30 de dez. de 2011

MAIS UM ANO...

Um novo ano, e ninguém sabe para onde ir!

Para cada um de nós, o ano novo traz uma pergunta implícita: O que está por vir? O que terei de enfrentar? Como será minha vida neste novo ano? Através da história de Abraão, Deus nos dá mostras de que podemos confiar nEle.
Lemos no chamado capítulo dos heróis da fé: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia” (Hb 11.8). O homem de hoje está concentrado em ter garantias e em ter um plano bem organizado. Ele quer saber por qual caminho seguir e se pergunta no que pode confiar. Resumindo: ele quer considerar todas as eventualidades para poder calcular de forma exata e com antecedência quais atitudes deve tomar. Dificilmente alguém estará disposto a ir para algum lugar ou a assumir alguma tarefa sem conhecer os detalhes, sem determinadas premissas e garantias. A história da vida de Abraão também toca a nossa vida. No começo havia incerteza, mas no fim ele se transformou em exemplo e até no pai de todos aqueles que crêem (Rm 4.11). O motivo foi a sua confiança inabalável no Deus vivo e em Suas promessas. A maior segurança em meio a todas as inseguranças deste mundo é crer na Bíblia.
A maior segurança em meio a todas as inseguranças deste mundo é crer na Bíblia.
Abraão não podia fazer nada além de acreditar naquilo que Deus lhe dizia. Essa atitude de fé é o mais importante que uma pessoa pode ter. A vida de Abraão foi marcante porque ele obedeceu pela fé e atendeu ao chamado divino. Sua fé foi colocada em prática. Fé e ação andam juntas como o violino e o arco, ou como a chave e a fechadura de uma porta. Se falta uma parte, a outra é inútil, pois não há como tocar uma bela melodia, não há como abrir ou fechar a porta. Abraão tinha “somente” a palavra de Deus. O Senhor chamou-o a sair de seu país, a deixar seus relacionamentos e abandonar tudo o que tinha conseguido até então – sem saber para onde iria. Mas, olhando para o restante da história de sua vida, reconhecemos o maravilhoso objetivo que Deus alcançou com Abraão.
Entramos em um novo ano sem saber para onde ele nos levará. Talvez o Senhor Jesus tenha colocado em seu coração um certo fardo, um desejo de fazer alguma coisa em Seu Nome, e talvez você tenha de dar um passo ousado. Também pode ser que você tenha sido chamado por Deus para executar uma tarefa mas não sabe como continuar nem para onde isso o levará. Abraão simplesmente se pôs a caminho, impelido pelo poder da Palavra de Deus.
No começo deste novo ano é muito importante ter isto diante de nossos olhos: precisamos nos pôr a caminho, juntar forças a cada momento e orientar-nos para o alvo. E nosso alvo são as coisas de Deus. É perfeitamente possível que durante o trajeto sejamos assaltados pelo medo, pois a dor, a tristeza, as preocupações e outros sofrimentos podem surgir em nossa vida. Pode ser que às vezes fiquemos resignados no caminho. Mas isto não deve impedir-nos de continuar marchando em direção ao desconhecido, ao futuro – confiando nas firmes promessas de Deus. É exatamente nessa área da nossa vida que a nossa fé no Senhor precisa de um novo impulso.
Pode ser que às vezes fiquemos resignados no caminho. Mas isto não deve impedir-nos de continuar marchando em direção ao desconhecido, ao futuro – confiando nas firmes promessas de Deus.
Depois de listar os heróis da fé (Hebreus 11), a Bíblia nos diz como alcançar o alvo: “...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé,Yeshua, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma” (Hb 12.2-3).
Depois que Abraão chegou à Terra Prometida, ele teve de suportar muitos testes de sua fé. Enfrentou a tentação de confiar mais em sua própria carne do que no Senhor que havia lhe dado a promessa. Em algumas situações de crise, tomou as rédeas em suas próprias mãos e foi derrotado. Mas o Senhor, em quem Abraão tinha depositado sua confiança, não o deixou cair. No fim, triunfaram a fé de Abraão em Deus e a fidelidade de Deus para com Seu amigo. O autor da carta aos Hebreus descreve a fé de Abraão com as seguintes palavras: “Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa” (Hb 11.9).
Nós também podemos, neste ano recém-iniciado, manter a fé nas promessas de Deus, mesmo quando os outros não nos compreendem e mesmo quando nos vêem como “estrangeiros” em seu meio. A fé em Jesus Cristo, em quem todas as promessas têm o “Sim” de Deus e por quem é o “Amém” (2 Co 1.20), nos ajudará a superar tudo o que é passageiro nesta terra até chegarmos ao grande alvo final. O caminho da nossa existência vai da tenda passageira da vida terrena para junto do Deus eterno.
O objetivo de vida de Abraão era o mais elevado que uma pessoa pode almejar. Ele não somente sonhava com uma cidade melhor, mas a aguardava com expectativa viva e cheia de esperança: “...porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hb 11.10). Abraão morreu e não conheceu esse lugar durante sua vida na terra, mas ainda assim ele esperava pela cidade eterna de Deus.
A fé em Yeshua, em quem todas as promessas têm o “Sim” de Deus e por quem é o “Amém” (2 Co 1.20), nos ajudará a superar tudo o que é passageiro nesta terra até chegarmos ao grande alvo final.
Não sabemos quando Yeshua voltará; portanto, seria tolo tentar fazer algum cálculo. Mas uma coisa é certa: também neste ano podemos esperar pela volta de Yeshua e pela Jerusalém eterna. Quer o Senhor volte neste ano ou não, quer vejamos o Arrebatamento ou tenhamos de morrer antes – o objetivo e a esperança é a vida eterna com o Senhor, que nos comprou por Seu precioso sangue e que voltará para a Sua Igreja. Um dia isto acontecerá: os mortos em Cristo e aqueles que ainda estiverem vivos serão arrebatados para a presença do Senhor (1 Ts 4.15-17) e terão sua morada na Jerusalém celestial (Ap 21.9-10).
Abraão acreditava nessa cidade. E quando foi convocado a sacrificar seu único filho, Isaque, a respeito de quem o Senhor tinha feito tantas promessas, ele “considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos” (Hb 11.19).
Sejamos cristãos que esperam pelo seu Senhor, neste novo ano mais do que nunca! Então valerá também para nós a maravilhosa promessa: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (Ap 3.10).
Neste sentido, desejamos a todos os nossos leitores um ano novo ricamente abençoado pelo Senhor. Maranata! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

18 de dez. de 2011

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9 de nov. de 2011

ISRAEL, SEMPRE ISRAEL

A Rússia, o Irã e a Guerra Contra Israel
É muito interessante o que tem acontecido no Irã nestes últimos anos, principalmente depois que Mahmoud Ahmadinejad foi eleito presidente daquele país. Na sua escalada em direção a um programa nuclear, o Irã não somente tem provocado grande inquietação entre os líderes mundiais, mas o próprio presidente Ahmadinejad já demonstrou o que faria com as armas atômicas, caso lhe fosse permitido fabricá-las e colocá-las em operação. Quase todos os especialistas em geopolítica acreditam que ao mundo aguardam momentos de grande tensão, enquanto pensa no que fazer acerca dessa ameaça crescente.

