Conheça o milagre
chamado Israel!
»» Viaje à terra santa, onde tudo começou...
»» Veja que Israel é um milagre de D'us desde a sua criação quando D'us chamou Abraão e faz com ele uma aliança e com toda a sua descendência...
»» Saiba que os estatutos de D'us são perpétuos para este povo escolhido e chamado a fazer benditas todas as nações da Terra...
Ministério de Ensino
Este ministério é voltado para a nação de Israel,
onde as raízes bíblicas são restauradas mostrando
também que a palavra de D'us traz restauração e
vida às pessoas quando voltam para a palavra de D'us.
Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo ao qual escolheu para sua herança. (Sl 33:12)
... em ti serão benditas todas as nações da Terra...
(Gn 12:3 b)
Certamente temos muito a aprender com
este povo que foi chamado, experimentado, provado e
designado por D'us a ser cabeça das nações
da Terra. ÊX 19:5
Está escrito "porque de Sião sairá o ensino, e de Jerusalém a palavra do Senhor. (Isaías 2:3)"
ALÉM DO RITUAL
A Páscoa tornou-se uma celebração ritual em toda a comunidade judaica mundial. As famílias judaicas reúnem-se toda a primavera para observar este rito através do Seder de Páscoa (Ordenança).
Esta refeição inclui vários elementos que nos lembram o grande livramento de Deus ao seu povo três mil e quinhentos anos atrás quando Ele enviou Moisés a Faraó com as instruções: "Deixa meu povo ir!" A resistência de Faraó trouxe dez pragas sobre os egípcios antes que o rei, finalmente, deixasse Israel ir. Então, uma vez mais, Faraó desafiadoramente persegue Israel até o Mar Vermelho, onde o Anjo do Senhor providenciou uma barreira entre Israel e o Egito.
Deus milagrosamente dividiu o mar com um vento do leste, tal que Israel pode escapar por um caminho seco (o caminho através do mar). Mas quando o exército egípcio seguiu a Israel através do mar, eles foram engolidos e se afogaram nas águas que se fecharam sobre eles.
Os atos de Deus impressionaram tanto a Israel que eles responderam temendo ao Senhor, crendo nele e adorando-o com cânticos e danças (Ex 15.1-21). A Escritura ensina que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Sl 111.10), e que Deus levou em conta o "crer" nele como justiça.
Abraão creu no Senhor e isto lhe foi creditado como justiça (Gn 15.6). Uma vez que o temor do Senhor está estabelecido (trazendo sabedoria e entendimento) e o confiar em Deus (crendo nele), eles foram estabelecidos como adoradores. Depois que Israel terminou de louvar ao Senhor, Moisés levou o povo ao deserto onde eles seriam provados pelo Senhor.
Israel finalmente falhou neste teste, cessando no temor do Senhor e em crer nele e em seu servo Moisés. Como resultado de sua incredulidade, Israel sofre a perda de uma geração inteira do povo que morreu no deserto. Nós continuamos a celebrar a Páscoa hoje, mas Deus deseja que nós vamos além do ritual.
Paulo explica que todos os acontecimentos da Páscoa prefiguravam a natureza do propósito para nossa instrução (I Co 10.1-11). A conclusão a que Paulo chega no verso 12 é particularmente penetrante: "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia". Novamente em I Co 5.7, ele diz: "Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós".
A realidade espiritual é a única coisa de valor além do ritual. O Messias Jesus é a única realidade que continuará soprando vida em nossas almas se nós esperarmos nele. Yeshua é o "Cordeiro Pascal". Eu creio que nós o vimos como o Anjo ("mensageiro" em hebraico) de Deus na nuvem e na coluna de fogo conduzindo Israel, o povo de Deus, conduzindo-os através de seus caminhos para separá-los do Egito.
Nós vimos como "Ruach" (hebraico para Espírito ou vento) dividindo as águas do Mar Vermelho. Paulo diz-nos que Ele foi a rocha que deu água a Israel no deserto. Yeshua disse sobre si mesmo em João 6 que Ele é o verdadeiro maná do céu e todos aqueles que vem a Ele nunca terão fome ou sede. Devemos ir além do ritual (não importa quão maravilhoso ou tradicional ele seja) para a vida verdadeira no Messias que é a nossa Páscoa. Como faremos isto? Temendo ao Senhor nosso Deus e crendo nele como nos ordenou (Jo 6.29).
Devemos avançar além do ritual para encontrar a verdadeira vida e o poder espiritual. O ritual não nos comunicará vida e esperança, mas Deus sim. O ritual não nos proverá o meio para escaparmos durante os tempos de provação, mas o Messias Yeshua sim. O ritual não nos fortalecerá o coração, quando estamos quase desmaiando, mas sim o desejo do coração do Espírito Santo de Deus, quando nós voltamos nossos olhos para o verdadeiro Cordeiro de Deus, Yeshua o Messias. E quando nos lembramos os grandes livramentos de Deus por Israel no Egito na época da Páscoa; então devemos nos agarrar à realidade do grande livramento do pecado e da morte por parte de Deus para a humanidade. No Messias nós temos mais do que livramento do pecado, nós somos também levados à presença do Deus Todo-Poderoso.
Ainda assim Deus pode usar o ritual para ministrar sua vida para nós, mas Ele não habita ali. Se você está substituindo o ritual por um entrar pleno na presença de Deus preste atenção para não cair. Tema somente ao Senhor. Ponha sua confiança somente em Yeshua. O Pai procura verdadeiros adoradores que possam adorá-lo em espírito e verdade. Que nesta Páscoa você conheça Deus além do ritual.
Baruch Há Shem!
Bendito seja o Nome!
_________________________________________________________________________
SEPTUAGINTA - LXX
Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG - Volume 1, n. 2 – março, 2008
A Septuaginta (LXX): a Torah na diáspora judaico-helenista
Pedro Paulo Alves dos Santos*
Au IIIe siècle avant notre ère, á Alexandrie, la Bible hebraïque fût traduite en grec: plus exactement, les cinq livres qui forment ce que nous appelons le Pentateuque, la Loi juive, La Torah. A Jusqu’a former, aux alentours de l’ère chrétienne, l’ensemble des livres grecs que nous que nous appelons la Bible des Septantes, ou plus simplement, la “Septante”.
Marguerite Harl
Introdução
A versão da LXX é uma obra de tradução, por isso mesmo, pode ser entendida como uma obra de interpretação. Enquanto projeto de tradução do Pentateuco, e posteriormente, de todos os textos hebraicos à disposição, a LXX é considerada como a Torah greco-helenística. Nesse sentido, a versão da LXX constituiu-se numa obra da exegese judaica antiga (SMEND, 1996). Neste artigo iremos abordar esta questão em uma dupla face. De um lado, o seu berço. Essa tradução teria emergido como uma exigência da comunidade judaica imersa no Helenismo (PREAUX, 1975), obra dos Judeus de Alexandria, entregue à Biblioteca de Ptolomeu IV, no século III? (VERMES, 1983). Do outro, sua fortuna crítica. Essa tradução percorreu todo o período inter-testamentário e depois o período da formação do Cristianismo, sendo ela mesma, versada para diversas línguas antigas, orientais e ocidentais. Harl denomina a fortuna dessa empreitada da comunidade judaica no Egito como La Septante Mère de traductions multiples.
A versão da LXX é uma obra de tradução, por isso mesmo, pode ser entendida como uma obra de interpretação. Enquanto projeto de tradução do Pentateuco, e posteriormente, de todos os textos hebraicos à disposição, a LXX é considerada como a Torah greco-helenística. Nesse sentido, a versão da LXX constituiu-se numa obra da exegese judaica antiga (SMEND, 1996). Neste artigo iremos abordar esta questão em uma dupla face. De um lado, o seu berço. Essa tradução teria emergido como uma exigência da comunidade judaica imersa no Helenismo (PREAUX, 1975), obra dos Judeus de Alexandria, entregue à Biblioteca de Ptolomeu IV, no século III? (VERMES, 1983). Do outro, sua fortuna crítica. Essa tradução percorreu todo o período inter-testamentário e depois o período da formação do Cristianismo, sendo ela mesma, versada para diversas línguas antigas, orientais e ocidentais. Harl denomina a fortuna dessa empreitada da comunidade judaica no Egito como La Septante Mère de traductions multiples.
E mesmo, que nessas traduções tenha-se a cotejado com textos massoretas, sua influência permanece ainda, evidente: “La LXX a été traduite em de nombreuses langues orientales et ocidentales. Et même lorsque, dans le domaine lingüistique, les traducteurs ont eu recours à l’hébreu, il y a toujours une influence indirecte de la LXX” (Harl, 1988, p. 330). Seguirei, através dos estudos de Marguerite Harl (1986, 1988, 1992), em vista de expor um exame sucinto diante de uma complexa questão: qual foi o significado da tradução da Torah, em grego, para a compreensão do Judaísmo helenístico? E, qual seria o seu papel na redação e na elaboração da tradição hermenêutica do Novo Testamento? Para isso, dividi este pequeno estudo em três partes: uma introdução sobre quem é Marguerite Harl; uma reflexão sobre a LXX que teria sido ou não a Bíblia Grega dos Judeus Alexandrinos; e, por fim, uma consideração sobre a LXX como o AT dos cristãos na Antiguidade.
1. Marguerite Harl
S’il y a aujourd’hui em France des recherches nombreuses et fructueuses sur la Bibble grecque des Septante, c’est largement à Marguerite Harl, professeur honnoraire à l’Université Paris IV-Sorbonne, que nous le devons.
Dorival e Muniche
Este artigo explorará, não sem razões bem fundadas, uma parte da extensa obra de Marguerite Harl. Pois, de fato, essa estudiosa francesa é a precursora na renovação da atual e numerosa pesquisa sobre a Bíblia Grega dos Setenta. Atualmente, ela é professora honorária na Universitè Paris IV-Sorbonne. No início de sua carreira universitária, Harl lecionava e pesquisava como especialista em Filão de Alexandria e na Literatura do Cristianismo Tardo-antigo. Em 1966, elaborou uma tradução crítica sobre um dos tratados de Filão. Quanto à literatura dos Padres da Igreja, em 1960, ela traduziu uma das homilias de Clemente de Alexandria. Também se ocupou com Origines, objeto de sua tese de doctorat d’État, em 1958. Além de Gregório de Nissa, a quem consagrou um Colóquio, editado em 1971.
Durante seu longo magistério, Harl foi se convencendo, assim como aos seus alunos, sobre a fundamental importância da Biblia grega dos Judeus de Alexandria (Setenta). Para Harl, a Septuaginta não foi apenas uma tradução. A partir da história dessa obra de tradução e interpretação helênico-judaica da Torah, constata-se, na verdade, a plataforma, ou melhor, o start de múltiplos processos exegéticos (leituras) específicos e sucessivos a LXX, tanto do Judaísmo antigo e helenista quanto do Cristianismo antigo. Assim: “Que la Septante était non seulement une traduction, mais aussi um texte considere comme original, qui a éte le point de départ des lectures spécifiques tant dans le Judaïsme (Philon) que dans dans le Christianisme (Le Nouveau Testament, les Pères)”. (DORIVAL et GILLES, 1995, p. 7)
A partir daquele momento ela amadurece, paulatinamente, um ousado projeto: a tradução francesa, com um atualizado aparato crítico, annoter, da Antiga Bíblia Grega. Assim, em 1986, ela funda a coleção La Bible d’Alexandrie. E com a colaboração de diversos pesquisadores (muitos deles seus ex-alunos) essa tradução já ofereceu ao público francês os primeiros cinco textos da Bíblia, o Pentateuco, com a pretensão de traduzir e comentar todos os outros livros. Para a consulta de sua biografia literária, é necessário percorrer os dois campos que tornaram notórios mundialmente a sua obra: os estudos críticos sobre a LXX, a que remetemos como referência: La langue de Japhet. Quinze études sur la Septante et les grecs des chrétiens (1992) e para os seus estudos sobre os Padres da Igreja, no contexto da Antigüidade tardia: Le Déchiffrement du sens. Études sur l’hermeneutique chrétienne d’Origène à Gregorie de Nysse (1993). Em ambos encontramos uma vasta bibliografia da autora. Além desses, temos uma panorama atualizado por ela mesma de toda a sua produção, no artigo: La Bible d’Alexandrie et les études sur la Septante. Reflexions sur une experience. In:Vigilae Christiane 47, 1993, p. 313-340.
