29 de abr. de 2011

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28 de abr. de 2011

A IDENTIDADE DE YESHUA

Texto básico: (Mt 11:1-6)

“Quando Yeshua acabou de instruir os seus doze discípulos...”.

Essas palavras assinalam “o fim” do segundo grande trecho de ensinos de Yeshua.

O 1º trecho de ensinos se encontra em: (Mt 3 – Mt 7)

O 2º trecho - (Mt 8 – Mt 10)

O 3º trecho - (Mt 11 – Mt 13) em seguida (Mt 14 – Mt 18) (Mt 19 – Mt 25) Os capítulos (Mt 26 – Mt 28) formam a conclusão do evangelho de Mateus.

“... partiu Yeshua dali para ensinar e clamar nas cidades deles.” (Mt 11:1)

Yeshua estava cumprindo verdadeiramente sua “missão sacerdotal” quando “clama na cidade deles.”

A Missão Sacerdotal contém duas funções apenas:

Primeiro: Gritar, clamar e proclamar anunciando a Vontade do Eterno estabelecida na sua palavra. Ensinar o povo a separar o santo do profano.

Segundo: Purgar o santuário; limpando-o e esvaziando-o completamente de toda imundícia, desembaraçando o caminho do povo. (Por isso nós encontramos várias denúncias dos profetas, que os sacerdotes não livravam o caminho do povo, antes criavam tropeços. (Cf Mq 3:1-7)

“Mas vós vos desviastes do caminho, a muitos fizestes tropeçar na Torah, corrompestes a aliança de Levi, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ml 2:8)

Yeshua ensinou: “Mas aquele que escandalizar (fizer tropeçar) um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor seria que pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e se precipitasse na profundeza do mar.” (Mt 18:6)

Tropeço significa: Pisar em falso, dificultar, colocar obstáculo, cometer erro. Fig. Embaraçar o caminho de alguém.

A Bíblia nos ensina que é bom não fazer nosso irmão tropeçar. “Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.” (Rm 14:21)

Exemplo de tropeço: A “Filosofia”.

O que é Filosofia? A Filosofia, como palavra (etimologicamente) significa: “Amigos da Sabedoria”.

Acontece que a sabedoria, para alguns, ou para muitos, está ligada ao mundo das idéias. Idéias nos remetem ao pensamento lógico; nesse momento, então, a filosofia é desconectada da Fé, porque Fé não se explica e a Filosofia busca razões.

O Best-seller mundial, a Bíblia Sagrada, em sua carta aos hebreus, ensina o que é a Fé. “Ora a Fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.”
(Hb 11:1)

Como entender a razão de estarmos no mundo, buscando a compreensão das coisas somente através da lógica? Mesmo a filosofia não conseguiu responder questões existenciais, que atormentam os seres humanos pensantes, quando buscam respostas para questões como: De onde viemos? O que estamos fazendo aqui? Para onde vamos?

Se a Filosofia não consegue explicar, ela busca auxílio na ciência, mas a ciência também não consegue satisfazer os anseios da humanidade. Portanto, Razão e Fé só poderão andar de mãos dadas, quando nós reconhecemos a nossa inferioridade como criaturas ignorantes e incapazes de entender os mistérios da Fé, os mistérios que regem o mundo.

A Torah deixa bem claro que: “Os mistérios são de Adonai nosso Elohîm. Porém as coisas reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta Lei.” (Dt 29:29)

Razão implica explicações prontas e acabadas. Fé implica aceitação e rendição à nossa condição de comandados por um poder supremo, que a filosofia e a ciência não conseguem explicar.

Todas a vezes que afrontamos as coisas de D’us, estamos nos condenando à estagnação que nos impede de evoluir e seguir o caminho que Yeshua veio para nos assegurar. A recusa dessa aceitação, de criaturas dependentes do pai Eterno é a assinatura da nossa condenação.