O presidente Ahmadinejad

Teerã fornece recursos financeiros, treinamento e armas aos piores terroristas do mundo, inclusive para o Hezbollah, o Hamas, e a Frente Popular de Libertação da Palestina, além de manter um relacionamento estreito com a al-Qaeda.
Foto: guerrilheiros do Hamas.

No curto espaço de tempo em que está na presidência do Irã, Ahmadinejad tem feito inflamados pronunciamentos anti-semitas contra Israel. Ele declarou que o Estado judeu devia ser varrido do mapa. Pelo menos é animador que ele considere a presença de Israel no mapa, já que a maioria dos mapas islâmicos do Oriente Médio nem sequer indica a existência do Estado judeu, ao contrário, identificam aquele território apenas pelo termo Palestina. Ahmadinejad foi mais além, ao afirmar que Israel deveria ser destruído por um ataque nuclear. Posteriormente, disse que os judeus deveriam deixar o seu país e voltar para a Europa. Ele chegou ao ponto de fazer uma ameaça nuclear aos Estados Unidos. Tudo isso ocorreu em poucos meses, desde que se tornou presidente. O Irã passou a ser o país mais perigoso do mundo. Mart Zuckerman sintetizou essa fúria terrorista iraniana da seguinte maneira:
O Irã atualmente é a mãe do terrorismo islâmico. Diante dos olhos de todos, Teerã fornece recursos financeiros, treinamento e armas aos piores terroristas do mundo, inclusive para o Hezbollah, o Hamas, e a Frente Popular de Libertação da Palestina, além de manter um relacionamento estreito com a al-Qaeda. Tem concedido refúgio aos principais terroristas da organização, entre os quais se incluem o chefe do comando militar Saif al-Adel, os três filhos de Osama bin Laden e o porta-voz da al-Qaeda, Suleiman Abu Ghaith. Patrocina muitos terroristas sanguinários no Iraque, os quais têm matado civis inocentes a fim de minar e destruir a frágil democracia iraquiana. Através da sua fronteira com o Iraque, de aproximadamente 1.660 quilômetros, o Irã inunda o território do seu vizinho com dinheiro e combatentes. Infiltra agitadores no Afeganistão; patrocinou o terrorismo contra a Turquia, sustentando a Síria; e ainda “deu uma mãozinha” no atentado a bomba contra as Torres Khobar na Arábia Saudita.[1]
O Irã infiltra agitadores no Afeganistão; patrocinou o terrorismo contra a Turquia, sustentando a Síria; e ainda “deu uma mãozinha” no atentado a bomba contra as Torres Khobar na Arábia Saudita (foto).

Qual é a mentalidade que orienta uma pessoa como Ahmadinejad? Um analista observou o seguinte: “Em todos os seus pronunciamentos loucos, Ahmadinejad reflete uma concepção de final dos tempos: sob a égide dele, a história chega ao seu fim apoteótico”.[2] Quais seriam as convicções proféticas desse muçulmano devoto?
No contexto da tradição muçulmana xiita, que predomina no Irã, um imã é um líder espiritual que pertence à legítima descendência consangüínea do profeta Maomé. Na fé islâmica há uma profecia referente à vinda do Décimo Segundo Imã: “O imã Muhammad Abul Qasim (Al-Mahdi/AS), o último na linhagem dos Doze Imãs Ithna Askari, nasceu em Samarra, no Iraque, no dia 15 de shabaan do ano 255 no calendário Hijri*. Seu pai era o décimo primeiro imã Hasan Al-Askari (AS) e sua mãe foi Nargis Khatoon, neta do imperador de Rum” (talvez Romênia ou povos ciganos romani – N.T.).[3] Crê-se que Muhammad, desaparecido aos cinco anos de idade na caverna da grande mesquita de Samarra em 878 d.C., e que não deixou descendência, voltará quando o fim do mundo estiver próximo.
O imã oculto [...] reaparecerá ao mundo da humanidade. Essa volta é o evento futuro de maior importância para os fiéis xiitas e reserva conseqüências escatológicas estrondosas. Tal volta ocorrerá imediatamente antes do Juízo Final e do fim da história. O imã Mahdi voltará à frente dos exércitos de justiça e pelejará contra as forças do mal numa derradeira batalha apocalíptica. Depois que o mal tiver sido derrotado e aniquilado, o imã Mahdi governará o mundo por vários anos, num governo perfeito, e desenvolverá uma perfeita espiritualidade entre os povos da terra. Após vários anos de reinado do imã Mahdi, Jesus Cristo voltará [...]
Crê-se que Muhammad, desaparecido aos cinco anos de idade na caverna da grande mesquita de Samarra (foto) em 878 d.C., voltará quando o fim do mundo estiver próximo.

Portanto, a Fé Xiita dos Doze é uma religião profundamente escatológica. Para se compreender as crenças religiosas xiitas, é necessário perceber que o final dos tempos será precedido por uma era de justiça e espiritualidade. O mundo, do ponto de vista xiita, é um lugar altamente imoral, degenerado e corrupto; essas realidades são o prelúdio que anuncia o aparecimento do imã Mahdi. Tal como o cristianismo, a religião xiita é visceralmente profética. À semelhança da Fé Cristã, o final dos tempos e a manifestação do Mahdi serão precedidos por uma série de eventos preditos na profecia. Logo, o fiel xiita, como muitos crentes em Cristo, vive num mundo repleto de sinais do iminente epílogo da história. Isso é essencialmente importante na compreensão da cultura e da concepção política dos xiitas. A maior parte da história iraniana só pode ser entendida à luz da Doutrina da Volta [do imã] e suas respectivas profecias. Por exemplo, durante a Revolução Iraniana muitos iranianos acreditavam que o aiatolá Ruhollah Khomeini, o cabeça espiritual e ideológico da revolução, era o Imã Desaparecido que voltara ao mundo da humanidade. Ainda que Khomeini nunca tenha admitido que o fosse, ele também nunca o negou. Sob muitos aspectos os revolucionários criam que estavam projetando ou inaugurando o reinado de justiça no mundo, assim como os ingleses protestantes radicais que colonizaram os Estados Unidos criam que estavam inaugurando o reinado milenar dos santos, que precederia o fim do mundo. A política iraniana atual de modo nenhum pode ser divorciada dos ditames religiosos do Islamismo Xiita.[4]
É importante observar que Ahmadinejad crê piamente no programa profético relativo ao Décimo Segundo Imã, bem como acredita que tem de fazer tudo o que puder para ver o seu cumprimento. Essa é a razão pela qual ele fez menção ao Décimo Segundo Imã em seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU). Ahmadinejad crê que o Décimo Segundo Imã só retornará num tempo em que o mundo estiver no caos, o que esclarece o motivo pelo qual ele parece tão intrépido em levar o Irã rumo ao objetivo de obter armas nucleares.