2. LXX: A Bíblia Grega dos Judeus Alexandrinos
2.1 Uma breve introdução histórica da Hermenêutica Bíblica Judaica
Tratava-se, segundo Trebole, da única fonte, até as descobertas de Qumran, da tradução da Bíblia hebraica, fixada posteriormente (I-II séc.d.C.) e das idéias do Judaísmo alexandrino e palestinense. A criação da exegese judaica ocorreu, assim, no período anterior à revolta macabéia. Grande número de “correções” (tiqunê soperin) foi obra de escribas saduceus da época hasmonéia, de modo que os fariseus herdaram um texto já corrigido.
Para falar da gênesis e do desenvolvimento da interpretação bíblica das épocas persa e helenística, diversos são os fatores a serem considerados: 1) os escritos tardios ou deutero-canônicos, tais como as coleções da literatura sapiencial e apocalíptica, interpretação e reflexão sobre os livros e tradições de época anterior, também os livros apócrifos, considerados sem valor para a coleção sagrada (cânon), mas que, sua leitura e interpretação, prosseguiram no esforço de atualização e de reescritura dos textos bíblicos; 2) muitos textos bíblicos já ofereciam dificuldades de intelecção, além de verdadeiras corrupções textuais, exigindo todo um esforço de interpretação; 3) momentos de ameaça de desintegração sócio-religiosa, como o exílio da Babilônia, fez necessária a criação de releitura e uma nova compreensão de velhos textos legais e tradições históricas; 4) a necessidade de traduzir textos sagrados do hebraico para a língua aramaica (LE DEAUT, 1988), e para língua grega, obrigava a um grande esforço de interpretação e de atualização dos textos hebraicos.
Para muitos autores, a Escritura é a primeira intérprete de si mesma. Um fenômeno de intertextualidade (TEUGELS, 1996). Desde o começo da tradição bíblica, a interpretação é parte integrante do seu texto. De acordo com Trebolle, “embora muito rudimentar, os livros do AT já conhecem os procedimentos de interpretação que mais tarde utilizou a exegese rabínica, tanto do tipo peshat, que trata de fundamentar na Escritura as normais legais não contempladas na Tora”. (TREBOLLE, 1996, p. 514). Os profetas clássicos do século VIII inspiraram-se em tradições antigas para interpretar os acontecimentos de sua época. Seus discípulos não fizeram outra coisa do que continuar esse processo interpretativo, criando e recriando o texto. O processo da interpretação continuará, inclusive, depois da estabilização do texto.
Esse processo percorre, também, a formação do corpus literarius na esfera do Novo Testamento, em particular no âmbito da tradição paulina (REDALIÉ, 1994). O Judaísmo está, nesse período, totalmente conformado pela interpretação da Escritura. É o judaísmo do período farisaico que estabelece uma ponte entre a Torah revelada e a sua interpretação transmitida pela tradição, projetando, no Sinai, o início dessa relação. Desse modo, a interpretação revela novos significados, alcançados, não por revelação direta, mas através do trabalho exegético. (LUST, 1997)
Na história da interpretação judaica, um dado importante é a tradição histórica, na qual o elemento hermenêutico reside na convicção de que a tradição é regra de exegese de textos sagrados (FISHBANE, 1991). Istoo é, o contexto da recepção de textos torna-se critério hermenêutico para entender e reescrever outros textos. Isso porque, para eles, a revelação (fonte de autoridade e função do texto escrito) não era nem imediata, nem direta (WAL, 1996). Nessa perspectiva, “a Bíblia é o precipitado último de um longo processo exegético.” (TREBOLLE, 1996, p. 515). O texto bíblico nasceu, assim, imerso numa corrente de tradições orais. Ele foi sempre acompanhado por um corpo de comentários, a Mishná rabínica, a tradição oral por excelência do Judaísmo (WEINGREEN, 1959).
Essa breve introdução permitiu-nos chegar às seguintes questões levantadas nos estudos sobre a LXX: 1) eram comuns as traduções de textos em ambientes judaicos? 2) quais idiomas interessaram à produção literária na Palestina ou nas Diásporas (Egito e Babilônia)? Para Harl, “la traduction de la Torah grec a été décidée et réalisée dans un millieu juif ou le grec était um langue pratiquée (...) Langue de tous ceux qui partageaient le mode de vie des dominants gréco-macédoniens. Aussi la Septante n’est-elle pás, pour le judaïsme de cette époque, une entreprise aberrante: elle correspond à cette ample phénomène linguistique, le partage d’une même langue pour ceux qui constituaient alors le monde civilisé, laissant le “barbares” à leurs dialectes nationaux” (HARL, 1992, p. 18).
A obra de tradução em grego da Torah, portanto, não sendo uma “empresa aberrante” e correspondendo ao meio de vida dos judeus e dos povos ditos civilizados pelo helenismo greco-macedônio, impunha-se como uma necessidade da comunidade judaica em Alexandria?
2.2 A tradução dos LXX ou Septuaginta
Para Harl, “La version grecque a son originalité: elle ne dit pas exactement en grec, ici ou là, ce que dit le texte hébreu; ele offre des interprétations différentes de celles qu’ont reteneues les massorètes et revele des tendence exégétiques, litteraires ou theologiques propres aux divers traducteurs”. (HARL, 1992, p. 26)
Que a decisão de traduzir a Torah tenha sido uma demanda do Rei Ptolomeu, (DORIVAL, 1988) ou como uma iniciativa da comunidade judaica de Alexandria, não importa. Na verdade, a tradução seria uma resposta às questões e ao lugar dos judeus na diáspora. Uma obra que dialoga e responde às questões de ouvintes/leitores localizados, na forma de um “processo de comunicação literária” (ISER, 1986). Harl afirma que “La Septante, ou du moins le Pentateuque grec, est um produit du judaïsme alexandrin ou s’expriment la foi et les idées de la communauté juive telles qu’elles précisaient alors, en ce temps et ce lieu’ (HARL, 1986, p. 7). E, é certo, que esta obra de tradução exprimia uma intenção bem clara, “founir aux destinataires de leur version la Loi juive en un texte à la fois fidèle et intelligible”. (HARL, 1986, p. 8).
Para Harl, esta exigência de contextualização da LXX evita uma análise fantasiosa sobre o colorido multi-lingüístico do texto (hebraísmos, aramaísmos, latinismos) que levou muitos estudiosos a postular a qualidade literária e gramatical do texto grego como “ruim”, de “pouca qualidade”. Ao contrário, o postulado de Harl seguirá a noção “lingüística na qual uma língua é uma demanda de sentido de seus leitores”. Sendo assim, “ce grec avait sens pour les lecteurs”, pode-se afirmar que aquele texto grego fazia sentido para os seus leitores, naquele contexto.
Além disso, o empreendimento dessa tradução grega da Torah, segundo Harl, é marcado por uma dupla e bem precisa promoção: De uma parte, a Torah é, nesse momento, considerada como um “código de leis” suscetível de ser levado ao conhecimento de todos os povos “civilizados”, ao sair do mundo fechado no círculo dos poucos conhecedores do hebraico. De outra parte, o grego era aceito pelos judeus como uma língua digna de expressar as “coisas sagradas”. Dessa forma, a Torah grega poderia se dirigir ao vasto mundo helenístico (PREAUX, 1975).
No entanto, para entendermos as razões das revisões (TOV, 1984), e por fim, da rejeição do texto pela ortodoxia judaica, já na era cristã, duas condições se impunham como sine qua non: a fidelidade ao texto sagrado (ou texto-fonte) e cumprimento da função de qualquer boa tradução: ser inteligível ao leitor/ouvinte helênico. Para Harl, “produit d’un milieu juif bilíngüe, la Bible grecque pouvait s’adresser au vaste monde des hellénophones à condiction que soient concilier duex imperatifs: respecter le texte-source (l’hébreu), donner un texte intelligiblle dans la langue-cible (le grec)”. (HARL, 1992, p. 19).
2. 3 Os ‘significados’ da tradução dos Setenta: um texto na “Comunidade de leitores” do Judaísmo alexandrino
A existência da LXX, uma versão da Bíblia hebraica em grego possibilita, ainda, uma visão mais crítica sobre as relações entre o texto e seus leitores. Isto é, um aprofundamento sobre esta tradução e sua função estética na vida religiosa e cultural das comunidades judaicas no Egito (DORIVAL, 1988, p. 31-38). O primeiro elemento que Harl levanta sobre a natureza e a função do texto é a tradução. O segundo, o seu idioma literário, pois este é a afirmação de que se trata, sobretudo, de um texto bíblico. Sobre a tradução e a competência lingüística dos tradutores a autora coloca-se em guarda contra algumas concepções sobre a árdua e complexa tarefa que significou a realização da LXX. Assim, “si l’on accepte de dire qu’un language n’est pas un code réduit au lexique, ni la traduction un transcodage; si l’on reconnaît qu’une traduction ne se fait pas complètement signe par signe mais par unité de discours, on définit alors toute traduction come une ouvre d’intelligence, de goût, d’attention aux bons choix entre les exigences parfois contradictoires de deux langues”. (HARL, 1992, p. 21-22).
Uma obra de inteligência, de gosto e atenção às boas escolhas, diante de situações que não são transcodificações entre duas línguas. E, nem por isso, se pode ignorar que o conjunto da tradução terá graus diversos de aproximação entre o texto-fonte, o hebraico e o texto da versão. Segundo Harl, “on s’accorde aujourd’hui à reconnaître qu’entre la traduction ad verbum et la traduction ad sensum les traducteurs de la Septante ont dans l’ensemble, à des degrés divers, privilégié le respect du text hebreu”. (HARL, 1992, p. 22)
Esse respeito não servil ao texto hebreu reflete não somente competência, mas, também sua função sócio-religiosa. A LXX teria sido, então, uma tradução para as sinagogas das comunidades judaicas de língua grega? (BARC, 1995). Para Harl, a LXX é um texto judaico que exprime em grego uma teologia, uma piedade, as idéias judaicas (HARL, 1986). Em outras palavras, a tradução deve, também, respeitar o largo contexto religioso vivido no processo de “inculturação” das diásporas, e por isso, o texto da LXX reflete a língua koiné, o grego comum e difuso naquele período. O que importa compreender sobre a “língua de Japhet” é que esse grego difuso (koiné) servia às intenções da helenização. Espalhada por grandes extensões geográficas e níveis sociais, ela pode adotar expressões dialetais, expressões de uma língua falada, portanto, suportar as características de uma língua popular (HARL, 1998): “La koinè dispose de moyens de suffixation et surtout de préfixation qui rendent facile la création de mots nouveaux, aisément compréhensibles à partir de mots anciens’. De plus, le grec a une longue tradition d’emplos métaphoriques qui rend également apte à imiter le langage imagé de la Bible” (HARL, 1992, p. 23-24).
Aqui, dois aspectos são extremamente relevantes. De um lado, a utilização da língua grega difusa exprime uma estratégia de manter, por sua “maleabilidade” helenística, um respeito ao estilo do texto traduzido, ou ainda segundo, Harl, “le texte hébreu n’a pás été transforme en longues périodes à la mode grecque! La Septante a son propre style, qui est le style ‘biblique’ passe en grec” (HARL, 1992, p. 22-23). Do outro, esse “estilo” bíblico que se reconhece na textura da LXX implica a concepção dos efeitos das escolhas dos tradutores de imitar a função estética do texto hebraico. Por isso, a Setenta exprime uma “comunidade interpretante”. Os melhores motivos para essa tradução para o grego seriam os “receptores” de uma mensagem, que, ao mesmo tempo em que esta ultrapassa as fronteiras da língua originante, e se dispõe a conservar a dialética de ser judeu (religioso) num bilingüismo que os torna ativos na construção do grego apto aos efeitos do texto sagrado (portanto, hebraico) através do abandono do servilismo literal.
Harl sublinha, assim, que não se trata de uma transcrição mecânica, nem de uma desnaturação do grego por parte de ouvintes ignorantes da língua originária da Torah, mas que a função do texto grego é a recepção exegética da mensagem da Bíblia hebraica. Então, para Harl, “Je m’attacherai plutôt montrer ici que les “récepteurs” de la Septante, dans l’Antiquité ont leurs moyens de bien comprendre, globalement, le sens de la Bible (...) Par “récepteur” de la Septante j’entends non pas le lecteur occasionnel et superficiel, mais celui qui fait un effort de lecture attentive, recherche les sens, et devient, au vrai sens du mot, exégète” (HARL, 1992, p. 26).
