARDAR O SÁBADO OU APENAS ACABOU COM O LEGALISMO IMPOSTO PELOS HOMENS? (Mt 5.17-19)

7. CREMOS NAS ACUSAÇÕES DOS FARISEUS OU NA PERFEIÇÃO DO SENHOR?
(Jo 9.16, Hb 4.15)

O Espírito Santo nos convoca à restauração da Igreja. À voltarmos aos princípios da Igreja Primitiva, abandonando as doutrinas pagãs que foram impostas, à princípio, e que após séculos de prática, tornaram-se parte da nossa cultura e por isso não vemos o quanto estamos desviados da vontade de Deus. Somos convocados, hoje, à “perseverar na doutrina dos apóstolos” (At 2.42-43).
O Senhor irá se encontrar com uma Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito (Ef 5.27) e para isso devemos viver sua Palavra em toda sua plenitude.

"Aos estrangeiros que se chegam ao Senhor, para o servirem e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos." (Is 56.6-7)

“A verdadeira Igreja de Jesus precisa urgentemente largar Roma e toda sua influência e voltar-se para Jerusalém, para a doutrina dos apóstolos.” (Marcelo M. Guimarães – Restaurando doutrinas da Igreja do 1° século)

Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria

Fonte: Wikipédia

15 de abr. de 2010

O EVANGELHO QUE SALVA


A fim de ganhar aceitação ainda maior que o primeiro ECT ("Evangelicals and Catholics Together: The Christian Mission in the Third Millenium", "Evangélicos e Católicos Juntos: A Missão Cristã no Terceiro Milênio", assinado em 29 de março de 1994 nos EUA), dezenove líderes evangélicos – dentre os quais alguns bastante respeitados e conhecidos – e quinze líderes católicos [americanos] assinaram há algum tempo o ECT2. E esse documento dá a entender que os evangélicos e católicos [nos EUA] concordam quanto ao Evangelho.

O alcance do documento

Por um lado, o documento tem pouco significado. Em primeiro lugar, os quinze signatários católicos não representam nem sua igreja, nem seus 1 bilhão de membros. Há uma gama de crenças bem ampla. Muitos dos sacerdotes, freiras e proeminentes teólogos católicos estão mergulhados em todas as heresias da Nova Era, da ciência mental ao hinduísmo e budismo.

Em segundo lugar, o ensino oficial da igreja de Roma (que reivindica ser infalível e, portanto, não pode se arrepender de seus erros), e a prática diária dos católicos (que esperam de sua igreja a salvação, seja lá como ela a defina e ofereça) continuam inatingidos pelo ECT2 e tão longe quanto sempre estiveram do Evangelho bíblico.

Em terceiro lugar, o próprio documento admite que permanecem muitas "questões interrelacionadas, que requerem exploração mais profunda e urgente". Elas incluem, entre outras: "o significado da regeneração batismal [um católico "nasce de novo" no batismo infantil e não há salvação sem o batismo]; a Eucaristia [Cristo está sendo perpetuamente imolado nos altares católicos como um sacrifício contínuo pelo pecado, negando assim a eficácia do Seu sacrifício feito de uma vez por todas na cruz], e a graça sacramental ["os méritos e graças" que Cristo obteve na cruz são "conferidos contínua e gradativamente" através dos sacramentos, ou seja, a salvação é um processo contínuo em lugar de um fato consumado]; os usos históricos da linguagem da justificação no que diz respeito à justiça imputada e transformadora [o católico precisa adquirir justiça suficiente para merecer o céu e está sempre em perigo de perdê-la, rejeitando, portanto, a verdade de que Deus "justifica o ímpio" com base nos méritos de Cristo (Rm 4.5)]; um entendimento diferente sobre mérito, recompensa [para o católico a salvação é alcançada por obras]; purgatório [além do sacrifício de Cristo na cruz, é preciso sofrer pessoalmente pelo pecado para poder ser purificado para o céu], e indulgências [uma pessoa pode sofrer por outros, e o uso de uma medalha ou escapulário, o rezar "Ave Marias", ou uma missa rezada em honra dos mortos, podem reduzir o sofrimento no purgatório]; a devoção a Maria e a assistência dos santos na vida da salvação..." Cada um dos pontos acima citados nega a própria unidade professada pelo ECT2!

Preparação para o anticristo

Por outro lado, o documento é um valoroso subsídio a Satanás em sua preparação do mundo e de uma igreja falsa para o anticristo. Dá aparência de concordância, quando, na verdade, ela não existe. O ECT2 cria comprometimento ao fingir que as questões que separam evangélicos e católicos não são graves, quando, na verdade, elas demarcam os limites de céu e inferno. Típica das contradições inerentes nesse documento é a afirmação: "nós nos comprometemos a evangelizar a todos... os evangélicos precisam pregar o Evangelho aos católicos e os católicos aos evangélicos... esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz’..." Se os evangélicos e católicos estão ambos salvos e unidos no Espírito, então o que significa "evangelizar"?

Um acordo com os "judaizantes"?

Os judaizantes da epístola escrita aos gálatas poderiam ter assinado um documento semelhante. Aliás, o deles teria uma lista bem menor de questões que "requerem exploração mais profunda e urgente": [somente] a relação da Lei com a salvação. Os judaizantes afirmavam que Cristo morreu pelos nossos pecados, mas acrescentavam que, para ser salva, a pessoa precisava ser "circuncidada, e observar a lei" (At 15.1,5,24). Em lugar de assinar um acordo com os judaizantes, como se a heresia deles fosse simplesmente algo para "exploração mais profunda", Paulo os amaldiçoou por pregarem outro evangelho (Gl 1.6-8). Mas o ECT2 faz parecer que os assuntos sobre os quais divergimos são irrelevantes. O ECT2 é um documento ainda mais enganoso que seu antecessor!

O Evangelho salvador

Paulo afirmou que "o Evangelho de Cristo... é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16). Ele também o chamou de "o evangelho... [que] por ele também sois salvos" (1 Co 15.1-2); e "o evangelho da vossa salvação" (Ef 1.13). Estes e outros versículos mostram cristalinamente que a salvação vem somente através do crer no Evangelho. Cristo ordenou a Seus discípulos: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho" (Mc 16.15), o Evangelho que a Bíblia define com precisão.

Salvação ou religião

A salvação nada tem a ver com a igreja, seja ela evangélica ou católica. Ela vem através do "evangelho eterno" (Ap 14.6), "o evangelho de Deus" (Rm 1.1; 15.15, 2 Co 11.7; 1 Ts 2.2, 8, 9; 1 Tm 1.11; 1 Pe 4.17). A salvação vem por termos estabelecidos por Deus e pela graça dEle, e nós não podemos negociar esse Evangelho nem com Deus e nem com quem quer que seja. "O Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo" (1 Jo 4.14). A Salvação é obra de Deus e de Seu Filho. Ou nós cremos nela ou a rejeitamos. Nós não "dialogamos" a seu respeito.

