24 de mai. de 2011

RICARDO GONDIM APÓIA A UNIÃO HOMOSSEXUAL

SOCORRO YESHUA!!!!! VOLTA LOGO!

Pastor Ricardo Gondim afirma ser a favor da união civil gay: “Nem todas as relações homossexuais são promíscuas”


‘Deus nos livre de um Brasil evangélico?’ Quem afirma é um pastor, o cearense Ricardo Gondim. Segundo ele, o movimento neopentecostal se expande com um projeto de poder e imposição de valores, mas em seu crescimento estão as raízes da própria decadência.

Os evangélicos, diz Gondim, absorvem cada vez mais elementos do perfil religioso típico dos brasileiros, embora tendam a recrudescer em questões como o aborto e os direitos homossexuais.

Aos 57 anos, pastor há 34, Gondim é líder da Igreja Betesda e mestre em teologia pela Universidade Metodista. E tornou-se um dos mais populares críticos do mainstream evangélico, o que o transformou em alvo. “Sou o herege da vez”, diz na entrevista a seguir.

Carta Capital: Os evangélicos tiveram papel importante nas últimas eleições. O Brasil está se tornando um país mais influenciável pelo discurso desse movimento?
RG: Sim, mesmo porque, é notório o crescimento no número de evangélicos. Mas é importante fazer uma ponderação qualitativa. Quanto mais cresce, mais o movimento evangélico também se deixa influenciar. O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos de dispersam, e os evangélicos ficam mais próximos do perfil religioso típico do brasileiro.

CC: Como o senhor define esse perfil?
RG: Extremamente eclético e ecumênico. Pela primeira vez, temos evangélicos que pertencem também a comunidades católicas ou espíritas. Já se fala em um “evangelicalismo popular”, nos modelos do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás. O movimento cresce, mas perde força. E por isso tem de eleger alguns temas que lhe assegurem uma identidade. Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.

O senhor escreveu um artigo intitulado “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico”. Por que um pastor evangélico afirma isso?
Porque esse projeto impõe não só a espiritualidade, mas toda a cultura, estética e cosmovisão do mundo evangélico, o que não é de nenhum modo desejável. Seria a talebanização do Brasil. Precisamos da diversidade cultural e religiosa. O movimento evangélico se expande com a proposta de ser a maioria, para poder cada vez mais definir o rumo das eleições e, quem sabe, escolher o presidente da República. Isso fica muito claro no projeto da igreja Universal. O objetivo de ter o pastor no Congresso, nas instâncias de poder, pode facilitar a expansão da igreja. E, nesse sentido, o movimento é maquiavélico. Se é para salvar o Brasil da perdição, os fins justificam os meios.

O movimento americano é a grande inspiração para os evangélicos no Brasil?
O movimento brasileiro é filho direto do fundamentalismo norte-americano. Os Estados Unidos exportam seu american way of life de várias maneiras, e a igreja evangélica é uma das principais. As lideranças daqui leem basicamente os autores norte-americanos e neles buscam toda a sua espiritualidade, teologia e normatização comportamental. A igreja americana é pragmática, gerencial, o que é muito próprio daquela cultura. Funciona como uma agência prestadora de serviços religiosos. de cura, libertação, prosperidade financeira. Em um país como o Brasil, onde quase todos nascem católicos, a igreja evangélica precisa ser extremamente ágil, pragmática e oferecer resultados para se impor. É uma lógica individualista e antiética. Um ensino muito comum nas igrejas é de que Deus abre portas de emprego para os fiéis.

Eu ensino minha comunidade a se desvincular dessa linguagem. Nós nos revoltamos quando ouvimos que algum político abriu uma porta para o apadrinhado. Por que seria diferente com Deus?
O senhor afirma que a igreja evangélica brasileira está em decadência, mas o movimento continua a crescer.
Uma igreja que, para se sustentar, precisa de campanhas cada vez mais mirabolantes, um discurso cada vez mais histriônico e promessas cada vez mais absurdas está em decadência. Se para ter a sua adesão eu preciso apelar a valores cada vez mais primitivos e sensoriais e produzir o medo do mundo mágico, transcendental, então a minha mensagem está fragilizada.

Pode-se dizer o mesmo do movimento norte-americano?
Muitos dizem que sim, apesar dos números. Há um entusiasmo crescente dos mesmos, mas uma rejeição cada vez maior dos que estão de fora. Hoje, nos Estados Unidos, uma pessoa que não tenha sido criada no meio e que tenha um mínimo de senso crítico nunca vai se aproximar dessa igreja, associada ao Bush, à intolerância em todos os sentidos, ao Tea Party, à guerra.

O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?
Sou a favor. O Brasil é uni país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade.

O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?
Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem., então há algo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida.

Mas os movimentos cristãos foram sempre na direção oposta.
Não necessariamente. Para alguns autores, a decadência do protestantismo na Europa não é, verdadeiramente, uma decadência, mas o cumprimento de seus objetivos: igrejas vazias e cidadãos cada vez mais cidadãos, mais preocupados com a questão dos direitos humanos, do bom trato da vida e do meio ambiente.


Fonte: Carta Capital

PERGUNTAS FREQUENTES




» É possível me tornar judeu?

» Trindade

» Por que não há identificação para a tribo de Simeão nos estandartes ?

» Sendo evangélico, posso converter-me ao judaísmo ?

» Shabat

» Existe vida após a morte física ?

» Qual o significado da cidade de Gerar, da semeadura e do resultado obtido por Isaque ?

» Por que a guerra entre judeus e palestinos? Quem são os descendentes de Sarah? Por que árabes e palestinos não gostam de judeus? Como surgiu a Torah?

» Por que denominar-se judeus messiânicos ?


FESTAS BÍBLICAS



Festas Bíblicas na Torá
As festas bíblicas estão todas contidas na Torá, na 31ª porção semanal chamada Emór (Fala), situada no Livro de Vayicrá (Levítico), do capítulo 21:1 até o capítulo 24:23.
A 31ª porção é mais abrangente, não se referindo apenas às solenidades que o Eterno nos ordenou que cumpríssemos, de maneira que as festas bíblicas estão contidas no capítulo 23 de Vayicrá.

As Festas
São oito as festas dadas por D'us:

1. Shabat (Sábado);
2.
Páscoa (Pêssach);
3. Hag Hamatzot (Pães Asmos);
4. Hag Bakurim (Primícias);
5. Shavuot (Pentecostes);
6. Rosh Hashanah (Trombetas);
7. Iom Kipúr (Dia da Expiação);
8. Sucót (Tabernáculos).
9. Chanukah (Festa das Luzes).

Universalidade das Festas Bíblicas
Todas essas festas possuem caráteres universais. Como exemplo disso temos o Shabat, que nos leva a lembrar a criação do mundo. Também temos o Rosh Hashaná (Festa das Trombetas quando se toca o Shofar) e o Iom Kipúr que chamam a nós, pecadores, a lembrarmos das nossas transgressões e confessarmos ao Criador a fim de nos reconciliar com Ele.

FESTAS
CALENDÁRIO JUDAICO
CALENDÁRIO GREGORIANO
Purim
Purim
13 e 14 de Adar 5771
19 e 20 de Março 2011
Purim - Congregação Rechovot, Sábado, 19 de Março 2011
Pessach
Páscoa Judáica
14 e 15 de Nissan 5771
18 e 19 de Abril 2011
Seder de Pessach - Congregação Rechovot, Segunda-feira, 18 de Abril 2011
Hag Hamasot
Pães asmos
15 a 21 de Nissan 5771 18 de Abril a 25 de Abril 2011
Shavuot
Pentecostes
06 e 07 de Sivan 5771 08 e 09 de Junho 2011
Celebração de Shavuot - Congregação Rechovot, Sábado, 11 de Junho 2011
Rosh Hashanah
Ano novo Judaico
01 e 02 de Tishrei 5770 29 e 30 de Setembro 2011
Celebração de Rosh Hashanah- Congregação Rechovot, Quinta-feira, 29 de Setembro 2011
Yom Kipur
Dia do Perdão
10 de Tishrei 5772 08 de Outubro 2011
Yom Kipur- Congregação Rechovot, Sábado, 08 de Outubro 2011
Sucot
Tabernáculos
15 a 21 de Tishrei 5772 13 a 19 de Outubro 2011
Celebração de Sucot- Congregação Rechovot, sábado, 15 de Outubro 2011
Simchat Torah
Alegria da Torah
25 de Tishrei 5772 23 de Outubro 2010
Celebração da Simchat Torah-Congregação Rechovot, domingo, 23 de Outubro 2011
Chanukah
25 de Kislev a 02 de Tevet 5772 21 a 28 de Dezembro 2011
Celebração de Chanukah - Congregação Rechovot,
sábado, 24 de Dezembro 2011

Obs: As datas acima relacionadas obedecerão a observância do pôr do sol.


16 de mai. de 2011

TERROR VERSUS FIDELIDADE

Terror Versus Fidelidade - a Vitória Está Determinada

“Quando o presidente iraniano exige um mundo sem sionismo... encontramos por trás disso as mesmas forças espirituais que lutam contra o Salvador procedente de Sião”.[1] A situação no Oriente Médio está se agravando. A posição de Israel está cada vez mais ameaçada, os inimigos, sempre mais perigosos e o povo judeu, cada vez mais indefeso.