Yeshua, “a salvação”, veio para confirmar a Torah já existente e não para filosofar sobre ela.

Em verdade, filosofar é buscar explicação, é querer entender o funcionamento do mundo com sua complexidade e profusão de idéias.

Isso não significa que precisamos ser passivos e aceitar qualquer coisa. Devemos sim, utilizar o pensamento, a razão, que nos foram dados pelo Pai, para que possamos entender a Filosofia como mais um ponto de apoio para justificar e comprovar que o pensar, essa capacidade que temos de “Pensar”, nos foi doada para que possamos obedecer ao Eterno e aos seus mandamentos.

O Espírito Santo tem nos ensinado que a “Filosofia” nos últimos dias, será um tropeço bem penetrante, bem hábil e engenhoso para a Igreja de Yeshua; serão como “gotas holísticas”.

Gota: É uma quantidade muito pequena de líquido que se destaca sob forma de um glóbulo; pingo. Gota a gota, aos pinguinhos, pingo por pingo; lentamente, pouco a pouco

O Senhor está nos fazendo saber, nos prevenindo, a respeito da operação que já está sobre nós. Um medicamento filosófico será utilizado para tratamento da Comunidade de Yeshua.

Porque gotas holísticas? Por causa da Medicina holística. Holístico é um adjetivo relativo ao holismo. O holismo é uma atitude, uma ação, uma prática filosófica que busca tudo abranger, ou seja, conter tudo em si.

A Medicina holística tem sua base na medicina oriental, e a medicina moderna buscou resgatar esta prática.

Conceito: Medicina holística é a prática da medicina alternativa que defende “toda pessoa”, que abrange tudo. Então compreendemos, que a medicina holística (alternativa) entendeu que pode tratar também a alma e o espírito do homem, pois, para seus praticantes uma pessoa não é apenas um corpo com parte física, mas também um ser espiritual.

Quanto a isto estão corretos, somos seres espirituais. Porém, tentar tratar o espírito com atitudes filosóficas, isto é loucura! Pois, nenhum recurso humano é capaz de suprir nossas necessidades espirituais, curar nossa alma ferida, doente, por causa do pecado.

A função da “Palavra do Eterno” diz a Bíblia é penetrar em nós, com a finalidade “... de discernir os nossos pensamentos e as intenções do nosso coração...” corrupto; a fim de que possamos arrepender-nos dos nossos pecados, confessá-los e sermos curados. (Cf Hb 4:12)

Irmãos, devemos perceber com que sutileza o inimigo trabalha. Ele materializou, através da medicina holística uma cura não só para o corpo do homem, mas também para o espírito.

Porque a medicina holística é considerada uma medicina alternativa?

Porque se pode escolher em vez de um tratamento, outro; isto quer dizer um caminho alternativo para curar as doenças do homem. Seus adeptos buscam evitar cirurgias, drogas como tratamento; embora gostem de rezas, das meditações, das dietas exóticas, como tratamento para diferentes problemas, inclusive os problemas espirituais.

Irmãos, o que é uma cirurgia, senão a intervenção da mão do homem ou da mão de D’us? Porque evitar as cirurgias? Porque evitar a intervenção do Eterno em nossas vidas?

Quando o Eterno deseja fazer uma cirurgia em nós, Ele, na realidade quer intervir com objetivo espiritual, cuja finalidade é julgar nossas ações e atitudes pecaminosas, para que sejamos curados. Porém irmãos, são poucos que desejam esse tipo de tratamento.

Por isto, que os teólogos, os líderes têm buscado um caminho alternativo, mais fácil, que satisfaça o “Eu” do homem, para resolver os problemas espirituais. Gotas filosóficas.

O Instituto de Medicina holística reconhece a “acumpultura”, homeopatia, a iridologia e a alimentação natural, como formas de tratamento holístico.

