11 de mar. de 2015

FÉ, OBRAS E O ESPÍRITO SANTO

 

Fé, Obras e o Espírito Santo

 Em nossa série de encontros na Suíça, Alemanha, Polônia e Rússia, eu e minha esposa, Ruth, constatamos mais uma vez que o clima espiritual é muito semelhante em todo o mundo. Por toda parte encontramos cristãos felizes e vitoriosos e boas igrejas evangélicas, mas elas são uma pequena minoria. Setenta e cinco por cento dos russos dizem ser ortodoxos russos (a contrapartida oriental do catolicismo), ainda que sessenta e três por cento neguem a existência de Deus.(1) E isso não é muito diferente na Europa Ocidental. A apostasia profetizada está aumentando por toda parte.
Os cristãos da Europa Oriental deparam-se hoje com a até então desconhecida tentação do materialismo. Crentes antes perseguidos estão atualmente sucumbindo ao amor pelo dinheiro, agora que qualquer um pode possuir tudo que a engenhosidade e o trabalho árduo podem adquirir. Uma classe emergente de empreendedores criou um novo anglicismo na Europa Oriental: "beeznessman" [corruptela de "businessman", homem de negócios – N.T.]. Ore pelos cristãos das antigas nações comunistas, para que resistam à nova tentação de imitar o ideal ocidental de homem bem-sucedido e de megaigreja!
A queda da Cortina de Ferro abriu as portas a todas aquelas falsas doutrinas e práticas que expusemos no livro A Sedução do Cristianismo. Tanto no Ocidente como no Oriente, o movimento da Nova Era, e todas as demais seitas, incluindo o satanismo, estão se espalhando descontroladamente. Felizmente, em todos esses países encontramos "bereanos" que recebem as nossas publicações. As suas manifestações de agradecimento pelas advertências e ensinamentos nelas contidos são encorajadoras. As heresias de que estamos falando aqui se espalham rapidamente por toda parte. Líderes religiosos americanos, através do rádio e da televisão, livros e tournês de palestras, disseminam por todo mundo toda espécie de novidade, de Benny Hinn a Rodney Howard-Browne, juntamente com os bem escondidos erros da psicologia cristã, Peale-Schuller e seu pensamento positivo e da possibilidade, Hagin-Copeland e sua confissão positiva, cura interior, visualização e "unidade" ecumênica.
O cristianismo está sendo reduzido à tradição moral e a conceitos conservadores, menos ao Evangelho.
Em todo o mundo há uma crise de fé dentro das igrejas, que está mudando o significado de ser cristão. A Palavra de Deus é rejeitada enquanto a experiência é valorizada acima da verdade; uma "fé" falsa e egoísta é promovida, e a sã doutrina e a correção são desprezadas como "separatistas" e "não-amorosas". Um erro sutil e sedutor está se espalhando por toda parte. Um exemplo é a "Coalizão Cristã" de Pat Robertson que agrupa evangélicos, católicos, mórmons, judeus e até mesmo seguidores do reverendo Moon em ações políticas. O cristianismo está sendo reduzido à tradição moral e a conceitos conservadores, menos ao Evangelho.
Grande Comissão (de "pregar o evangelho a toda criatura" – Mc 16.15) tornou-se a Missão Cristã (de reformar moralmente a sociedade não religiosa) – uma missão à qual pode associar-se qualquer um que ateste a "moral tradicional". Não se deve insistir em evangelizar os parceiros, pois isso poderia dissolver a coalizão da ação político-social. Os signatários do documento "Evangelicals and Catholics Together: The Christian Mission in the Third Millennium – ECT" ("Evangélicos e Católicos Reunidos: A Missão Cristã no Terceiro Milênio") informaram que o movimento resultou do seu trabalho conjunto pelas causas da moral e da tradição conservadoras.
O Império Romano estava absolutamente corrompido, política e socialmente, mas Cristo nunca mencionou esse fato. Sua única menção a César foi em resposta à questão sobre pagamento de impostos: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Mt 22.21). Cristo também nunca mencionou a maldade do governador Herodes. Ele repreendeu os líderes religiosos por corrupção e heresias e ofereceu o Evangelho aos pecadores – mas nunca sugeriu que se reformasse a sociedade. Tampouco os apóstolos dirigiram a igreja primitiva para ações sociais. Eles se devotaram ao Evangelho. É claro que a devoção à ação político-social estimula o ecumenismo apóstata.
O Império Romano estava absolutamente corrompido, política e socialmente, mas Cristo nunca mencionou esse fato.
Os psicólogos aumentam sua influência, criando novos rótulos "científicos" para coisas normalmente conhecidas como preguiça, egoísmo e desobediência. Palmada agora é "abuso infantil" e correções de qualquer espécie são evitadas como sendo "negativas" e prejudiciais para uma "auto-imagem positiva", o que é a chave para toda "modificação de comportamento". A mesma espécie de engano penetrou na igreja através da "psicologia cristã".
O propósito da escola é ensinar habilidades e conhecimentos fundamentais em assuntos que preparem os alunos em sua luta pela vida. A psicologia cria mistificações e desculpas para a incompetência, a rebelião e o pecado. Ninguém é culpado; todos são vítimas. O coração não é maligno; o problema é uma baixa auto-estima. Pecado se tornou "distúrbio mental", requerendo terapia e não arrependimento. Ao invés do fundamental, isto é, leitura, redação e matemática, os educadores consomem tempo escolar vital ensinando ambientalismo, educação sexual (o que apenas tem piorado o assunto(2)), multiculturalismo, auto-estima e auto-importância. A única esperança é um retorno aos fundamentos do método antigo de ensinar as matérias essenciais e impor disciplina.
Igualmente a Igreja necessita retornar aos princípios bíblicos fundamentais e à verdade divina, sem concessões. A Igreja existe para amar e servir a Deus e para levar as pessoas deste mundo para o céu – não para reformar a sociedade. Se os cristãos tivessem condições de persuadir as pessoas da terra a viverem de forma tão íntegra quanto Nicodemos, essas pessoas ainda assim estariam destinadas ao inferno – e seria extremamente difícil convencê-las da sua necessidade de Cristo por causa da esplêndida moralidade delas.