Resumindo, o texto grego da LXX possui como ponto mais alto de sua natureza de tradução uma dimensão mística, isto é, segundo Harl, “les “sens” d’un texte, quel qu’il soit, peut être reçu malgré les défaillances de la langue qui l’exprime”. Essa insuficiência da linguagem geraria um recurso que qualifica melhor a linguagem, na medida em que o texto mostra e transmite, pela emoção, muito além do que exprime: “Les “hebraïsmes” maintenus dans le grec de la Septante jouent un role important pour cette écoute: faisant contraste avec le grec courant de la koiné, ils attirent l’attention sur ce qui est spécifique de la Bible” (HARL, 1992, p. 29).
Assim, aparentes deficiências tornam-se, no fundo, estratégias dos jogos de leituras dessa comunidade de leitores (BONFIL, 2004), que em meio à cultura helênica, perseveram no sagrado dever de ouvir as Escrituras: laer"f.yI [m;Ûv): ‘kai. evka,lesen Mwush/j pa,nta Israhl kai. ei=pen pro.j auvtou,j a;koue Israhl ta. dikaiw,mata kai. ta. kri,mata o[sa evgw. lalw/ evn toi/j wvsi.n u`mw/n evn th/| h`me,ra| tau,th| kai. maqh,sesqe auvta. kai. fula,xesqe poiei/n auvta. (LXX, Deut. 5:1).
Passemos à terceira parte deste artigo com o aparte teórico de Marguerite Harl: “Aussi la Septante a-t-elle bien transmis aux chrétiens “la Bible”. La langue de “Japhet” a exprimée pour ce qu’elle avait appris “dans le tentes de Sem” (HARL, 1992, p. 29).
3. LXX: O “AT” do Cristianismo bíblico e Patrístico?
Plusieurs siècles de traduction, davantage encore de “reception” de la version grecque de la Bible: c’est un long moment de l’histoire du Judaïsme et du Christianisme que marque l’usage de la langue des Grecs pour dire l’héritage des Hébreus.
Marguerite Harl
Como fizemos alusão no início deste artigo, a tradução grega da Torah obteve grande fortuna crítica tanto no Oriente, como no Ocidente, na era cristã. No Ocidente, as intervenções de Santo Agostinho e, sobretudo, a tradução latina, a “Vulgata”, de São Jerônimo, destacam, já, no século V, a importância da Setenta na formação da espiritualidade, da teologia e do pensamento cristão. Segundo Harl, “Au delà de l’intérêt que présent la Septante comme produit specifique du Judaïsme alexandrin, elle est de plus la source des lectures chrétiennes: les chrétiens ayant reçu comme Bible cette Bible grecque, comment l’ont-ils à leur tour comprise et interprétée? Comment y ont-ils vu une preparation de l’Évangile?”. (HARL, 1986, p.9).
O contexto da formação do cânone cristão implicou a decisão pela formação de um cânone propriamente judaico, aquele do chamado Antigo Testamento (PENNA, BEAUCHAMP, 2000). Para Harl, “pour l’historicien du Christianisme ancien et surtout pour le spécialiste des Peres grecs, La Septante est un point de passage qui introduit au Nouveau Testament et forme avec celui-ci le texte de référence pour la plupart des mots exprimant la foi nouvelle”. (HARL, 1986, p. 9).
3.1 As diversas “traduções” da Bíblia dos LXX
Segundo Harl, o que está em jogo, na verdade, é a questão da passagem feita pela tradução greco-helenística da Torah, para uma perspectiva cristã, isto é, uma hermenêutica própria dos textos véterotestamentários, por parte das comunidades cristãs, ainda em diáspora, na direção e ao encontro do universo pagão (helenista) da Ásia Menor (HARL, 1992, p. 253-266). Harl indaga: “comment la LXX, oeuvre juive, est-elle devenue l”AT” de la jeune Église chrétienne? Quel sont des phénomènes de continuité ou de rupture qui caractérisent ce moment de son histoire? Ses formulations grecques ont’elles joué un rôle déterminant pour l’expression de la foi nouvelle?”. (HARL, 1988, p. 269).
Primeiramente Harl recorda que, são diversas as heranças do patrimônio literário judaico recebido na elaboração redacional e teológica do Novo Testamento. Assim, “la LXX n’est pás l’unique source des tradictions juives pour les rédacteurs du NT. Une réflexion sur le passage de la Bible Juive à l’Église ancienne doit prendre en compte un vaste domaine”. (HARL, 1988, p. 269). Trata-se de toda uma literatura judaica pós-bíblica, de tradições interpretativas da história dos antigos hebreus que, os primeiros cristãos não ignoravam.
Nesse mesmo período, René Le Deaut, ao estudar os Targuns, apresentava à pesquisa do NT o expressivo influxo dessa literária homilética, em língua aramaica, isto é, a influência da tradição haggádica (oralidade) na escrita neotestamentária: “Les auteurs du NT en se réferent à tel ou tel passage de l’Ancien, avaient présent à l’ésprit tout l’arrière-plan aggadique et pas seulement l’original hébreu ou sa traduction (grecque ou araméenne suivant les cas): les divers éléments de cette tradition voltigent dans leur esprit et peuvent, à l’improviste, intervenir dans l’exposé”. (LE DEAUT, 1965, p.61).
Destaco entre as muitas obras do período intertestamentário (VERMES, 1983), a de Filão de Alexandria (TERMINI, 2000), que representava a recepção da exegese helenista na base da interpretação do Judaísmo da Diáspora. Através do sentido alegórico, ele intentava superar os passos obscuros e abrir a inteligência das Escrituras. A alegoria entendida por Filão era, sobretudo, baseada numa perspectiva vertical, ou seja, o sentido literal, para ele, refere-se ao conteúdo moral, e as realidades terrestres se referem às celestes (SIMONETTI, 1985, PÉPIN, 1987). Sua influência sobre o cristianismo antigo é indiscutível: “L’oeuvre même de Philon será de la plus grande importance dans la formation de l’exégèse chrétienne, car les Peres ont admirer ce commentateur juif du Pentateuque, ils ont preservé son oeuvre de l’oubli et ont repris d’une des sés interprétations”. (HARL, 1988, p. 272)
3. 2 A Septuaginta: Santo Agostinho e a Vulgata de S. Jerônimo
“On Occident, il en fut de même jusqu’à saint Augustain lui-même, puisque la Septante, passé en Afrique, y traduit en latin et ce “veilles (versions) latines”, comme on les appelle, ne furent supplantées par la version de Jerôme fait sur l’hébreu qu’après la décision prise par les autorités ecclésiatiques et Jerôme lui-même de revenir à l’hebraica veritas”, afirma Harl. (HARL, 1988, p.10)
Naquele momento, diversas formas da Vetus Latina (METZGER, 1968) circulavam pelo Império Romano. O termo Vetus Latina, afiirma Trebolle, não se refere a uma tradução única e completa da Bíblia, mas designa o conjunto das traduções anteriores à Vulgata de Jerônimo. Essa tradução latina circula em Cartago desde o ano de 250, sem que se conheça documentação alguma atestando a existência de outras no resto do mundo cristão de expressão latina. (TREBOLLE, 1996, p. 417)
De fato, esses textos se difundiam em língua latina popular à medida que se sedimentava a idéia de um Cristianismo que iria cada vez mais fortemente, como ocorreu, centrar-se em torno da Aeterna Civitas, substituindo e dando novo suporte à antiga unidade política do Império Romano, que irá se perder: “When and where it was that earliest attempts were made to translate the Bible into Latin has been much disputed. In opinion of most scholars today the Gospels were first rendered into Latin during the Last quarter of the Second century in North Africa, where Carthage had become enamoured of Roman Culture. Not long afterward translations were also made in Italy, Gaul, and elsewhere”. (METZGER, 1968, p. 72)
É notória, aos estudiosos, a insatisfação de Santo Agostinho e com ele, todo o Cristianismo culto, diante da permanente e contínua revisão do texto latino (DOS SANTOS, 2005). Essas revisões, para considerar a fonte grega e os gostos da latinidade popular, multiplicavam-se ao infinito. Em sua obra, Simonetti apresenta esses dois mestres da latinidade exegética como simultaneamente coincidentes e discordantes. Assim, “pur essendo stati Girolamo e Agostino pressoché contemporanei, essi debbano esseri considerati rappresentanti di due distinti momenti della storia della cultura e delle lettere cristiane.” (SIMONETTI, 1996, p. 21)
Enquanto para Santo Agostinho a LXX era, de certa maneira, inspirada: “Dal 400 in poi, Agostino usò la revisone geronimiana (Vulgata) dei quattro Vangeli nela sua Chiesa di Ippona, ma non adottò mai l’AT. Tradotto da Gerolamo dall’ebraico, sia perchè qualche altro vescovo aveva avuto reazioni (...) sia perchè aveva raggioni teologiche per preferire la LXX. La sua preferenza per la LXX si fondava sulla legenda aristeana accettata da Agostino...egli interpreta questo fatto come opera dello Spirito santo: ‘Et latinis quibuslibet emendandis, graeci adhibeantur, in quibus Septuaginta interpretum, quod ad vetus Testamentum attinet, excellit auctoritas’ (II, XV,2)”. (GRECH, 1986, p. 123)
Para São Jerônimo, ao contrário, trata-se de trazer ao latim a “verdade hebraica”, com manuscritos mais originais. Na história da exegese do NT, a chamada “Vulgata” (assim denominada desde o século XVI), realizada por São Jerônimo no século IV, e que a partir da época Carolíngia, tornou-se a versão divulgada e oficial da Igreja Latina, ocupa um lugar de destaque. Sua natureza não só responde à já citada insatisfação pela vitiosissima varietas criada pelas inumeráveis versões e fontes da Vetus Latina, mas, sobretudo, por aquilo que todos os estudiosos classificam como hebraica veritas, unida ao crescente apreço ao texto grego alexandrino e aos manuscritos unciais gregos do século IV. Sendo assim, “su questo punto occorre menzionare anzitutto Girolamo, così impegnato nella scoperta della hebraica veritas, ossia nel risalire al testo originario della Bibbia, e che ha fatto la traduzione dell’Antico Testamento destinata a diventare normativa, come “Volgata” per tutto l’Occidente, soppiantando le altre forma testuali più antiche e inattendibili”. (SIMONETTI, 1996, p. 376)
Pode-se afirmar, daí, que a tradição exegética latina, desde Tertuliano até a obra de São Jerônimo, coloca-se em continuidade com aquela advinda das escolas do Cristianismo Oriental. De modo geral, os tratados, homilias e comentários bíblicos latinos vão considerar o Novo Testamento, realização da profecia e, ao mesmo tempo, o ponto de vista hermenêutico do qual se pode ler profundamente o Antigo Testamento.
3. 3 Elementos específicos da LXX em suas relações literárias com os escritos cristãos
Para Harl, “ c’est une banalité de dire que le NT s’est refere aux “Écritures” pour founder sa théologie. Ces réferences aux Écritures sont-elles faites précisément à la version des LXX? Doivent-elles aux formulations grecques des traites specifiques, ayant des conséquences theologiques?” (HARL, 1988, p. 274). Harl explora, também, as questões específicas que permitem reportar com segurança a pertinência de sua pergunta inicial sobre o significado da expressão “segundo as Escrituras” (1 Cor 15:3: ‘kata. ta.j grafa.j’) nos textos do NT. Isto é, sobre o uso das Escrituras, entendendo aqui, os textos gregos da LXX ou TM, ou ainda outras traduções nas formulações da Fé cristã primitiva e basilar.
Harl adverte, no entanto, que além de muitas outras dificuldades, esta empresa só pode ser exegüida, analisando, cada livro, em sua unidade e forma literárias específicas, trata-se, por isso, de uma tarefa complexa: “chaque livre du NT doit d’ailleurs être pris à part: une même citation peut se trouver sous deux, trois, quatre formes différentes dans ces divers livres. La tache est donc complexe.” (HARL, 1988, p. 274)
Do ponto de vista crítico, não se pode aceder a tais dados de modo imediato, há de se convir que a crítica textual (METZGER, 1968) é uma peça imprescindível na exposição positiva e exegética de um texto bíblico, apesar, de às vezes nos mergulhar em profundas e insolúveis dúvidas (RIZZI, 1998). E mesmo que se faça uma abordagem sincrônica do NT, sempre válida, não se pode escapar de problemas diacrônicos complexos (PESCE, 2001) e ainda sem sombra de síntese, por parte dos discutidores, sobre as origens da Escritura nas citações neotestamentária dos Evangelhos: “On ne étonnerá pas de l’absence de toute synthèse sur ce sujet”. (HARL, 1988, p. 274)
Ora chamando a atenção para corpus específicos das Escrituras hebraicas, como Moisés, os profetas, ou os Salmos, em geral, o Novo Testamento apela para uma função específica que caberia a esses escritos antes de Cristo (LONGENECKER, 1999): Jo 19:24: i[na h` grafh. plhrwqh/| h` le,gousa ou, segundo a Vulgata, sit ut scriptura impleatur dicens. Isto é, a “antiga” Aliança só pode continuar a ser lida “com sentido”, à luz da sua radicalização ou do seu cumprimento escatológico, Lc 24:27: kai. avrxa,menoj avpo. Mwu?se,wj kai. avpo. pa,ntwn tw/n profhtw/n diermh, neusen auvtoi/j evn pa,saij tai/j grafai/j ta. peri. e`autou/ (ERNST, 1990).