Yeshua, quando “... clamava nas cidades deles.” (Mt 11:1) Ele simplesmente estava cumprindo a Torah e sua missão sacerdotal, obedecendo a ordem do Eterno: clama, grita para que todos ouçam a Minha Palavra e sejam sarados.

O manual dos sacerdotes é um dos livros da Torah, cujo nome em hebraico é “Vayikrá” que significa “Ele clama”. Na tradução para o grego, na LXX (septuaginta) deu-se o nome de Levitikou (Levítico). Os exegetas tradicionais chamam-no de Torah-há Kohanîns, ou seja: Torah dos Ministrantes, Manual dos Ministrantes.

A Raiz da palavra “Vayikrá” é “qara” que significa: gritar, anunciar, chamar, ensinar e proclamar a Palavra do Eterno.

Se, os sacerdotes de Elohîm não proclamarem, não anunciarem a Vontade do Eterno, estabelecida em sua palavra, os sacerdotes de “Allah” o farão, pois qara (que significa: gritar, clamar e anunciar) no árabe é “Qur’ãn” (O Corão) o livro sagrado dos mulçumanos, que significa “A Grita” o apelo, a proclamação pública da palavra de Allah.

Por isso que Davi testifica de Yeshua o seguinte: “Jurou o Senhor, e não se arrependera: Tu és Sacerdote Eterno, segundo a ordem de Melquisedeque”. (Sl 110:4) (Cf Hb 7:1-11)

João Batista se encontrava preso em uma fortaleza chamada “Maquero” (que sig: Fortaleza da Praia) segundo o historiador Josefo. Josefo menciona que em Maquero, João Batista ficou aprisionado e ali foi decapitado (o profeta que andava ao ar livre do deserto ficou encerrado quase um ano, antes de ser decapitado porque proclamou fortemente a Palavra do Senhor, denunciando o pecado).

O encerramento de João ilustra o fato real de que ninguém deve supor que a vida espiritual ainda quando vivida em alto nível e sob o favor de D’us, sempre é acompanhada de prosperidade, paz e ausência de problemas. Esta é uma questão muito difícil para os teólogos, os filósofos entenderem, como também para o crente individualmente.

A Vida Espiritual dessas três classes de pessoas (o filósofo, o teólogo e a maior parte dos crentes) não é a Fé que espera no Eterno, mais do que o conhecimento deste mundo, mais do que o conhecimento presente.

“Disse-lhes Yeshua: Eu vi satanás, como raio, cair do céu. Eu vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e toda força do inimigo, e nada vos fará dano algum. Mas não vos alegreis, porque os espíritos se vos submetem, alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.” (Lc 10:18-20)

A fortaleza de Maquero, onde estava João Batista foi ocupada pelos judeus que se rebelavam do governo romano. Mais tarde a fortaleza foi entregue definitivamente ao governador Romano “Lucilius Bassus” em 71 d.C. Foi deste cárcere que João enviou dois de seus discípulos a Yeshua perguntando-lhe: “João ouvindo no cárcere falar dos feitos de Yeshua, enviou dois de seus discípulos a perguntar-lhe: És tu aquele que vem, ou ainda devemos esperar outro?” (Mt 11:2-3)

O Messias esperado seria aquele que restabeleceria a Soberania de Israel e lavrá-lo-ia para sempre de seus inimigos. Israel esperava uma solução para o tempo presente.

- O Salmista cantou a respeito d’Ele. “Ó Senhor, salva-nos; ó senhor concede-nos prosperidade. Bendito aquele que vem em nome do Senhor. Da casa do Senhor vos bendizemos.” ( Sl 118:25-26)

- O profeta Daniel anunciou a respeito d’Ele. “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e vi que vinha nas nuvens do céu um como filho do homem. Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi lhe dão domínio, a honra e o reino; todos os povos, nações e línguas o adoraram. O seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino único que não será destruído.” (Dn 7:13-14)

- O próprio João Batista declarou. “Eu vos batizo com água, para arrependimento. Mas após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Na mão Ele tem a pá e limpará a sua eira, recolhendo o trigo no seu celeiro e queimando a palha com fogo que nunca se apagará.” (Mt 3:11-12)

Podemos entender assim, que todos aguardavam uma solução imediata para os problemas graves que enfrentava a nação de Israel desde a destruição do templo, pois, várias nações estrangeiras dominaram-nos por longos anos.