Esses acontecimentos combinam com os sermões sobre os tempos do fim feitos pelo Senhor Jesus, que disse a respeito de Seu povo e da Sua volta futura: “Porém tudo isto é o princípio das dores. Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome” (Mt 24.8-9).

A atualidade do terrorismo

O ódio contra os que têm outra crença (judeus e cristãos) enche os corações e as bocas dos terroristas.

“A boca, ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniqüidade. Põe-se de tocaia nas vilas, trucida os inocentes nos lugares ocultos; seus olhos espreitam o desamparado. Está ele de emboscada, como o leão na sua caverna; está de emboscada para enlaçar o pobre: apanha-o e, na sua rede, o enleia” (Sl 10.7-9). Esses versículos não refletem a situação de Israel em sua luta contra o terrorismo? As organizações terroristas dos fundamentalistas islâmicos, como o Hezb’allah e o Hamas, agem exatamente dessa forma. O ódio contra os que têm outra crença (judeus e cristãos) enche seus corações e suas bocas. Uma vontade incontrolável de aniquilar os judeus motiva a sua luta contra Israel. O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad diz frases como estas: “Os EUA são o opressor corrupto deste mundo. Israel precisa ser apagado do mapa. O Holocausto é um conto da carochinha. Um mundo sem os EUA e sem sionismo é desejável e um dia se tornará realidade”.[2] Ahmadinejad é um seguidor do aiatolá Khomeini, que, por sua vez, disse:

O Islã compromete todos os homens adultos, desde que não estejam fisicamente impedidos, a preparar-se para a conquista de outros países, a fim de que as escrituras sagradas do Islã sejam seguidas em todas as nações do mundo. Quem estuda a guerra santa do Islã entende porque o Islã deseja conquistar o mundo. [...] Já aqueles que nada sabem a respeito do Islã afirmam que o Islã é contra a guerra. Essas pessoas não têm entendimento! O Islã diz: Matem todos os não crentes, assim como eles matariam vocês! Será que isso significa que os muçulmanos cruzariam os braços até que todos (os não-muçulmanos) sejam aniquilados? O Islã diz: Matem (os não-muçulmanos), derrubem à espada e espalhem (seus exércitos). Será que isso significa que nós devemos esperar até que (os não-muçulmanos) nos derrotem? O Islã diz: No serviço a Alá, matem todos aqueles que poderiam matar vocês! Será que isso significa que devemos nos entregar ao inimigo? O Islã diz: O que existe de bom, existe graças à espada! Os homens não se tornam obedientes a não ser pela espada! A espada é a chave para o paraíso, que só se abre para os guerreiros santos! [...] Será que isso significa que o Islã é uma religião que impede as pessoas de fazerem guerra? Eu cuspo sobre os tolos que afirmam tal coisa.[3]

As organizações terroristas não trazem opressão e sofrimento apenas para seus inimigos, mas também sobre sua própria população civil: os terroristas se escondem em vilarejos, no meio de seus moradores, e atacam os civis inocentes de Israel de forma traiçoeira. Os indefesos não recebem qualquer tipo de misericórdia. Não faz muito tempo que Hermann Gremlitza escreveu: “É raro que os guerreiros de Alá se atrevem a atacar os postos militares de Israel. Não é o soldado que eles querem matar, é o judeu. Infelizmente, o exército israelense também mata civis, mas não porque deseja matar árabes, e sim porque os heróis de Alá gostam de se esconder atrás de suas mulheres e crianças”.[4]

Algumas afirmações de Ahmadinejad, o presidente do Irã: “Israel precisa ser apagado do mapa. O Holocausto é um conto da carochinha. Um mundo sem os EUA e sem sionismo é desejável e um dia se tornará realidade”.

Israel não encontra apoio entre os povos do mundo. Os israelenses são odiados, desprezados, culpados e insultados. Israel pode fazer o que quiser, sempre estará errado. Comparativamente, a situação de Israel hoje é semelhante à situação de Davi: “Pois tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida. Quanto a mim, confio em ti, Senhor. Eu disse: tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores. Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tua misericórdia” (Sl 31.13-16).

Mas as seguintes palavras são consoladoras: “A glória do Líbano virá a ti; o cipreste, o olmeiro e o buxo, conjuntamente, para adornarem o lugar do meu santuário; e farei glorioso o lugar dos meus pés. Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te desdenharam e chamar-te-ão Cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel. De abandonada e odiada que eras, de modo que ninguém passava por ti, eu te constituirei glória eterna, regozijo, de geração em geração” (Is 60.13-15).

No fim das contas, Israel só encontrará consolo e futuro em Jesus, o Messias. Quando chegar o tempo de Deus, a Sua bênção irromperá e a salvação chegará. Então eles clamarão: “Tu és meu Deus!”, assim como Tomé ou Natanael (cf. Jo 20.27-28; Jo 1.49). Por meio da volta de Jesus, a glória da face de Deus brilhará novamente sobre Israel.

A atualidade de uma antiga verdade

“O Islã diz: Matem (os não-muçulmanos), derrubem à espada e espalhem (seus exércitos)... O Islã diz: No serviço a Alá, matem todos aqueles que poderiam matar vocês!” (afirmações do aiatolá Khomeini).

O rei gentio Balaque provocou Balaão, ou melhor, subornou-o para que amaldiçoasse Israel: “Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois é mais poderoso do que eu; para ver se o poderei ferir e lançar fora da terra...” (Nm 22.6). Até hoje a tática do inimigo não mudou. O mundo ocidental é influenciado o tempo todo para ficar contra Israel, a condená-lo e a boicotá-lo. Constantemente ouvimos e lemos relatos nos quais os inimigos de Israel são defendidos e Israel é apresentado como o agressor. Os assim chamados “especialistas em Oriente Médio” tomam a palavra e, quase sempre, fazem comentários parciais e prejudiciais a Israel. Políticos recomendam cautela a Israel, a mídia ataca o Estado judeu. Freqüentemente os produtos judeus são boicotados e terríveis declarações anti-semitas são publicadas. O povo judeu em si tem poucas oportunidades para se justificar, mas seus inimigos são reverenciados.

Porém, na visão de Balaão havia algo que significava bênção para Israel e que garante que Israel nunca desaparecerá. “Então, proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhos abertos, palavra daquele que ouve os ditos de Deus e sabe a ciência do Altíssimo; daquele que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém de olhos abertos: Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete. Edom será uma possessão; Seir, seus inimigos, também será uma possessão; mas Israel fará proezas. De Jacó sairá o dominador e exterminará os que restam das cidades” (Nm 24.15-19). Se olhar para o Messias de Israel, Jesus Cristo, Israel nunca sucumbirá.

E a profecia “bênção por bênção / maldição por maldição” vale até o fim dos tempos: “Este abaixou-se, deitou-se como leão e como leoa; quem o despertará? Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem. Agora, eis que vou ao meu povo; vem, avisar-te-ei do que fará este povo ao teu, nos últimos dias” (Nm 24.9,14).

A atualidade dos últimos dias

Israel está tão indefeso porque busca sua salvação na força militar, em aliados e em compromissos em vez de procurar o Messias: “Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). Israel precisa de conversão interior. A respeito, um comentário de Michael Freund:

Nenhuma solução humana

Temos orgulho de nossas conquistas científicas, do nosso progresso e da nossa coragem no campo de batalha, e com razão. Mas, com o devido respeito: alguma dessas coisas conseguiu impedir a crise atual que enfrentamos? O mesmo pode ser dito a respeito dos nossos políticos. Os de direita nos traíram, os de esquerda nos desencorajaram e nossos inimigos não deram nenhum sinal de que vão recuar. Nunca um país encostado na parede, cercado por perigos e acuado por hostilidades teve tanta necessidade de estender as mãos para receber ajuda do alto e de fora. É tempo de voltar-se para Deus. Isso pode soar bobo ou até ingênuo, mas chegou o tempo de se voltar para Deus. Ao longo de sua história, o povo judeu sempre se dirigiu aos céus quando enfrentava perigos, sacando a arma mais poderosa de que dispomos em nosso arsenal: o poder da oração. Agora é tempo de fazer isso novamente. Agora que nossos inimigos pretendem conduzir uma guerra santa contra nós, não usaríamos o nosso arsenal espiritual?[5]

Os terroristas se escondem em vilarejos, no meio de seus moradores, e atacam os civis inocentes de Israel de forma traiçoeira.

A tribulação que está por vir levará o remanescente de Israel ao arrependimento, o que terá como conseqüência a volta de Yeshua: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Yeshua, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade” (At 3.19-21).

Humanamente falando, a situação em torno e dentro de Israel é desesperadora, e a injustiça com que Israel é tratado é de arrancar os cabelos. Se não houvesse um Deus fiel e justo, que cumpre a Sua palavra independentemente de qualquer coisa, a situação seria desesperadora. Mas não há motivo para isso, pois a respeito de Israel está escrito: “Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo” (Sl 73.1). E: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo. E, no seu nome, esperarão os gentios” (Mt 12.20-21).

Nunca um país encostado na parede, cercado por perigos e acuado por hostilidades teve tanta necessidade de estender as mãos para receber ajuda do alto e de fora. É tempo de voltar-se para Deus.