Ela também é chamada de "evangelho de Jesus Cristo" (Mc 1.1; Rm 1.16; 15.19; 1 Co 9.12, 18; 2 Co 4.4; 9.13; 10.14; Gl 1.7; Fl 1.27; 1 Ts 3.2, 2 Ts 1.8). Ele é o Salvador, e a salvação é obra dEle, e não nossa, como os anjos declararam: "É que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.11). Paulo especifica que o Evangelho salva: "...que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Co 15.3-4). "Eu sou a porta", declarou Jesus Cristo: "se alguém entrar por mim, será salvo" (Jo 10.9).

O Evangelho nada contém acerca de batismo, boas obras, membresia ou freqüência à igreja, dar o dízimo, os sacramentos ou rituais, um tipo específico de alimentação ou vestimenta. Se adicionarmos qualquer coisa ao Evangelho, nós o perverteremos e, portanto, estaremos debaixo do anátema de Paulo em Gálatas 1.8-9!

Fé ou obras


O Evangelho diz, totalmente, respeito ao que Cristo já fez. Ele nada diz a respeito do que Cristo ainda precisa fazer, porque a obra de nossa redenção está acabada, consumada: "Cristo morreu pelos nossos pecados". Ele não continua morrendo, como o catolicismo defende. Jesus declarou triunfantemente: "Está consumado" (Jo 19.30)! E o Evangelho também não diz nada a respeito do que nós devamos fazer, porque nós nada podemos fazer: "Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou" (Tt 3.5); "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé... é dom de Deus... não [vem] de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8-9).

Em lugar de obras, o Evangelho requer fé. É o poder de Deus para a salvação daqueles que crêem. "Mas ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça" (Rm 4.5). "...para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).

Certeza da salvação


Não poderíamos tornar a posição da igreja católica mais clara do que citando o cardeal O’Connor, de Nova Iorque: "O ensinamento da igreja é que eu não sei, em momento algum, qual será meu estado eterno. Eu posso esperar, rezar, fazer o melhor possível – mas eu ainda não sei. O papa João Paulo II não sabe com certeza se vai para o céu, e nem a madre Teresa de Calcutá..." ("The New York Times", 1 de fevereiro de 1990, Caderno 4). E o católico comum também não sabe, porque a sua igreja lhe ensinou que ele não pode saber se é salvo. O dogma oficial do catolicismo não poderia ser modificado, não importa quantos ECTs fossem assinados – mesmo que pelo próprio papa.

Cristo afirma: "Eu lhes dou [a minhas ovelhas] a vida eterna; jamais perecerão" (Jo 10.28). O catolicismo rejeita essa oferta e, em lugar dela, oferece prestações contínuas de graça rumo à vida eterna através do sacerdócio e dos sacramentos da igreja, através do uso de escapulários, da obtenção de indulgências, de rezar Ave Marias e de rezar aos santos. Tal caminho para o céu torna Cristo um mentiroso.

O Evangelho é uma espada de dois gumes. Ele declara: "Quem crê no Filho tem a vida eterna". O mesmo versículo declara que "o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36). É neste ponto que chegamos à porção do Evangelho que é mais difícil de ser aceita: que aqueles que não crêem estão eternamente perdidos – não importa quais boas obras possam fazer.

O amor e a justiça de Deus

As razões para esse fato estão alicerçadas tanto no amor de Deus quanto na Sua justiça. Deus nos ama a ponto de nos corrigir e de permanecer firme no que diz. Tristemente, muitos pais confundem amor com sentimentalismo e não levam a sério o que dizem, e assim, criam filhos desobedientes. "Se você fizer isso de novo, vai apanhar [ou outro tipo de ameaça]", diz a mamãe. Aí a criança repete o que fez e nada acontece. Então, o que a mamãe diz não significa nada. Mas Deus leva a sério o que diz, ou seja, Suas palavras significam exatamente o que Ele diz.

A justiça de Deus requer que a infinita penalidade pelo pecado seja paga. E esse pagamento faria com que estivéssemos eternamente separados de Deus; por isso Ele se tornou homem através do nascimento virginal, para pagar a penalidade pelo pecado. Ninguém pode reclamar de Deus. Ele provou o amor dEle, fazendo tudo que estava ao Seu alcance para a nossa salvação. Ele Próprio pagou a penalidade e por causa disso pode ser tanto "justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus" (Rm 3.26).

Cristo suplicou no Jardim Getsêmani: "se possível [ou seja, se houver outra forma da humanidade ser salva], passe de mim este cálice" (Mt 26.39). Nós sabemos que não há outra forma, caso contrário Deus não teria requerido de Seu Filho amado que arcasse com toda a intensidade da ira de Deus contra o pecado. O fato de homens crucificarem a Jesus só haveria de nos condenar. Mas na cruz, quando o ser humano estava fazendo o que de pior poderia fazer ao seu Criador, Cristo pagou a penalidade total por nossos pecados.

"Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação" (Hb 2.3)? Não há escape por não haver outro caminho para sermos salvos! Somente ao aceitarmos esse pagamento feito em nosso favor é que podemos ser salvos. "Porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4.12); "que devo fazer para que seja salvo?... Crê no Senhor Jesus e serás salvo" (At 16.30-31).

"Crer no Senhor Jesus Cristo" inclui quem Ele é e o que Ele fez. Jesus disse: "...vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima... porque, se não credes que EU SOU [Esse é o nome de Deus, Yaweh], morrereis nos vossos pecados" (Jo 8.23-24). O próprio Jesus disse que nós precisamos crer que Ele é Deus, pois Ele o é; e ninguém menos do que Deus poderia nos salvar. Precisamos crer que Aquele que não teve pecado "morreu pelos nossos pecados", e foi sepultado; e que Ele ressuscitou corporeamente do túmulo. É só por crermos nesse Evangelho que somos salvos. É assim que afirma a Palavra de Deus.

O sangue de Cristo só tem eficácia para pecadores arrependidos

Por que nem mesmo uma madre Teresa conseguiria chegar aos céus pelas suas próprias boas obras? Porque todos somos pecadores; e porque, uma vez tendo violado um só dos mandamentos de Deus, somos "culpados de todos" (Tg 2.10); e "ninguém será justificado diante dele por obras da lei" (Rm 3.20). Guardar a lei perfeitamente daqui em diante, jamais poderia ser compensação por já havermos violado a mesma lei.

Se Deus outorgasse salvação por qualquer outro meio que não a fé em Cristo exclusivamente, isso seria um insulto para Aquele que o Pai insistiu ter que agüentar a ira dEle como sacrifício pelo pecado. Além do mais, Deus estaria violando seu próprio código de justiça, e estaria indo contra Sua própria Palavra. Não, nem mesmo o próprio Deus poderia salvar o "santo" mais notável de todos. O sangue de Cristo só tem eficácia para pecadores arrependidos.