Na consciência dos cristãos primitivos, a leitura messiânica das Escrituras supunha o Cristo pneumático (SIMONETTI, 1988; PENNA, 2003), que após a sua Ressurreição, interpreta e decifra a Lei e os Profetas, no tempo, como história (VANNI, 2002), assim, torna-se um instrumento de compreensão da sua ação histórico-salvífica, mas, também, de conflito com a exegese judaica (HARL, 1992).
3. 4 Indícios de citação da LXX nos escritos do Novo Testamento
Mesmo não desejando generalizar as questões do uso da LXX nas citações véterotestamentárias do NT, Harl chama a atenção para o fato que, na maioria dos casos, as citações são conforme uma das formas da LXX (LUST, EYNIKEL, HAUSPIE, 1992, 1996). Nesse período, a oscilação entre os textos é grande, dadas as revisões hebraicas das traduções gregas, o que impede uma análise uniforme de todos os textos. Sendo assim, “Le fait essentiel est que la majorité des citations des livres de l’ dans le sont conformes au text de la LXX sous l’une de sés formes”. (HARL, 1988, p. 276).
Conclusão
O presente artigo concentrou-se na obra de Marguerite Harl, uma das mais importantes pesquisadoras sobre os estudos da Septuaginta da atualidade, na medida em que ela acentua, na tradução dos LXX, a formação de uma interpretação da Torah produzida na Diáspora judaico-helenista, como testemunho de uma das formas do Judaísmo antigo. Assim, “L’opinion scientifique moderne hesite encore à dire si ce phénomene considérable de traduction répondait aux besoins culturels et religieux de la communauté juive d’Alexandrie, hellénisée au point ne plus comprendre aisément l’hébreu, ou bien s’il y eut, de la part des róis Ptolémées et des sauvants qui les entouraient à la biblioteque d’Alexandrie, le désir de connaître le lois selon lequelles vivait une partie important de la population alexandrine”. (HARL, 1986, p. 7)
Além disso, interessou à autora a questão da provável influência lexical e semântica da LXX na formação literária do Novo Testamento e, sobretudo, da história hermenêutica (teológico-espiritual) do Cristianismo antigo (LONGENECKER, 1992). O que a conduziu ao estudo da hipotética afirmação de que os escritores cristãos, de certa maneira, teriam forjado uma forma própria de língua grega vinculada ao idioma da LXX.
A propósito da publicação de Patristic Greek Lexicon (LAMPE, 1969), escreve Marguerite Harl: “D’abord, la physionomie d’ensemble du ‘grec chrétien’ se trouvi ici, obligatoirement, un peu déformée (...) Ce que les Chrétiens, justement, ont en commun avec les écrivains grecques de leur époque, dans la continuité de l’hellénisme, avec les évolutions normales d’une langue tardive” (HARL, 1992, p. 170-171). Os estudos mais atuais de critica textual do Novo Testamento e mesmo a recepção dos escritos canônicos, nos primeiros séculos cristãos (SEVRIN, 1989), parecem indicar, na “língua de Japhe”, um vasto campo de relações manuscritas com a LXX, tanto lexicais como semânticas. (EHRMAN et HOLMES, 1995)
Para Harl, essas relações teriam sido responsáveis pela formação literária e hermenêutica dos escritos canônicos (Novo Testamento) e até dos escritores e teólogos (Padres) do Cristianismo Primitivo que, ao mesmo tempo, criaram seu idioma sob a língua koiné da Torah. Ou seja: “Le christianisme héritage d’un vocabulaire dont les emplois dans la LXX avaient modifié la valeur. Ces mutations de sens, liés aux contexte de la spiritualité juive postbiblique, sont ainsi enregistrées dans le grecques des chrétiens”. (HARL, 1988, p. 316)
Ao longo de toda a sua argumentação, a autora, mesmo se interrogando, crê que a LXX foi também a Torah Grega da tradição cristã: “Pour l’histoire du Christianisme ancien les leçons propres de la LXX expliquent-elles certains développements théologiques ou spirituels des chrétien de langue grecque, que n’explique pás le texte massoratique? Ont-elles un rôle déterminant?” (HARL, 1988, p. 202; 1992, p.29).
Resta dizer ainda, que os estudos judaicos, quando apreciados sob o ponto de vista da Torah grega de Alexandria, exprimem a expectativa de um diálogo sempre melhor entre essas duas grandes e veneráveis “comunidades” de Leitura e de Interpretação do “Livro Sagrado” (PETRUCCI, 2004) numa mesma Tenda: “L’usage du grec pour lire la Bible revêt une autre importance au cours des premiers siècles de l’ère: c’est alors le point de rencontre entre Juifs et Chrétiens, le lieu de leur discussions exégétiques, au delà même des écrits du Nouveau Testament”. (HARL, 1992, p. 19)
* Pedro Paulo Alves dos Santos é Doutor em Teologia Bíblica, PUG-Roma, e Doutor em Estudos de Literatura pela PUC-RIO.
* Pedro Paulo Alves dos Santos é Doutor em Teologia Bíblica, PUG-Roma, e Doutor em Estudos de Literatura pela PUC-RIO.
Referências
BARC, Bernard. Du Temple à la Synagoge. Essais d’intérpretation des premiers targumismes de la Septante. In: DORIVAL, Gilles; MUNNICH, Odylle (org.). Selon les Septante: Hommage à Marguerite Harl, Cerf, Paris, 1995, p. 11-26.
BEAUCHAMP, Paul. Lecture christique de L”Ancien Testament. In: Biblica 81 (2000), p. 105-15.
BLASS-DEBRUNNER. Grammatica del Greco del Nuovo Testamento. Brescia: Paideia 1982.
BONFIL, Robert. Letture nelle Comunità ebraiche dell’Europa Occidentale in età Medievale. In: CAVALLO, Guglielmo. Storia della Lettura nel Mondo Occidentale. 3a Edição. Bari: Laterza, 2004, p. 155-197.
PETRUCCI, Antonio. La Concezione cristiana del Libro fra il VI e VII secolo. In: CAVALLO, Guglielmo (ed). Libri e Lettori nel Medioevo: Guida Storica e Critica. 5a Edição. Bari: Laterza, 2003, p. 3-26.
De LUBAC, Henri. L’Exegese Medieval. Les quatre sens de L’Écriture. 3 vols. Paris: Aubier, Paris, 1958-1965.
DORIVAL, Gilles et MUNNICH, Odylle (org.). Selon les Septante: Hommage à Marguerite Harl, Cerf, Paris, 1995.
______. Apperçu sur les Juifs en Egypte sous les Ptolomées. In: HARL, Marguerite et DORIVAL, Gilles et MUNNICH, Odylle. La Bible Grecque des Septante. p. 31-38.
DOS SANTOS, Pedro Paulo Alves. A tradição de Leitura em Santo Agostinho: Elementos essenciais da Exegese Patrística do Quarto Evangelho no Contexto da África do Norte no Vo. Século, à luz de Novas Questões Hermenêuticas. In: DOS SANTOS, Pedro Paulo Alves (org.). Maria e a Eucaristia. In: Communio 23/3 (2005), p. 107-147.
EHRMAN, B.D. et HOLMES, M.W (ed.), The Text of The New Testament in Contemporary Research. In: Studies & Documents 46. Michigan: Grands Rapids, 1995.
ERNST, Josef. Il Vangelo secondo Luca. 2a Edição. Brescia: Morcelliana, 1990.
FISHBANE, Michael. Biblical Interpretation in Ancien Testament. 3a Edição. London: Clarendon, 1991.
______. The Exegetical Imagination: On Jewish Thought and Theology. London: Harvard, 1998, espec. Midrash and the Nature of Scripture p. 9-21.
GRECH, Prosper. I Principi ermeneutici di Sant’Agostino: una valutazione. In: ______. Ermeneutica e Teologia biblica. Roma: Borla, 1986.
______. Ermeneutica dell’Antico Testamento nel Nuovo. Roma: EdPIB, 1989.
HARL, Marguerite. La Bible D’Alexandrie. Paris: Cerf, 1986.
______. Le Déchiffrement du Sens: Études sur l’Hermeneutique chrétienne d’Origène à Gregorie de Nyse. Paris: Cerf, 1983.
______. La Langue de Japhet: Quinze Études sur la Septante et le Grec des Chrétiens. Paris: Cerf, 1992.
______. La Bible d’Alexandrie’ et les études sur la Septante: Reflexions sur une experience. In: Vigilae Christiane 47, 1993, p. 313-340.
HARL, Marguerite et DORIVAL, Gilles et MUNNICH, Odylle. La Bible Grecque des Septante: Du Judaïsme Hellénistique au Christianisme Ancien. Paris: Cerf, 1988.
ISER, Wolfgang. O Fictício e o Imaginário: perspectivas de uma antropologia literária. Rio de Janeiro: Eduerj, 1996.
______. O Ato de Leitura: Uma teoria do efeito estético. Vols. I-II. São Paulo: Ed.34, 1996.
LE DÉAUT, Renné. Introduction à la Littérature Targumique. Roma: P.I.B., 1988.
LONGENECKER, R.N. Biblical Exegesis in the Apostolic Period. 2a Ed. Michigan: W. Eerdmann, 1999.
LUST, J., EYNIKEL, E., HAUSPIE, K. A Greek – English Lexikon on the Septuagint: With collaboration of CHAMBERLAIN, G. Part. I - K – W. Stuttgart: Deustsche Bibelgesellschaft, 1996.
______. A Greek – English Lexikon on the Septuagint. Part. II – A-I. Stuttgart: Deustsche Bibelgesellschaft, 1992.
LUST, J. e VERVENNE, M., Deuteronomy and Deuteronomic Literature. BETHEL 83 (1997), Louvain.
METZGER, B. M. The Text of the New Testament: Its Transmission, Corruption, and Restoration. 2a Edição. Oxford: Clarendon, 1968.
PENNA, Romano. I Ritratti Originali di Gesù Il Cristo: Inizi e sviluppi della cristologia neotestamentária. Vol. I-II. 3a Edição. Milano: San Paolo, 2003.
______. Appunti sul come e perchè il Nuovo Testamento si rapporta all”Antico. In: Biblica 81 (2000), p. 95-104.
PÉPIN, Jean. La Tradition de l”Allegorie de Philon D’Alexandrie a Dante. In: Études Augustiniennes. 2 tomes. Paris, 1987.
PREAUX, Cl. Le Monde Hellénistique: La Grèce et L’Orient 323-146 av.J.-C. Paris: PUF, 1978.
REDALIÉ, Yann. Paul après Paul. Genève: Labor et Fides, 1994.
SEVRIN, J-M. (ed.). The New Testament in Early Christianity. In: Louvain: BETHEL 86 (1989).
RIZZI, Giovanni. Le Scritture tra i metodi storico-critici moderni e I principi ermeneutici fondamentali nel Giudaismo e nel Cristianesimo. In: Rivista Biblica XLVI/2 (1998), p. 121-223.
SIMONETTI, Mannlio. Lettera e/o Allegoria: Un contributo alla Storia dell”Esegesi Patristica. In: Roma: SEA 23 (1985).
______. Cristologia giudeocristiana: Caratteri e limiti. In: Roma: Augustianum 28 (1988), p. 51-65.
______. Letteratura cristiana antica: Testi originali a fronte. 3 vols. Roma: Piemme, 1996.
TERMINI, Claudio. Le potenze di Dio: Studio su dunamis in Filone di Alessandria. In: Roma: SEA 71 (2000).
TEUGELS, G., Did Moses Se the Chariot?:The Link between Exod 19-20 and Ez 1 in Early Jewish Interpretation. In: VERVENNE, M. Studies in Book of Exodus: Redaction – Reception – Interpretation. Louvain: BETHEL 76 (1996), p. 595-603.
TOV, Emanuel. “The Rabbbinic Tradition concerning the ‘Alterations’ insert into the Greek Pentateuch and their Relation to the Original Text of the LXX”. In: Journal for the Study of Judaism 15 (1984), p. 65-89.