Yeshua não responde diretamente a questão de João. Ele se contenta em expor fatos. Ele devolve a pergunta de João a respeito de sua identidade com a seguinte proposta. “Respondeu-lhes Yeshua: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes.” (Mt 11:4)

Yeshua leva os seus discípulos a praticar o exercício de lucidez. Seus adeptos deviam demonstrar que compreenderam claramente seu ensino. “Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.” (Mt 11:5)

Vejamos que Yeshua só se pronunciará claramente a respeito de sua identidade, em Samaria, diante da mulher samaritana. “Disse-lhe a mulher: eu sei que o Messias chamado Yeshua vem. Quando Ele vier, nos explicará tudo. Disse-lhe Yeshua: Eu o Sou, Eu que falo contigo.” (Jo 4:25-26)

Em (Mt 16:15) (Mc 8:29) (Lc 9:21). É Ele mesmo que interroga os seus adeptos a respeito da sua identidade.

Yeshua sonda a percepção dos seus discípulos para ver se eles possuíam uma clarividência, ou seja, uma visão clara e penetrante a respeito d’Ele e do seu ensino. Sua intenção é ensinar o tempo inteiro.

Ele então encerra dizendo: “É bem-aventurado (no hebraico) “asheréi”, que significa “em marcha” é aquele que não se escandalizar por minha causa.” (Mt 11:6)

Sandra Mara Oliveira

22 de abr. de 2011

QUE DIA?



TRÊS DIAS E TRÊS NOITES

(ou o “sinal” do profeta Jonas)

Através deste breve estudo vamos procurar compreender o verdadeiro significadodas palavras de Yeshua quando disse aos discípulos que “em três dias reedificaria o Templo” (Mateus 26:61; Marcos 14:58; João 2:19), referindo-se ao Seu próprio corpo que haveria de morrer e ressuscitar e, também, quando disse que não daria qualquer outro sinal a uma geração maligna senão “o sinal do profeta Jonas” (Mateus 16:4;

Lucas 11:29). Analisemos então o contexto destas passagens para podermos compreender o verdadeiro sentido das palavras de Yeshua.

Mateus 12:38-40 – “Então alguns dos escribas e dos fariseus tomaram a

palavra, dizendo: Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas; pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra”.

Eis um episódio em que Yeshua (apesar dos inúmeros sinais que o poder do Pai que Nele estava já havia produzido) é de novo tentado pelos incrédulos. Yeshua

responde-lhes apelidando-os de “geração má e adúltera” e dizendo que, para além

dos sinais que já havia realizado, somente lhes daria o sinal do profeta Jonas –

Jonas 1:17 – “Preparou, pois, YHWH um grande peixe, para que tragasse a

Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe”. Eis o

sinal que Yeshua deu.

Yeshua chamou a geração do seu tempo de “geração má e adúltera” porque não

quiseram saber dos preceitos de Deus; porquanto adulteraram a Palavra e os

mandamentos do Altíssimo; porque distorceram a Verdade e perseguiram os

enviados de YHWH. O sinal que Yeshua deu foi: que o Filho do homem estaria três dias e três noites no seio da terra e depois seria ressuscitado. A incompreensão dos homens deste tempo a respeito das palavras de Yeshua tornou-se bem evidente quando revelaram que Yeshua se estaria a referir ao Templo de pedra e não ao corpo do Cristo: João 2:20 – “Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias?”