A sociedade não será reformada nem mesmo quando o próprio Cristo, de Jerusalém, governar o mundo, com Satanás preso por mil anos e a terra novamente transformada no Paraíso do Éden. Pois, quando Satanás for libertado, ele iludirá milhões para que façam guerra mortal contra Cristo (Ap 20.1-9). O Milênio é a prova final de que um ambiente perfeito, sem crime ou guerra, e um governo justo não são nem a solução nem o objetivo de Deus. O pecado está presente no coração dos homens. Sim, Deus destruirá este mundo e construirá um novo mundo livre do pecado. Mas os seus habitantes serão uma nova raça de pecadores arrependidos, transformados pela fé no Senhor Jesus Cristo, Aquele que pagou o débito pelos pecados dos homens.
Este Evangelho da graça de Deus é negado por todas as seitas e religiões falsas, incluindo o catolicismo romano, no qual o batismo infantil remove o pecado original e torna a criança um filho de Deus; a salvação está na igreja e nos seus sacramentos; a redenção é um processo repetitivo de oferecer eternamente o corpo e o sangue de Cristo sobre os seus altares, e de méritos perante Deus por boas obras realizadas.
Infelizmente, apesar da Reforma, muitas igrejas protestantes persistem em alguns erros da igreja romana: batismo de crianças, regeneração batismal e a necessidade de obras, se não para ganhar, ao menos para manter a salvação. Esses erros produzem dois resultados opostos: uma falsa garantia de salvação por ter sido batizado, confirmado, e por pertencer à igreja certa; ou um medo assustador de perder a salvação por falhar em viver uma vida suficientemente boa. Essa certeza somente pode ser encontrada na fé em Cristo, e em nada mais.
Para ser salvo, preciso apenas crer no Evangelho. Não há nada mais que eu ou qualquer igreja possa fazer por minha salvação. Sim, um versículo diz: "Quem crer e for batizado será salvo" (Mc 16.16); mas inúmeros versículos, sem qualquer menção ao batismo, declaram que aqueles que crêem são salvos, e os que não crêem são condenados. Não há nenhum versículo dizendo que quem não for batizado será condenado. Com toda certeza seremos salvos por crermos no Evangelho (Rm 1.16, etc.), não pelo batismo. O batismo não é nem mesmo mencionado como parte do Evangelho quando este foi definido em 1 Coríntios 15.1-4.
Também é anti-bíblico afirmar que a salvação poderá ser perdida se a pessoa falhar em viver uma vida suficientemente boa, mesmo sendo essa falha persistente e generalizado. Sim, as Escrituras nos impelem a viver uma vida santa e produtiva para Cristo, o que é uma regra para os verdadeiros cristãos. Sim, as advertências àqueles que não vivem assim (se consideradas isoladamente), às vezes, parecem ensinar que se perde a salvação.
A salvação, tanto na obtenção como na conservação, depende inteiramente de Deus e da Sua graça por meio de Cristo.
Bastaria dizer que, se a salvação pode ser perdida por não se viver uma vida suficientemente boa, então, aqueles que chegarem ao céu poderiam gabar-se diante do trono de Deus dizendo: "Cristo morreu para me salvar, mas eu garanti a minha salvação através da vida que eu vivi. Assim, eutambém mereço crédito por estar aqui." Pelo contrário, a salvação, tanto na obtenção como na conservação, depende inteiramente de Deus e da Sua graça por meio de Cristo – "não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.9). Deus não compartilhará a Sua glória com ninguém (Is 42.8 e 48.11).
A fé em Cristo traz liberdade, comunhão e uma grande paz. Ainda que muitos cristãos esforcem-se por viver sob a impossível obrigação de tentar manter-se de acordo com um determinado padrão para não perder a sua salvação, não o conseguem. O cristianismo não é apenas difícil, é impossível de ser vivido. A única pessoa que pode viver uma vida verdadeiramente cristã é o próprio Cristo. Portanto, pare de tentar viver por suas próprias forças e deixe Cristo viver em você através do poder do Espírito Santo. Descanse nEle!
Há pessoas que rejeitam as obras para sua própria salvação, embora trabalhem imensamente para salvar outras pessoas, por meio de atrações carnais ou outras técnicas. Certamente os pecadores virão até Cristo se forem convidados por uma bela atriz, por um esportista famoso, ou por uma figura pública popular. E agora ainda temos mais a "realidade virtual". Satanás certamente irá usá-la para a sedução de toda a humanidade. Paul Crouch [da rede de televisão americana "Trinity Broadcasting Network"] foi o "PRIMEIRO a usá-la para o EVANGELHO!". No informativo de dezembro de 94 da TBN, ele exulta: "E se no final do filme, o próprio Jesus Cristo pudesse caminhar em sua direção convidando você a aceitá-lO?!". Contudo, nos Seus dias aqui na terra, multidões de pessoas conviveram com Jesus Cristo, em pessoa, não com um ator qualquer ou com uma "realidade virtual", e, mesmo assim, elas O rejeitaram.
Teria o apóstolo Paulo sido mais eficaz em suas viagens se pudesse ter usado a realidade virtual, ou pelo menos uma banda de rock ou um musculoso atleta quebrador de tijolos? Na verdade, ele pregou o Evangelho "em fraqueza e temor", e cuidadosamente evitou usar a sabedoria humana para persuadir qualquer pessoa (1 Co 2.1-5). As pessoas estão sendo persuadidas a se tornarem "cristãs" por meios sedutores e pela prosperidade, ou pela cura, ou por uma vida familiar melhor que lhes são prometidos, ao invés de pelo arrependimento dos seus pecados. Assim como Paulo, devotemo-nos ao Evangelho puro e depositemos nossa confiança sobre o Espírito Santo para que sejamos convencidos dos nossos erros e regenerados através da Sua Palavra. (TBC 1/95, de Dave Hunt, traduzido por Celso Alvares - http://www.chamada.com.br)