TREBOLLE, Juan Barrera. A Bíblia Judaica e a Bíblia cristã: Introdução à História da Bíblia. Petrópolis: Vozes, 1996.
VANNI, Ugo. Tempo ed Eternità nell’Apocalissi: Traccia per uma Riflessione Teológico Bíblica. In: CASALEGNO, Alberto (org.). Tempo e Eternità: in Dialogo con Ugo Vanni S.I. Milano: San Paolo, 2002, p.25-72.
VERMES, Geza. La Literature Juive intertestamentaire à la Lumière d’un siècle de recherches et decouvertes. In: KUNTZMANN, R. e SCHLOSSER, J. (org.). Études sur le Judaïsme Hellénistique.Paris: Cerf, 1983, p. 19-40.
WAL, A. Van der. Themes from Exodus in Jeremiah 30-31. In: VERVENNE, M. Studies in Book of Exodus: Redaction – Reception – Interpretation. Louvain: BETHEL 76 (1996), p. 559-566.
WEINGREEN, J. From Bible to Mishna: The Continuity of Tradition. Orford, 1959.Doutrina da Trindade na Igreja Evangélica - MENTIRA E TRAMA.
Introdução
Através desse estudo bíblico será feita a reinterpretação da Doutrina da Trindade, dominante no cristianismo.
Não farei abordagem ampla sobre Unicistas, Testemunhas de Jeová e outros "estranhos à Bíblia", porque são heresias marginais que não interessam aos fundamentos dos apóstolos para a Igreja de Jesus Cristo. (Efésios 2:20)
Exporei alguns conceitos básicos, necessários para progredir nas interpretações.
O principal, incomparável, será a interpretação da Palavra de Deus.
Se você dispõe de uma Concordância Bíblica e, fizer um levantamento por palavras ou frases específicas, tipo: Senhor, Senhor Jeová, Jeová, Deus, Espírito de Deus, Espírito Santo, Espírito do Senhor, Pai ... e, lendo o conteúdo, na primeira impressão poderá dizer: "Como separar isso?" "Quem é quem?"
Mas, nada na Bíblia fica sem interpretação, sobretudo a interpretação revelada.
Se eu creio na Trindade? Não! Como alguém poderia acreditar em algo que não existe. A doutrina da Trindade não passa de uma invenção de homens. Transformaram em doutrina uma opinião que possui sentido aparentemente lógico e, dela, surgem desdobramentos que "estranhamente" favorecem perfeitamente os interesses do catolicismo romano. (sinal da cruz, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ...)
A divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é inegável, mas, a doutrina da Trindade visa criar um sugestionamento científico sobre o que o Senhor Deus não permite. Essa é a glória do homem (Satanás): transformar a glória de Deus em ciência humana.
A doutrina da Trindade tenta criar a sensação de que existem três pessoas nas quais a divindade é manifestada. Em muitas igrejas já ouvi a frase: "o Espírito Santo é uma pessoa". Isso decorre da doutrina da Trindade. Nas considerações abaixo, será evidente que não existem três pessoas, senão, a Unidade seria quebrada.
Antecipo que não ficarei desmembrando expressões ou palavras, segundo seus confusos significados, que a teologia tem, por regra, fazer, mostrando sabedoria científica. Mas, conforme a simplicidade do Espírito Santo, apenas as compreensões básicas que, para um bom entendedor, pelo Espírito Santo, basta.
Conforme escrevi para um "letrado", rebatendo o que tenho escrito sobre a Trindade, que apresentou um conhecimento comparado ao de um físico ou cientista, que, é capaz de "fazer uma lâmpada", conforme as dezenas de livros que tenha lido e decorado suas "fórmulas" limitadas e que não permitem questionamentos.
Esse Físico, conseguirá "fazer uma lâmpada", e fazer a luz manifestar pelo modo científico.
Entretanto, esse Físico jamais conseguirá dizer: "Haja Luz" e a Luz passar a existir.
O que é Trindade?
A Doutrina da Trindade argumenta que há um único Deus em três pessoas distintas, diferentes (*), que são: Pai, Filho e Espírito Santo.
Segundo a Doutrina da Trindade, cada uma das três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, pode ser chamada de Deus, assim: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Abrangentemente, a Igreja Evangélica, que adotou a Doutrina da Trindade, se diz monoteísta, ou seja, que admite a existência e crê em um único Deus e, esse único Deus, está presente na pessoa do Pai, na pessoa do Filho e na pessoa do Espírito Santo.
A Trindade é uma doutrina fundamental e inquestionável do cristianismo.
O que é Unicismo?
Os unicistas afirmam que há um só Deus e que Jesus Cristo é Deus, daí, decorre a sustentação de que Jesus Cristo é Deus na sua totalidade e, ainda, Jesus Cristo tem que ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A doutrina unicista anula a Doutrina da Trindade.
Conceitos: Monoteísmo e Politeísmo
O monoteísmo é a crença em um só Deus. A divindade no monoteísmo é: onipresente, onisciente e onipotente.
O monoteísmo trinitário é a afirmação de um só Deus em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
O politeísmo consiste na crença em mais de uma divindade.
A divindade pode ser de gênero masculino, feminino ou indefinido.
Cada divindade, no politeísmo, é individual e independente.
No politeísmo reconhecem deuses e deusas, originados de fontes diversas.
Vamos iniciar a interpretação seguindo um caminho progressivo.
O que é PESSOA? (*)
Pessoa, segundo o dicionário: Criatura humana, individualidade.
Através do estudo apresentado ficará notório o grave erro do uso da expressão pessoa na Doutrina da Trindade, independente das variadas intenções filosóficas ou teológicas que pretendam dar para ela.
O que é CRIATURA?
Criatura, segundo o dicionário: Efeito de criar, todo ser criado, homem, indivíduo.
O que é CRIAÇÃO?
Criação, segundo o dicionário: Ação ou efeito de criar, de tirar do nada. Totalidade dos seres criados. O universo visível. Produção, obra, invento.
EU SOU O QUE SOU.
Deus se apresentou ao povo de Israel, conforme consta no livro do Êxodo, capítulo 3, versículo 14. dizendo:
" E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. "
Deus, o Deus de Israel é autoexistente, o único Deus verdadeiro. Ele é a plenitude do absoluto.
Sendo Deus, ESPÍRITO e plenitude que não foi criada, ou seja, existe por si mesmo, autoexistente, SE FOSSE CRIADO, deixaria de ser o verdadeiro e único Deus, essa glória seria de outro, então, essa plenitude autoexistente chamada Deus, NÃO PODE SER UMA PESSOA.
A expressão "pessoa" implica uma identificação de natureza terrena e, Deus, não pode ser relativizado em natureza terrena. A natureza de Deus é espiritual, celestial, inalcansável ao entendimento humano, por isso DEUS É ESPÍRITO. Deus é Deus, Deus não se submete dentro da limitada dimensão de pessoa.
Se digo, conforme a doutrina da Trindade, que o Deus criador de todas as coisas é uma pessoa, estou colocando Deus na condição de compreensão e natureza humana. Estaria, sim, removendo a plenitude incalculável da glória da divindade e tranformando o Deus Altíssimo em pessoa de homem, individualizado e limitado. A expressão pessoa remove e aniquila a natureza celestial e espiritual.
Então:
A Trindade, doutrina de domínio no cristianismo, diz que, o Único Deus, revela-se em três pessoas divinas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Que a mesma divindade está no Pai, no Filho e no Espírito Santo, um único Deus em três pessoas.
Que essas pessoas são distintas, ou seja, separadas em existência, mas, existem pelo mesmo Deus.
Agora, vou interpretar:
Para poder individualizar o Pai como uma pessoa, e é o Pai quem gerou o Filho Jesus, implicaria afirmar, inclusive, que esse Pai foi criado (gerado) e é distinto.
ENTRETANTO, o Pai é o próprio Deus autoexistente, significando que esse Pai não foi criado (gerado) e, É O PRÓPRIO ESPÍRITO DE DEUS, EM PLENITUDE.
O DEUS AUTOEXISTENTE ESTÁ SE TORNANDO "PAI", RECEBE A QUALIFICAÇÃO, AO MESMO TEMPO, PORQUE GEROU O FILHO. DEUS É ESPÍRITO.
Se, não aceitar que o Pai é o próprio Deus, então teremos um Deus autoexistente e mais (+) outra pessoa distinta que seria o Pai, conforme diz a Doutrina da Trindade. A Doutrina da Trindade "força" o entendimento da existência de um Pai, para individualizar a primeira pessoa da Trindade.
Se Pai é uma qualificação dada ao próprio Deus porque gerou seu Filho, não pode ser transformado em pessoa.
A pessoa, seria o próprio Deus e, não o Pai. Para ajustar na doutrina da Trindade deveria dizer que, ao invés de Deus estar em três pessoas distintas, seria, uma pessoa estar em três pessoas distintas. Percebe como é difícil confirmar uma mentira? Basta interpretar.
A maravilhosa, insondável e inalcansável plenitude de Deus habita no Filho, pois ao Filho foi dado todo o poder, honra e glória, e, é o Unigênito do Pai, o Pai está acima Dele e, o Pai é o próprio Deus autoexistente. DEUS É ESPÍRITO.
A maravilhosa, insondável e inalcansável plenitude de Deus que habita no Filho é o Espírito Santo. O Espírito Santo não pode ser separado do Pai porque é o próprio Deus e sua plenitude autoexistente. DEUS É ESPÍRITO.
O Espírito Santo não pode ser separado do Pai e, está no Filho.
O ESPÍRITO SANTO É A VIDA DO PRÓPRIO DEUS AUTOEXISTENTE. DEUS É ESPÍRITO.
Interpretando o texto da Bíblia em 1 João 5:7, diz:
" Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. "
Se nos é dado que os três, Pai, Palavra e Espírito Santo, são UM, implica que são o mesmo ser, a mesma autoexistência.
A Doutrina da Trindade diz que o Pai é uma pessoa e o Espírito Santo é outra pessoa. Esta afirmação é falsa porque não posso individualizar o que é indivisível. Deus, Pai e Espírito Santo É o mesmo e único Deus. Aqui não há separação ou indidualização.
O Pai e o Espírito Santo não são pessoas distintas: ELES SÃO A MESMA PLENITUDE AUTOEXISTENTE: DEUS.
Por isso é chamado de " DEUS E PAI ".
Se, O PRÓPRIO DEUS É PAI, o Pai é a plenitude da autoexistência, da mesma forma o Espírito Santo. DEUS É ESPÍRITO.
Não podem ser considerados como pessoas separadas.
Por que diz a Bíblia?
Mateus 12:31 e 32 - " Portanto eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.
E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. " (tb. Marcos 3:29; Lucas 12:10)
Sendo Deus e Pai acima de todos, contra Ele a blasfêmia não é perdoada, pois é o Criador, o Deus autoexistente e Quem tem toda a glória. A blasfêmia contra o Espírito é a blasfêmia contra o próprio Deus e Pai. Deus é Espírito.
Jesus diz que honra ao Pai - João 8:49. O Pai é maior que o Filho.
Jesus tem o Espírito do Pai, o Pai habita nele em plenitude.
João 14:28, diz:
" Ouvistes que eu vos disse: Vou e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis por ter dito:
Vou para o Pai; porque o Pai é maior do que eu. "
Mateus 10:19, 20, diz:
" Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar; porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer;
Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós. "
E agora?!
A doutrina da Trindade diz e é comum ouvir isso nas orações, nas famosas bênçãos apostólicas ... enfim:
"............. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. "
Sendo Deus o próprio Pai, inseparáveis, então, teria que concordar em dizer:
"............. Pai Pai, Pai Filho e Pai Espírito Santo. "
"............. Espírito Santo Pai, Espírito Santo Filho e Espírito Santo Espírito Santo. "
Compreender a confusão? Doutrina da Trindade é uma mentira.
O Pai, o Espírito Santo.
Quando "alguém" é chamado de pai é porque gerou um filho.
O Pai que gerou o Filho Jesus, gerou pelo seu ESPÍRITO.
Maria não concebeu de ação de pessoa física, mas, pelo ESPÍRITO SANTO. (Evangelho: Mateus 1:18 - Lucas 1:35)
Mateus 1:18, diz:" Ora o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. "
Se, Deus Pai gerou o seu Filho Jesus Cristo, então, o Espírito Santo é o próprio Espírito de Deus e do Pai, senão, não seria chamado Filho de Deus. Jesus é identificado por Filho de Deus e Filho do Pai, ou seja, quem o gerou é Deus e Pai.
Se, o Pai é Deus, logo o Pai é o Espírito Santo.