O Evangelho comprometido por evangélicos proeminentes


Ao expressar nestas páginas nossa preocupação por tantas heresias, procuramos nos limitar àquelas que causam impacto ao Evangelho e à salvação de almas. Foi só porque os apóstolos em Jerusalém "não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho" que Paulo os repreendeu (Gl 2.14). É com tristeza que vemos, em nossos dias, o Evangelho sendo desafiado e comprometido por evangélicos proeminentes! Sim, líderes evangélicos que pregam o Evangelho também o comprometem. No dia 21 de janeiro de 1997, Larry King entrevistou Billy Graham em seu programa:

King: O que o senhor acha de outras [igrejas]... como o mormonismo? O catolicismo? Outras fés dentro do conceito do cristianismo?

Graham: Eu creio que tenho uma maravilhosa comunhão com todos eles. Por exemplo...

King: O senhor se sente à vontade com Salt Lake City [sede mundial do mormonismo]? Sente-se à vontade com o Vaticano?

Graham: Sinto-me muito à vontade com o Vaticano. Já estive com o papa várias vezes. Aliás, na noite – no dia em que ele foi feito papa, eu estava pregando na catedral dele em Cracóvia (Polônia). Fui convidado por ele... quando ele esteve aqui... em Columbia, Carolina do Sul (EUA)... ele me convidou para subir ao palco com ele e também falar ao público. Eu diria uma frase e ele a próxima... mas [não pude] eu estava a mais da metade do caminho rumo à China...

King: O senhor gosta desse papa?

Graham: Eu gosto muito dele... Ele e eu concordamos em quase tudo.

King: O senhor... se sente à vontade com o judaísmo?

Graham: Muito à vontade... Em Nova Iorque, já me convidaram para participar do Concílio Rabínico... para falar a eles e ao rabino Tannenbaum, que é um grande amigo... ele me deu muitos conselhos, e eu dependo dele constantemente, teológica e espiritualmente, e em todos os sentidos...

King: Se o senhor tivesse 30 segundos durante o intervalo do "Super Bowl" [final do campeonato de futebol americano], o que o senhor diria àquela multidão?

Graham: Eu diria que... eles pensassem num outro jogo... o jogo da vida, e que eles se certificassem de estar do lado de Deus, que Deus os ama e que está interessado neles, e que podem orar a Deus, e Ele responderá as orações deles.

Billy Graham tem pregado o Evangelho e almas têm sido salvas, mas nessa ocasião ele ofereceu um evangelho falso, sem Cristo ou a Cruz – assim como fez quando foi entrevistado por Robert Schuller no programa "The Hour of Power" ("A Hora do Poder"), meses mais tarde. Paulo afirmou que a ele foi "confiado o evangelho" (1 Ts 2.4). E o mesmo aconteceu com cada um de nós. Certifiquemo-nos de que preservamos esse legado, por amor aos perdidos e em honra ao nosso Senhor que pagou o preço completo pela redenção do homem!

Fonte: Chamada da Meia Noite

UNIDADE E VERDADE



Deveria ser evidente para qualquer observador das notícias e tendências que estamos sendo levados (como previu a Bíblia) a um governo e uma religião mundiais - e que ambos serão unificados. Qualquer "separação entre Igreja e Estado" acabará. Deveria também estar claro que uma exigência básica da religião mundial (passos em cuja direção são recompensados pelo "Prêmio Templeton Para o Progresso na Religião") é que seja inofensiva e universalmente aceita.

Babel, o modelo de unidade

A "correção político-religiosa" é essencial para a falsa unidade desejada por este mundo. A regra para isto será "espiritualidade" sem verdade. O mundo retornará a Babel, onde a "cidade" (o governo secular) e a "torre" (a religião) eram unificados: "Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus..." (Gn 11.4). Aqueles que persistirem em afirmar que alguns ensinos são errados serão silenciados para o bem da sociedade. Essa tendência já é notada na "Trinity Broadcasting Network" (maior rede de TV evangélica dos EUA - N. R.) de Paul Crouch, cuja oração demanda imunidade à correção: "Deus, nós declaramos a destruição de qualquer coisa ou pessoa que se levante contra este ministério..."1

Esse tipo de unidade, integralmente estabelecida em Babel, agrada à sabedoria humana. Contudo, a resposta de Deus foi "confundir ali a sua linguagem, ...e dispersá-los dali pela superfície da terra" (vv. 7-8). No Areópago, Paulo explicou o propósito de Deus em fazer tal coisa: "[Ele] havendo fixado... os limites da sua habitação; para buscarem a Deus..." (At 17.26-27).

Ao invés de buscar ao Senhor, o homem tem procurado tornar-se o senhor do Universo. A sua capacidade de invenção cumpre a declaração de Deus: "é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade" (Gn 8.21), e prova a exatidão do terrível aviso divino: "não haverá restrição para tudo que intentam fazer" (Gn 11.6). A maldade e violência do mundo aumentaram com o desenvolvimento da educação, do conhecimento e da tecnologia humanos. De fato, somos "uma geração de gigantes nucleares, mas anões morais".

E agora, em rebelião contra o julgamento de Deus em Babel, o homem está determinado a unificar o mundo como foi naquela época. A Lockheed Corporation, num anúncio na revista Scientific American, vangloria-se de que através de seus computadores está "desfazendo o efeito Babel", unificando, novamente, o mundo em uma linguagem. A IBM e outras corporações científicas têm feito alardes similares. Imagina-se que a unificação do mundo colocará um fim à competição e aos conflitos entre as nações, e conduzirá a uma era venturosa de paz e prosperidade. Na realidade, ela trará o reinado do anticristo e a ira de Deus derramada sobre a terra.

A verdadeira unidade

O mundo nunca terá unidade e paz até que Cristo, o Príncipe da Paz, governe em pessoa do trono de Davi. E mesmo assim, depois de 1.000 anos de Seu reinado, milhões e milhões daqueles que foram forçados a obedecer se rebelarão contra Ele (Ap 20.7-9). O Milênio será a prova final da incorrigível maldade do coração humano. A única esperança está na criação de uma nova raça que morreu em Cristo, aceitando a morte dEle como a sua própria, e que "nasceu de novo" do Espírito Santo para ser habitada pelo Espírito de Cristo. Cada um destes que herdam novos céus e nova terra pode dizer confiantemente: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..." (Gl 2.19b-20a).

A verdadeira unidade só é encontrada em Cristo. Aqueles que pertencem a Ele são "um corpo", tendo "uma só esperança... um só Senhor, uma só fé , um só batismo, um só Deus e Pai de todos..." (Ef 4.4-6). Estes são o Seu corpo, Sua Igreja, Sua noiva. A respeito destes Jesus disse: "Eles não são do mundo, como também eu não sou" (Jo 17.14,16). A verdadeira Igreja nunca poderia ser popular com o mundo, muito menos unida a ele numa causa comum. Cristo disse: "Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia... Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros..." (Jo 15.19-20).