ENFRENTANDO O LEÃO

 

Enfrentando o Leão

Um terrível brado penetra o acampamento. Os nativos aterrorizados gritam: ‘Tomem cuidado, irmãos, o diabo está chegando!’. Porém, o clamor do aviso não ajudará em nada e, mais cedo ou mais tarde, gritos agudos e agonizantes quebrarão o silêncio, e outro homem não responderá à lista de chamada na manhã seguinte.[1]
Era março de 1898 e o estudante de engenharia John Henry Patterson, de 31 anos, estava no Quênia para construir uma ponte ferroviária sobre o rio Tsavo. Logo após a sua chegada, dois cruéis leões devoradores de homens começaram a aterrorizá-lo e a seus trabalhadores. Patterson escreveu em seu diário: “Nada os perturba ou assusta, e eles mostram um completo desprezo por seres humanos, exceto como alimento”.[2]
Essas feras eram tão perspicazes que os trabalhadores nativos começaram a acreditar que realmente eram o Diabo no corpo de leões. Até serem mortos, tinham devorado cerca de 140 trabalhadores.
As Escrituras alertam que Satanás, como um leão, também é um predador que ataca incansavelmente suas vítimas. O apóstolo Pedro, que aprendeu por experiência própria o que é ser usado pelo Diabo, avisou: “Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pe 5.8, cf. Mt 16.23).
Vencer Satanás requer vigilância diária, a cada momento. Uma vida de fé em Jesus Cristo é uma vida de implacável conflito espiritual. Se você falhar em equipar-se para ele, colherá as conseqüências. O alvo de Satanás é devastar a humanidade; mas, ainda mais, aniquilar a vida dos cristãos.
Portanto, os cristãos precisam aprender e usar três princípios essenciais para posicionar-se contra o Maligno: todo cristão precisa (1) manter uma posição firme no conflito, (2) empregar a proteção apropriada para o conflito, e (3) sempre manter uma perspectiva correta do conflito.

Uma Posição Firme

Os leões de Tsavo eram os reis de sua própria terra. Eles enfrentavam qualquer um. As Escrituras chamam Satanás de “o príncipe deste mundo” e “o deus deste século” (Jo 12.31; 2 Co 4.4). Porém, o seu reino está sujeito à vontade de Deus (Jó 1.12). Com isso em mente, a primeira lição na luta é aprender tudo o que você pode sobre seu inimigo: “Nem deis lugar ao Diabo...”; “...para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (Ef 4.27, 2 Co 2.11).
Infelizmente, muitos cristãos são ignorantes, principalmente na doutrina bíblica. Como os leões, Satanás e seus demônios rondam procurando oportunidades de espalhar idéias falsas. A maior defesa é estudar, conhecer e praticar a Palavra de Deus diariamente. Jesus disse:“Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32). Satanás é um mentiroso (Jo 8.44). O segredo é avaliar todas as coisas pela Palavra de Deus.
Foi uma visão terrível encontrar restos repulsivos dos trabalhadores que haviam sido atacados pelos leões de Tsavo. Patterson prometeu eliminar os leões do local e terminar a sua ponte. Os cristãos precisam ter a mesma resolução e permanecer firmes contra Satanás. Primeiro, ter certeza em seu coração de que o Senhor Jesus verdadeiramente é o seu Salvador pessoal (Jo 3.16). Confesse todos os pecados conhecidos (1 Jo 1.9). Deseje, com a ajuda de Deus, abandonar a prática habitual de todo pecado (Pv 28.13). E, finalmente, renda sua vida e tudo o que você tem a Deus: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

A Proteção Adequada

“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas...” (2 Co 10.3-4).
John Patterson caçou os leões usando um rifle inglês de calibre .303 bolt-action e uma espingarda de caça calibre 12. Ele os avistou diversas vezes, e até os surpreendeu em uma ocasião. Mesmo assim, eles escaparam. Em desespero, ele sabia que precisava usar todo o seu treinamento e sua habilidade com armas para ser capaz de matá-los.
Nós, também, precisamos usar armas específicas contra Satanás. Apesar de diferentes, elas requerem prática e habilidade para serem usadas competentemente:
“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas...” (2 Co 10.3-4).
Nossa armadura de guerra encontra-se em Efésios 6.11-18. A imagem usada é a de um valente soldado romano. Para prevalecer contra o Maligno, os cristãos precisam, necessariamente, vestir “toda a armadura de Deus” (Ef 6.11):

Cinto

A primeira linha de defesa é a “verdade” (Ef 6.14). O termo significa ter a mente livre de fingimento e falsidade. Satanás depende de mentiras e engano. “Cingir-nos com a verdade” é a proteção forte contra a hipocrisia.