A Rússia e o Irã

Muitos iranianos acreditavam que o aiatolá Ruhollah Khomeini era o Imã Desaparecido que voltara ao mundo da humanidade.

Mark Zuckerman, editor do U. S. News & World Report, declarou: “O presidente russo, Vladimir Putin, numa entrevista que me concedeu há muitos anos, criticou a decisão dos Estados Unidos de entrar em guerra contra o Iraque e me disse: ‘A verdadeira ameaça é o Irã’. Ele estava certo. Todavia, a Rússia se tornou parte do problema, não da solução”.[5] Não é segredo nenhum que a Rússia tem desempenhado um papel de facilitador do Irã, o qual chegou ao primeiro lugar no ranking dos países facínoras que ameaçam provocar grande desestabilização da ordem mundial vigente. E a Rússia tornou a ameaça ainda mais real. Ela vendeu a usina nuclear de Bushehr ao Irã e assinou acordos para vender outros projetos, com o objetivo de injetar dinheiro na sua indústria nuclear. Tal como um diplomata americano comentou, esse negócio é “um anzol gigantesco preso na mandíbula da Rússia”.[6] O quê? O diplomata americano afirmou que esse negócio é “um anzol gigantesco preso na mandíbula da Rússia”? É isso mesmo, ele usou uma expressão extraída exatamente da profecia bíblica para descrever o atual papel desempenhado pela Rússia em relação ao Irã.
A batalha de Gogue e Magogue, mencionada em Ezequiel 38 e 39, é uma profecia acerca do ataque contra a terra de Israel, efetuado por uma aliança de muitas nações sob a liderança dos russos (Ez 38.1-6). A Rússia terá cinco aliados estratégicos: Turquia, Irã, Líbia, Sudão e nações da Ásia Central. Surpreendentemente, todas essas nações são países muçulmanos. Além disso, o Irã, a Líbia e o Sudão são os oponentes mais ferrenhos de Israel. Não é de admirar que o Irã esteja incluído na lista de nações que atacarão Israel nos últimos dias. O Senhor declara: “Far-te-ei que te volvas, porei anzóis no teu queixo e te levarei a ti e todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos de armamento completo, grande multidão, com pavês e escudo, empunhando todos a espada” (Ez 38.4).
Do ponto de vista geopolítico, não seria nenhuma surpresa ver a Rússia aliada a países islâmicos como o Irã, num ataque-surpresa contra Israel. Foto: helicóptero militar russo.

Alguns difamadores de nossa posição quanto à profecia bíblica disseram que, com a queda do Império Soviético, uma invasão liderada pela Rússia parece muito improvável do ponto de vista da geopolítica. Nosso argumento sempre tem sido o de que essa profecia refere-se a um ataque contra Israel liderado pelos russos, não pelos soviéticos. Desde a queda da antiga União Soviética, a Rússia continua a manter estreitas relações com a maioria das nações islâmicas, especialmente aquelas localizadas no Oriente Médio. Do ponto de vista geopolítico, não seria nenhuma surpresa ver a Rússia aliada a países islâmicos como o Irã, num ataque-surpresa contra Israel.

Conclusão

Por mais de quinze anos tenho levantado conjecturas de que o “anzol no queixo” de Gogue, usado por Deus para fazer com que uma Rússia relutante desça à terra de Israel, poderia ser alguma coisa parecida com o seguinte roteiro que descrevi para Hal Lindsey em 1990, durante um programa de televisão em rede nacional,[7] no exato dia em que acabou a primeira Guerra do Golfo: É como se eu estivesse vendo os muçulmanos encontrando os russos e dizendo-lhes que os Estados Unidos abriram um precedente para que uma potência mundial externa invada o Oriente Médio e corrija um suposto erro (os Estados Unidos fizeram isso de novo em anos recentes, ao invadirem o Afeganistão e o Iraque). Pelo mesmo princípio, a Rússia deveria ajudar seus amigos muçulmanos, liderando-os numa arrasadora invasão do território de Israel, a fim de resolver o “Conflito do Oriente Médio” em favor das nações islâmicas. Seria esse o “anzol no queixo” de Gogue? Somente o tempo dirá. Todavia, algo está acontecendo no Oriente Médio e a Rússia parece deixar suas impressões digitais em toda parte. Sabemos que a Bíblia prediz com exatidão tal aliança e invasão, programadas para acontecer “no fim dos anos” (Ez 38.8). Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.beth-shalom.com.br)
Notas:
  1. Zuckerman, Mortimer B. “Moscow’s Mad Gamble”. U. S. News & World Report, edição da internet, 30 de janeiro de 2006, p. 1.
  2. Hanson, Victor Davis. “The not-so-mad mind of Mahmoud Ahmadinejad”. Jewish World Review, edição da internet, 19 de janeiro de 2006, p. 1.
  3. Extraído do seguinte site islâmico: www.ezsoftech.com/islamic/infallible14a.asp, acessado em 1º de fevereiro de 2006.
  4. Extraído do seguinte site islâmico: www.wsu.edu:8080/~dee/SHIA/HIDDEN.HTM, acessado em 1º de fevereiro de 2006.
  5. Zuckerman, “Moscow’s Mad Gamble”, p. 1.
  6. Zuckerman, “Moscow’s Mad Gamble”, p. 1.
  7. No programa “The Praise the Lord Show”, exibido pela rede de televisão Trinity Broadcasting Network.

JERUSALÉM, JERUSALÉM...

O Direito Internacional e Jerusalém

A Bíblia ensina que Deus deu a terra de Israel ao povo judeu. Isso é repetido muitas vezes em toda a Escritura. O ponto de vista de Deus sobre esse assunto é o que, afinal, importa, uma vez que Ele, em algum momento no futuro, realizará Sua vontade. Se Deus diz alguma coisa, ela fica estabelecida; Sua determinação certamente virá a acontecer. Entretanto, é interessante observar que também o Direito Internacional está e sempre esteve ao lado do restabelecimento do moderno Estado de Israel. Além disso, o Direito também dá suporte à afirmação de que Jerusalém pertence aos judeus e que os árabes não têm direito legal de reivindicarem o local mais sagrado do judaísmo.

Jacques Paul Gauthier

O advogado canadense Jacques Paul Gauthier concluiu há algum tempo um projeto no qual trabalhou por vinte anos: esse cristão gentio pesquisou, no Departamento de Ciências Políticas da Faculdade de Direito Internacional da Universidade de Genebra, as questões legais relacionadas à propriedade de Israel e de Jerusalém. A tese de doutorado de Gauthier foi completada em 2007 e se intitula “A Soberania Sobre a Cidade Velha de Jerusalém”.[1]
O Dr. Gauthier demonstrou detalhadamente, em sua tese de mais de 1.200 páginas, a seguinte conclusão:
Após examinarmos os princípios do Direito Internacional relativos à ocupação beligerante, concluímos que Israel tem direito de ocupar os territórios que estão sob seu controle desde 1967, inclusive de Jerusalém Oriental e de sua Cidade Velha, até que um tratado de paz seja concluído.[2]
Como a publicação de Gauthier era uma tese de doutorado, ele teve que documentar meticulosamente cada uma das opiniões ou conclusões com fatos legais e históricos. Se os leitores [a banca examinadora] de sua tese não tivessem concordado com as informações contidas em seu trabalho, eles não teriam aceitado nem aprovado a tese de Gauthier. Isso significa que o trabalho de Gauthier é a opinião com a maior autoridade existente, cobrindo o status internacional da Cidade Velha de Jerusalém e da terra de Israel. Bem, e qual é a argumentação do Dr. Gauthier?