Como Igreja de Yeshua , enxertada na oliveira nobre (cf. Rm 11.17ss.), façamos o que o Espírito de Deus nos ordena: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados” (Is 40.1-2). A parábola do bom samaritano contada por Jesus pode nos servir aqui de profecia sobre a história de Israel: Yeshua prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar” (Lc 10.30-35).

  • Humanamente falando, a situação em torno e dentro de Israel é desesperadora, e a injustiça com que Israel é tratado é de arrancar os cabelos. Se não houvesse um Deus fiel e justo, que cumpre a Sua palavra independentemente de qualquer coisa, a situação seria desesperadora.

    O homem que caiu nas mãos dos assaltantes é um símbolo para o povo judeu, que durante milênios sofreu nas mãos dos povos. Os judeus caíram repetidamente nas mãos de assaltantes.
  • O caminho que desce de Jerusalém para Jericó aponta para a constante humilhação do povo. Israel permanecerá humilhado em seu caminho até que o Senhor o busque, exalte e leve de volta para Jerusalém.
  • Os assassinos/assaltantes são as nações, os terroristas e a mídia hostis aos judeus, que assaltam, roubam e abandonam Israel, para então fugir. “Despojam-no todos os que passam pelo caminho; e os vizinhos o escarnecem” (Sl 89.41).
  • O sacerdote e o levita que passam sem olhar, mantendo distância e só pensando em si mesmos, indicam os políticos, religiões e organizações que não se importam com o povo judeu ou conscientemente ignoram a verdade – mas também apontam para o Israel que está sob a lei, na qual não encontra paz, nem redenção, nem tranqüilidade.
  • O bom samaritano é um tipo de Cristo que – despercebido, até mesmo rejeitado, pelo Seu próprio povo – tem misericórdia desse povo, vindo até ele para salvá-lo, para curar suas feridas e dar-lhe óleo e vinho, isto é, espírito e vida. “Sara os de coração quebrantado e lhes pensa as feridas” (Sl 147.3).
  • O hospedeiro, ou a hospedaria, a quem o ferido foi entregue, representa a Igreja de Yeshua. Durante a ausência do Senhor ela deve preocupar-se com Israel. “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus” (Is 40.1).
  • A indicação sobre a volta e a recompensa é uma indicação profética a respeito da volta de Yeshua. Ele voltará e recompensará aqueles que cuidaram de Seu povo. “O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40).
Além dos versículos bíblicos, um guia devocional trazia o seguinte texto num dia dedicado à lembrança de Israel: “Jesus ama Seu povo. Ai de nós, se esquecermos disso! Quem não honrar esse povo, fracassará irremediavelmente. Vejam, a oliveira carrega antigos galhos renovados, até que diante de Deus finalmente se curve toda a terra”.

Fonte: Beth Shalom

O MAIS IMPORTANTE É ISRAEL

O Mais "Importante" é Israel

Minha filha mais nova acaba de concluir seu segundo ano de faculdade numa universidade secular (N. do T.: nos EUA há universidades cuja orientação educacional é cristã, daí a diferenciação pelo uso do termo “secular”). No intuito de cultuar a Deus com outros irmãos, ela levou quase dois anos inteiros para encontrar uma igreja que não se considere “o novo Israel” e que não creia que Deus rejeitou definitivamente o povo judeu.

Enquanto preparávamos uma edição da nossa revista, um amigo me deu um sábio conselho em poucas palavras: “Cuide para que o mais importante seja, de fato, o mais importante”. O mais importante não é o número de dispensações bíblicas, nem é a enorme quantidade de diferenças que poderíamos alistar entre a Teologia Aliancista (ou Teologia da Substituição) e a Teologia Dispensacionalista. A “coisa mais importante” é aquilo que minha filha priorizou quando visitava várias igrejas e solicitava a declaração de fé de cada uma delas. O “mais importante” é Israel.

Quando eu era uma crente recém-convertida a Cristo, passava muitas horas ouvindo pregações pelo rádio. Felizmente, havia em nossa região uma excelente emissora de rádio evangélica dirigida por um dedicado crente em Cristo, que era criterioso com a programação que permitia ir ao ar. Certa ocasião eu ouvia um famoso pastor presbiteriano que começava uma série de pregações no livro de Isaías.

Ele introduziu sua pregação com a seguinte história: há muitos anos, quando ainda era um jovem pastor que acabara de se formar no seminário, ele cria que todas as maravilhosas promessas que Deus fizera a Israel no Antigo Testamento agora se destinavam à Igreja. A oportunidade de Israel tinha chegado e fora desperdiçada. A nação de Israel pecara, perdera sua terra e fora substituída pela Igreja – esta que passou a ser o novo povo escolhido por Deus (uma peculiaridade interessante desse ponto de vista é a de que as pessoas que o adotam ainda consentem que o genuíno povo de Israel fique com todas as maldições prometidas por Deus, enquanto a Igreja fica com todas as bênçãos).

Desde o momento em que Deus a estabeleceu no livro de Gênesis e a reafirmou ao longo de todo o Antigo Testamento, a Aliança Abraâmica – que inclui a provisão da terra e todas as outras promessas – é infalível.

Entretanto, a esposa daquele jovem pastor interpretava a Bíblia de modo um pouco mais literal. Ela cria que a partir do momento em que Deus fazia uma promessa, Ele a cumpria. Então, aquele pastor contou que sua esposa orava todos os dias para que ele chegasse a uma compreensão melhor e mais exata da Palavra de Deus.

Um dia ele decidiu estudar o livro de Isaías com toda seriedade e afinco. Extasiado pelas grandiosas promessas que Deus fizera a Israel, ele começou a analisar sua perspectiva de Deus. Que Deus era aquele a quem ele servia, que fizera promessas tão maravilhosas como essas para, depois, anulá-las e concedê-las a outros?

Por fim, ele chegou à conclusão de que tinha de tomar uma decisão acerca de Deus. Ou Deus era: (1) incapaz de cumprir as promessas que fez a Israel; ou (2) Ele era um mentiroso que nunca teve a intenção de cumprir as promessas que fez a Israel; ou (3) Ele ainda estava para cumprir as promessas que fez a Israel. Aquele pastor optou pela terceira e última alternativa.

À medida que a sociedade ao nosso redor se deteriora e o lobby muçulmano se torna mais forte a cada dia, tanto nos Estados Unidos quanto no Ocidente, o mundo – inclusive grande parte da “cristandade” – quer nos fazer acreditar que o território no qual está situada a nação de Israel é de quem dele se apoderar ou que ele pertence aos árabes por direito. Contudo, o mais importante continua a ser o mais importante. Israel não é a Igreja e a Igreja não é Israel.

A verdade é que Deus confiou a Abraão e seus descendentes naturais a terra de Canaã, mediante uma aliança incondicional que nunca foi ab-rogada ou abolida. Muitas pessoas confundem a Aliança Mosaica – que exigia a obediência de Israel – com a Aliança Abraâmica, que não estava condicionada à obediência. Pelo fato de não obedecerem à Aliança Mosaica, os israelitas foram privados das bênçãos temporais de que poderiam desfrutar e sofreram o castigo de serem expulsos temporariamente de sua terra. Porém eles ainda possuem a Escritura de posse daquela terra que Deus lhes outorgou por herança.

A Nova Aliança – que também foi firmada por Deus com Israel em Jeremias 31 – substitui a Aliança Mosaica, mas não substitui a Aliança Abraâmica. Desde o momento em que Deus a estabeleceu no livro de Gênesis e a reafirmou ao longo de todo o Antigo Testamento, a Aliança Abraâmica – que inclui a provisão da terra e todas as outras promessas – é infalível.

À medida que a sociedade ao nosso redor se deteriora e o lobby muçulmano se torna mais forte a cada dia, tanto nos Estados Unidos quanto no Ocidente, o mundo – inclusive grande parte da “cristandade” – quer nos fazer acreditar que o território no qual está situada a nação de Israel é de quem dele se apoderar ou que ele pertence aos árabes por direito.

O Deus a quem sirvo não é impotente. Não é à toa que Ele se chama o Deus Todo-Poderoso. Se Ele foi capaz de criar o mundo em seis dias, se foi capaz de abrir o mar Vermelho para que um povo de 2 milhões e meio de pessoas o atravessasse do Egito para Canaã a pés enxutos levando seus rebanhos, se foi capaz de fazer cair do céu o maná durante 40 anos para alimentar Seu povo a quem Ele guiava por meio de uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite, então Ele certamente é capaz de trazer Israel de volta para Si numa genuína conversão espiritual e abençoar fisicamente o povo judeu com a terra que lhes prometeu.

A Aliança Abraâmica não se baseou na obediência de Israel, mas no amor leal de Deus, como está escrito: “Porquanto amou teus pais, e escolheu a sua descendência depois deles” (Dt 4.37). Moisés fez a seguinte declaração aos israelitas:

“Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais...” (Dt 7.7-8; ênfase acrescentada).

Moisés os advertiu de que se eles abandonassem o Senhor Deus, seriam espalhados por entre as nações e perseguidos (Lv 26.14-39; Dt 28.15-68). Mas ainda assim, o Senhor afirmou: “...se o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem eles por bem o castigo da sua iniqüidade, então, me lembrarei da minha aliança com Jacó, e também da minha aliança com Isaque, e também da minha aliança com Abraão, e da terra me lembrarei” (Lv 26.41-42). Por quê? Porque Deus confiou aquela terra ao povo de Israel “para todo o sempre” (Dt 4.40).