Couraça

Um soldado romano vestia uma couraça para proteger seu coração e seus órgãos vitais. Um cristão precisa vestir a “couraça da justiça” (Ef 6.14b). Satanás é um acusador, que aponta constantemente a falta de merecimento dos seguidores de Cristo (Ap 12.10). Essa tática pode ser extremamente desencorajadora.
Porém, Cristo tratou das acusações contra nós concedendo-nos Sua justiça: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21). Assim, não há necessidade de desespero: “Pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas” (1 Jo 3.20).
Permitindo que Deus nos torne “conformes à imagem de Seu Filho” (Rm 8.29), Sua santidade é revelada em nossa vida na forma de uma defesa forte e diária; e podemos nos revestir “do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.24).

Calçado

Sandálias robustas e com cravos nas solas davam uma base confiável ao guerreiro. Em superfícies lisas, porém, elas eram perigosas por falta de boa tração. Os seguidores de Cristo obtêm a segurança de um fundamento confiável através do Evangelho da paz: Jesus Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado, ressurgiu ao terceiro dia, e foi visto por muitos (1 Co 15.3-6). O inimigo quer muito fazer você deslizar, com programas e doutrinas falsas. Os crentes precisam tomar cuidado para não escorregarem em suas emboscadas. A Boa Nova de Cristo é a única base sólida para firmar-se.

Escudo

Um soldado da infantaria romana nunca ia à batalha sem seu escudo. Geralmente ele era grande e retangular, com uma leve curvatura nos lados para a proteção corporal.
As Escrituras nos contam que Satanás atira constantemente “dardos inflamados” na forma de muitas tentações. O propósito principal de embraçar “sempre o escudo da fé” é apagar os seus dardos (Ef 6.16). Um escudo romano também servia para encaixar-se com outros escudos, para criar uma eficiente “formação tartaruga” na batalha. A junção de escudos da fé com outros crentes cria uma defesa formidável contra os assaltos espirituais (Sl 37.40).

Capacete

O capacete também era bem projetado. Ele tinha uma aba traseira para proteger a nuca de qualquer golpe. As abas de cada lado protegiam a face, e a da frente protegia contra pancadas direcionadas à cabeça ou à face. Obviamente, esse equipamento era vital.
“capacete da salvação” aponta para nossa “esperança de salvação” (1 Ts 5.8). A palavra esperança significa “expectativa alegre e segura da libertação eterna”. O Maligno procura golpear nossas cabeças para plantar nelas sementes de dúvida e desespero. Entretanto, o capacete dos crentes verdadeiros está firmemente posicionado. Primeiro, a fé na obra consumada na cruz garante a salvação da pena do pecado (2 Tm 1.9). Segundo, andando pela fé no Senhor, temos salvação do poder do pecado (Fp 2.12-13). E, finalmente, podemos aguardar nossa futura salvação da presença do pecado : “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13).

Espada

“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).
Na cintura de cada soldado romano estava pendurada sua arma principal: o gladius. Esta era uma espada relativamente curta, afiada nos dois gumes. Em mãos de guerreiros treinados, ela era mortal. A espada dos crentes é a Bíblia. De fato, foi apenas a Palavra que Jesus usou com eficiência contra o ataque de Satanás no deserto (Mt 4.1-11).
Quando estudada e aplicada, a Palavra de Deus é a defesa máxima contra os artifícios do Maligno. Falar a Palavra com autoridade é a melhor ofensiva para arrasar a fortaleza de Satanás (Is 49.2).

Ataques Sorrateiros

Satanás procura nos intimidar com o seu rosnar feroz. Precisamos ter a perspectiva de Cristo no conflito.
Os leões de Tsavo espreitavam e aproximavam-se silenciosamente de suas vítimas. O terrível rugido vinha depois que suas vítimas estavam acuadas ou mortas. Satanás também é persistente e silencioso. Ele não alerta os filhos de Deus a respeito da sua presença. Porém, quando consegue enganar sua vítima, através do pecado, ele ruge com satisfação. Portanto, um cristão que se protege adequadamente deve estar alerta em todo o tempo “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).

A Perspectiva Correta

Os leões de Tsavo eram aterrorizantes. Do nariz à cauda eles mediam cerca de três metros. Patterson escreveu que eles tentavam assustá-lo com um olhar irritado em sua direção, mostrando seus dentes e rangendo-os furiosamente.
Satanás também procura nos intimidar com o seu rosnar feroz. Precisamos ter a perspectiva de Cristo no conflito. Satanás não é igual a Deus. Como é um ser criado, ele tem limitações (Ez 28.12-19). Ele é poderoso, mas não é todo-poderoso (Ap 12.8; 20.2). Ele não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo (não é onipresente). Em vez disso, ele governa sobre demônios subordinados que andam pelo mundo, obedecendo às suas ordens (Mt 12.24; Ef 6.12). Ele também não tem a onisciência de Deus (1 Cr 28.9). Ele não sabe de todas as coisas.
Conseqüentemente, embora o Diabo seja um antagonista furioso, ele não deve nos aterrorizar. Ele não é páreo para Cristo, que já providenciou nossa vitória através do poder do Seu sangue derramado (Ap 12.11). Somente em Cristo há libertação do poder de Satanás (At 26.18; Cl 1.13). Cristo, que vive naqueles que verdadeiramente nasceram de novo, é maior que Satanás (1 Jo 4.4).
John Henry Patterson finalmente acabou com seus leões. Eles estão em exibição no Field Museum em Chicago, Illinois (EUA). Ainda agora, ao olhar para eles, seus olhos escuros e inertes evocam terror. Contudo, eles estão mortos e não podem ferir ninguém. Um dia o Diabo será lançado na escuridão eterna do Lago de Fogo, para nunca mais atormentar os fiéis (Ap 20.10).
Até aquele dia, não importa quantas dificuldades e provações passemos na vida, podemos estar seguros de que temos a armadura necessária para enfrentar o “leão” e para sermos mais que vencedores. Além do mais, nada pode nos separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 8.37-39). (Peter Colón - Israel My Glory -http://www.chamada.com.br)