Se o Pai não é o Espírito, então fica entendido que o Pai é outra pessoa "gerada" por Deus.
Jesus, sendo Filho de Deus, fala com Aquele que o gerou chamando-o de Pai.
1 Coríntios 8:6, diz: " Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. "
1 Coríntios 15:24, diz: " Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. "
Se, é Filho de Deus, o Espírito Santo, por conseqüência, não pode ser considerado PESSOA, pois é plenitude de Deus, e Deus é ESPÍRITO. O Espírito de Deus é autoexistente. O Espírito Santo é a vida e glória do próprio Deus autoexistente.
O Deus criador de todas as coisas, gerou tudo pelo poder da Sua Palavra.
Do nada tudo foi trazido à existência.
Visualizando o que diz a Doutrina da Trindade, temos três pessoas distintas e o mesmo Deus nelas, a divindade nas três pessoas distintas.
Perguntas:
- Sendo o Deus autoexistente o próprio Pai, como posso separar uma pessoa para identificá-lo ou individualizá-lo?
- Sendo o Espírito Santo o próprio Deus autoexistente, como separar uma pessoa para identificá-lo ou individualizá-lo?
O Filho sim, esse foi gerado e é distinto e, o Deus autoexistente em plenitude está nele.
Lembrando:
Não estou negando a existência do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Estou afirmando que a Doutrina da Trindade não existe, diante da interpretação da Bíblia. Uma invenção perigosa.
Ilustração conforme a interpretação do estudo. Visualizando a interpretação até este momento apresentada,
não temos três pessoas distintas.
Perguntas:
- Sendo o Deus autoexistente o próprio Pai, como posso separar uma pessoa para identificá-lo ou individualizá-lo?
A Doutrina da Trindade, para dizer que o Pai é uma pessoa, diz que Deus está no Pai, criando uma "sensação" de que o Pai está em outro plano individualizado ou disposição distinta.
Isso está errado, pois, Deus não está no Pai, DEUS É O PAI.
- Sendo o Espírito Santo o próprio Deus autoexistente, como separar uma pessoa para identificá-lo ou individualizá-lo?
Mesmo que alguém receba o Espírito Santo, esse Espírito ainda continua ligado com Deus, continua sendo UM COM DEUS, ou seja, É DEUS, não se desvinculou de Deus para ser individualizado. Disso vem a unidade perfeita, senão haveria independência do Espírito Santo em relação ao Deus e Pai.
O Filho de Deus, sim, esse foi gerado e é distinto e, o Deus autoexistente em plenitude está nele e, Ele, em Deus.
Lembrando:
O Pai, o Filho e o Espírito Santo existem, mas, estou afirmando que a Doutrina da Trindade está errada.
Ilustração conforme a interpretação do estudo. A imagem ao seu lado esquerdo é apenas uma representação de Deus e sua plenitude, sabendo que Deus é Espírito, o Deus autoexistente, o Deus EU SOU, o Senhor Deus.
É uma imagem limitada mas imagine que fosse "sem medida". Estou usando isso para auxiliar na interpretação sobre o assunto que estamos tratando aqui.
Você olha para a imagem ao lado e vê apenas o Deus autoexistente, o Deus EU SOU, antes que tudo fosse criado, formado ou gerado. Apenas Deus e sua autoexistência - Deus é Espírito.
João 4:24, diz:
" Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. "
Perguntas:
1. Antes de Deus gerar o seu Filho, onde estava o Filho?
Resposta: O Filho estava em Deus, no Deus autoexistente.
2. Se o Filho estava em Deus, posso dizer que o Filho estava naquele que iria gerá-lo?
Resposta: Sim, se o Filho estava em Deus, igualmente o Filho estava no Pai que iria gerá-lo, ou seja, o Pai será o próprio Deus autoexistente.
3. Se o Deus autoexistente gera ou faz manifestar seu Filho, o Deus autoexistente passa a ser Pai?
Resposta: Sim. Enquanto não é gerado, o Filho está em Deus e, sendo gerado e manifestado, Deus passa a receber e ter a qualificação de Pai e, podemos, desse ponto e dimensão de compreensão, dizer que o Filho está no Pai e, após gerado o Filho, o Pai está no Filho e o Filho no Pai.
Podemos também entender que, antes de ser gerado, o Filho já estava no Pai e que, o Pai já estava em Deus, não porque o Pai seja "outra pessoa", mas, que Deus receberia a qualificação de Pai. Compreende?
4. Antes de Deus gerar o Filho, Deus já era Pai?
Resposta: Não, porque só pode receber a qualificação de Pai depois que gerar o Filho.
O Deus autoexistente, que é Espírito, se fez conhecer, manifestado, através do seu Filho Unigênito.
O Filho Unigênito recebeu toda a glória e divindade do nosso Deus e Pai.
5. O Filho estava em Deus, mas não havia sido manifestado. Se o Filho estava em Deus, posso dizer que esse Filho já é Deus?
Resposta: Não, porque para exercer a sua obra como Deus precisa passar a existir. Porque o que se pergunta é: O FILHO JESUS, GERADO ENTRE OS HOMENS, É DEUS? Somente depois de ser gerado poderá o Filho exercer sua divindade e seu reinado, e, enquanto não é manifestado ou gerado, quem exerce a plenitude da divindade é somente o Deus autoexistente. Por isso, ao Filho foi dado todo o poder, ou seja, ao Filho que foi gerado para manifestar toda a glória do Pai que o manifestou.
Uma pausa ...
Primeiro: O Filho de Deus, o Senhor, foi gerado pelo Deus autoexistente, em glória, vivendo em plenitude de glória com corpo glorioso sem corrupção, espiritual. Foi gerado pela Palavra de Deus. Deus falou e o Filho foi manifestado. Estava com Deus desde antes da fundação do mundo e, está no reino dos céus.
Segundo: O Filho de Deus, Jesus Cristo, o Salvador Ungido, foi gerado pelo Espírito Santo em Maria, em corpo de corrupção, carnal. O Filho de Deus nasceu neste mundo entre os homens, neste reino de trevas e dor.
1 Pedro 1:20, diz:
" O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós. "
6. Então, quem é o Pai de Jesus Cristo?
Resposta: O Pai de Jesus Cristo é o próprio Deus autoexistente.
O Filho foi gerado e manifestado, em glória, pela Palavra de Deus. Deus falou e o Filho foi manifestado sem intervenção de carne, mas unicamente pelo poder de Deus que é a Palavra de Deus. Por isso o Filho é a manifestação da Palavra de Deus e o Pai se manifesta através do Filho dando ao Filho todo o poder e glória.
O Filho de Deus, Jesus Cristo, o Salvador Ungido, foi gerado e manifestado, neste mundo, pelo Espírito Santo em Maria, em corpo de corrupção, carnal. O Filho de Deus nasceu neste mundo entre os homens, neste reino de trevas e dor.
O Deus autoexistente é o "Senhor Deus" e o Filho é o "Senhor".
Salmo 110:1, diz:
" Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. "
Quem está sentado à direita de Deus Pai? O Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus.
Essa revelação do salmista refere ao tempo da justiça de Deus através da obra de Jesus Cristo, até que tudo se cumpra.
Gênesis 1:26, diz:
" E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; ... "
Antes de ser gerado e manifestado entre os homens, o Filho de Deus era conhecido apenas como "Senhor", mas, depois de ser gerado e manifestado entre os homens, para salvação da humanidade, recebeu o nome Jesus Cristo, ou seja, o Salvador Ungido de Deus. O Messias. O Emanuel (Mateus 1:23).
7. O Pai de Jesus Cristo é uma outra pessoa?
Resposta: Não, pois quem gerou Jesus Cristo foi o próprio Deus autoexistente pelo seu Espírito Santo. Assim, depois que gerou Jesus, manifestando-o, recebeu a qualificação de "Pai", mas esse Pai é o próprio Deus autoexistente. Por isso o erro da doutrina da Trindade de tentar separar esse Pai como se fosse uma a primeira pessoa da Trindade.
Se fosse assim, acompanhando o raciocínio estratégico católico da Trindade, já não poderiam ser três, mas quatro pessoas, a primeira pessoa deveria ser o Deus autoexistente (não foi gerado por ninguém), a segunda pessoa o Pai (teria de ser gerado), a terceira pessoa o Filho (foi gerado) e a "quarta" pessoa o Espírito Santo (teria de ser gerado). Que absurdo de interpretação das coisas da Bíblia ... isso é diabólico.
8. Se Deus é Espírito, onde fica o Espírito Santo?
Resposta: O Espírito Santo ou Espírito de Deus é o próprio Deus autoexistente. Deus é Espírito.
Quando se diz que o pecado contra o Espírito Santo não será perdoado, está dizendo que, o pecado contra Deus Pai, o Senhor Deus, ou o Deus autoexistente, não será perdoado. (Mateus 12:31)
Exemplo para auxiliar a compreensão:
Um ser humano, homem, gera um filho. Esse homem, que gerou o filho, recebe a qualificação de pai.
A qualificação é acrescentada, mas, continua sendo, PLENAMENTE, o mesmo homem. DEUS É PAI.
Esse pai não é outra pessoa, é o mesmo homem. DEUS É PAI.
Esse homem, de si, deu algo para gerar o filho e, esse algo, também, não é outra pessoa, é a sua própria existência, sua semente, SEU ESPÍRITO. DEUS É ESPÍRITO E TAMBÉM, PAI.
Aquele que nasce desse pai é uma pessoa.
Tem tudo o que é do pai, sua imagem e sua semelhança, possuindo a plenitude do pai.
Assim:
Somente o Filho foi gerado. O Pai e o Espírito Santo não foram gerados.
O Pai não está em Deus e nem Deus está no Pai. DEUS É PAI PORQUE GEROU O FILHO.
O Espírito Santo não está em Deus e nem Deus está no Espírito Santo.
DEUS É ESPÍRITO. ESPÍRITO DE DEUS. ESPÍRITO SANTO DE DEUS.
Quando Deus dá do Seu Espírito, dá de Si mesmo.
Deus não dá algo que esteja "compartimentado ou particionado" dentro ou fora Dele. Deus dá de Si. Deus dá Sua própria VIDA. Deus não dá outra pessoa.
O Espírito Santo não é uma pessoa, É O PRÓPRIO DEUS. Por isso, quem tem o Pai, tem o Filho, pelo Espírito de Deus.
O Filho foi gerado. DEUS ESTÁ NO FILHO. DEUS, que é o Pai e o Espírito Santo ESTÁ no Filho.
O filho possui A VIDA DO PAI, OU SEJA, O ESPÍRITO DO PAI (ESPÍRITO DE DEUS). O Pai ESTÁ no Filho.
Observação: Isso não confirma os unicistas, ao contrário, afasta ainda mais.
Jesus não é o Pai, mas, o Pai está Nele, pelo Espírito Santo.
Os unicistas alegam que Jesus é o Pai encarnado, unificando em Jesus as "pessoas" da Trindade.
Por isso os trinitaristas consideram o unicismo uma seita.
(Bom ... os trinitaristas vão me chamar de herege também, unicistas e trinitaristas e todos os "istas")
Jesus não é o Pai, o Pai está Nele.
João 8:29, diz: " E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. " O Senhor Jesus está dizendo que, se Ele não agradar o Pai, entristecendo o Espírito Santo de Deus, estará só, sem o Pai.
Jesus não é o Espírito, o Espírito está Nele.
Jesus é a manifestação da Palavra de Deus em glória e, gerado pelo Espírito de Deus em carne.
Isaías 61:1, diz: " O Espírito do SENHOR JEOVÁ está sobre mim; porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos. "
Salmo 110:1, diz: " Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. "
Jesus está se referindo ao SENHOR DEUS JEOVÁ (ou JAVÉ ou YHVH ...), não está falando dele mesmo, mas Daquele que o gerou e está nele.
Por isso temos as passagens bíblicas onde Jesus e outros dizem: " Meu Pai e meu Deus ".
Algumas passagens da Bíblia:
João 8:42, diz: " Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente, me amaríeis, pois que eu saí e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. "
João 14:10, diz: " Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. "
Quem faz as obras é o Espírito Santo, o Espírito de Deus, DEUS É ESPÍRITO - Deus é o próprio Pai. Nosso Deus e Pai.
João 20:17, diz: " Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. "
Quem é essa Palavra?
No que diz respeito à Palavra, requer agora interpretação sobre "Quem é essa Palavra".
Alguns textos bíblicos:
Efésios 6:17, diz: " Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. "
Hebreus 4:12, diz: " Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. "
Hebreus 11:3, diz: " Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. "
A Palavra não é uma pessoa. A Palavra é DEUS FALANDO.