Lembremos, também, que noutro momento, o Senhor Yeshua também disse,

referindo-se ao Seu corpo, que levantaria “aquele templo” em três dias. Vejamos

algumas passagens que fazem referência às palavras proféticas de Yeshua, embora proferidas pelos incrédulos:

Mateus 26:61 – “E disseram: Este disse: Eu posso derrubar o templo de

Deus, e reedificá-lo em três dias”.

Mateus 27:40 – “Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas,

salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz”.

Mateus 27:63 – “Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei”.

Eis pois “o sinal do profeta Jonas” a que Yeshua sempre se referiu. Como diz em

Marcos 14:58, Ele referia-se a um “templo” que não era feito por mãos de homens.

Agora que compreendemos qual o sinal que Yeshua deu aos do Seu tempo, e para nós também, procuremos averiguar se existe algum indício na Bíblia sobre o

momento em que se deu a morte e a ressurreição de Yeshua, o Cristo, i.e. qual o

momento em que Yeshua entrou no seio da terra e qual o momento em que Ele saiu do túmulo (vide quadro separado deste texto).

Essa pista já tinha sido dada a Israel desde o princípio. Ela encontra-se em Levítico 23 e aponta para a forma e o momento em que Israel deveria celebrar “os primeiros frutos da terra”. Ao lermos Levítico 23:10-11 encontramos: “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; e ele moverá o molho perante YHWH, para que sejais aceites; no dia seguinte ao sábado o sacerdote o moverá”. Sabemos também que o dia a seguir a este marca o início da contagem para a celebração do Pentecostes, cinquenta dias depois – Deuteronómio 16:9.

Ora Yeshua foi efectivamente o primeiro fruto, simbolicamente o molho da aveia

madura (Aviv) que foi movido (oferecido) perante a face de YHWH, O primeiro a ser ressuscitado e Aquele que teve que cumprir em tudo as profecias acerca da Sua pessoa e do que aconteceria com Ele para se constituir como nosso Salvador.

O molho da aveia, logo que esta estava Aviv (madura), era cortado, de noite, para na manhã seguinte, com o seu grão já transformado em pães, serem então oferecidos a Deus. Na realidade, Yeshua intitulou-se a Si próprio “o pão da vida” (João 6:35, 48), “o pão que desceu do céu” (João 6:41, 58). Esta oferta de Si próprio perante a face do Pai, apontava, também, para a ocasião em que Yeshua haveria de ressuscitar e ser apresentado ao Pai como O primeiro entre muitos irmãos que Se Lhe hão-de seguir, na Sua vinda – 1.Coríntios 15:20, 23 – “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem…Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda”.

Voltando ao tema central deste estudo, poderemos dizer que não restam quaisquer dúvidas que entre a morte de Yeshua e a sua ressurreição mediaram três dias e três noites, pois só assim se poderia confirmar, através do cumprimento desta profecia e deste “sinal” ser Ele O Cristo Salvador. Ao lermos Marcos 8:31 ficamos com uma visão muito clara deste “sinal do profeta Jonas”: “E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria”.

Agora, como podemos compreender a que dias da semana se reportaram estes

acontecimentos? É o que vamos analisar de seguida.

Comecemos por relembrar que o dia bíblico é contado entre um pôr-do-sol e o pôrdo-sol seguinte, tal como nos dias da Criação: e foi a tarde e a manhã, o dia

primeiro”, etc. – Génesis 1:4-31. Se lermos agora o que nos diz Levítico 23:32 –

“…de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado”, confirmamos o

sistema divino que existia desde a Criação no que respeita à marcação do início e do fim de um dia. Era este o sistema que existia no tempo de Yeshua e dos apóstolos e ao longo da vida do povo de Israel. Infelizmente, o sistema pagão depressa adulterou o sistema divino e, hoje, vejam bem a loucura, temos até uma contagem que marca o início de um dia à meia-noite!!! Como dizia o profeta Daniel (7:25), o sistema pagão “cuidará em mudar os tempos e a lei”.