4 de mar. de 2015

FÉ E ESPERANÇA

 Idéias Erradas Sobre Fé e Esperança

Há muitas pessoas que falam de sua fé e de sua esperança. Algumas delas, no entanto, estão cientes de que há duas espécies de fé e de esperança. A fé e a esperança, no sentido popular cristão têm um significado diferente da fé e da esperança da Bíblia. A maioria das pessoas entende a fé e a esperança como sendo uma grande probabilidade ou um desejo, porém, ainda contendo uma certa dose de insegurança. Por exemplo, se um torcedor dissesse: “Creio que meu time será campeão nacional”, significa dizer: “Não posso afirmar com certeza, mas desejo que seja campeão”. Em condições meteorológicas duvidosas, quem sai para caminhar em uma trilha deseja que o tempo permaneça firme, isto é, acredita que haja sol no dia seguinte. No entanto, não sabe se de fato será assim.
Nesse sentido, há muitos que se consideram cristãos e crêem ou esperam, no fim, alcançar o Céu. Eles não sabem ao certo, não têm certeza plena. No entanto, crêem e esperam estar salvos, pensando: “Espero que no final da história tudo acabará bem”.
A fé na Bíblia, porém, significa algo totalmente diferente. Da mesma forma, a qualidade da esperança, mencionada na Palavra de Deus, é bem outra. Quando a Bíblia fala em fé e esperança, significa uma certeza tal que não deixa margem de insegurança ou para constantes dúvidas. Hebreus 11.1-2 nos mostra a natureza da fé bíblica: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. Essa firme convicção é proveniente da Palavra de Deus e é concedida aos filhos de Deus através do Espírito Santo.
Quando a Bíblia fala em fé e esperança, significa uma certeza tal que não deixa margem de insegurança ou para constantes dúvidas.
A doutrina da Igreja Católica rejeita essa certeza até aos dias de hoje. Por essa razão, nenhum católico sincero consegue obter a certeza da salvação e a paz interior relacionada a ela. A Igreja Católica, no cerne da questão, entende algo diferente a respeito de fé e esperança do que consta na Bíblia. O Concílio de Trento, que foi realizado entre 1545 e 1563 com diversas interrupções (Lutero morreu em 1546), oficializou a cisão entre a Igreja Católica e a doutrina da justificação defendida pela Reforma. As doutrinas promulgadas nesse concílio permanecem até hoje, basicamente, como a última palavra da Igreja Católica, a qual as considera acima dos ensinamentos sobre fé e justificação. Desejo, ainda, mencionar alguns artigos, extraídos do Decreto de Trento, sobre a rejeição da certeza da salvação da parte de Roma. Ali lemos que será “amaldiçoado” ou “excomungado”[1] todo aquele que crê nos ensinamentos da Bíblia sobre salvação “somente pela fé”, bem como “somente pela graça” e a certeza da salvação[2] envolvida. Relacionado com isso, também é rejeitada a doutrina bíblica da eleição. Além disso, constam outras determinações, mesmo sem a penalização de ser “amaldiçoado” ou “excomungado”:
Ninguém deve penetrar tanto nos mistérios ocultos da predestinação divina, enquanto estiver andando nessa vida mortal, a ponto de querer afirmar com certeza que ele esteja incluído entre os predestinados, como se o justificado não pecasse mais ou, mesmo havendo cometido pecados, pudesse se valer com certeza de uma conversão anterior. Assim, sem uma revelação especial de Deus não podemos saber a quem Ele escolheu.[3]
Com isso, a certeza do perdão dos pecados e a salvação pela fé em Jesus Cristo e Sua obra redentora já consumada são rejeitadas.
Aquele que afirmar que a fé justificadora não é nada além da confiança na misericórdia divina, a qual, pela vontade de Jesus Cristo perdoa pecados ou que seja apenas com essa confiança que podemos ser justificados, esse seja excomungado (maldito).[4]
Aquele que afirmar que o homem pecador pode ser salvo somente pela fé e, com isso, entender que não há necessidade de outro recurso para alcançar a graça justificadora e que, para isso, de modo nenhum seja necessário providenciar algo ou se preparar por esforço próprio, seja excomungado (maldito).[5]
Isso significa que, na ótica católica-romana, aquele que crê na justificação somente pela fé em Cristo é maldito.
Aquele que afirmar... que o justificado não mereça um acréscimo em graça por ter praticado boas obras, no poder da graça divina e dos méritos de Jesus, de Quem é membro vivo, seja excomungado (maldito).[6]
Aquele que afirmar que a justificação recebida não fica preservada por Deus e aumentada pelas boas obras, mas que essas obras sejam apenas fruto e manifestação da justificação alcançada e não o motivo de seu crescimento, seja excomungado (maldito).[7]
Isso significa, nada mais, que a graça depende de nossas boas obras e nossa capacidade. Quem não acredita nisso, na ótica católica-romana, é maldito. Tendo em vista que os dogmas de Trento contrastam totalmente com a justificação somente pela fé em Jesus Cristo, eles nunca poderão proporcionar a certeza da salvação. Quem consegue afirmar que já fez o suficiente para, de fato, merecer a graça? A graça e o merecimento são contraditórios e se excluem mutuamente. A graça conquistada por “merecimento” deixa de ser graça, já que, a partir da Bíblia, a graça é exclusivamente resultado do agir imerecido de Deus para nós e em nós.
A graça e o merecimento são contraditórios e se excluem mutuamente.
Entre os artigos, que rejeitam explicitamente a doutrina da Reforma, os de nº 14 e 15 falam sobre a justificação:
Aquele que afirmar que a pessoa é liberta de seus pecados e justificada, fazendo-a crer em sua libertação e justificação ou, que ninguém é justificado de fato se não crer que seja justificado; e que, somente através dessa fé será totalmente liberto e justificado, seja excomungado (maldito).[8]
Aquele que afirmar que a pessoa renascida e justificada é assegurada pela fé, levando-a a crer que está, com certeza, incluída entre o número dos predestinados, seja excomungado (maldito).[9]
O conhecido estudioso católico Johann Adam Möller (1796-1838) proferiu a sentença:
Para mim seria motivo de pavor estar junto com uma pessoa que afirmasse ter a certeza da salvação; pois nenhuma pessoa poderia ser tão presunçosa. Isso seria renegar o temor de Deus e, ao mesmo tempo, se intrometer no regimento soberano de Deus, o Qual concederá a salvação a quem Ele achar digno, no Juízo Final.[10]
A mensagem da certeza do perdão dos pecados e da filiação a Deus é uma característica especial do Evangelho Bíblico e da respectiva fé salvadora. Nenhuma outra religião possibilita essa certeza. Mesmo a doutrina católica-romana não a conhece. Por isso, a falta de certeza da salvação muitas vezes está relacionada ao entendimento errado do Evangelho. A verdadeira certeza da salvação é possível somente através da fé na Palavra de Deus e, juntamente com ela, na obra redentora de Jesus Cristo. (Johannes Pflaum — Chamada.com.br)