DEUS trazendo à existência aquilo que não existe.
Também aprendi, por tradição doutrinária indiscutível que, Jesus é a Palavra. Mas, isso está errado.
Tomando o texto do Evangelho de João, capítulo 1, versículos 1, 2, 3 e 14, temos:
" No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. " (destaque meu)
O entendimento dominante diz que o Verbo é Jesus, que o Verbo é a Palavra.
Se o Verbo se fez carne, está dizendo que Jesus se fez carne, gerou a si mesmo, e não foi gerado pelo Pai ou Deus, entende-se que o Verbo gerou a si mesmo e não foi gerado.
Para ser Filho de Deus precisa ser gerado pelo Deus e Pai, senão, não pode ser chamado de Filho de Deus.
É necessário separar a ação do Pai e do Filho. Feito isso, as confusões desaparecem das interpretações.
Para confirmar que Jesus é o Verbo e Palavra, devo também confirmar que a tradução de João 1:14 está errada em todas as versões da Bíblia, e, deveria estar escrito assim:
" E o Verbo foi feito carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. " (destaque meu)
No livro do Apocalipse, capítulo 19, vemos um versículo isolado, 13, que diz:
" E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. "
Jesus é a PERSONIFICAÇÃO OU MANIFESTAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS - HAJA LUZ!.
O Filho da Palavra de Deus. O Filho de Deus. Deus falou e o Filho foi gerado, manifestado.
Deus falou e o Filho nasceu, ou seja, foi gerado pela Palavra de Deus em plenitude da glória de Deus.
No livro de Apocalipse diz que o Cordeiro é a lâmpada de Deus de onde emana a glória de Deus.
Consegue meditar na dimensão disso? Que o reino dos céus é iluminado pelo glória de Deus que flui através do Cordeiro.
Apocalipse 21:23, diz:
" E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. "
Apocalipse 22:5, diz:
" E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre. "
OBS: Deixo destacado que não confirmo a doutrina da seita Testemunha de Jeová - a interpretação que apresento nada diz respeito ou se compara em igualdade neles.
Jesus fala pelo Espírito de Deus. O Pai é quem fala e faz as obras através do Filho. JESUS FALA A PALAVRA DE DEUS.
A Palavra de Deus, dada pelo Senhor Jesus, diz:
- Evangelho de João, 5:43, diz: " Eu vim EM NOME DE MEU PAI, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis. " (destaque meu)
- Evangelho de João, 10:25, diz: " Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, EM NOME DE MEU PAI, essas testificam de mim. " (destaque meu)
- Evangelho de João, 14:10, diz: " Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas O PAI, QUE ESTÁ EM MIM É QUEM FAZ AS obras. " (destaque meu)
Quem faz as obras é o Espírito Santo, o Espírito de Deus, DEUS É ESPÍRITO - Deus é o próprio Pai. Nosso Deus e Pai.
Carta aos Colossenses, capítulo 3, versículo 17, diz:
" E "tudo" o que fizerdes por palavras ou por obras, fazei "tudo" em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (destaque meu) "
O texto de Colossenses diz "tudo". O próprio Senhor Jesus ensinou fazer assim.
Carta aos Hebreus, capítulo 1, versículo 5, diz:
" Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei?
E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho? " (tb. Sl 2:7; At 13:33; Hb 5:5)
JESUS É A MANIFESTAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
O PRÓPRIO JESUS FALA A PALAVRA DE DEUS, QUE ESTÁ NELE E FLUI DELE, PELO ESPÍRITO DE DEUS QUE É O ESPÍRITO DO PAI.
Por isso, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo são UM. Ou seja, UM = DEUS = O DEUS AUTOEXISTENTE.
DEUS É ESPÍRITO, plenitude e autoexistência absoluta.
O Pai e o Espírito Santo seriam considerados pessoas se tivessem sido criados.
Isso não é possível, pois são a mesma existência.
São expressões que identificam o que É em si mesmo, mas, não são pessoas diferentes do Deus: "EU SOU O QUE SOU".
Pai, Palavra e Espírito Santo não são expressões que individualizam pessoas.
Pai, Palavra e Espírito Santo são expressões que se identificam dentro da "mesma existência".
O Pai gerou o Filho. Deus é o Pai.
O Deus e Pai gerou o Filho PELA SUA PALAVRA.
Quando é dito que Jesus é a Palavra, fica errada e limitada a compreensão, porque, sendo Jesus o Filho de Deus, certamente foi gerado e, em glória, o Filho foi gerado pela Palavra de Deus, sem intervenção de outra natureza, mas, somente pela Palavra de Deus.
O Deus ou a Palavra que gera o Filho é o Pai, pois, o próprio Jesus afirma que Ele fala pela Palavra do Pai e não fala dele mesmo. O Pai fala e faz as obras através do Filho.
Quando é dito que o Filho criou todas as coisas, devo entender que, quem falou através do Filho para criar todas as coisas foi o Pai, ou o próprio Deus, pois, quem faz todas as obras é o Pai.
- Evangelho de João, 14:10, diz: " Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas O PAI, QUE ESTÁ EM MIM É QUEM FAZ AS obras. " (destaque meu)
Quem faz as obras é o Espírito Santo, o Espírito de Deus, DEUS É ESPÍRITO - Deus é o próprio Pai. Nosso Deus e Pai.
Se aceito que Jesus é a Palavra, sou levado ao errado entendimento de que a Palavra gerou a si mesma.
* Sem cair na interpretação dos Testemunhas de Jeová porque a exposição que apresento não usa dos mesmos argumentos deles.
Jesus é o Filho da Palavra de Deus, podendo assim, ser chamado, também, de Palavra de Deus.
Seria, de modo simples, dizer:
É chamado de Palavra de Deus (Filho), aquele que foi gerado pela Palavra de Deus (Pai).
Mais simples ainda: Tal o Pai, tal o Filho.
Entretanto, Jesus não é a Palavra citada em 1 João 5:7.
Assim, o texto da Bíblia em 1 João 5:7, diz:
" Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. "
A PALAVRA está/existe em Deus em plenitude que ao homem não é possível alcançar.
Em essência autoexistente, a Palavra é Espírito, dentro do domínio do próprio Deus que é Espírito.
Ou seja, é UM. Não é pessoa.
Deus fala sua própria PALAVRA que É e EXISTE EM SI MESMO.
O DEUS AUTOEXISTENTE É A PALAVRA.
O Filho Unigênito foi gerado pela PALAVRA DE DEUS.
Deus falou e, pela sua PALAVRA o Filho Unigênito EM GLÓRIA foi gerado e manifestado.
Completando a compreensão, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, que são UM, ESTÁ NO FILHO.
A plenitude do Deus autoexistente ESTÁ NO FILHO.
E a Trindade?
Já não pode ser sustentada a Doutrina da Trindade, porque, o Pai e o Espírito Santo, conforme exposto acima, são uma só existência e, não são duas pessoas distintas.
O Pai não foi criado, pois é o próprio Deus autoexistente. É chamado Pai porque é Aquele que gerou o Filho Jesus Cristo.
O Espírito Santo não foi criado, pois é o próprio Deus autoexistente.
A manifestação da vontade do Deus autoexistente em plenitude, gerou Jesus Cristo e, assim, esse Deus autoexistente é o próprio Pai.
Se o Pai fosse uma pessoa, parte distinta, caberia ao argumento da Doutrina da Trindade, mas, se o Pai é o próprio Deus, não há como separá-LO porque é a mesma existência.
Conforme a Bíblia diz, nos dirigimos ao nosso Deus e Pai ou ao nosso Deus Pai.
A doutrina da Trindade não existe!
A trama da Santíssima Trindade.
Em um trecho do estudo sobre a Doutrina da Trindade, no site do CACP, escrevem que, aceitam a Trindade de acordo com o que expõe a Bíblia Sagrada nas seguintes passagens bíblicas:
Mateus 28:19, diz: " Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. "
(essa passagem é uma manipulação feita na Bíblia - abaixo, breve consideração)
Efésios 4:4-6, diz: " Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos. "
1 Coríntios 12:4-6, diz: " Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. "
2 Coríntios 13:13, diz: " A graça do nosso Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos, Amém. "
Números 6:24-26, diz: " O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz. "
Texto bíblico adulterado - Mateus 28:19.
Evangelho de Mateus 28:19, diz:
" Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; "
** Entretanto, tendo em vista que a "trama" sempre deixa vestígios que, progressivamente são descobertos, encontrei um texto de Mateus 28:19 em um site católico, com a seguinte interpretação:
Disse Nosso Senhor: "Ensinai todas as gentes, e batizai-as em nome do Padre, e do Filho, e do Espírito Santo".
** Em outro trecho desse mesmo texto católico diz:
"É claro, é só um exemplo, muito imperfeito, mas que nos ajuda a compreender o grande mistério que é a Santíssima Trindade, base de nossa Fé, fundamento de nossa Redenção, sustentáculo de nossas vidas e no qual, todos os dias, através do sinal da Cruz, nós afirmamos a nossa fé: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."
** Outro trecho em outro texto católico, diz:
"4. A SS. Trindade na vida da Igreja. Como já se disse acima, a Igreja, no cumprimento da palavra de ordem de J. C., baptiza os crentes "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", e só admite ao Baptismo depois de profissão de fé trinitária. Na liturgia latina, que separa da celebração do Baptismo a da Confirmação ou Crisma, os fiéis só são admitidos a este sacramento depois de repetirem a profissão de fé baptismal.
Toda a celebração da Eucaristia, desde o gesto inicial à bênção final, passando pelas orações, doxologias e outras fórmulas, se faz em nome da SS. Trindade. Coisa semelhante se verifica na celebração dos outros sacramentos e sacramentais.
O primeiro gesto que se ensina às crianças cristãs e catecúmenos é o benzer-se "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".
Como se não bastasse, a Igreja reserva um domingo do ano (logo a seguir ao Pentecostes) à especial celebração, com a categoria de solenidade, do mistério da SS. Trindade. (Cf. Cat. 232-267)"
..........
Definição de "Santo Padre" = Sumo Pontífice = Papa. Eis aí a sutileza embutida.
Quando se objetiva um propósito, não importa o tempo que levará.
Importa que o plano esteja em andamento progressivo e, em coisas espirituais, sabemos a dimensão disso.
Ou não?
Para saber se um texto está em desacordo ou fora de contexto bíblico, basta INTERPRETAR A BÍBLIA para que o erro fique em evidência.
Esse texto de Mateus 28:19 é uma aberração, mas, para os que querem sustentar doutrinas, ele é indispensável.
Quando foi desenvolvida questão sobre o * Batismo nas Águas (ver estudo) ser em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ou em nome de Jesus Cristo, O Senhor, essa evidente manipulação também manifestou. Essa manipulação visa sustentar o interesse da igreja católica apostólica romana, através da Doutrina da Santíssima Trindade e a marca, o sinal da cruz.
Se a igreja católica apostólica romana ia evangelizar o mundo e tendo o Papa como referência de ser Deus em plenitude na terra, a Doutrina da Trindade lhe dá essa sustentação. O Papa é, conforme pretendem sugestionar, a própria personificação da Trindade e, o sinal da cruz se tornaria uma marca, seguindo a evangelização feita por eles ao redor do mundo.
Nas considerações sobre o Batismo nas Águas, é infantil dizer que os apóstolos fizeram exatamente aquilo que não deveria ser feito, ou seja, batizar nas águas EM NOME DO SENHOR JESUS.
O único texto bíblico que sustenta o batismo pela Trindade é Mateus 28:19. Nos demais textos o batismo é feito em nome do Senhor Jesus.
A Doutrina da Trindade aplicada pelo catolicismo romano e, adotada dissimuladamente pela igreja chamada evangélica, removeu a plenitude da autoridade de Jesus Cristo, único Senhor, que lhe foi conferida pelo seu Deus e Pai.
A DOUTRINA DA TRINDADE, SUTILMENTE, REMOVE A PESSOA E AUTORIDADE DO ÚNICO MEDIADOR.
Assim, já se fala EM NOME DO PAI, sem precisar do mediador Jesus Cristo.
O que diz a Palavra de Deus, dada pelo Senhor Jesus:
- Evangelho de João, 5:43, diz: " Eu vim EM NOME DE MEU PAI, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis. " (destaque meu)
- Evangelho de João, 10:25, diz: " Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, EM NOME DE MEU PAI, essas testificam de mim. " (destaque meu)
- Evangelho de João, 14:10, diz: " Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas O PAI, QUE ESTÁ EM MIM É QUEM FAZ AS OBRAS. " (destaque meu)
Quem faz as obras é o Espírito Santo, o Espírito de Deus, DEUS É ESPÍRITO - Deus é o próprio Pai. Nosso Deus e Pai.