O Papel da Grã-Bretanha

Gauthier observa que a Declaração Balfour, de 2 de novembro de 1917, não possuía o status de Direito Internacional, pelo menos não quando foi emitida. Entretanto, ela se tornou a política oficial do governo britânico, que obrigava a Grã-Bretanha a buscar a fundação de um futuro Estado de Israel e a conceder-lhe o direito de tomar suas próprias decisões. O Reino Unido deu o próximo passo para a fundação do Estado Judeu quando o general Allenby tomou Jerusalém no dia 11 de dezembro de 1917, e depois o restante da Palestina (Israel).
No dia 3 de janeiro de 1919, Chaim Weizmann, que era o líder e o representante da Organização Sionista, por parte do povo judeu, reuniu-se com Emir Feisal, que representava o Reino Árabe de Hedjaz. Incluído no acordo aceito por ambas as partes estava a afirmação de que o povo judeu deveria ficar com a terra a oeste do rio Jordão e que a Cidade Velha de Jerusalém ficaria sob controle judeu.
A Conferência de Paz de Paris começou no dia 18 de janeiro de 1919, e durou cerca de seis meses, nos quais foram tomadas decisões relacionadas a novas fronteiras para partes da Europa e do Oriente Médio e estas receberam força de Lei Internacional. A Conferência foi composta pelas potências aliadas vitoriosas na Primeira Guerra Mundial. Eram as “Quatro Grandes”: Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Itália. Lorde Balfour representava a Grã-Bretanha. Foi durante o verão de 1919 que começou a ser expressada a oposição árabe contra o acordo Feisal-Weizmann. Como resultado, esse aspecto da Conferência foi protelado e nunca mais houve um acordo sobre ele. Não obstante, Balfour divulgou a seguinte declaração no dia 11 de agosto de 1919:
As quatro grandes potências estão compromissadas com o Sionismo. E o Sionismo, seja ele certo ou errado, bom ou mau, está enraizado em tradições seculares, em necessidades presentes, em esperanças futuras de importância muito mais profunda que o desejo e os preconceitos dos 700.000 árabes que agora habitam naquela antiga terra”.[3]
A Conferência de Paz de Paris terminou sem alcançar uma solução final no que se refere ao status da Palestina, muito embora tenha havido muita discussão a respeito do assunto.

A Conferência de San Remo

A eleição prometida para outubro de 1959, para determinar a quem Jerusalém pertenceria, nunca aconteceu. Não há dúvida de que a cidade teria votado em favor de Israel se a eleição tivesse sido realizada.
Uma reunião para tratar especificamente da negociação não terminada da Conferência de Paz de Paris teve início no dia 19 de abril de 1920, em San Remo, na Itália. Essa reunião teve a participação das quatro Potências Aliadas da Primeira Guerra Mundial, que foram representadas pelos primeiros-ministros da Grã-Bretanha (David Lloyd George), da França (Alexandre Millerand) e da Itália (Francesco Nitti), e também pelo embaixador do Japão, K. Matsui. A Resolução de San Remo, adotada aos 25 de abril de 1920, incorporou a Declaração Balfour de 1917, emitida pelo governo britânico. A Resolução de San Remo e o Artigo 22 do Estatuto da Liga das Nações, que foi adotada na Conferência de Paz de Paris aos 28 de abril de 1919, foram os documentos básicos sobre os quais foi elaborado o Mandato Britânico para a administração da Palestina. Foi em San Remo que a Declaração Balfour deixou de ser apenas uma declaração da política externa britânica e tornou-se Direito Internacional.
O Mandato Britânico foi totalmente implementado, após sua aprovação, pelo Conselho da Liga das Nações, no dia 22 de setembro de 1922. No entanto, quando as partes deixaram San Remo em abril de 1919, haviam decidido que o futuro Estado de Israel deveria ser constituído pelo que agora constitui o Reino da Jordânia, bem como por toda a terra a oeste do rio Jordão.
Depois de 22 de setembro de 1922, o que hoje é denominado Reino da Jordânia foi tomado da Palestina e tornou-se uma outra nação árabe. Esse foi o início da tendência que ainda está em vigor atualmente, de que Israel precisa desistir de mais terras a fim de obter a prometida paz. A realidade é que, cada vez que Israel desiste de um pedaço de terra, passa a ter ainda menos paz.

O Mandato

No dia 1º de julho de 1920, a administração militar britânica, que havia controlado a Palestina desde dezembro de 1917, foi substituída por uma administração britânica civil, que cobria toda a Palestina de ambos os lados do rio Jordão, tendo seu quartel-general em Jerusalém. O Mandato instruía a Grã-Bretanha a supervisionar a Palestina com o objetivo de estabelecer uma pátria para o povo judeu na Palestina. Na ocasião da publicação do Mandato, cria-se que não havia judeus suficientes naquela terra para que uma nação fosse estabelecida. Dessa forma, a Grã-Bretanha deveria supervisionar a imigração dos judeus para aquele lugar e, quando houvesse o número suficiente, a Palestina se tornaria a pátria do povo judeu. Todavia, de modo geral, a Grã-Bretanha obstruía o objetivo de desenvolver uma pátria judaica na Palestina.
Como a Liga das Nações foi dissolvida em 1946, a Organização das Nações Unidas (ONU), que havia sido fundada em 1945, começou a tratar da questão da Palestina. A Assembléia Geral da ONU aprovou uma Resolução de Partição (Resolução 181), em 29 de novembro de 1947. Essa resolução da ONU adotou o necessário status legal da Liga das Nações que era preciso para que Israel pudesse declarar sua independência em 14 de maio de 1948. Sob a Resolução 181, o território da Palestina foi dividido, parte da Palestina foi dada aos árabes, e o restante foi dado a Israel, exceto que Jerusalém deveria tornar-se uma cidade internacional. Gauthier diz:
O regime internacional especial para o corpus separatum que deveria ser estabelecido no dia 1º de outubro de 1948, ou antes desse dia, deveria permanecer em vigor por um período de dez anos. No final desse período, “os residentes da Cidade deverão ser (...) livres para expressar, por meio de um referendo, seus desejos quanto a possíveis modificações do regime da Cidade”.[4]
Os árabes rejeitaram a Resolução 181 e atacaram os judeus, o que resultou em um território maior para Israel quando a guerra terminou em 1949. A guerra pela independência de Israel também impediu que Jerusalém se tornasse uma cidade internacional. A eleição prometida para outubro de 1959, para determinar a quem Jerusalém pertenceria, nunca aconteceu. Não há dúvida de que a cidade teria votado em favor de Israel se a eleição tivesse sido realizada. Assim, todos os direitos legais da Cidade Velha de Jerusalém pertencem a Israel e aos judeus.