Baseemo-nos então no relato bíblico para compreendermos que, quando as

mulheres foram ao túmulo, depois do descanso do Sábado semanal, ao alvorecer do primeiro dia da semana, Domingo, já lá não encontraram o corpo do Senhor: Mateus 28:1, 5-6 – “E, no fim do sábado [i.e. ao pôr-do-sol de Sábado que marcava o início do dia seguinte, o primeiro dia da semana, o Domingo], quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro…Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia”. Por outras palavras, sendo ainda de madrugada, no primeiro dia da semana, Domingo, O Senhor Yeshua já tinha ressuscitado, pois o Seu corpo já não estava no

sepulcro. João 20:1 diz-nos ainda: “E no primeiro dia da semana [Domingo], Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro”. Este relato prova, sem margem para dúvida, que no primeiro dia da semana, Domingo, Yeshua já havia ressuscitado. Agora, prossigamos, para podermos compreender que Ele foi ressuscitado no final do dia do Sábado (ao pôr do sol desse dia de Sábado), ao completarem-se os três dias e as três noites da profecia, ou do sinal de Jonas.

Esta é a verdade bíblica e não a fábula que os sacerdotes católico-romanos e outros inventaram ao longo dos séculos, criando artificialmente uma contagem que qualquer criança da instrução primária poderá desmontar – quando dizem que Yeshua morreu numa Sexta-Feira, a que chamam de Sexta-Feira santa e que ressuscitou num Domingo (primeiro dia da semana) a que chamam Domingo de Aleluia. Ora, qualquer criança saberá dizer que entre uma Sexta-Feira (lembremos que Yeshua morreu no madeiro à hora nona, equivalente às três horas da tarde na nossa contagem actual e que foi sepultado ao final do dia, antes que se iniciasse o Sábado grande, o primeiro dia da semana dos pães asmos) e um Domingo não decorrem três dias e três noites!

Este é mais um embuste de Satanás ao pretender dar importância ao primeiro dia da semana dedicado ao deus-sol, a Tamuz, em oposição a toda a vontade e

ensinamento de Deus contido nas Escrituras. Isto evidencia o quanto o homem é

rebelde à vontade de Deus.

Quando Yeshua anunciou que daria somente o sinal do profeta Jonas Ele referia-se aos três dias e três noites, o que perfaz 72 horas no sepulcro, no seio da terra.

Para podermos compreender esta contagem, temos ainda que levar em

consideração a existência de dois Sábados na semana em que Yeshua morreu:

O primeiro que correspondeu ao primeiro dia da semana dos pães asmos –

um Sábado grande (“Sabbaton”), o dia 15 do Aviv, ou o 1º dia da semana

dos pães asmos; e, O segundo que corresponde a um normal Sábado semanal.

A compreensão das solenidades anuais (ou dos Seus Sábados anuais) é basilar

para podermos compreender o momento da semana em que Yeshua foi morto e

sepultado e aquele em que ressuscitou.

Aparece-nos ainda a referência à expressão “dia da preparação”. É pois importante compreendermos o que esta expressão significa. Em Israel, este dia é todo aquele que precede qualquer Sábado, quer esse seja um Sábado semanal quer seja um dos sete Sábados anuais que YHWH estabeleceu pela Sua própria vontade em Levítico 23. Assim, facilmente concluímos que o dia do sacrifício dos cordeiros (e de Yeshua) aos 14 do Aviv ou Nissan era um dia da preparação para o Sábado grande, que era dia de santa convocação – o primeiro dia da semana dos Asmos. Conforme diz a Palavra de Deus, estes Sábados grandes ou anuais foram estabelecidos por estatuto perpétuo pela vontade do Altíssimo. João 19:14 é uma boa ilustração do que acabamos de dizer.