Estas poucas palavras das Escrituras são suficientes para condenar a igreja católica romana. Sua longa história de parceria com e até mesmo de domínio sobre os governos (como foi predito em Apocalipse 17.18), e o poder que ela exerce nos círculos seculares marcam-na como apóstata. O papa recebe embaixadores de todos os principais países que vêm suplicar favores, e por onde vai ele é recebido com muita pompa e cerimônia pelos chefes de Estado, do presidente Clinton a Arafat ou Fidel Castro.

Do mesmo modo, reconhecemos o erro dos evangélicos que se esforçam para exercer influência política através de acordos com os ímpios, procurando ter domínio dentro de governos em cooperação com católicos e adeptos de outras religiões - e o fazem em nome de Cristo que foi odiado, zombado e crucificado pelas líderanças religiosas e políticas.

"Não rogo pelo mundo"

Na oração de Cristo por unidade, Ele disse especificamente:"Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste [fora do mundo], porque são teus" (Jo 17.9). Não existe na Bíblia qualquer referência de que os cristãos devam "mudar o mundo" (que está debaixo do julgamento de Deus) ou "atender às necessidades da comunidade". Nós devemos chamar para sair deste mundo "um povo para o seu nome" (At 15.14). O interesse de Cristo foi por Sua Igreja: "a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós... como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade..." (Jo 17.21-23).

A oração de Cristo foi respondida pelo fato do Filho e do Pai habitarem nos cristãos por meio do Espírito Santo. Tornando-nos "filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus" (Gl 3.26), somos unidos à família de Deus para sempre. Essa unidade não pode ser compartilhada fora dessa família. Ela é expressa pela adesão em palavras e atos à Palavra de Deus e à verdade (Jo 17.6, 8, 14, 17).

Nunca nos foi ordenado estabelecer a unidade, mas "preservar a unidade do Espírito" (Ef 4.3), que já temos em Cristo. Nossas vidas e a doutrina sobre a qual estão fundamentadas devem revelar a Palavra de Deus e a Sua verdade. Qualquer desvio disso nega a unidade que é nossa em Cristo. Aqueles que não são membros do corpo de Cristo por não crerem no Evangelho não podem fazer parte dessa família, e não há "unidade" que os crentes possam fabricar para conseguir tal coisa.

Divisões entre "cristãos"

Ao menos certas divisões entre os que se chamam cristãos são devidas a sérias diferenças doutrinárias. Há fartas evidências atestando a falsidade do evangelho de salvação do catolicismo romano por sacramentos, obras, sofrimentos no purgatório, indulgências, orações a Maria, etc.; e que ele, por sua própria natureza, não oferece nenhuma segurança. Tais diferenças doutrinárias criam uma barreira intransponível à unidade cristã; e, na verdade, mostram que os católicos romanos (e os ortodoxos cujas doutrinas de salvação são as mesmas) estão fora da família de Deus. Promover o engano destas almas perdidas, acolhendo-as como cristãs, é falta de bondade.

Minha esposa Ruth e eu passamos recentemente um tempo muito proveitoso na Romênia com boas reuniões em cinco cidades, inclusive na Universidade de Bucareste, num anfiteatro esportivo e em outros lugares seculares. A reação foi boa, com vidas salvas e transformadas. Em todo lugar vimos o mal da igreja ortodoxa, que cooperou com o comunismo e agora está perseguindo os evangélicos. Esta igreja não faz objeção que seus membros sejam comunistas ateus. O último censo na Romênia teve duas categorias de ortodoxos: fiéis e ateus.

Durante essa visita, vimos com tristeza os fiéis ortodoxos enfileirados numa grande catedral para beijar os ícones que acreditam serem janelas para o céu, e para tocar os sarcófagos dos "santos", como um passo duvidoso para a salvação, ou para pagarem ao sacerdote por orações especiais que poderiam aproximá-los de merecerem o céu. Típica foi a conversa que tive com o principal sacerdote na catedral ortodoxa:

Dave (D): Como posso ir para o céu?
Sacerdote (S): Você tem de rezar.
D: Quanto devo rezar?
S: Você precisa rezar em todo tempo, em todo lugar.
D: Posso ter certeza se conseguirei ir ao céu?
S: Você nunca pode saber. As seitas, como os batistas, ensinam que você pode ter a certeza, mas a doutrina oficial da igreja ortodoxa é que você nunca sabe se irá para o céu.
D: Mas o que Jesus fez na cruz?
S (levando-me para o centro da igreja e apontando para uma suposta pintura de Jesus no alto do teto): Ele está olhando por todos nós! (Neste momento, um grupo de convidados de um casamento entrou. Recém-casados no civil, precisavam da bênção da igreja, pela qual pagaram o salário de um mês. Tendo de atendê-los, o sacerdote terminou a nossa conversa - que me deixou interiormente triste pelo engano em que vivem os "fiéis" ortodoxos!)

Fortes movimentos rumo ao ecumenismo

É um despropósito total acolher o catolicismo romano e a ortodoxia oriental como verdadeiro evangelho, mas tal insensatez reflete a tendência atual. Até mesmo o mundo busca a unidade religiosa. Há algum tempo surgiu nos EUA o movimento Promise Keepers, uma organização que reuniu milhões de homens e dezenas de milhares de pastores em defesa do mais flagrante ecumenismo.

No início de 1997 os Promise Keepers reuniram 39.000 pastores em Atlanta (Geórgia, EUA). A conferência juntou representantes dos apóstatas Conselho Mundial de Igrejas e Conselho Nacional de Igrejas, dos evangélicos, dos mórmons e dos católicos romanos, incluindo 600 padres. O vice-presidente do Ministério Pastoral dos Promise Keepers, Dale Schlafer, afirmou que esta nova unidade não está baseada em doutrinas (isto é, em verdade), mas em relacionamentos. Em contraste, a unidade bíblica é uma doutrina que deve ser definida. Algumas diferenças doutrinárias são tão vastas quanto a distância entre o céu e o inferno.

O que impressiona é o número de homens e pastores que se deixam levar por este e por movimentos semelhantes. Quanto a nós, "mantenhamos a unidade do Espírito" através do apego à sólida doutrina em obediência ao nosso Senhor.

Fonte: Chamada da Meia Noite

PORQUE CRER NA BÍBLIA



A Bíblia –
atual, autêntica, confiável


Um jovem solicitou ao seu pastor que escrevesse uma dedicatória em sua Bíblia. Um bom versículo já constava na página em branco: "Eu sou o pão da vida." O pastor apenas acrescentou: "Não o deixe mofar". O jovem jamais esqueceu esse conselho. Ele o pôs em prática lendo a Bíblia como sendo o pão da vida, fazendo dela seu alimento espiritual diário. Durante toda a sua vida ele foi grato por isso.