Notas

  1. Observação: As palavras em Latim anathema sit, significam “seja amaldiçoado”. São essas, exatamente, as palavras que o Apóstolo Paulo usou em Gálatas 1.8-9 contra os proclamadores do evangelho falso.
  2. Deve ser registrado que tanto Lutero como Calvino ensinavam sobre a certeza da salvação. Mesmo assim, eles se diferenciavam quanto à questão da perseverança (perseverança significa: cada crente verdadeiro é mantido e preservado por Deus até atingir o alvo escatológico). Enquanto Calvino ensinava sobre a perseverança, Lutero a mantinha à parte da questão da certeza da salvação. Por isso Lutero restringia a certeza da salvação para o momento. No entanto, ele não a considerava no contexto da perseverança dos crentes até o fim (Perseverança – ver comentário com indicação de fontes em W. Nestvogel, Erwählung und/oder Bekehrung? Das Profil der evangelistischen Predigt und der Testfall Martyn LLoy-Jones, (Eleição e/ou Conversão?, em tradução livre) Aachen 2002, p. 303-312). Essa divergência de opiniões, como a que havia entre Calvino e Lutero, não deveria causar divisões entre os crentes que estão de acordo com a questão da certeza da salvação. Nesse aspecto, deve-se observar que o verdadeiro reconhecimento da graça de Deus e a perseverança nunca induzem para uma vida superficial e autoconfiante de um discípulo de Jesus. Pelo contrário: o reconhecimento bíblico da graça de Deus deixa claro para o crente que sua salvação não depende dele mesmo, mas que está nas mãos de Deus. Isso, por sua vez, o leva à total dependência do Senhor e de Sua graça. Assim, a doutrina da perseverança corretamente entendida nunca leva o discípulo a uma vida superficial, mas serve de forte motivação para a santificação prática. Quem, ao contrário, negligenciar com o pecado e vive em autoconfiança e indiferença, precisa se questionar se ele, de fato, alguma vez reconheceu sua real condição bem como a graça da Deus.

CARTA AOS JOVENS

Carta aos Jovens

 

Meus amigos, acordem! Vocês estão sendo enganados

Foi dito a vocês: “Satisfaçam seus instintos e vocês serão felizes!”
A Palavra de Deus diz: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5.8). “Deus julgará os impuros e adúlteros” (Hebreus 13.4).
Foi dito a vocês: “Ouçam música em alto volume e vocês se sentirão bem!”
A Palavra de Deus diz: “Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força...” (Isaías 30.15). “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração...” (Colossenses 3.15). “instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Colossenses 3.16).
Foi dito a vocês: “Desliguem seu raciocínio, relaxem e não sejam críticos! Pensem positivamente e expandam sua consciência através da meditação, das drogas e de técnicas psíquicas”.
A Palavra de Deus diz: “sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações” (1 Pedro 4.7). “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé...” (1 Pedro 5.8-9).
Foi dito a vocês: “Pratiquem o ocultismo – magia, bruxaria – e vocês obterão conhecimentos sobrenaturais e poderes especiais”.
A Palavra de Deus diz: “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor” (Deuteronômio 18.10-12). “Fora (da cidade celestial) ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira” (Apocalipse 22.15). Seu lugar “será no lago que arde com fogo e enxofre” (Apocalipse 21.8).
Foi dito a vocês: “Procurem quem faz grandes sinais e prodígios, quem tem grandiosas visões e revelações, para que vocês tenham experiências especiais”.
A Palavra de Deus diz: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 João 4.1). “...porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mateus 24.24).
Foi dito a vocês: “Unam-se, pois todas as religiões adoram o mesmo Deus”.
A Palavra de Deus diz: “Eu sou o Senhor, teu Deus... Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20.2-3, o Primeiro Mandamento). “Não aprendais o caminho dos gentios... Porque os costumes dos povos são vaidade” (Jeremias 10.2-3). “Os ídolos são como um espantalho em pepinal...” (Jeremias 10.5).
Jesus Cristo, o Filho de Deus, diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).
Foi dito a vocês: “Todo ser humano é filho de Deus, pois em cada um habita o espírito divino”.
A Palavra de Deus diz: “Mas, a todos quantos o receberam (a Jesus Cristo), deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais... nasceram... de Deus” (João 1.12-13). “e, tendo (Cristo) sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem” (Hebreus 5.9).
Foi dito a vocês: “Não falem de pecado, apenas de falhas, deslizes, lapsos! O bem e o mal têm a mesma origem”.
A Palavra de Deus diz: “o pecado é o opróbrio dos povos” (Provérbios 14.34). “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” (Isaías 5.20).
Foi dito a vocês: “Ouçam o seu interior. Se meditarem bastante, encontrarão a verdade dentro de si mesmos”.
A Palavra de Deus diz: “do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem” (Mateus 15.19-20). “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum...” (Romanos 7.18).
Foi dito a vocês: “Aceitem as crenças e o modo de ser de todos. Sejam tolerantes com as diferentes culturas e estilos de vida”.
A Palavra de Deus diz: “Exortamo-vos... a que admoesteis os insubmissos” (1 Ts 5.14). “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1 Coríntios 6.9-11).