A que espécie de Deus você serve? Se foi enxertado na família da fé através da Nova Aliança, você se tornou um descendente espiritual de Abraão, não um descendente natural. Se Deus não for fiel em cumprir as promessas que fez a Israel, como é que você pode estar certo de que Ele será fiel em cumprir as promessas que fez a você? À semelhança da Aliança Abraâmica, a Nova Aliança é incondicional. Não se baseia na sua ininterrupta obediência; baseia-se no amor leal de Deus por você (Jo 3.16; Rm 5.8). Felizmente para todos nós, “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23.19). Por isso Ele “cumprirá” a Aliança Abraâmica, a “aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque; o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel, por aliança perpétua, dizendo: Dar-vos-ei a terra de Canaã como quinhão da vossa herança” (1 Cr 16.16-18; Sl 105.9-11).

“Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos” (Jr 32.38-39).

Além disso, Ele também cumprirá a Nova Aliança que fez com Israel, de livrar fisicamente a nação inteira e regenerá-la espiritualmente num único dia (Zc 12.10; Rm 11.26). Em seguida, Ele cumprirá a Aliança Davídica ao fazer com que Jesus, o Messias, o Filho de Davi, se assente no trono de Davi para reinar sobre todo o Reino Messiânico, primeiramente por mil anos e, então, para todo o sempre (2 Sm 7.12,16; Is 9.7; Ap 20.4,6).

Não se deixe enganar por filosofias de homens que “interpretam” aquilo que Deus diz de modo a fazer com que o sentido do que foi dito por Deus seja completamente oposto ao que está escrito em Sua Palavra. “Cuide para que o mais importante seja, de fato, o mais importante”. Israel e a Igreja não são a mesma coisa. O amor incondicional do Deus todo-poderoso por ambos, Israel e a Igreja, é que continua a ser o mesmo.

A passagem bíblica a seguir foi proferida e escrita pelo profeta Jeremias ao povo judeu, os descendentes naturais de Abraão, Isaque e Jacó. Se o Deus a quem você serve é onipotente, fiel e verdadeiro, tal passagem não pode se aplicar a nenhum outro que não seja exclusivamente o Israel nacional:

“Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os lancei na minha ira, no meu furor e na minha grande indignação; tornarei a trazê-los a este lugar e farei que nele habitem seguramente. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim. Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem; plantá-los-ei firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha alma. Porque assim diz o Senhor: Assim como fiz vir sobre este povo todo este grande mal, assim lhes trarei todo o bem que lhes estou prometendo” (Jr 32.37-42)

Fonte: Beth Shalom

4 de mai. de 2011

ISRAEL - A ALIANÇA DE DEUS E A IGREJA


  • ISRAEL - Ainda é uma terra Bíblica
    O Oriente Médio, Israel, Egito, o Líder Palestino, Hafez-al-Assad, Yasser Arafat, Arábia Saudita, Kuwait, Saddam Hussein, Líbano, Síria, Cisjordânia, Netanyahu... são nomes que nós ouvimos nos noticiários todos os dias. Como interpretamos o que temos ouvido? Geralmente, a informação sem um conhecimento mínimo necessário para interpretá-lo, traz confusão ou geral desinteresse. Quando nós nos sentimos mal, a quem procuramos? Nós não vamos a uma loja de sapatos, pois ali nada poderão fazer por nós! Devemos ir a quem possa realmente nos ajudar, ou seja, iremos a uma médico! O mesmo se dá com a Palavra! Quando quisermos interpretá-la de forma correta, precisamos conhecer e entender o que os judeus entendem da palavra, pois ela foi dada primeiramente à eles! Por isso, para aqueles que desejam obedecer a Bíblia é importante entender o que está acontecendo com Israel e com todos aqueles que de certa forma desempenham um papel importante no cenário do Oriente Médio hoje, como participantes do desenrolar das profecias bíblicas. Quando paramos para pensar em Israel hoje em comparação a Israel no tempo da Bíblia, várias perguntas nos vêm a mente:

    * O Estado de Israel hoje, e Israel no tempo da Bíblia - é a mesma terra?
    * É correta a afirmação dos Árabes/Palestinos, de que Israel de hoje não é o Israel da Bíblia?
    * Porque Deus escolheu esta terra e a chama de "Sua terra"?
    * Porque Ele escolheu os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó para morar nesta terra, bem como a deu a eles em aliança?
    * Essa aliança foi feita para sempre?


    Como cristãos, devíamos estar procurando respostas para estas perguntas, pois há uma relação entre nós, a Bíblia, Israel e o povo judeu. Em Efésios 2:11-13, Paulo diz: "em Jesus Cristo nós, gentios, somos feitos participantes de todas as promessas de Deus... somos feitos participantes da comunidade de Israel, das suas promessas e esperança".

    O cumprimento da lei e dos profetas da Bíblia Hebraica (Velho Testamento) estão na vida, morte e ressurreição de Jesus. Nossa salvação traz consigo a aceitação do Deus de Israel, bem como da herança e das raízes da história do povo Judeu, o povo escolhido de Deus... e a terra de Israel.

    Para interpretarmos os fatos do presente e do futuro, precisamos de conhecimento bíblico e histórico do passado.

    É importante compreendermos:
    * A terra de Israel é o interessante lugar que ela ocupa em relação às nações;
    * A terra em relação ao povo que Deus escolheu para ocupá-la e porque ocupá-la;
    * O papel do povo judeu na história - os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.

    Com essas informações, estaremos capacitados a nos situar biblicamente em relação a Israel e o Oriente Médio.

  • A Terra
    Para sabermos se Israel hoje está localizado no mesmo lugar do Israel no tempo da Bíblia, temos que buscar as descrições bíblica. De que "terra" estamos falando? Em Gn 15:18 nos foram dadas algumas dimensões: "O Senhor fez uma aliança com Abraão, dizendo: dei essa terra para os seus descendentes, do rio do Egito até o grande rio Eufrates."

    Mais especificamente, Gênesis 17:8 afirma "toda a terra de Canaã". Em Exodo 3:8 Deus fala a Moisés no deserto e diz: "Por isso desci para livrá-los das mãos dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra para uma terra espaçosa, para uma terra que mana leite e mel - o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu."

    Essa descrição compreende Israel hoje, mais parte do oeste da Jordânia, oeste da Síria e a maior parte do Líbano.

  • Mas, que tipo de terra é essa Terra Prometida?
    Em Exodo 3:8 ela é descrita como: "uma terra que mana leite e mel", e em Ezequiel 20:6 nós lemos "...uma terra que mana leite e mel e é a glória de todas as terras."

    Com a expressão "leite e mel" Deus estava descrevendo uma terra que poderia sustentar animais que produziriam leite e onde cresceriam árvores frutíferas para as abelhas. Na Bíblia Hebraica, mel poderia se referir também ao que nós chamamos hoje de geléia de frutas, o que confirmaria a idéias de árvores frutíferas. Uma terra que mana leite e mel numa região desértica, podemos considerar como sendo uma preciosa promessa do Senhor.

    Com o termo "glória das nações" Deus queria dizer que Israel seria líder entre as nações, não só espiritualmente, mas que também refletiria as nações do mundo temporariamente em seu solo, flora e fauna.

    Israel é pequeno (241 x 80 km), mas é abençoado pelo clima, solo e sua privilegiada localização na terra, tornando possível encontrar vegetação e animais de quatro diferentes zonas ecológicas - África, Ásia, Mediterrâneo e Euro-Sibéria, pois essas quatro zonas fazem limite com Israel.

    Israel tem montanhas elevadas, desertos, florestas, pântanos, litoral, bem como o lugar mais baixo da terra (-400m). Tem verão e inverno intensos, frutas tropicais, verduras e legumes. Na verdade, em Jerusalém você pode cultivar maçãs e laranjas, uma fruta de clima frio e outra de clima tropical no mesmo pomar! Em Israel há o dobro de espécies de plantas do que em seu vizinho, o Egito, o qual possui o rico Delta do Nilo. Pássaros vêm de longe passar períodos em Israel, tanto da África do Sul como da Islândia. Israel também é visitado pelo lobo da longínqua Sibéria no extremo norte e pelo leopardo da África, no sul.

    Verdadeiramente, Israel não é somente a glória das nações no sentido espiritual, mas também no físico.

    Mais do que isso, é muito importante entender que Deus possui a terra. Levítico 25:23 afirma: "A terra não será vendida perpetuamente, porque a terra é minha, e vós estais comigo como estrangeiros e peregrinos". Deus possui a escritura da terra. Da mesma forma que nós transferimos o título de domínio de um carro ou de uma casa que nós possuímos, Deus escolheu transferir o título de sua terra a Israel, para um povo particular para sempre.

    Deus escolheu um homem, Abraão, para possuir a Sua Terra, Israel, porque Ele tinha um plano: a redenção do mundo.