Singular em sua divulgação

A Bíblia é de longe o livro mais traduzido do mundo. Partes da Bíblia podem ser lidas atualmente em mais de 2.212 línguas diferentes e todo ano a lista é acrescida de 40 novas traduções. Nenhum outro livro também se aproxima da sua tiragem: o número de exemplares impressos sobe a cada ano, apesar da Bíblia ter sido o livro mais atacado em todos os tempos. Soberanos de todas as épocas, políticos, reis e ditadores, até líderes religiosos e seus cúmplices tentaram privar o povo de sua leitura. Combateram-na, despojaram-na de seu conteúdo, tentaram destruí-la. Pode-se dizer que jamais outro livro foi tão amado e ao mesmo tempo tão odiado quanto a Bíblia!

Singular em sua formação

Na verdade, a Bíblia é uma pequena biblioteca formada por 66 volumes. Ela foi escrita por aproximadamente 40 autores diferentes, durante um período de mais ou menos 1500 anos. Com toda a certeza ela não foi escrita por iniciativa coletiva. Ela também não foi planejada por alguém. Um dos autores escreveu na Arábia, outro na Síria, um terceiro em Israel, e ainda outro na Grécia ou na Itália. Um dos autores atuou mais como historiador ou repórter, outro escreveu como biógrafo, outro escreveu tratados teológicos, ainda outro compôs poemas e escreveu provérbios, enquanto outro registrou profecias. Eles escreveram sobre famílias, povos, reis, soberanos e impérios do mundo. O escritor das primeiras páginas jamais poderia saber o que outro escreveria 1400 anos mais tarde. Os escritores de séculos futuros nunca poderiam saber, por si mesmos, o sentido profético de um texto escrito centenas de anos antes. Mesmo assim, a Bíblia é um livro de uma unidade impressionante, com coerência do início ao fim, tendo um tema comum e falando de uma pessoa central: Jesus Cristo. A Bíblia é o único livro no qual milhares de profecias se cumpriram literalmente. Suas predições realizaram-se nos mínimos detalhes durante a história. Locais e datas mencionados nos relatos bíblicos foram confirmados pela ciência. Quando nos perguntamos como foi possível aos autores alcançarem uma unidade e uniformidade tão grandes no que escreveram, concluímos que só nos resta a resposta de 2 Pedro 1.21: "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo." Em outra passagem, a Bíblia diz: "Toda a Escritura é inspirada por Deus..." (2 Tm 3.16). Um filósofo francês expressou-se da seguinte maneira sobre a maravilha que é a Bíblia: "Quão miseráveis e desprezíveis são as palavras dos filósofos quando comparadas com as da Bíblia! É possível um livro tão simples, mas ao mesmo tempo tão perfeito, ser palavra humana?"

Singular em seus efeitos

Um ateu enviou a um jovem cristão grande número de artigos selecionados para convencê-lo de que a Bíblia era atrasada em muitas de suas afirmações e ultrapassada pelos conhecimentos dos tempos atuais. O jovem respondeu:

Se você tiver algo melhor que o Sermão do Monte, alguma coisa mais bela que a história do filho pródigo ou do bom samaritano, alguma norma ou lei de nível superior aos Dez Mandamentos, se você puder apresentar algo mais consolador que o Salmo 23, ou algum texto que me revele melhor o amor de Deus e esclareça mais o meu futuro do que a Bíblia, então – por favor, envie-o para mim com urgência!

Nenhum outro livro além da Bíblia transformou a vida de tantas pessoas para melhor. Ela é um livro honesto e mostra o ser humano como ele é. A Bíblia expõe o pecado e aponta o caminho para o perdão, ela exorta e consola, faz-nos ser humildes e nos edifica. A Bíblia nos mostra a razão de viver, coloca-nos diante de um alvo que faz sentido, e com ela entendemos a origem e o futuro da criação e da humanidade. A Bíblia lança luz sobre nossas dúvidas. Ela coloca a esperança diante de nossos olhos e fala de Deus e da eternidade como nenhum outro livro jamais o poderia fazer. Até Friedrich Nietzsche, inimigo do cristianismo, disse sobre a Bíblia:

Ela é o livro da justiça de Deus. Ela descreve coisas e pessoas em um estilo tão perfeito, que os escritos gregos e hindus não podem ser comparados a ela. O estilo do Antigo Testamento é uma parâmetro de avaliação tanto de escritores famosos como de iniciantes.

Infelizmente, Nietzsche nunca seguiu pessoalmente o que a Bíblia diz.

O escritor Ernst Wiechert escreveu sobre a Bíblia:

Tudo me encantava, muitas coisas me comoviam, outras me abalavam. Mas nada formou e moldou tanto minha alma naqueles anos como o Livro dos Livros. Não me envergonho das lágrimas que derramei sobre as páginas da Bíblia.

Marc Chagall, o gande pintor judeu, disse: "Desde minha infância a Bíblia me orientou com sua visão sobre o rumo do mundo e me inspirou em meu trabalho."

Singular em sua confiabilidade

Alexander Schick escreve:

Nenhum livro de toda a literatura universal pode ser documentado de maneira tão impressionante no que diz respeito ao seu texto original. E nenhum outro livro apresenta uma tão farta profusão de provas de sua autenticidade. Achados de antigos escritos nos dão a certeza de que temos em mãos a Bíblia com a mesma mensagem que os cristãos da igreja primitiva.

A Bíblia – ela funciona!


Em uma revista alemã encontramos o texto abaixo, que transcrevemos por ser muito precioso:

A Bíblia mostra a vontade de Deus, a situação do ser humano, o caminho da salvação, o destino dos pecadores e a bem-aventurança dos crentes.

• Seus ensinos são sagrados, seus preceitos exigem comprometimento, seus relatos são verdadeiros e suas decisões, imutáveis.

• Leia-a para tornar-se sábio e viva de acordo com ela para ser santo.

• A Bíblia lhe ilumina o caminho, fornece alimento para seu sustento, dá refrigério e alegria ao seu coração.

• Ela é o mapa dos viajantes, o cajado dos peregrinos, a bússola dos pilotos, a espada dos soldados e o manual de vida dos cristãos.

• Nela o paraíso foi restabelecido, o céu se abriu e as portas do inferno foram subjugadas.

• Cristo é seu grandioso tema, nosso bem é seu propósito, e a glorificação de Deus é seu objetivo.

• Ela deve encher nossos pensamentos, guiar nosso coração e dirigir nossos passos.

• Leia-a devagar, com freqüência, em oração. Ela é fonte de riqueza, um paraíso de glórias e uma torrente de alegrias.

• Ela lhe foi dada nesta vida, será aberta no juízo e lembrada para sempre.

• Ela nos impõe a maior responsabilidade, compensará os maiores esforços e condenará todos os que brincarem com seu conteúdo sagrado.