Por isso:

• Resistam aos maus exemplos em revistas, no rádio, na TV e na internet, que falam de “amor” mas praticam imoralidades e querem arrastá-los para a destruição.
• Mantenham-se firmes tendo por modelo ao Filho de Deus, Jesus Cristo, que é puro e santo. Ele mostrou, através da Sua vida e do Seu ensino, como age o verdadeiro amor!
• Resistam à mistura religiosa antibíblica e ao ecumenismo.
• Mantenham-se firmes nas quatro exclusividades das Sagradas Escrituras: somente a Bíblia, somente Cristo, somente pela graça, somente pela fé.
• Resistam à busca antibíblica por sinais e milagres.
• Mantenham-se firmes no maior milagre: as chagas de Jesus Cristo, que entregou na cruz Sua vida pela nossa redenção e ressuscitou milagrosamente dentre os mortos ao terceiro dia.
• Resistam ao domínio de uma cultura de “entretenimento” – que, infelizmente, se espalha cada vez mais no meio cristão. Essa tendência transforma até a cruz de Cristo em objeto de distração e blasfema contra a santidade de Deus.
• Mantenham-se firmes no Deus triuno, que é ao mesmo tempo santo e justo, amoroso e misericordioso.
• Resistam à confusão mística e às afirmações de que em todos habita uma “centelha divina”.
• Mantenham-se firmes na consciência da completa corrupção e perdição do coração humano, que depende da redenção exclusivamente pela graça.
• Resistam à “cultura musical” que imagina poder atrair pessoas à fé cristã através de elementos pagãos (por exemplo, ritmos alucinantes e que levam ao êxtase, repetições de palavras como mantras ou melodias extremamente lentas que estimulam o transe).
• Mantenham-se firmes ouvindo hinos espirituais agradáveis, procedentes de corações tranqüilos e brandos.
• Resistam às tendências desta época, atrás das quais se esconde o espírito do inimigo.
• Mantenham-se firmes no Espírito de Deus que os separará deste mundo passageiro e os guiará a toda verdade.
“Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” (Salmo 145.18). (Dr. Lothar Gassmann - http://www.chamada.com.br)

PRECISAMOS DE UM SEXTO FUNDAMENTO

 