  • A Terra, em relação ao pop escolhido de D'us
    A aproximadamente 4.000 anos atrás, Deus chamou um homem chamado Abrão para uma tarefa especial. Ele era originalmente de Ur dos Caldeus (perto da Basra, no Iraque hoje), estava morando em Harã, sul da Turquia hoje, quando Deus o chamou. Quando ele tinha 75 anos Deus falou com ele: "Saia do seu país, deixe a sua parentela e a casa de seu pai, para uma terra que eu te mostrarei. Farei de ti uma grande nação, e te abençoarei e te engrandecerei o nome, e tu serás uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terras" (Gn 12:1-3).

    Abrão, sua esposa estéril Sarai e seu sobrinho Ló, saíram de Harã para Canaã, onde Deus disse a ele: "Levanta agora os teus olhos e olha desde o lugar onde estas, para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente. Toda esta terra que vês, hei de dar a ti, e a tua descendência para sempre. Farei a tua descendência como o pó da terra, de modo que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua descendência será contada. Levanta-se, percorre a terra, no seu comprimento e na sua largura, pois eu a darei a ti" (Gn 13:14-17).

    Depois de dez anos de espera pelo filho da promessa em Canaã, Abrão e Sarai se tornaram impacientes. Sarai ofereceu sua serva Hagar para Abrão e eles tiveram um filho chamado Ismael. Porém, esse não era o filho que Deus havia prometido.

  • Isaque, o Filho da promessa
    Finalmente, quatorze anos depois (24 anos depois que eles chegaram em Canaã), Deus falou com Abrão sobre Sua promessa. Foi então quando Deus mudou o nome de Abrão para Abraão (pai duma multidão), e o de Sarai para Sara (princiesa) que Deus começou a cumprir Sua promessa. Em Gênesis 17:7-8 Deus diz: "Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, como aliança perpétua, para ser o teu Deus, e a tua descendência depois de ti. Darei a ti e a tua descendência depois de ti a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em perpétua possessão; e serei o seu Deus." Esse texto confirma que a aliança de Deus seria perpétua e incondicional, não seria temporária. Nessa época Abrão tinha 99 anos e Sara tinha 90 anos e continuava estéril. Por causa disso, ele entendeu que Ismael, que era seu filho, seria o filho da promessa. Em Gênesis 17:18 Abraão disse a Deus: "Oxalá viva Ismael diante de ti".

    Esse não era o plano de Deus, o qual Ele explicou: Ismael não era o filho da promessa e Sara realmente teria um filho: Isaque é que seria o herdeiro, teria as promessas e o título da terra. Para que Abraão não tivesse dúvida, Deus disse: "Na verdade, Sara tua mulher te dará um filho e lhe porás o nome de Isaque; com ele estabelecerei a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência depois dele" (Gn 17:19).

    Como ficaria Ismael? Ele também não é filho de Abraão? Sim, mas não o filho da promessa.

    Quanto a isto Deus disse: "E quanto a Ismael, também te tenho ouvido: certamente o abençoarei; fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei grandíssimamente. Doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. A minha aliança, porém, estabelecerei com Isaque, que Sara te dará neste mesmo tempo, daqui a um ano". (Gn 17:20-21).

    Isaque recebeu a bênção da aliança e não Ismael. Isso nos traz para a atualidade porque, a pergunta no momento é: "Quem na verdade tem direito de possuir a Terra de Israel - os Árabes ou os Judeus"? Deus prometeu abençoar Ismael e seus descendentes, mas não com a terra de Canaã, a qual Deus passou o direito de posse para os descendentes de Abraão via Isaque.

    Esse é um ponto crítico, pois muitos Árabes reivindicam o direito sobre a terra de Israel como descendentes de Abraão através da linhagem de Ismael! Como descendentes de Abraão através de Ismael estava previsto que eles recebessem muitas bênção prometidas, mas NÃO a terra de Israel. Esta foi reservada aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.

    Sabemos que Abraão teve outros filhos os quais também NÃO receberam o direito sobre a terra de Canaã. Em Gênesis 25:1-6 lemos que os outros filhos de Abraão receberam presentes e foram enviados para as terras do Oriente: "Abraão deu tudo o que possuía a Isaque. Mas aos filhos das concubinas que tinha, deu Abraão presentes e, ainda em vida, separou-os do seu filho Isaque, enviando-os ao Oriente".

    Jacó, o filho prometido: Mais tarde, Isaque teve dois filhos, Jacó e Esaú, e nós podemos ver Deus fazendo uma promessa similar para Jacó. Em Gn 35:11-12, Deus disse a Jacó: "Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te. Uma nação, sim, uma multidão de nações sairão de ti, e reis procederão dos teus lombos. E te darei a terra que dei a Abraão e a Isaque, a ti a darei; também à tua descendência, depois de ti, a darei".

    Como ficaria Esaú? Em Gênesis 36:6-9, lemos que Esaú pegou sua família e saiu de Canaã, para longe de Jacó. Isso porque Jacó era tão rico que aquela terra não era suficiente para sustentar todos os seus animais. Ele se mudou para Edom, do outro lado do Mar Morto, sul da Jordânia hoje. Considerando a aliança de Deus e a história, a terra de Israel biblicamente pertence aos Judeus, aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.

    Mas, será que os Árabes foram enganados? Deus disse que os abençoaria e hoje existem 21 países Árabes soberanos e apenas UM estado Judeu. Se somarmos a área de todos os países Árabes do mundo verificamos que eles possuem uma área que é 650 vezes maios do que Israel. Em outras palavras, Israel é do tamanho da metade do estado do Espírito Santo. Entretanto, os países Árabes possuem uma área que é seis bilhões de metros quadrados maior do que o Brasil somado a mais uma vez a área do estado do Amazonas, em contraste com o estado do Espírito Santo, sem contar que eles praticamente têm o controle do suprimento de petróleo nas mãos. Bem, os Árabes não foram enganados pelo fato de os judeus terem retornado para a terra que é deles desde os tempos antigos, Israel.

  • Porque D'us escolheu um povo e uma terra específicos?
    Havia uma razão importante para Deus estabelecer alianças com um povo escolhido em uma terra que Ele separou para esse povo.

    Veja que, Deus escolheu um lugar específico, Israel, e um povo específico, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, para um propósito específico.

    O povo Judeu foi escolhido:
    1) - Para testemunhar que Deus é único no meio de toda a idolatria do mundo.
    2) - Para mostrar às nações a bênção que é servir ao Deus verdadeiro.
    3) - Para receber, preservar e transmitir as Escrituras (64 dos 66 livros da Bíblia foram escritos por judeus).
    4) - Pare serem a ligação humana (elo histórico) para a vinda do Messias, o Salvador do mundo.

    A terra foi escolhida por uma razão. Como é dito nas propagandas: localização, localização, localização. Apesar de pequena em tamanho, a terra de Israel está estrategicamente situada bem no meio das grandes e importantes rotas do mundo antigo - entre os grandes impérios da Assíria e da Babilônia no norte e o Egito ao sul. Uma das melhores descrições para Israel seria "A Terra-Sanduíche" (uma terra entre as outras). Isso era exatamente o que Deus queria para o Seu povo.

    Israel é praticamente um eixo, como a dobradiça de uma porta, entre grandes regiões do mundo antigo. Quem quer que fosse, que controlasse a terra de Israel, poderia exercer grande influência no mundo. É por isso que conquistar Israel era, e ainda é, um objetivo estratégico para nações que querem controlar o Oriente Médio. Porém, esse pedaço de terra não está à disposição para ser apossada, pois, Deus tinha e ainda tem um plano para ela.

    Deus colocou Seu povo escolhido num lugar precário, exatamente onde Ele os queria, para um propósito específico. Em tempos de guerra ou em tempos de paz, a mensagem de Deus será exposta ao mundo. Por que? Deus poderia tê-los levado para longe do deserto do Oriente Médio e ter criado um outro Jardim do Éden para eles. Lá eles poderiam ser aquecidos pela glória e provisão de Deus, removidos dos conflitos do mundo. Na verdade, fora do deserto onde nenhum viajante pudesse notá-los, até que chegassem neste século, quando nossos satélites finalmente os fotografassem de cima. Bem, Deus tinha outros planos.

    1) - A localização estratégica da terra criaria pressões especiais. Podemos dizer que essas pressões seriam "o território de Deus para provar a fé." Nessa terra haveria muita pressão e muitas provações. Mas, através dessas provações, com tudo desfavorável aos israelitas, Deus mostrou seu poder miraculoso ao sustentá-los e abençoá-los, mesmo diante de situações tão difíceis. Isso fez com que as pessoas parassem e os notassem.

    2) - O fato de toda a comunicação, negócios e até os exércitos daquele tempo, terem que passar por esta terra; a história do relacionamento do homem através do Seu povo escolhido se espalharia por todo o mundo.

    O povo de Israel foi escolhido para ser o testemunho vivo de Deus através de suas vidas e de suas mensagens.

    Em tempos de paz, os viajantes poderiam ver e ouvir a mensagem de Deus e levá-la ao mundo.
    Em tempos de guerra, Deus mostrou seu poder miraculoso ao defendê-los. Esta mensagem também foi espalhada pelo mundo. Por exemplo, o Rei Senaqueribe da Assíria invadiu Judá em 720 a.C., quando ele atingiu Jerusalém, ele cercou a cidade e zombou do Rei Ezequias e do Deus de Israel. Deus agiu. O anjo do Senhor liquidou os soldados e os oficiais de Senaqueribe. II Cr 32 diz que Senaqueribe deixou um relato sobre esse evento esculpido nas pedras, o qual testifica o que Deus fez nesse dia em Israel.
  • O eterno plano redentor de Deus é claro na Bíblia. O homem pecou e se separou de Deus. Mesmo assim, Deus quer ter comunhão conosco, por isso Ele criou um plano que envolveria o homem, Abraão e a terra de Israel, para trazer salvação ao mundo.