Um mecânico foi chamado para consertar o mecanismo de um gigantesco telescópio. Na hora do almoço o astrônomo-chefe encontrou-o lendo a Bíblia. "O que você espera de bom desse livro?", perguntou ele. "A Bíblia é ultrapassada, e nem se sabe quem a escreveu!"

O mecânico hesitou por um momento, levantou seus olhos e disse: "O senhor não usa com freqüência surpreendente a tabuada em seus cálculos?"

"Sim, naturalmente", respondeu o astrônomo.

"O senhor sabe quem a escreveu?"

"Por quê? Não, bem, eu suponho... Eu não sei!"

"Por que, então", disse o mecânico, "o senhor confia na tabuada?"

"Confiamos porque – bem, porque ela funciona", concluiu o astrônomo, irritado.

"Bem, e eu confio na Bíblia pela mesma razão – ela funciona!"

A Bíblia – atual, autêntica, confiável! Quem lê a Bíblia tem uma vida plena

Fonte: Chamada da Meia Noite

11 de abr. de 2010

JESUS FUNDOU A IGREJA DE HOJE?





A Igreja Emergente: a Laodicéia do Século 21?



“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).

Parece que cada geração tem sua própria apostasia específica e, em alguns casos, até mesmo depois de um avivamento espiritual. A igreja do século 20 começou numa batalha pelos fundamentos da fé cristã. Durante aquele período, os evangélicos (i.e., cristãos da atualidade que crêem na Bíblia e que se constituem de fundamentalistas, separatistas e outros apaixonados amantes da Bíblia) experimentaram um crescimento sem precedentes. Mas então, muitos dos principais seminários começaram a se comprometer, fazendo concessões à filosofia pós-moderna do humanismo secular de nível superior. De 1920 a 1935, muitos líderes fundaram escolas cristãs, institutos bíblicos e seminários que geraram fiéis expositores da Bíblia e igrejas evangelizadoras que ganhavam almas para Cristo em todo o mundo. Infelizmente, vários jovens educadores ingressaram nas universidades seculares a fim de obter seu grau de PhD. Depois de se graduarem, tornaram-se professores de seminário no encargo de ensinar os candidatos ao ministério pastoral a pregarem as Escrituras, sendo que eles mesmos nunca tinham exercido o pastorado, nem haviam se dedicado à pregação. Uma das máximas essenciais do processo educacional é a de que “não se pode partilhar aquilo que não se possui”. O que se verifica com freqüência, nos dias atuais, é que pastores jovens se formam nos seminários, todavia conhecem muito pouco sobre a pregação expositiva, sobre as doutrinas fundamentais, sobre a evangelização e nem mesmo possuem as ferramentas necessárias para atuarem como pastores. Hoje em dia, é comum ver pastores, recém-formados num seminário, assumirem o ministério pastoral de uma igreja, sem nunca terem sido alunos de um professor de seminário que realmente tenha exercido o pastorado de uma igreja.

Além disso, a lavagem cerebral de nossos filhos feita dentro das escolas públicas pelos humanistas seculares, desde a pré-escola até o ensino superior (especialmente nos cursos de pós-graduação) tem produzido uma geração pós-moderna que é avessa aos absolutos morais, ao Evangelho que é o único caminho de salvação e à autoridade da Palavra de Deus.

Lavagem cerebral


Muitos jovens que estudaram em faculdades cristãs já foram influenciados por essa moderna filosofia secular [N. do T.: Nos Estados Unidos há instituições de ensino fundamental, médio e superior que são mantidas por denominações e entidades evangélicas, cuja proposta de ensino e orientação educacional baseia-se em princípios bíblicos cristãos]. Até mesmo em algumas escolas cristãs de ensino fundamental e médio, é possível encontrar professores com formação acadêmica de orientação humanista, que propõem o ensino de uma filosofia secular dentro de um ambiente cristão. É espantoso verificar o grau de desconhecimento da Bíblia que a maioria dos calouros demonstra ao entrar numa faculdade cristã. O único antídoto para aqueles que sofreram essa lavagem cerebral humanista por muitos anos é uma genuína conversão a Cristo, acrescida de um tempo investido no estudo minucioso da Palavra de Deus.
Lavagem cerebral
A secularização da educação cristã fez com que muitos pastores jovens e sinceros se tornassem vulneráveis aos ensinos da igreja pós-moderna, ou como [seus membros] preferem se designar, “Igreja Emergente”. Esse movimento bebe da essência do antinomianismo, uma filosofia na qual os adeptos questionam mais a Bíblia e os fundamentos da fé do que o ensino e a influência anticristãs de sua formação educacional secular. Eles contam com o apoio de Hollywood, da mídia esquerdista e da música “heavy beat” que transmite mensagens antibíblicas num apelo às emoções, enquanto a mente é deixada de lado. Tal música pode, muitas vezes, apelar aos impulsos da carne e já invadiu as igrejas, onde muitos líderes eclesiásticos alegam que ela lhes presta um auxílio no processo de “crescimento da igreja”, tentando provar, com isso, que estão no “caminho certo”.

Entre os falsos ensinos que brotam da Igreja Emergente encontra-se uma forma não tão sutil de ataque à autoridade da Bíblia – um claro sinal de apostasia. Eles não mais afirmam: “Assim diz o Senhor” (apesar do uso dessa expressão por mais de duas mil vezes na Bíblia), por temerem que isso ofenda aquelas pessoas que apregoam a igualdade de todas as opiniões quanto ao seu valor. A Palavra de Deus não é mais interpretada por aquilo que realmente diz; em vez disso, é interpretada por aquilo que diz para você, desconsiderando, assim, o fato de que a formação educacional e a experiência de vida de uma pessoa podem influenciar a maneira pela qual ela interpreta as Escrituras, a ponto de levá-la irrefletidamente a um significado nunca planejado por Deus para aquele texto.

Alguns dão a entender que Jesus foi um “bom homem, até mesmo um bom exemplo, mas Deus?”. Disso eles não têm certeza. Outros relutam em chegar a tal ponto de questionamento, porque se Jesus não é Deus que “se fez carne”, então não temos um Salvador. Entretanto, há outros da Igreja Emergente que põem em dúvida o milagre da concepção virginal de Cristo, Sua morte substitutiva e expiatória, Sua ressurreição corporal e, obviamente, questionam mais de mil profecias bíblicas, tanto as que já se cumpriram, quanto as que ainda estão por se cumprir, as quais descrevem o maravilhoso plano de Deus para o nosso futuro eterno. Uma indicação da situação em que eles realmente se encontram é evidenciada pelas declarações de um dos seus principais líderes (que é chamado de evangélico), “apesar dele agrupar a série de livros Deixados Para Trás na mesma categoria de O Código DaVinci”.[1] Uma afirmação dessas, vinda de um dos líderes da Igreja Emergente, revela o grau de confusão ou de dolo a que eles de fato chegaram. Ou ele está confuso (iludido) quanto às mentiras gnósticas ocultistas que dominam o enredo de O Códico Da Vinci, ou rejeita, intencionalmente, a interpretação literal da Bíblia que é o fundamento da série Deixados Para Trás, baseada no livro de Apocalipse.