Alarguemos ainda essa compreensão ao que nos é dito em Levítico 23:5-7 – “No

mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a Páscoa de YHWH. E aos

quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos de YHWH; sete dias comereis pães ázimos. No primeiro dia tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis”. Vemos aqui, claramente, duas questões muito importantes:

1. Yeshua, O Cordeiro de Deus, foi morto no dia 14 do Aviv, no “dia da

preparação” para o grande Sábado anual (Mateus 27:62; Marcos 15:42; Lucas

23:54), precisamente à mesma hora em que os cordeiros do sacrifício

estavam a ser oferecidos (imolados) no templo. Depois de imolados, os

cordeiros eram assados com ervas amargas e comidos em família na noite

seguinte (já no dia 15 do Aviv, o primeiro dia da festa dos pães asmos).

2. Este primeiro dia da semana dos asmos (15 do Aviv) era dia “de santa

convocação” – um dos Sábados anuais das solenidades instituídas pelo

Senhor YHWH, um “Sabbaton”, ou Sábado grande. Ler: Levítico 23:1-6.

De não menor importância é também o fato da tradição judaica impor que os que

sofriam castigo de morte não podiam ficar pendurados no madeiro até ao início do

Sábado (pôr-do-sol) - Mateus 27:57; Lucas 23:52-54; João 19:42, pelo que, por isso mesmo, foi determinado que fossem partidas as pernas aos que foram castigados juntamente com Yeshua mas, a Yeshua, os soldados não partiram as pernas porque viram que já estava morto – como já se disse, Ele expirou cerca da hora nona (três horas da tarde pela referência horária atual). Ora, o preceito bíblico impunha que aos cordeiros sacrificados na Páscoa não era permitido partir qualquer osso. Mais um sinal que Yeshua era O verdadeiro Cordeiro, pois a Ele não foram quebradas aspernas.

O dia 14 do Aviv (Páscoa) não é um Sábado anual, ao passo que o dia seguinte, o

primeiro dia dos asmos já o é. Em 1.Coríntios 5:7, Yeshua foi chamado “a nossa

Páscoa”, pois Ele foi O Cordeiro que foi oferecido, uma só vez, para remissão dos

pecados dos que se arrependem e a Ele se entregam para salvação das suas almas.

Por isso, também Este Cordeiro foi sacrificado no dia 14 do Aviv ou Nissan, ao

mesmo tempo que os animais do sacrifício estavam a ser mortos no Templo para

serem comidos com ervas amargas na noite seguinte – já a 15 de Aviv (ou Nissan).

Este 14 do Aviv coincidiu com a nossa Quarta-Feira segundo o calendário atual.

Assim se cumprem as 72 horas, ou 3 dias e 3 noites no seio da terra, contados desde o fim do dia de 4ª Feira (14 do Aviv) até ao fim do dia de Sábado decorrem 3 dias e 3 noites. Ou seja, Yeshua foi sepultado ainda com a luz do dia de 4ª Feira e ressuscitado pelo Pai no fim do dia de Sábado, antes do pôr-do-sol que marca o início do dia seguinte, isto é, antes que tivesse início o primeiro dia da semana,Domingo. Ver gráfico.

http://www.kol-shofar.org/estudos/50_3D_3N_PROCESSOdeJC.pdf

Podemos assim compreender a razão pela qual se diz que existiram dois Sábados
na semana em que Yeshua foi oferecido em holocausto como O Cordeiro de Deus.

Reportemo-nos então ao gráfico anexo no qual se encontram refletidos os dias

destes acontecimentos e as passagens bíblicas que os suportam.

Ao voltarmos agora a ler a passagem que está em Mateus 28:1, 5-6 e todo o

contexto em que esta passagem nos é dada, vemos que as mulheres foram ao

sepulcro para ungir o corpo do Senhor Yeshua, mas já lá não O encontraram pois

tinham-se cumprido os três dias e três noites de permanência de Yeshua no seio da terra, o sinal do profeta Jonas!