Precisamos de um Sexto Fundamento

Tim LaHaye
Meu amigo e editor da florescente revista World, que está em sintonia com as notícias da atualidade, escreveu um excelente artigo sobre o que constituem os “fundamentalistas” do tempo passado e aqueles da mídia secular. Nesse artigo, ele cita o brilhante teólogo J. Gresham Machem, o estudioso presbiteriano reformado que definiu os “cinco fundamentos”, escritos pouco depois da virada do século, em torno dos anos 1920.
Um estudo sobre a vida religiosa na América durante aqueles dias expôs a liberalização grosseira de muitos seminários denominacionais, particularmente naquilo que a mídia chama de igrejas “tradicionais”. Ele definiu as crenças centrais mínimas da igreja fundamental como seguem:
(...) a inspiração e infalibilidade da Bíblia, o nascimento virginal de Cristo, a obra expiatória da morte de Jesus, a ressurreição física de Jesus e a realidade histórica dos milagres de Cristo. Esses “fundamentos” eram vistos pelos crentes ortodoxos como alicerces de sua fé cristã – como se fossem as vigas mestras nas quais o restante da estrutura se apóia.[1]
Machem foi um grande defensor da fé, especialmente da inspiração das Escrituras e do nascimento virginal de Jesus. Alguns de seus debates com os liberais, em sua própria denominação, eram como que lendas para a maioria de nós que estudávamos em faculdades e instituições de pós-graduação cristãs conservadoras. Tremo só em pensar o que seria o cristianismo hoje se Machem e sua geração de pregadores, estudiosos e escritores fundamentalistas, além daqueles envolvidos em estudos de nível superior, não tivessem tomado o bordão e lutado as batalhas das guerras pré-anos 60, que fizeram com que os teólogos liberais e a mídia secular os insultassem, distorcessem e degradassem tanto quanto o fizeram. A voz do verdadeiro cristianismo teria morrido se eles não tivessem tomado uma posição agressiva em favor da verdade. Felizmente, o Espírito Santo os guiou e a muitos outros homens e mulheres de Deus que tomaram a Bíblia literalmente e edificaram igrejas que crêem nas Escrituras, e também faculdades cristãs e seminários fiéis, que se levantaram ajudando a Igreja a voltar para uma força vital na América, onde atualmente quase 70 milhões de cidadãos afirmam abertamente que tiveram a experiência do “novo nascimento” em Jesus Cristo. Essas igrejas que crêem na Bíblia estão se levantando em todos os lugares, tanto que na época das eleições muitos políticos buscam abertamente o voto “evangélico”.
Embora possamos agradecer sinceramente a Deus pelo valioso trabalho deles por amor ao Senhor durante a primeira metade do século passado, a igreja de hoje deveria assumir a causa do sexto fundamento que eles infelizmente omitiram ou negligenciaram. Trata-se do ensinamento sobre a Segunda Vinda de Jesus – Sua promessa de arrebatar Seus santos para o céu antes dos sete anos de Tribulação seguidos por Seu Glorioso Aparecimento, quando o Salvador estabelecerá Seu reino de paz sobre o qual reinará como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” por mil anos. Ele amarrará Satanás durante todo esse período, após o que as coisas ficarão melhores ainda. Ele levará todos os Seus santos, ou seja, aqueles que colocaram a fé em Sua salvação sacrificial pelos nossos pecados, e nos levará a todos para o céu para sempre.
Há 109 profecias sobre a primeira vinda de Cristo, mas há 224 que prevêem Sua Segunda Vinda.
O motivo pelo qual eu digo que esse ensino sobre a Segunda Vinda é parte integrante das doutrinas fundamentais da Igreja Primitiva é que esse foi o primeiro ensinamento dos cristãos do primeiro século e tem sido assim desde os dias do apóstolo Paulo. Os dois primeiros livros de Paulo, 1 e 2 Tessalonicenses, podem ter sido os primeiros livros do Novo Testamento. Muitos estudiosos pensam que esses livros foram escritos cerca de dezoito anos depois de Pentecostes, para uma jovem igreja que Paulo fundara em Tessalônica. Essa era uma cidade grega forte, cheia de pensamento religioso pagão. Paulo ministrou a esses jovens cristãos por apenas três semanas, até que judeus invejosos o fizeram sair da cidade (At 17.1-9). Leia todos os oito capítulos e sublinhe as referências à Segunda Vinda de Cristo, e você verificará que esse evento é mencionado em todos os capítulos. O Dr. Mark Hitchcock tem um novo livro sobre profecia no qual menciona que há mais de 300 referências à vinda do Senhor no Novo Testamento, que tem apenas 260 capítulos. As profecias compõem 28% da Bíblia. Há mais que 300 profecias relativas à vinda de Cristo no Novo Testamento – uma em cada 30 versículos. Ele também afirma que há 109 profecias sobre a primeira vinda de Cristo (as quais Ele cumpriu completamente), mas há 224 que prevêem Sua Segunda Vinda. Vinte e seis livros do Novo Testamento se referem à promessa de Sua vinda, e três desses foram cartas pessoais a indivíduos. O restante destaca essa importante doutrina que foi pregada nos primeiros dias da Igreja.
Tenho lido que todos os concílios da Igreja desde o primeiro século até os dias de hoje se referiram ao retorno de nosso Senhor. Portanto, estou bastante embasado para me referir à Segunda Vinda como uma doutrina fundamental da Igreja, que deveria ter sido incluída pelo Dr. Machem e seus amigos. Podemos entender a relutância dele em trazer esse assunto à baila, pois, na Igreja Reformada, o tema não ocupava uma posição importante na visão que eles tinham sobre “a fé uma vez entregue aos santos”. A maior parte dos irmãos reformados tem seguido a linha de Agostinho: este ensinava que, embora a Bíblia devesse ser tomada literalmente, as profecias deveriam ser interpretadas de forma simbólica ou alegórica – ou espiritualizadas. Infelizmente, isso tende a confundir o corpo de Cristo sobre o ensinamento fundamental de que Ele voltará, como prometeu, e nos levará à casa de Seu Pai – conforme João 14.1-3 e muitas outras passagens das Escrituras.
Pessoalmente, creio que este é o motivo pelo qual muitos crentes têm se desviado para o amilenismo ou para o pós-milenismo e até do midi-tribulacionismo para o pós-tribulacionismo. Estes são ensinamentos falsos sobre as profecias, que roubam a esperança dos crentes, ensinos baseados na falsa idéia de que as profecias não podem ser compreendidas. Isso leva à questão sobre como Apocalipse 1.3 pode ser cumprido – que a leitura do livro de Apocalipse será uma bênção – se não se pode entendê-lo? Assim, a promessa não pode ser cumprida! Por que Deus inspiraria as profecias na Bíblia a menos que elas sejam para nosso entendimento e edificação? Ele não as inspiraria! É por isso que creio que o sexto fundamento deveria ser a promessa de que Cristo irá manter Sua palavra e a palavra dos discípulos, voltando um dia, como o apóstolo Paulo escreveu:
Por que Deus inspiraria as profecias na Bíblia a menos que elas sejam para nosso entendimento e edificação?
Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1Ts 4.13-18).
Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.50-58).
Estou no ministério do Senhor há 65 anos e tenho observado que aqueles que têm essa “bendita esperança” na Sua volta, e aquelas igrejas que se posicionam e pregam sobre Sua volta como uma doutrina fundamental de sua vida e de sua igreja, possuem um fogo em seu coração para ganhar outros para Cristo. Esta verdade tem um efeito sem precedentes sobre aqueles que lêem, estudam e pautam o curso de suas vidas através desses ensinos. Eles vivem uma vida mais evangelística e ficam na expectativa de se encontrarem com o Senhor nos céus. Um dia Deus dirá a Seu Filho, o Senhor Jesus, aquilo que o escritor de hinos cunhou em sua grandiosa canção sobre a Segunda Vinda: “Estes são os dias de Yahweh. (...) Filho, vá reunir os meus filhos!” (Tim LaHaye - Pre-Trib Perspectives - Chamada.com.br)