Conclusão

O trabalho de Gauthier, que pude ler apenas rapidamente, demonstra que tanto o território de Israel quanto a Cidade Velha de Jerusalém pertencem a Israel e aos judeus, com base nos padrões do Direito Internacional.
Quando os comentaristas aparecem na mídia hoje e começam a falar sobre como Israel está violando o Direito Internacional com sua ocupação, eles não têm absolutamente nenhuma fundamentação na verdade. Esses defensores da ocupação árabe do território judeu não têm base legal que os sustente. Entretanto, isso não parece incomodá-los, visto que estão na ilegalidade e muitos esperam, através da jihad (guerra santa), tomar o controle de Israel. A maior parte desses porta-vozes realmente não se importa com a lei, seja internacional ou outra qualquer.
Os fatos são que tanto a Bíblia quanto o Direito Internacional dizem que o território de Israel e o de Jerusalém pertencem ao povo judeu. O fato de que muitos da comunidade internacional conhecem essas informações não significa nada. Atualmente, as nações gentias estão em grande tumulto enquanto clamam cada vez mais pela exterminação da nação e do povo de Israel. Mesmo assim, a mão da providência de Deus restaurou Seu povo à sua terra embora ainda na incredulidade. Vemos aumentarem as atitudes ilegais das nações constantemente à mostra uma vez que elas certamente não crêem na Palavra de Deus, tampouco atentam para as ordenanças claras do Direito Internacional estabelecido pelo homem.
Portanto, será no final, assim como foi no início e durante toda a sua história, que Israel terá que ser salvo pela mão real de Deus, quando Ele interromper a história para salvar Seu povo. O ódio de hoje contra Israel é apenas um aquecimento para o verdadeiro calor da fornalha da Tribulação, da qual Deus redimirá a nação de Israel através da vinda do Messias. Embora a humanidade não reconheça Deus e Sua Lei, mesmo assim Ele a imporá um dia sobre a humanidade. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)
Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center em Lynchburg, VA (EUA). Ele é conferencista internacional, autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética.

Notas:

  1. Jacques Paul Gauthier, “Sovereignty Over The Old City of Jerusalem: A Study of the Historical, Religious, Political and Legal Aspects of the Question of the Old City” [A Soberania Sobre a Cidade Velha de Jerusalém: Um Estudo dos Aspectos Histórico, Religioso, Político e Legal da Questão da Cidade Velha], PhD Thesis, University of Geneva International Law School, 2007).
  2. Gauthier, “Sovereignty Over Jerusalem”, p. 848.
  3. Citado em Gauthier, “Sovereignty Over Jerusalem”, p. 356 de Documents on British Foreign Policy, 1919-1939 [Documentos Sobre a Política Externa Britânica de 1919 a 1939], vol. IV, Nº 242, p. 345.
  4. Gauthier, “Sovereignty Over Jerusalem”, pp. 599- 600. A citação de Gauthier é do Artigo D, Parte III da Resolução da Partição.

A GRANDE CALÚNIA

A calúnia do apartheid em Israel

Publicado em 01/11/2011 no The New York Times
A acusação de que Israel é um Estado que pratica o apartheid é falsa e maliciosa e se opõe à paz e à harmonia, ao invés de promovê-las

Pedido da Autoridade Palestina para ser aceita como membro pleno nas Nações Unidas aumentou a pressão pela solução de dois Estados. A necessidade de reconciliação entre israelenses e palestinos nunca foi tão grande. Por isso, é importante separar a crítica legítima a Israel de ataques que visam isolá-lo, demonizá-lo e deslegitimá-lo.
Uma acusação particularmente perniciosa e duradoura é a de que Israel adota políticas de apartheid. Na Cidade do Cabo (África do Sul), a partir do próximo sábado, uma organização não-governamental com sede em Londres chamada Tribunal Russell sobre a Palestina vai realizar uma "audiência" sobre se Israel é culpado do crime de apartheid. Não será um "tribunal". As "evidências" serão unilaterais e os membros do "júri" são críticos cujas duras posições contra Israel são bem conhecidas.
Apesar de o termo "apartheid" poder ter um significado mais amplo, sua utilização destina-se a evocar a situação pré-1994 na África do Sul. Esta é uma calúnia injusta e imprecisa contra Israel, calculada para retardar, ao invés de avançar, as negociações de paz.
Eu conheço muito bem a crueldade do repugnante sistema de apartheid na África do Sul, em que os seres humanos caracterizados como negros não tinham direito a votar, ocupar cargos políticos, usar praias ou banheiros "brancos", casar com brancos, viver em áreas só para brancos ou até mesmo estar lá sem um passe. Negros gravemente feridos em acidentes de carro eram deixados sangrar até a morte, se não houvesse ambulância "negra" para levá-los a um hospital "negro". Hospitais “brancos” eram proibidos de salvar suas vidas.
 
Uma acusação particularmente perniciosa e duradoura é a de que Israel adota políticas de apartheid.
Ao avaliar a acusação de que Israel adota políticas de apartheid que são, por definição, principalmente sobre raça ou etnia, é importante primeiro fazer a distinção entre as situações em Israel, onde os árabes são cidadãos, e em áreas da Cisjordânia que permanecem sob o controle israelense na ausência de um acordo de paz.
Em Israel, não há apartheid. Nada chega perto da definição de apartheid nos termos do Estatuto de Roma de 1998 ("Atos desumanos ... cometidos no contexto de um regime institucionalizado de opressão sistemática e dominação de um grupo racial sobre qualquer outro grupo ou grupos raciais e comprometidos com a intenção de manter esse regime"). Árabes israelenses - 20 por cento da população de Israel - votam, têm partidos políticos e representantes no Knesset (parlamento) e ocupam posições de destaque, incluindo na Suprema Corte do país. Pacientes árabes ficam lado-a-lado de pacientes judeus em hospitais israelenses, recebendo tratamento idêntico.
Para sermos precisos, há uma separação “de fato” entre as populações judaica e árabe maior do que Israel deveria aceitar. Muito desta separação é resultado de escolhas das próprias comunidades. Alguns, resultado de discriminação. Mas não é apartheid, que, conscientemente, consagra a separação como um ideal. Em Israel, a igualdade de direitos é a Lei, a aspiração e o ideal; desigualdades são na maioria das vezes derrubadas com sucesso nos tribunais.
A situação na Cisjordânia é mais complexa. Mas também aqui não há a intenção de manter "um regime institucionalizado de opressão sistemática e dominação de um grupo racial". Esta é uma distinção crítica, mesmo que lá Israel aja opressivamente contra os palestinos. A separação racial forçada na África do Sul tinha a intenção de beneficiar permanentemente a minoria branca, em detrimento de outras raças. Israel, ao contrário, concordou com o conceito da existência de um Estado palestino em Gaza e em quase toda a Cisjordânia, e está chamando os palestinos para negociar os parâmetros.
Mas até que haja uma paz de dois Estados, ou pelo menos enquanto os cidadãos de Israel permaneçam sob ameaça de ataques a partir da Cisjordânia e de Gaza, Israel verá barreiras em estradas e medidas similares como medidas necessárias à sua auto-defesa, mesmo que os palestinos sintam-se oprimidos por elas. Do jeito que as coisas estão, os ataques de um lado são retribuídos com contra-ataques do outro. E as profundas disputas e reclamações apenas endurecem quando a analogia ofensiva do "apartheid" é invocada.
 