Divina Inspiração
Não temos nenhuma dúvida ao afirmar que os líderes da “Igreja Emergente” não crêem no arrebatamento pré-tribulacionista, porque não aceitam a divina inspiração e autoridade da Bíblia.

Os mestres pós-modernos que se denominam “evangélicos”, embora neguem a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3), são bem rápidos em falar o que eles e outros filósofos heréticos pensam, porém, raramente dizem o que Deus deixou registrado por escrito em Sua biblioteca de sessenta e seis livros, a Bíblia. Eu, particularmente, creio que eles, na verdade, são hereges, apóstatas e lobos “disfarçados em ovelhas”. Devido ao fato do cristianismo liberal ter caído no vácuo do descrédito e das igrejas liberais terem ficado vazias, eles agora fazem uma tentativa de re-empacotar sua teologia sob a forma de pós-modernismo. Na realidade, a maior parte desses conceitos não passa daquilo que costumava ser chamado de modernismo ou liberalismo, ainda que expressos com uma terminologia pós-moderna.
É difícil obter deles informações quanto ao que realmente crêem, mas eles sabem, muito bem, que não crêem nos fundamentos da fé bíblica. Já é hora de chamarmos a atenção das igrejas para o fato de que tais pessoas são hereges e falsos mestres que “não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2 Tessalonicenses 2.12), tal como Judas escreveu nos versículos 17 e 18 de sua epístola: “Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões”.
A mensagem do Espírito Santo dirigida à igreja de Laodicéia se enquadra perfeitamente à realidade deles: “Ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus. Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres outro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3.14-22).

Minha expectativa de que a verdadeira igreja evangélica assumisse sua posição “em alto e bom som” contra essa nova forma pós-moderna de apostasia, concretizou-se, recentemente, num simpósio de nosso Pré-Trib Study Group [Grupo de Pesquisas Pré-Tribulacionistas], ocorrido no final de 2006. Foram proferidas várias palestras excelentes que expuseram os erros desse novo movimento. Quase que simultaneamente recebi um exemplar do periódico The Master’s Seminary Journal [Jornal do Seminário Master’s] que também desmascarava esse movimento através de artigos escritos pelo Dr. John MacArthur e pelo Dr. Richard Mayhue, dentre outros articulistas. Em seguida, chegaram informações de que o Dr. John MacArthur está escrevendo um livro sobre o assunto. Certamente será uma obra completa, de modo que nos ajudará a confrontar essa heresia moderna pelas Escrituras, tal como somos expressamente orientados a fazer nestes últimos dias (i.e., “[provar] os espíritos se procedem de Deus”, 1 João 4.1). Pastores inexperientes e mal alicerçados na Palavra de Deus estão sendo influenciados por essa forma atual de apostasia. Se tais pastores, porventura, comprarem essas idéias nitidamente heréticas, levarão suas igrejas ao desvio da verdade, através de falsos ensinamentos. Se líderes cristãos proeminentes e bem conhecidos não se opuserem abertamente a essa distorção apóstata, é muito provável que se cumpram, negativamente, as palavras desta profecia: “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18.8).

Ao procurar uma igreja para sua família, certifique-se de avaliá-la pela importância que dá à Palavra de Deus. Você se lembra daqueles judeus “de Beréia”? Eles pesquisavam diariamente nas Escrituras para saber se os ensinamentos de Paulo e Silas eram legítimos e coerentes: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (Atos 17.11).

Fonte: Chamada da Meia Noite

FALSOS PROFETAS

Falsos profetas
Desde a queda no pecado existem brigas, ódio, assassinatos, homicídios, inveja, falsidade e engano. O autor do livro de Eclesiastes escreveu com razão: “...nada há que seja novo debaixo do sol” (Ec 1.9).

Já na época de Jeremias havia profetas pouco sóbrios, irrealistas e falsos, que desencaminhavam o povo com profecias enganosas. Mesmo quando as nuvens da tempestade do juízo se ajuntavam mais densas do que nunca sobre Jerusalém, eles acalmavam o povo. Suas declarações eram muito positivas e soavam edificantes, até mesmo encorajadoras aos ouvidos das pessoas. Eles prometiam muito, inclusive a vitória.

Em comparação, os ouvintes recebiam as mensagens de Jeremias como destrutivas, austeras e deprimentes, e só percebiam nelas a perspectiva do juízo. Tratava-se da justiça de Deus e da injustiça do povo, da sua falta de arrependimento e conversão. Como Jeremias deve ter se sentido diante deles?

O falso profeta Hananias apresentava uma “mensagem maravilhosa” e tinha a ousadia, e até mesmo a insolência, de proclamá-la abertamente: “No mesmo ano, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, isto é, no ano quarto, no quinto mês, Hananias, filho de Azur e profeta de Gibeão, me falou na Casa do Senhor, na presença dos sacerdotes e de todo o povo, dizendo: Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Quebrei o jugo do rei da Babilônia. Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da Casa do Senhor, que daqui tomou Nabucodonosor, rei da Babilônia, levando-os para a Babilônia. Também a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e a todos os exilados de Judá, que entraram na Babilônia, eu tornarei a trazer a este lugar, diz o Senhor; porque quebrei o jugo do rei da Babilônia” (Jr 28.1-4). A isso Jeremias respondeu: “Disse, pois, Jeremias, o profeta: Amém! Assim faça o Senhor; confirme o Senhor as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do Senhor e todos os exilados. (...) O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do Senhor” (vv. 6,9). Hananias não ficou nem um pouco impressionado, mas fez o seguinte: “Então, o profeta Hananias tomou os canzis do pescoço de Jeremias, o profeta, e os quebrou; e falou na presença de todo o povo: Assim diz o Senhor: Deste modo, dentro de dois anos, quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, de sobre o pescoço de todas as nações. E Jeremias, o profeta, se foi, tomando o seu caminho” (vv. 10-11). Para Jeremias a única opção era o afastamento. Mas o Senhor orientou-o para que voltasse até Hananias e lhe dissesse, entre outras coisas: “...O Senhor não te enviou, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras. Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; morrerás este ano, porque pregaste rebeldia contra o Senhor. Morreu, pois, o profeta Hananias, no mesmo ano...” (vv. 15-17). Todas as profecias mentirosas de Hananias foram soterradas pela areia da fantasia, pois Jerusalém foi definitivamente conquistada e todos os utensílios foram retirados do templo.
A mensagem de exortação do evangelho não é mencionada, e em vez disso espalha-se um evangelho do “sentir-se bem”.