    Portanto, esse plano não está terminado e o cumprimento das profecias de Deus estão acontecendo e estão relacionadas a Israel e ao povo judeu hoje. Não há dúvida de que havia e ainda há um futuro que tem moldado a história do mundo.

    O povo de Israel foi escolhido para testemunhar sobre Deus. Eles não tinham livros, gravadores, rádio e televisão como nós temos hoje. Suas vidas eram uma mensagem viva do amor de Deus o qual Ele usou para expandir Sua Palavra para o mundo.

    Esta é uma grande verdade para nós cristãos. Paulo nos escreve: "Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. Já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedras, mas nas tábuas de carne do coração" (II Co 3:2,3).

    Assim como Israel, o novo nascimento não nos livra das pressões da vida. Pelo contrário, Ele nos coloca bem no meio, onde tudo acontece ao mesmo tempo ao nosso redor. E exatamente nesse lugar Ele nos abençoa. Então, quando os problemas aumentam, Ele está lá para nos proteger e nos defender. Em ambos os casos, isso se transforma em testemunho do Deus vivo, o qual nós servimos.

    Deus nunca nos prometeu que nos colocaria no céu aqui na terra; o céu virá na eternidade. Aqui na terra, fomos chamados através de nossa salvação para sermos testemunhas dele. Temos a oportunidade de fazê-lo todos os dias, e não deveríamos depender de ninguém ou de nada para fazer o trabalho por nós.

    Como Israel, precisamos estar enraizados e firmados no Senhor, para que os nossos inimigos não nos ultrapassem ou a crise e a escassez venha sobre nós. Isto foi o que aconteceu quando Israel tirou os olhos do Senhor. Somente quando nos submetemos ao Senhor, encontramos provisão e proteção, o que fará com que o mundo ao nosso redor fique maravilhado e se volte para o Reino de Deus.

    Assim como Israel, não somos uma ilha isolada. Estamos exatamente nos lugares onde tudo acontece, para que possamos mostrar a glória do Seu Nome.

    Vamos continuar nossas descobertas:
    * Como é que Israel se encaixa nas profecias bíblicas?
    * Há uma promessa de Deus de que o povo judeu, disperso pelo mundo, voltaria um dia para a terra prometida e que a terra seria restaurada?
    * Há esperança para Israel?
    * Porque muitos cristãos apoiam o Estado de Israel?
    * Como deve ser o relacionamento dos cristãos com o povo judeus?


  • O Povo e a terra no centexto profético
    Nos tempos bíblicos, a terra e o povo de Israel eram essenciais para levarem a mensagem de Deus às nações. Hoje eles não são menos importantes nos planos finais de deus, o que mostra ao mundo que Ele é fiel à sua Palavra.

    Os profetas falaram sobre um grande Dia de tornar a trazer de entre os povos, e os ajuntar das terras de seus inimigos, eu me santificarei neles aos olhos de muitas nações. Então saberão que eu sou o Senhor seu Deus, vendo que eu os fiz ir para o exílio entre as nações, e os tornei a ajuntar a fim de voltarem à sua terra, e nenhum deles deixei para trás. Já não esconderei deles a minha face, pois eu derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus".

    Em Amós 9:14-15 Deus diz: "Trarei de volta do exílio o meu povo Israel, reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão. Plantarão vinhas e beberão o seu vinho; farão pomares e lhes comerão os frutos. Plantá-los-ei na sua própria terra, e não serão mais arrancados da terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus".

    Esses não são versículos obscuros na Bíblia, que não têm nenhuma importância hoje. Podemos vê-los sendo cumpridos bem diante dos nossos olhos. Para mim, morar em Israel e ler as profecias bíblicas, é como estar lendo o jornal do dia.

    Por exemplo, Isaías escreveu: "O deserto e os lugares secos se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como a rosa" (Is 35:1).

    Ele escreveu esses versículos para expressão quão empolgante seria quando o povo judeu retornasse para a terra prometida, Israel. Até mesmo a terra se regozijaria de alegria.

    Você deve estar perguntando, voltar de onde? Muitos profetas do Velho Testamento falaram que haveria um dia em que os judeus sairiam de Israel. Isso ocorreu logo depois de Jesus. Mas Deus não pretendia deixá-los no exílio, e os profetas profetizaram o seu retorno das nações um dia.

    Hoje é o dia do qual as profecias falaram. Estamos vivendo em dias em que as profecias bíblicas estão se cumprindo bem diante dos nossos olhos. Enquanto nos preparamos para a vinda do Senhor, a Bíblia nos dá sinais para que os observemos. Um desses sinais é os desertos de Israel e os lugares desolados florescendo. E como eles estão florescendo!

    O deserto da Judéia, por exemplo, é normalmente seco e desolado. No entanto, toda primavera, depois da chuvas de inverno o deserto floresce por si mesmo. Flores delicada como a orquídea, cíclame, íris, açafrão da primavera e até tulipas florescem transformando o deserto em um tapete colorido ao longo da grama macia. Papoulas de todas as cores podem ser encontradas por toda a parte. Esses sãos os lírios do vale sobre os quais os evangelhos falam. Não somente os desertos florescem a cada primavera, mas, Israel cultiva flores no deserto durante todo o ano. Na paisagem árida, milhões de flores de muitas variedades são cultivadas e exportadas para vários lugares do mundo.

    Portanto, até as flores em Israel estão falando conosco, como sinal de que Deus está cumprindo Sua Palavra, exatamente como os profetas disseram.


  • Mas, não foi sempre assim!
    Em 1860, o autor americano, Mark Twain, veio visitar a região que na época era o Império Turco chamado Palestina. Veja como ele descreveu a terra: "Em nenhum lugar podia ser encontrado um metro de sombra sequer. Era uma terra nua, totalmente deserta". Sobre a Galiléia, onde hoje é uma área de lindas florestas e pomares, ele disse: "São sete horas da manhã e à medida que andamos nos campos vejo que, a grama deveria estar cintilando com o orvalho, as flores perfumando o ar com sua fragrância e os pássaros deveriam estar cantando nas árvores. Mas, que paisagem! Não há orvalho aqui, nem flores, nem pássaros, nem árvores. Há apenas um lago claro e sem nenhuma sombra e em volta algumas montanhas nuas".

    O resumo de Mark Twain sobre a Palestina: "Das piores terras existentes, a palestina deve ser a número um. As colinas são áridas, descoloridas, sem nenhum atrativo. É uma terra sem esperança monótona, desolada".

    Ezequiel 36 - Os três "erres" das profecias bíblicas
    A descrição de Mark Twain sobre a palestina é a cópia dos sete primeiros versículos de Ezequiel 36. Esse capítulo é uma promessa fiel de Deus a Israel, no que se refere à restauração da terra e do povo de Israel por Deus, que aconteceria pouco antes da Segunda vinda do Senhor.

    Lendo Ezequiel 36 vemos claramente a descrição do que tem acontecido em Israel nos últimos cem anos. É interessante notar que a flores silvestres nas montanhas têm muito a ver com essas promessas e testificam a fidelidade de Deus.

    Esta passagem começa Deus falando às montanhas de Israel, lamentando sua desolação e abandono. Esse fato foi causado pelos inimigos de Israel que invadiram a terra para conquistarem os "altos lugares antigos", e depois de fazê-lo se orgulharam como o fato. Deus não planejou que essa terra, Israel, fosse habitada e prosperasse nas mãos de outro povo, senão do povo judeu, por isso ela esteve desolada por tantas gerações. As observações de Mark Twain são perfeitamente adequadas ao lamento do profeta.

    No versículo 8 Deus tem boas notícias para a terra: "Mas vós, ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos, e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel, pois já estão prestes a vir".

    Ele continua dizendo que Ele multiplicaria o povo da casa de Israel, eles reconstruiriam as cidades arruinadas e aumentariam seus rebanhos e os produtos da terra. Quando isso acontecer disse Ele: "Então saberão que eu sou o Senhor" (vs. 11).

    Há uma conexão entre os anos frutíferos e os anos inabitados de Israel. Conhecemos o que diz em Levítico 25:23 onde Deus diz que Ele é o dono dessa terra, e Ele escolheu dá-la ao Seu povo de aliança - o povo judeu, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Somente quando a terra e o povo da aliança, escolhido para estar nessa terra estivessem juntos, ambos poderiam florescer, de acordo com o plano divino de Deus.

    Ezequiel confirma que é o retorno do povo judeu para a terra de Israel que desencadeia a restauração da terra por si mesma para a sua glória anterior e ainda maior do que a primeira.

    O retorno do povo judeu e a restauração da terra também são importantes para demonstrar a integridade de Deus. Deus espalhou seu povo de aliança por um tempo. Enquanto estavam em outras nações, Ezequiel 36:20 diz que o povo de Israel profanou o nome de Deus e as suas promessas, quando o povo disse abusivamente: "é este o povo do Senhor que saiu da sua terra?"