Em Israel, não há apartheid. Nada chega perto da definição de apartheid. (Foto: mercado árabe em Jerusalém)
Aqueles que procuram promover o mito do apartheid israelense muitas vezes citam os confrontos entre soldados israelenses fortemente armados e atiradores de pedras palestinos na Cisjordânia, ou a construção do que chamam de "muro do apartheid", ou o tratamento desigual em estradas da Cisjordânia. Mesmo que essas imagens sirvam para estimular uma comparação superficial, é hipócrita usá-las para distorcer a realidade. A barreira de segurança foi construída para impedir ataques terroristas implacáveis e, embora tenha infligido grandes dificuldades em alguns lugares, a Suprema Corte de Israel em muitos casos ordenou o Estado a corrigir sua rota para minimizar as dificuldades impostas. Restrições em estradas tornam-se mais intrusivas após ataques violentos e são aliviadas quando a ameaça é reduzida.
Claro que o povo palestino tem aspirações nacionais e direitos humanos que todos devem respeitar. Mas aqueles que confundem as situações em Israel e na Cisjordânia e as comparam à velha África do Sul prestam um desserviço a todos os que esperam por justiça e paz.
As relações entre árabes e judeus em Israel e na Cisjordânia não podem ser simplificadas em uma narrativa de discriminação judaica. Há hostilidade e desconfiança em ambos os lados. Israel, caso único entre as democracias, está em um estado de guerra com muitos dos seus vizinhos que se recusam a aceitar a sua existência. Mesmo alguns árabes israelenses, por serem cidadãos de Israel, vêem-se por vezes sob suspeita de outros árabes como resultado desta inimizade de longa data.
O reconhecimento mútuo e a proteção da dignidade humana de todas as pessoas são indispensáveis para pôr fim ao ódio e à raiva. A acusação de que Israel é um Estado que pratica o apartheid é falsa e maliciosa e se opõe à paz e à harmonia, ao invés de promovê-las. (Richard J. Goldstone - Publicado em 01/11/2011 no The New York Times - http://www.beth-shalom.com.br)
Richard J. Goldstone, ex-juiz do Tribunal Constitucional Sul-Africano, liderou a comisssão de investigação da Organização das Nações Unidas sobre o conflito em Gaza em 2008-9.

17 de out. de 2011

Estado palestino?

Votação na ONU sobre a criação de um Estado palestino - Perguntas & Respostas

O que acontecerá na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2011?

A Autoridade Nacional Palestina anunciou que irá propor na abertura anual da Assembleia Geral (AG) da ONU, em Nova York, uma votação em favor da criação de um Estado palestino nas fronteiras pré-1967, ou seja, Cisjordânia e Gaza, tendo Jerusalém Oriental como capital. Ainda não estão claros todos os contornos da resolução a ser apresentada, mas o fato é que com esta iniciativa a liderança palestina opta por uma saída unilateral para o conflito com Israel, abandonando as negociações e utilizando a ONU como canal para impor seu ponto de vista.

Quais as chances de esta proposta ser aprovada na Assembléia Geral?

Há 193 integrantes na ONU e, historicamente, o bloco de países islâmicos e seus aliados têm votos suficientes para impor seguidas derrotas diplomáticas a Israel. Nas últimas décadas, mais de 100 países já reconheceram o Estado palestino. Líderes palestinos dizem já ter confirmados cerca de 130 votos para setembro e esperam aumentar este número até a reunião da AG.

Como se posicionará o governo brasileiro nesta votação?

O Brasil já afirmou que votará a favor da resolução. Em um de seus últimos atos no governo, o então presidente Lula anunciou o reconhecimento do Estado palestino nas fronteiras pré-1967.

A votação na ONU significará a criação de um Estado palestino?

Não. Mesmo que os palestinos tenham aprovada sua solicitação de ingresso como país membro pleno da ONU, esta decisão depende de aprovação no Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde cinco países são integrantes permanentes e têm direito a veto: EUA, China, Rússia, França e Reino Unido. Tudo indica que o governo norte-americano irá vetar a aceitação de um Estado palestino como integrante pleno da ONU sem que ele seja fruto de negociações com Israel.
É importante lembrar que a resolução 181, aprovada pela ONU em 1947, já previa a criação de um Estado palestino na região, ao lado de Israel. No entanto, os árabes rejeitaram a resolução e iniciaram uma guerra de extermínio contra o Estado judeu. Derrotados no campo de batalha, a liderança palestina e os países árabes tentam agora usar um mecanismo da ONU como ferramenta de pressão política.

Qual seria, então, o impacto desta votação na Assembléia Geral?

Ao promover a votação na ONU, a liderança palestina toma uma atitude unilateral e abandona o processo de paz marcado por negociações bilaterais. Marca, portanto, o fim de um processo de diálogo. Apesar das grandes dificuldades encontradas para obter um acordo definitivo, o fato é que muito já se avançou desde que israelenses e palestinos iniciaram o chamado Processo de Paz. Através de negociações, os palestinos já conseguiram, por exemplo, autonomia governamental em grande parte das áreas que desejam como Estado. A economia na Cisjordânia cresce a taxas asiáticas.
Até 2010, quando os palestinos abandonaram as negociações, diversos temas importantes estavam sendo discutidos, como fronteiras, segurança, refugiados, água e Jerusalém. A opção por ações diplomáticas unilaterais pode fazer com que a criação do Estado palestino torne-se uma realidade mais distante e não mais próxima, como deseja a Autoridade Palestina.

Israel é contra a criação de um Estado palestino?

Não. A criação de um Estado palestino que conviva pacificamente com Israel é uma realidade já aceita não apenas pelo governo, mas também pela grande maioria da sociedade israelense. Israel, no entanto, considera fundamental obter garantias de segurança. Basta lembrar que a Faixa de Gaza é controlada desde 2007 pelo Hamas, grupo palestino fundamentalista que assumiu o controle do território através de um golpe e que prega abertamente a destruição do Estado judeu. No sul do Líbano impera o Hezbolá, outra entidade fundamentalista que deseja o fim de Israel e que conta com apoio político, financeiro e militar do Irã.

Insistir em uma solução negociada não é uma desculpa utilizada por Israel para adiar indefinidamente a criação do Estado palestino?