Carta aos Colossenses, capítulo 3, versículo 17, diz:
" E "tudo" o que fizerdes por palavras ou por obras, fazei "tudo" em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (destaque meu) "
O texto de Colossenses diz "tudo". O próprio Senhor Jesus ensinou fazer assim.
Jesus faz as obras em nome do Pai, o Pai que está em Jesus e faz as obras. Nós, os que cremos, fazemos as obras em nome de Jesus Cristo, pois, o Senhor Jesus é a justiça do Pai e único intermediador e acesso ao Pai. Unicamente através do Senhor Jesus podemos realizar alguma coisa.
Disso, fica exposta uma sutileza diabólica.
A expressão "Em nome do Senhor Jesus Cristo" não interessa para o catolicismo romano. Não haveria o sinal da cruz.
O principal interessado para que o batismo nas águas seja em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é da igreja católica apostólica romana, fortalecendo a Doutrina da Santíssima Trindade.
O principal interessado para que se faça uma oração (reza) em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é da igreja católica apostólica romana, fortalecendo a Doutrina da Santíssima Trindade.
O principal interessado para que as obras da igreja sejam em nome da Trindade é a igreja católica apostólica romana.
No meio evangélico já muitos adotaram a "reza" em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo em circunstâncias diversas.
Pergunto:
- Há diferença em orar, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, mesmo sem fazer o sinal da cruz?
- Há diferença em batizar nas águas, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, mesmo se não for na pia batismal?
- Há diferença em participar da Santa Ceia, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, mesmo se não houver hóstia?
... Aceitaram o engano ...
A igreja chamada evangélica, há muito, é ecumênica. Alguém percebeu ou discerniu isso?
Mistura e vive de rituais e doutrinas das mais variadas, adotadas por "seitas".
Jesus Cristo é Deus?
Carta aos Hebreus, capítulo 1, versículos de 1 a 5, diz:
" Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. (por quem = por meio de = através de)
O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas, pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto mais excelente nome do que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho? " (destaque meu)
Colossenses 1:15-19, diz:
" O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.
Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele.
Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subexistem por ele.
E ele é a cabeça do corpo da igreja: é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse. " (destaque meu)
Colossenses 2:9, diz:
" Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. "
Estamos diante de dois textos aparentemente divergentes sobre a mesma referência que é Jesus Cristo.
Um diz que Jesus é a imagem expressa de sua pessoa (Deus), enquanto que o outro texto diz que Jesus é a imagem do Deus invisível.
Pela interpretação, fica em evidência que o texto de Hebreus está montado ou traduzido de modo a criar uma ambigüidade, pois, a plenitude do EU SOU não permite limitá-lo a uma individualidade pela expressão pessoa.
Tudo que existe foi criado pela Palavra de Deus, Palavra do Deus "EU SOU".
A primeira manifestação da Palavra do nosso Deus e Pai, foi gerar o Filho.
O Filho é, por isso, a plenitude da glória do Pai, a plena manifestação da glória do Deus EU SOU.
O Filho é a primazia em tudo o que existe. O Filho é antes de tudo o que foi criado.
Tendo Jesus Cristo recebido TODO O PODER, dado por seu Deus e Pai, essa plenitude lhe dá essa posição.
Por isso, também, é o único que pode ser Mediador entre Deus e os homens.
Jesus Cristo é UM COM O PAI. Tudo ele recebeu do Pai. TUDO! mas, não teve por usurpação tomar o lugar do Pai.
No Filho Jesus Cristo o Deus vivo habita em plenitude.
Assim, mais uma vez, fica firmado que, TODAS AS OBRAS da Igreja são feitas em nome do Senhor Jesus Cristo, e, não, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Seguindo o raciocínio trinitário ou da doutrina da Trindade, se a divindade está nas três pessoas, ao invés de dizer, "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", poderia dizer de modo resumido: "em nome de Deus" ou "em nome da Trindade" (tendo em vista o costume de tornar científico e personalizado o que Deus não autorizou - perigoso escrever isso porque algum louco pode adotar ...).
Carta aos Colossenses, capítulo 3, versículo 17, diz:
" E "tudo" o que fizerdes por palavras ou por obras, fazei "tudo" em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (grifo meu) "
O texto de Colossenses diz "tudo", isso inclui o Batismo nas Águas também, pois, é obra da Igreja de Jesus Cristo.
Conclusão:
O Pai, o Filho e o Espírito Santo, conforme apresentado, não estão sendo negados.
Confirmada está a errada, maligna e dissimulada interpretação imposta pela Doutrina da Trindade ou Santíssima Trindade.
Não é possível separar o Pai de Deus, porque o Pai é uma qualificação dada para Deus porque gerou seu Filho, não porque é uma pessoa diferente ou separada de Deus. Por isso não se pode dizer que Deus está no Pai, conforme diz a Doutrina da Trindade, pois, Deus é o próprio Pai ou, o Pai é o próprio Deus.
Não é possível separar o Espírito Santo de Deus, porque Espírito Santo é uma expressão dada para Deus, DEUS É ESPÍRITO, não porque é uma pessoa diferente ou separada de Deus. Por isso não se pode dizer que Deus está no Espírito Santo, conforme diz a Doutrina da Trindade, pois, Deus é o próprio Espírito Santo. Pela Doutrina da Trindade, seria dizer que o Espírito de Deus está no Espírito Santo.
E, quando Deus dá do Espírito Santo, dá de si mesmo, e não de outra pessoa, porque, pela interpretação da Doutrina da Trindade, seria obrigado dizer que, o Espírito Santo é criado ou gerado por Deus, porque é outra pessoa.
O Filho de Deus sim, este foi gerado e está separado e pode ser considerado pessoa.
O Filho tem, pelo Espírito Santo, a plenitude do Pai, ou, a plenitude de Deus, pois, Deus é o Pai.
Mais ...
- O Pai, a Palavra e o Espírito Santo, não são a mesma pessoa, mas, É o mesmo Deus autoexistente em plenitude.
- O Pai, a Palavra e o Espírito Santo, não podem ser considerados pessoas.
- A expressão pessoa é uma individualização de personagens, como se tivessem sido gerados ou pudessem ter vida existencial separadas, o que não pode acontecer com o único Deus quando falamos de Pai, Palavra e Espírito Santo. (explicado acima)
- Jesus Cristo foi gerado na terra como homem carnal e, assim, assumiu a condição de pessoa, conhecida e individualizada entre os homens. As duas naturezas estavam em Cristo, a terrena e a celestial.
Mesmo nascido em corpo carnal, tinha dentro de si a divindade. Por isso é chamado Filho do homem.
- A plenitude de Deus Pai está em seu Filho Unigênito e, do mesmo Deus e Pai, recebeu Todo o Poder e, quem faz as obras através do Filho é o Pai. (explicado acima)
- Tendo Jesus, recebido Todo o Poder, lhe foi dada toda a autoridade, por isso, TUDO se faz em nome Dele, ou seja, em Nome do Senhor Jesus Cristo. (Batismo nas Águas e orações (rezas) ou qualquer outra obra que se faça em nome da Trindade é doutrina do catolicismo romano)
- Jesus Cristo foi individualizado na terra, da mesma forma como os demais filhos de Deus, que crêem Nele.
Não apenas em uma passagem na Bíblia, mas, em uma dessas, com simplicidade podemos dizer:
" Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo. " (Efésios 5:20)
Nem Unicismo, nem Trinitarismo, e qualquer outro "ismo", somente Palavra de Deus.
Senão ... prossiga com o pacote-pronto-doutrinário-inquestionável.
... Paz ao seu coração.
Pergunta recebida por e-mail:
Gostaria de saber sua opinião à seguinte pergunta: A doutrina da trindade ensina que Deus é um, mas coexistente em três pessoas distintas. No céu, veremos o Pai, o Filho e o Espírito Santo?
Resposta:
(...)
Apocalipse 21:22, 23 ...
" E nela não vi templo, porque o seu templo é o SENHOR Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.
E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada ..."
O que isso quer dizer?
A maravilha da Palavra de Deus é a sua revelação.
Na Palavra de Deus, quando encontramos a expressão "Senhor Deus", está referindo ao nosso Deus e Pai, o Pai do Senhor Jesus Cristo.
Quando diz "Senhor", sem acrescentar "Deus", é o Filho, o Senhor Jesus.
No Salmos 110:1, o Pai, que é o SENHOR Deus fala ao Filho, diz:
" Disse o SENHOR ao meu Senhor:
Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. "
Conforme a tradução e versão da Bíblia, há diferenças nisso, mas, a essência do entendimento é assim.
Deus é Espírito, e, manifestou, gerou o Filho pela Palavra do seu Espírito.
Deus disse e o Filho foi gerado em glória, pela Palavra de Deus, por isso, quando dizemos "Palavra de Deus" é porque Deus falou ou fala. Quando Deus fala, o universo ouve e obedece. Quando Deus fala, as coisas passam a existir do nada.
Sendo Deus o próprio Pai, o SENHOR Deus, ele é Espírito, a luz inacessível.
1 Timóteo 6:16, diz:
" Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém. "
O Cordeiro, que é o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus Pai, o Filho de Deus, conforme diz acima na passagem:
Apocalipse 21:22, 23 ...
" E nela não vi templo, porque o seu templo é o SENHOR Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.
E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada ..."
Quando olhamos para uma lâmpada acesa, vemos um corpo físico emanando algo não físico.
Isso diz que: Deus Pai, o SENHOR Deus, sendo Espírito, ele existe e está plenamente no Filho amado, o Cordeiro. O Cordeiro (lâmpada do SENHOR Deus) está cheio da e, emana a glória do Pai, aleluias, a plenitude do Espírito da glória do Pai, e, essa glória que emana do Filho amado (lâmpada) alumia todo o Reino dos Céus, glórias ao Deus Altíssimo, cheio de beleza e maravilhas eternas.
Sendo Deus Pai, Espírito, e plenitude da eternidade, habita no Filho e nos filhos, nos anjos. A vida de Deus, que é seu Espírito Santo, habita ou existe nos filhos, mas, não é separado do Pai. Disso vem a Unidade perfeita. Conseguiríamos contemplar a dimensão disso?
Não será possível ver o Espírito Santo como se fosse uma pessoa, mas, é o próprio SENHOR Deus em plenitude de glória, pois, Deus é Espírito, está em todos os filhos e, tudo está nele.
Também, no Cordeiro, nos filhos Deus, nos anjos, o Espírito Santo está neles e, não existem Espíritos Santos, como se pudessem ser separados de Deus, ou seja, você olhar e ver vários Espíritos Santos como se fossem pessoas.
Receber e ter o Espírito Santo significa ter o Espírito de Deus, ter Deus mesmo, por isso, os filhos de Deus são "templos do Espírito Santo", onde Deus habita e manifesta. Deus dá de si e, não, algo separado Dele, que esteja fora Dele.
O Espírito Santo está em Deus e, Deus, é o próprio Deus e Pai. Deus é Espírito.
Qual a blasfêmia que não tem perdão?
A blasfêmia contra o Espírito Santo.
O Espírito Santo é mais que Deus e o Pai?
Certo que não, pois, é o próprio Deus e Pai. O Senhor Jesus diz que o Deus e Pai está acima dele.
Acima de Deus Pai ou Deus e Pai, há mais alguém? Certo que não.
Quem é que sabe de todas as coisas insondáveis, que o Filho não sabe, inclusive o tempo do fim deste mundo?
Somente o Pai.
Disso, decorre que: Doutrina da Trindade é erro e engano. É uma doutrina forçada e aceita sem questionamentos, que alimenta e fortalece o catolicismo romano e, diretamente o Papa, o Santo Padre, o Santo Pai - a pessoa da trindade - o Papa é deus, substituto, representante encarnado e, os que se dizem evangélicos adotaram e adotam como doutrina de Cristo.
Só falta, para os que se dizem evangélicos, o sinal da cruz, pois, esse sinal da cruz existe por causa dessa doutrina da trindade, além de outras coisas feitas "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".
A Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, só fala "em nome do Senhor Jesus".
Em nome do Senhor Jesus é exatamente contra os interesses do catolicismo ... Grave erro e engano.
Mateus 28:19, diz: " Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. "
(Este texto, Mateus 28:19, é uma manipulação feita na Bíblia, pois, isoladamente, unicamente e estranhamente, fala ao contrário da unanimidade de outros textos bíblicos que diz "em nome do Senhor Jesus")
Fonte: Blues to the lord