    Veja que, na antiguidade, os pagãos julgavam a eficácia dos seus deuses pela proteção que eles davam as suas terras e pela provisão. Nessa regiões eles adoravam ao deus Baal pela segurança contra a invasão de exércitos, pela provisão de chuva e comida; e Astarte, o deus da fertilidade, pela descendência.

    No entanto, quando o povo judeu exilou para outros países e a terra de Israel ficou desolada, as nações pagãs ridicularizaram o Deus de Israel como incapaz de proteger e prover o Seu povo.

    Por essa razão em Ezequiel 36:23-28, Deus fala de um grande momento, do retorno do povo judeu para sua terra de aliança, o qual Ele orquestraria, para a integridade do Seu nome. Isso aconteceria para mostrar às nações da Terra que Ele é o Deus vivo que cumpre suas promessas. Para completar, o verso 24 diz: "Pois eu vos tirarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra".

    Mais do que tudo isso, Deus deseja restaurar a comunhão espiritual com seu povo EM sua terra, quando Ele diz nos versos 27 e 28: "Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardareis os meus juízos, e os observeis. Habitareis na terra que dei aos vossos pais; vós me sereis por povo, e eu vos sereis por Deus".

    Esse processo dos últimos dias, esse mover profético, como está descrito em Ezequiel, é o que eu chamo de os três "erres" das profecias bíblicas dos últimos dias, no que diz respeito a Israel:

    * O RETORNO do exílio para a terra dos seus antepassados;
    * A RESTAURAÇÃO da terra e;
    * A REDENÇÃO e renovação espiritual do povo judeu na terra.

    Sim, esse dia, é hoje! Rabinos têm se referido aos dias presentes como "Dias Messiânicos". Sem sombra de dúvida estamos vendo a terra sendo restaurada e o povo retornando durante mais de 100 aos. E muitos do imigrantes são de países comunistas onde a adoração a Deus e a leitura da Bíblia era proibido. Agora eles estão aprendendo sobre o Senhor Deus de Israel e sobre a sua antiga terra, e um verdadeiro renovo espiritual está acontecendo. Não tem acontecido de uma só vez, mas com certeza está em processo.

    Ezequiel dá uma última palavra para as nações pagãs do mundo que tentaram ocupar sua terra e não permitiu que seu povo voltasse. Nos versos 34 a 36 ele diz: "A terra assolada se lavrará, em vez de estar desolada a todos os que passam. Dirão: Esta terra desolada ficou como o jardim do Éden; as cidades solitárias, desoladas e destruídas, estão fortificadas e habitadas. Então saberão as nações, que ficarem de resto em redor de vós, que eu, o Senhor, reedifiquei as cidades destruídas e plantei o que estava devastado. Eu, o Senhor, o disse e o farei."
  • Você sabia que, nada mais acontece em Israel que não esteja relacionado com a Bíblia? D'us sempre usa o óbvio e o palpável para nos ensinar, então, seu ensino é reforçado uma vez após outra.

    Israel não está mais desolada, e nem está destituída do seu povo da aliança. Hoje podemos ver com nossos próprios olhos as montanhas de Israel cobertas com lindas flores silvestres e uma grama macia, vemos plantações abundantes e florestas, novas cidades reconstruídas sobre lugares antigos, gado nas montanhas, pássaros nas árvores e o povo judeu que retornou de mais de 100 países e continuam retornando aos milhares a cada ano.

    Enquanto Israel não vê o cumprimento completo dessas profecias, precisamos manter o foco das nossas orações em Israel.

    Para nós que honramos a Bíblia, vamos nos posicionar com Israel com nossas orações e nossas vozes. Há aqueles que estão sempre desafiando a não existência de Israel. Mas D'us disse que eles não prevalecerão. Salmo 129:6 diz: "Sejam como a grama nos telhados, que se seca antes que se possas crescer."

    De minha casa, no topo de uma montanha em Jerusalém, posso ver várias casas antigas, de pedras, numa vila próxima. Nos seus telhados, a grama cresce abundantemente depois das chuvas de inverno, mas em Maio ela já está cinza. Assim são aqueles que ridicularizam ou desconsideram a Palavra de D'us, logo, também murcharão e desaparecerão, mas, a Palavra de D'us prevalecerá.

    O profeta Zacarias confirma que D'us usará Israel e Jerusalém novamente para testar as nações. As nações serão julgadas pela forma como entenderem e responderem ao plano de D'us para Israel. Em outras palavras, as que apoiarem o plano de D'us serão abençoadas, e as que rejeitarem o Seu plano serão massacradas. Vamos ver o que Zacarias diz: "Porei a Jerusalém como um copo de atordoamento para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos. Todos os que a erguerem certamente serão feridos. E ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra."

    Hoje em dia, as comunidades das nações costumam mobilizar seus exércitos contra nações obstinadas. Não é difícil entender porque um dia essas nações consideraram Israel uma nação obstinada que não está respondendo às suas ordens e por isso, atacariam Judá e Jerusalém (a capital e sede do governo de Israel). Quando esse dia vier, que nós possamos estar do lado de D'us nessa batalha, ou nós também seremos sucumbidos.

    A história tem se focalizado cada dia mais em Israel, especialmente em Jerusalém. Como cristãos, temos uma oportunidade incrível de alcançar e tocar o povo judeu, demonstrando "o amor de D'us" e "o D'us de amor". Quando estiver apreciando as flores onde você ora, que D'us possa estar lhe trazendo à memória a "Mensagem sobre as Flores de Israel". Que Ele possa estar lembrando-lhe de "orar pela paz de Jerusalém". Nosso D'us é fiel e verdadeiro, e Ele está completando Sua obra aqui em Israel, exatamente como Ele prometeu e no tempo que Ele disse o faria.

  • A Igreja e o povo Judeu
    Por último vamos voltar nossa atenção ao povo judeu, o povo escolhido por D'us, que são os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Em Zacarias 2:8 D'us se refere a eles como "a menina do Seu olho", Ele diz: "aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho". Também, lembremo-nos de Gn 12:3 "Abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei os que te amaldiçoarem".

    Conhecemos a história dos inimigos de Israel relatada na Bíblia Hebraica (se refere ao Velho Testamento): o Faraó do Egito, os Filisteus, Cananeus, Moabitas, Edomitas, Amalequitas, Assírios e os Babilônicos esses são apenas alguns. Nos tempos pós-bíblicos temos os Gregos, os Romanos, os Persas, os Turcos Otomanos, os Alemães e agora os Árabes. Podemos ler como todos esses impérios que vieram contra Israel desapareceram gradualmente das páginas da história (lembre-se de Gn 12:3 sobre amaldiçoar Israel). Mas o povo judeu continua progredindo e Israel está florescendo novamente.

    Um remanescente continuou morando na Palestina desde os tempos que eles foram expulsos por Roma no ano 135 d.C. Apesar de tudo, os Judeus começaram a retornar para sua terra em grande número, nos meados de 1800. Depois de muita perseguição e resistência, Israel se tornou uma nação soberana em 1948. Porém, ela não é uma nação nova, mas a continuação de uma nação que D'us começou com Abraão há 4.000 anos atrás.

    Até aqui, da minha lista daqueles que tocaram a menina dos olhos de D'us, que perseguiram e mataram judeus sem misericórdia, excluí o pior dos ofensores - A IGREJA CRISTÃ.

    Durante os primeiros 300 anos d.C., a "Teologia da Substituição" surgiu para convencer Roma de que o Cristianismo substituiria o Judaísmo. O Cristianismo iniciou um processo de descrédito aos Judeus e ao Judaísmo com o objetivo de conseguir se legalizar diante de Roma. Juntamente a isso veio também a amarga raiz do anti-semitismo, que até hoje está em nosso meio. Depois que o Cristianismo se tornou a religião do Santo Império Romano, o anti-semitismo foi institucionalizado, o que permitiu que fosse espalhado, permeado à religião. Alguns dos resultados extremos do anti-semitismo cristão são:

    * Textos escritos, pelos pais da igreja, contra os judeus.
    * Os primeiros escritos de Constantino contra os Judeus - 312 d.C.
    * Nos séc. XI - XII, as Cruzadas que mataram e perseguiram Judeus na Europa e no Oriente Médio.
    * No Séc. XV - a Inquisição, que permaneceu na Espanha até 1820.
    * No Séc. XVI - Martin Lutero escreveu textos contra os judeus.
    * No Séc. XIX - os Pogroms russos
    * No Séc. XX - Hitler executou 6 milhões de Judeus

  • Beba da "Raiz da Ovileira
    Nos últimos 40 anos, um grande avivamento vem acontecendo. Cristão têm lido a Palavra de D'us sobre o desenrolar do plano de D'us para Israel e sobre sua perpétua aliança com o povo judeu. Muitos cristãos têm demonstrado seu apoio a Israel e ao povo judeu, o que tem sido uma mudança bastante positiva em relação ao passado.