Todas as vezes em que líderes árabes entraram em negociações com seriedade, coragem e boa vontade, conseguiram de Israel praticamente tudo o que desejavam, mesmo que isto tenha significado enormes desafios aos israelenses. Isto foi verdade nos acordos de paz com o Egito, em 1979 e com a Jordânia em 1994. Não será diferente com os palestinos, caso estes retornem à mesa de negociações e sejam capazes de assumir os difíceis compromissos necessários pelas duas partes para o estabelecimento de uma paz justa e duradoura. (Israel na Web - http://www.beth-shalom.com.br)

EU SEREI CONTIGO

Sob uma máscara de terminologia cristã, uma variada gama de psicoterapias está assolando a Igreja, levando os crentes a afastarem-se de Deus e a voltarem-se para si mesmos. Dentre elas, as mais nocivas são as terapias regressivas, criadas para sondar o inconsciente do indivíduo à procura de lembranças escondidas que supostamente causam males que vão desde a depressão, os acessos de ira e até as más condutas sexuais, e por isso devem ser reveladas e "curadas". Estas ramificações de teorias freudianas e jungianas, baseadas no ocultismo e que há décadas vêm causando um impacto destrutivo na sociedade, estão agora fazendo estragos dentro da Igreja.
A "cura interior"
Uma forma popular de terapia de regressão é a chamada "cura interior", introduzida na Igreja pela ocultista Agnes Sanford (veja A Sedução do Cristianismo). Depois de sua morte, [essa terapia] foi levada avante pelos que foram influenciados por ela, tais como os terapeutas leigos Ruth Carter Stapleton (irmã do ex-presidente americano Jimmy Carter – N. R.), Rosalind Rinker, John e Paula Sandford, William Vaswig, Rita Bennett e outros. A cura interior, no início predominante entre igrejas carismáticas e liberais, espalhou-se amplamente nos círculos evangélicos, onde é praticada de forma mais sofisticada por psicólogos como David Seamonds, H. Norman Wright e James G. Friesen, e igualmente por terapeutas leigos como Fred e Florence Littauer. A insistência veemente dos Littauer de que rara é a pessoa "que pode dizer que verdadeiramente teve uma infância feliz", certamente condiciona seus aconselhados a recobrar memórias traumáticas e infelizes.
Mesmo que fosse possível, com precisão e segurança, deveríamos sondar o passado para trazer à tona memórias esquecidas? Notoriamente, a memória é enganosa e está a serviço do ego. É fácil persuadir alguém a "lembrar-se" de algo que jamais pode ter ocorrido. Pela sua própria natureza, tal como outras formas de psicoterapias, a cura interior cria falsas memórias. Além disso, por que deverá alguém revelar a lembrança de um abuso passado para que possa ter um bom relacionamento com Deus? Onde se encontra isto na Bíblia? Se parcelas do passado devem ser "lembradas", por que não cada detalhe? Essa tarefa se mostraria impossível. Entretanto, uma vez aceita esta teoria, jamais se terá certeza de que algum trauma não continue escondido no inconsciente – um trauma que detém a chave do bem-estar emocional e espiritual!
"...as coisas antigas já passaram..."
Contrastando com esta idéia, Paulo esquecia-se do passado e prosseguia para o prêmio prometido (Fp 3.13-14) a todos quantos amam a vinda de Cristo (2 Tm 4.7-8). As conseqüências do passado são insignificantes se os cristãos são verdadeiramente novas criaturas, para quem "as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17). Investigar o passado de alguém a fim de achar uma "explicação" para o seu comportamento atual choca-se com o ensino completo das Escrituras. Se bem que possa parecer uma ajuda por algum tempo, na realidade, está tirando da pessoa a solução bíblica através de Cristo. O que importa não é o passado, e sim o nosso relacionamento pessoal com Cristo agora.
Mesmo assim, muitas pessoas afirmam ter sido ajudadas pela terapia regressiva. Descobrir a "causa" em um trauma passado (seja real ou uma "memória" implantada por sugestão no processo terapêutico) pode produzir uma mudança de atitude e de comportamento por algum tempo. No entanto, mais cedo ou mais tarde, voltará a depressão ou a ira, a frustração ou a tentação, levando a pessoa a renovar a busca no passado para descobrir o trauma "chave" cuja lembrança ainda não foi revelada. E assim continuamente.
"Hiatos de memória"?
Em harmonia com o princípio freudiano de toda "cura interior", o livro Freeing your Mind from Memories that Bend (Libertando Sua Mente de Memórias que Aprisionam) de Fred e Florence Littauer apresenta a tese de que revelar as memórias ocultas é a chave para o bem-estar emocional e espiritual. Eles sugerem que quaisquer "hiatos de memória" da infância indicam a probabilidade de abuso (com grande possibilidade de ser na área sexual). Por esta definição, todos nós fomos abusados, pois a maioria de nós não se consegue lembrar de cada casa em que moramos, de cada escola onde estudamos, de cada professor e colega de aula, de cada passeio com a família quando éramos crianças. Ensinar que estes "hiatos de memória" indicam períodos de abuso encobertos na lembrança, como fazem os Littauer, é contrário ao senso comum, sem respaldo científico e sem apoio bíblico.
Quatro Temperamentos, Astrologia e Testes da Personalidade
Os Littauer, como tantos outros autores neste campo, baseiam sua abordagem nos chamados quatro temperamentos. Essa teoria sobre a personalidade, já há muito desacreditada, surgiu da antiga crença grega de que o universo físico era composto de quatro elementos: terra, ar, fogo e água. Empédocles relacionou-os com quatro divindades pagãs, enquanto Hipócrates associou-os aos que eram considerados, na época, os quatro humores do corpo: sangue (sangüíneo), fleuma (fleumático), bílis amarela (colérico) e bílis negra (melancólico). Estas características eram ligadas aos signos do zodíaco.
Apesar da falta de base científica para os quatro temperamentos, muitos psicólogos cristãos e "curadores" leigos, no entanto, confiam neles plenamente e fazem deles a base para "classificação da personalidade" e a chave para o discernimento comportamental. Contudo, como salientam Martin e Deidre Bobgan em seu excelente livro Four Temperaments, Astrology & Personality Testing (Quatro Temperamentos, Astrologia e Testes da Personalidade):
A palavra temperamento vem do latim temperamentum, que significava "combinação apropriada". A idéia era que se os fluidos corporais fossem temperados, isto é, reduzidos em sua intensidade contrabalançando os humores uns com os outros, então ocorreria a cura...
Pensava-se que até mesmo as posições dos vários planetas alteravam para melhor ou pior tais fluidos...
Os quatro temperamentos já tinham sido virtualmente descartados após a Idade Média... até que alguns extravagantes os descobriram no baú do passado e os colocaram no mercado na linguagem do século XX... [Recentemente] os temperamentos experimentaram um renascimento... entre astrólogos e cristãos evangélicos... Os quatro temperamentos são a parte da astrologia tornada palatável para os cristãos.