Em uma carta, Jeremias teve de escrever o seguinte aos líderes de Israel e a todo o povo que Nabucodonosor tinha levado para a Babilônia: “Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhadores, que sempre sonham segundo o vosso desejo; porque falsamente vos profetizam eles em meu nome; eu não os enviei, diz o Senhor” (Jr 29.8-9). É interessante a proximidade significativa entre as falsas profecias e a adivinhação.

A situação hoje não é muito diferente: profecias bíblicas estão para se cumprir. A princípio as perspectivas não são boas, pois as nuvens da tribulação que se aproxima estão cada vez mais densas. Estamos cercados por más notícias. Indo de encontro a isso, prega-se em muitos lugares um evangelho puramente “positivo”, que ignora esses fatos e é recebido com atenção crescente:

– Avivamentos e curas são prometidos em larga escala. E embora, depois das reuniões, os doentes sejam tirados dos palcos ainda nas mesmas cadeiras de rodas nas quais chegaram, quase ninguém nota isso. O importante é o show!

– Faz-se do pecado algo inofensivo e fortalece-se a fé em si mesmo.

– A mensagem de exortação do Evangelho não é mencionada, e em vez disso espalha-se um evangelho do “sentir-se bem”.

Menciono alguns paralelos:

As advertências dos apóstolos são claras em relação aos últimos tempos, e não podemos negar que elas sejam cada vez mais pertinentes aos nossos dias:

“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo” (2 Co 11.13).

“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras...” (2 Pe 2.1).

“Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 Jo 4.1).

“Porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Rm 16.18).
As maiores heresias, opiniões equivocadas e seitas surgiram pela interpretação errada da Palavra de Deus.

Mas não devemos apontar para os outros sem olhar para nós mesmos, antes queremos aceitar essas exortações para nossa própria vida.

É claro que o Senhor pode falar de forma muito pessoal conosco por meio de uma palavra qualquer; provavelmente todo cristão pode testemunhar que isso acontece, alegrando-se com esse fato. Ainda assim não podemos aplicar os versículos bíblicos de forma aleatória e tola à nossa própria situação. Um exemplo: há algum tempo precisei ir com urgência à cidade de Hannover para conduzir um funeral. A previsão do tempo era a pior possível, havia alerta de tempestade, fortes nevascas, as ruas estavam escorregadias e os vôos estavam muito atrasados ou eram até cancelados. Alguns irmãos na fé aconselharam-me a não voar de jeito nenhum; seria muito melhor se eu viajasse com o trem noturno. Quanto mais eu prestava atenção aos amigos e ao meu próprio amedrontamento, mais inseguro ficava. Naquela noite tivemos uma reunião de oração. Alguns minutos antes do início abri minha Bíblia na esperança de, talvez, encontrar uma resposta ali. Meu olhar caiu sobre Lamentações 1.1-2: “...Tornou-se como viúva... Chora e chora de noite, e as suas lágrimas lhe correm pelas faces; não tem quem a console...” Lembrei da minha esposa – e fiquei ainda mais inseguro. Será que eu deveria viajar de avião? Conversei com ela em casa e ela disse que, em sua opinião, eu deveria voar despreocupadamente, pois voltaria são e salvo para casa. E, graças a Deus, foi o que aconteceu.

Essa insegurança pode surgir quando arrancamos as passagens de seu contexto. É preciso estar atento para que tudo aquilo que ensinamos, pregamos ou aprendemos em nossa “hora silenciosa” corresponda ao fundamento bíblico e não seja arrancado de seu contexto. A Palavra de Deus não pode ser simplesmente moldada a fim de confirmar nossa opinião pré-concebida. Infelizmente, algumas traduções, versões ou comentários da Bíblia não raro são adaptadas a certas tradições. Tenta-se manter e endurecer opiniões tradicionais próprias por meio de versículos bíblicos. Mas assim a Bíblia é rebaixada a objeto e nós mesmos nos elevamos à condição de sujeitos. Basta lembrar da questão do sábado, da observação das festas e feriados judaicos, da ingestão de alimentos, do batismo e de outros temas semelhantes. Não importa se parece positivo ou negativo: se não corresponder ao ensino geral da Escritura Sagrada, não vale nada. Mesmo o diabo tentou fazer com que Jesus caísse usando versículos da Palavra de Deus arrancados de seu contexto (Mt 4.3ss). E, como ele fazia e ainda continua fazendo isso, tudo o que ele diz é mentira, mesmo se referindo à Palavra de Deus.

As maiores heresias, opiniões equivocadas e seitas surgiram pela interpretação errada da Palavra de Deus.

Mais um exemplo de como não se deve agir: um filho de Deus querido e devotado às vezes sofre com pensamentos depressivos. Durante uma dessas fases ele teve dúvidas acerca da certeza de sua salvação. Ele conta que pensou várias vezes nos versículos de Hebreus 12.16-17, que dizem: “nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado”. Mas no caso de Esaú não se tratava de um filho de Deus que tinha pecado, mostrado contrição e, ainda assim, se perdido. Não: Esaú era antes de mais nada um ímpio, que vivia dessa forma e tinha desprezado conscientemente o seu direito à primogenitura. Esaú estava muito próximo da promessa destinada a ele, mas a rejeitou com desprezo, não a considerou e nem tomou posse dela. Mais tarde ele também quis herdar uma bênção, mas não era a bênção de Deus. As lágrimas de Esaú não foram derramadas em contrição. Ao contrário, ele tentou obter a bênção por meio de lágrimas – sem arrependimento. O caso de Judas foi parecido, pois ele sentiu remorso, mas não se arrependeu (Mt 27.3-5, veja também 2 Co 7.10).

Em outro trecho, a Bíblia diz a respeito de Esaú: “Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Rm 9.13). Isso significa que não havia nada em Esaú que o Senhor pudesse ter amado: nenhuma sinceridade, nem um pingo de integridade ou de busca pelo favor do Senhor, bem ao contrário de Jacó, que no auge do sofrimento de sua alma orou: “...Não te deixarei ir se me não abençoares” (Gn 32.26). É assim que a ira de Deus se manifestou contra Esaú e permanece sobre qualquer pessoa que rejeita a fé em Jesus (cf Jo 3.36).

Portanto, a questão não é se um nascido de novo pode se perder, mas que uma pessoa que não nasceu de novo, que vive sem Deus, que está perto da redenção (como Esaú) e tem a promessa, perde a salvação porque, em última instância, rejeita a opção e não a aceita para si. Muitos judeus, a quem a Epístola aos Hebreus fora dirigida, só se importavam com as bênçãos, isto é, as vantagens do cristianismo (Hb 10.29), mas não com Jesus. Aquele que permanece indiferente a Jesus Cristo, a indizível dádiva de Deus, comete um erro que não poderá ser perdoado nem na eternidade!

Fonte: Chamada da Meia Noite