    Os capítulo 9 e 11 do livro de Romanos mostram claramente a contínua misericórdia de D'us pelo povo judeu e o Seu desejo de que os cristãos tenham misericórdia deles e não hostilidade e anti-semitismo. Nós fomos enxertados na árvore de Israel e somos nutridos quando bebemos da seiva da raíz da oliveira - Israel. Rm 11:18 nos diz que não devemos nos orgulhar contra os ramos naturais, que é o povo judeu, pois nós não sustentamos a raíz, mas a raíz quem nos sustenta. A igreja tem sido muitas vezes como um buquê de flores - bonito por um tempo, mas, cortado e separado da raíz logo seca e morre. Precisamos nos religar à raíz (a qual é Israel, e a forma hebraica de entendermos as Escrituras), para que possamos Ter uma interpretação mais profunda da Palavra da D'us. Quando conectamos a Nova Aliança à Velha Aliança temos o entendimento que frequentemente nos falta em algumas expressões bíblicas.

    Isaías nos diz para observar nosso 'irmão mais velho, o qual nos trouxe a salvação', "ouvi-me vós, os que seguis a retidão, os que buscais ao Senhor: Olhai para a rocha de onde fostes cortados, e para a caverna do poço de onde fostes cavados. Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara que vos deu a luz" (Is 51:1-2). Os cristãos também são herdeiros das promessas de Abraão e estão incluídos na promessa que D'us fez a ele: "Em ti serão benditas todas as nações da terra."

    Precisamos participar ativamente do plano final de D'us para restaurar Israel e o seu povo, preparando então, a vinda do Messias. Isaías cotinua dizendo: "O Senhor certamente consolará a Sião, e consolará a todos os seus lugares assolados; ele fará o seu deserto como o Éden, e os seus ermos como o jardim do Senhor. Gozo e alegria se acharão nela, ações de graça, e som de cânticos" (Is 52:3).

    Isso é o que temos visto em Israel hoje, e nós podemos participar do cumprimento das profecias.

    A igreja não tem estado ligada ao plano redentor de D'us para o mundo. Não fomos chamados somente para levar a mensagem de D'us às nações, mas também, para nos reconciliarmos com Israel e o povo judeu, e esse é o momento. Yeshua (Jesus) "...é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, e destruiu a parede de inimizade..." (Ef 2:14). Mesmo que isso não tenha acontecido através de anos de história da igreja, a Palavra de D'us afirma e tem certeza que irá se cumprir. Lembremo-nos que, tudo começa com o primeiro passo em direção à reconciliação. Precisamos dar os primeiros passos.

    Sim, há uma relação entre Israel, as alianças de D'us e a Igreja. É um plano fantástico que tem se desenrolado desde Gênesis e não estará completo enquanto Apocalipse não se cumprir. Depois de lermos esse estudo, podemos ficar entusiasmados, pois, não somos meros seguidores de uma filosofia ou religião, mas participantes dinâmicos da contínua e viva Palavra de D'us.


    Baruch Há Shem!
    Bendito seja o Nome!
  • 1 de mai. de 2011

    PROSTITUTOS CULTURAIS

    Eu estava tentando encontrar um adjetivo para qualificar os atuais cantores e pregadores que cobram elevadas somas em dinheiro para pregar ou cantar nas igrejas e em conferências promovidas por evangélicos, e achei que “mercador da fé” não é um adjetivo apropriado, porque é simples demais para nominar tais pessoas. Pois bem. Vejo esses exploradores da boa-fé evangélica como prostitutos cultuais – que é a tradução da versão atualizada – para os que se prostituíam junto aos templos pagãos e que depois passaram a se prostituir diante do templo do Senhor em Jerusalém. Porque os prostitutos (as) cultuais mencionados na Bíblia exploravam os que se dirigiam ao templo para adoração oferecendo-lhes um pouco de orgia – orgia sexual revestida de espiritualidade, como alguns desses a que me refiro que falam línguas, profetizam, oram pelos enfermos, são místicos e super espirituais. .. Mas orgiofantes (como os sacerdotes que prestavam culto a Dionísio).
    Os prostitutos e prostitutas cultuais, comuns nos templos pagãos passaram a conviver com os adoradores junto ao templo de Jerusalém, indicativo de uma deformação espiritual da nação de Israel. Não estou afirmando que é comum tais pessoas se prostituir de verdade, em orgias sexuais; estou afirmando, isto sim, que sempre que uma pessoa se afasta de Deus, comete prostituição com outros deuses – fato mencionado pelo próprio Deus em várias passagens do Antigo Testamento. Em Ezequiel 16 ele compara Israel a uma menina, que é cuidada por Deus, adornada e preparada para ser esposa, mas se prostitui com os povos vizinhos.
    Deus se antecipou ao que poderia acontecer e recomendou a Moisés: “Das filhas de Israel não haverá quem se prostitua no serviço do templo, nem dos filhos de Israel haverá quem o faça… Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à Casa do Senhor, teu Deus (Dt 23.17-18). O que se vê hoje no Brasil é uma orgia espiritual, uma masturbação coletiva praticada por cantores e cantoras, pregadores e pregadoras, que não conseguiram fazer sucesso no mundo e encontraram na igreja um filão de negócio; o caminho para o enriquecimento à custa da espiritualidade dos irmãos.
    Imagine o Lázaro da Bíblia, que Jesus ressuscitou dos mortos gravando seu cd e saindo pelo mundo a pregar nas igrejas, usando os recursos para comprar bens e imóveis em Atenas, Roma e Jerusalém. Imagine Dorcas, relatando sua ressurreição e insinuando aos irmãos por onde pregava que precisava de dinheiro para comprar máquinas de costura a fim de ajudar os pobres com maior eficácia, lucrando com a bênção alcançada. Eles seriam excluídos do rol de membros do céu pelos apóstolos. Pois sei que esses excrementos espirituais – e não há palavra melhor para descrever tais pessoas – cobram preços exorbitantes para pregar e cantar. Eu estava numa cidade pregando o evangelho e em várias cidades daquele Estado os irmãos se mobilizavam para ouvir o ex (que deve ter fracassado no mundo) cujo preço varia de 20 a 35 mil reais por apresentação. Este cantor que explora a espiritualidade do povo deve ganhar, pelo menos, com a agenda cheia em torno de cem mil reais por semana! Sim, porque fazem sucessos os ex-, sejam ex de quaisquer espécies. Ex que tocou na famosa banda do mundo; ex- que se prostituía com drogas, mas agora se prostitui com dinheiro. Prostituem-se com a fé. Sim, porque quais prostitutos cultuais do AT usam da espiritualidade para fazer orgia com o povo com o fim de levar o povo a se alegrar, enquanto eles ficam ricos.
    Uma denominação pentecostal nutriu, alimentou e criou um pregador que cobra o exorbitante preço de quinze mil reais por pregação e nunca tomou uma atitude corretiva e disciplinar quanto a seu enriquecimento e vida pessoal; ao contrário, alimenta o sucesso desse mercador de dons. Balaão se sentiria envergonhado!
    Assim, quando viajo pelo Brasil sinto no ar o odor fétido que eles deixam por onde passam; o odor da prostituição espiritual, o cheiro nauseabundo que costumam exalar os espiritualmente mortos. Que se prostituem espiritualmente e que levem pastores, líderes e povo à prostituição com eles é inegável, e não é de se duvidar de que se prostituam literalmente em seus confortáveis quartos de hotel. Pregadores e cantores que fazem exigências incomuns; que não aceitam fazer uma refeição na casa de irmãos; apenas em restaurantes que servem a La Carte. Que não se contentam com os bons hotéis e se não houver os melhores, recusam-se participar de eventos a menos que suas exigências sejam atendidas.
    Os culpados são os líderes que atraídos pela ganância financeira esperam obter lucros com os gananciosos. Certamente porque muitos pastores, apóstolos e líderes se prostituíram espiritualmente, empolgados com as riquezas deste mundo, sonhando com mansões no litoral brasileiro e nas famosas cidades dos Estados Unidos.
    Que posso dizer? Afirmar que alguns desses pastores que apóiam tais cantores e pregadores, juntamente com estes sejam descendentes de Balaão – que se prostituiu e usou de seus dons para ensinar Balaque a armar ciladas para os filhos de Israel – seria ofender o profeta do Antigo Testamento, que por seu pecado foi morto por Josué. Quem sabe possuem o DNA de Judas, ou são da mesma linhagem espiritual que vendem o nosso Senhor em troca das benesses de Mamom. Pedro e Judas descreveram tais cantores, pregadores e pastores com adjetivos pouco recomendáveis, afirmando que estes “andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores…
    Considerando como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos; abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça… Esses tais são como fonte sem água, como névoas impelidas por temporal. Para eles está reservada a negridão das trevas”
    Por mistificações o apóstolo está se referindo aos que usam dos dons espirituais para se sobrepor aos demais; eles têm dons, são místicos e falam como se uma nuvem de transcendência divina repousasse sobre eles.
    Faz-se necessária uma limpeza na igreja, a Casa de Deus, como fizeram Asa e Josafá. Asa tirou de cena sua própria mãe e “removeu os prostitutos cultuais” que usavam o templo como local de prostituição. Josafá ainda precisou intensificar a reforma, porque, de tempos em tempos os aproveitadores da boa vontade do povo; os exploradores da espiritualidade das pessoas, tais como eram os filhos de Eli aparecem na igreja de Deus (1 Rs 15.12; 22.47).
    Uma igreja rameira serve de alcova para os exploradores da espiritualidade do povo. E Deus haverá de limpar sua igreja.

    Pastor João A. de Souza filho

    Fonte:Munda Maranata