Versículos fora do contexto
Tal como outros psicólogos cristãos e praticantes leigos da cura interior, a teoria e prática dos Littauer não provêm de uma exegese cuidadosa das Escrituras, mas eles citam, de vez em quando, um versículo isolado na tentativa de dar aparência de apoio bíblico. Por exemplo, eles citam parte de um versículo – "Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos [do homem]" (Jr 17.10) – que aparece logo abaixo do título do segundo capítulo: "Examinando-nos a nós mesmos". Na realidade, esse texto bíblico opõe-se à idéia de nos esquadrinharmos a nós mesmos. Somente Deus pode compreender e esquadrinhar os nossos corações. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração... para dar a cada um segundo... o fruto de suas ações" (Jr 17.9,10).
O contexto destes dois versículos desmente a aplicação feita não só pelos referidos autores, mas também por outros bem-intencionados "praticantes da cura interior". Deus amaldiçoa quem confia em qualquer outra coisa e abençoa aqueles que confiam exclusivamente nEle. Quanto a estes, segundo a Sua promessa, "serão como árvore plantada junto às águas, e [nunca] deixarão de dar fruto" (Jr 17.8). Uma vida frutífera (amor, alegria, paz, etc.) é produzida pela obra do Espírito de Deus na vida dos que submetem a Ele seus corações enganosos! Em lugar algum a Bíblia diz que fazer testes de personalidade e conhecer o "temperamento" de alguém ajuda Sua obra em nós.
Os Littauer têm extrema dificuldade em encontrar textos, ainda que remotamente apropriados, e por isso são forçados ao mau emprego da Bíblia. Tomando mais um exemplo, o capítulo intitulado "As Lembranças Mais Remotas" é iniciado com o versículo "Lembro-me destas coisas – e dentro de mim se me derrama a alma" (Sl 42.4). Davi, na realidade, nem se refere às suas "lembranças mais remotas", e sim às críticas e ao escárnio atuais que está sofrendo daqueles que "dizem continuamente [isto é, presentemente]: O teu Deus, onde está?" O versículo "Escreve num livro todas as palavras que eu disse" (Jr 30.2), é citado logo abaixo do título do capítulo "Pronto, Objetivo, Escreva". Este capítulo fala sobre "examinar o seu passado" e "anotar as suas emoções" – nada poderia estar mais distante de Jeremias escrevendo as Escrituras sob a inspiração do Espírito Santo!
Leão, castor, lontra e cão de caça?
Os autores mencionados são apenas um exemplo dentre um exército de praticantes da cura interior, quer sejam psicólogos cristãos ou cristãos leigos, os quais, embora possam ser sinceros, estão desviando milhões de cristãos. Gary Smalley e John Trent, sucessos de vendas na área de psicologia-pop, fortemente promovidos por James Dobson, apresentaram os seus próprios temperamentos, baseando-se em quatro tipos de animais: leão, castor, lontra e cão de caça!
Tipos de personalidade
Presumivelmente, descobre-se "o tipo de personalidade" ou "temperamento" de um indivíduo através de um teste do perfil da personalidade, tais como: Indicador do Tipo Myers-Briggs (ITMB), Análise do Temperamento Taylor-Johnson (ATTJ), Sistema do Perfil Pessoal (SPP), Teste do Perfil da Personalidade (TPP), Perfis Pessoais Bíblicos (PBB), etc. Os testes de personalidade, embora populares, são duvidosos. A personalidade humana com sua capacidade de escolha e um coração do qual Deus diz que é "mais enganoso do que todas as coisas" resistem às fórmulas predicativas e são por demais complexos para serem enquadrados em categorias. Até mesmo as classificações supostamente promissoras de pessoas como Personalidades do Tipo A (suscetíveis a ataques cardíacos), Tipo B (menos suscetíveis) e Personalidades Suscetíveis ao Câncer, etc., estão sendo rejeitadas pela impossibilidade de correlacionar cientificamente a doença com "o tipo de personalidade".
Um grande número de autores cristãos populares e palestrantes como o psicólogo H. Norman Wright e o analista financeiro Larry Burkett são os responsáveis pela promoção destes testes incorretos e nocivos. As teorias dos quatro temperamentos e da classificação da personalidade banalizam a alma e o espírito humanos e fornecem desculpas para um comportamento não-cristão. O foco está no eu, analisando-se as emoções, a personalidade e a infância da pessoa na tentativa de descobrir por que ela pensa e faz o que faz.
O foco em Deus, em Cristo e em Sua Palavra
Ao contrário, a Bíblia coloca o foco em Deus, em Cristo e em Sua Palavra, transferindo-o de nós para Ele, do passado para o serviço presente, e para a esperança da volta de Cristo. Ao invés de procurar identificar a personalidade e o temperamento, consultando sistemas especulativos relacionados à psicologia, astrologia e ocultismo, devemos deixar que nossos pensamentos e ações sejam governados pela suficiente e inerrante Palavra de Deus. A Sua promessa é que, se observarmos a doutrina em Sua Palavra, Ele dirigirá nossa vida através de "repreensão, correção e educação na justiça" (2 Tm 3.16). Como resultado, homens e mulheres de Deus tornam-se maduros, aperfeiçoados e preparados para toda boa obra (v. 17). Pedro nos assegura que Deus "nos tem doado todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2 Pe 1.3). Jesus declara que aqueles que permanecem em obediência à Sua Palavra são Seus verdadeiros discípulos, que "conhecem a verdade" e a quem a verdade libertará (Jo 8.31-32). Somente os que duvidam de tais promessas ou não querem seguir o caminho da cruz voltam-se para teorias e terapias humanas.
Exemplos bíblicos
A Bíblia jamais faz alusão aos tipos de personalidade, nem classifica as pessoas segundo habilidades ou fraquezas como meio de identificar-lhes a capacidade e prognosticar-lhes o sucesso ou o fracasso na obra de Deus. Rejeitando a armadura de Saul, com apenas uma funda e cinco pedras, Davi subiu contra Golias, poderosamente armado, que aterrorizava todo o exército de Israel. Qual foi o segredo? "Eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos... Hoje mesmo, o Senhor te entregará nas minhas mãos" (1 Sm 17.45-46). A confiança de Davi estava no Senhor e não em si próprio. Mesmo que Davi não fosse hábil na funda, Deus o capacitaria a acertar o alvo. Paulo chegou ao ponto de afirmar que Deus lhe dissera que o Seu poder se aperfeiçoava na fraqueza de Paulo. Daí sua declaração: "...quando sou franco, então, é que sou forte" (2 Co 12.10). Tais afirmativas refutam todo o fundamento lógico dos testes de personalidade, da identificação dos temperamentos, da auto-estima e do aumento do valor-próprio.
A Bíblia está repleta de exemplos de homens e mulheres odiados, abusados e renegados pelos seus próprios familiares – homens e mulheres solitários, sem amigos, faltos de talentos ou capacidade, mas que triunfaram nas maiores adversidades porque confiavam em Deus. Estes heróis e heroínas da fé desmentem a focalização no ego humanista e antibíblica, que é a base de todas as psicologias pop da cura interior. Moisés é apenas um exemplo dentre muitos outros.
O libertador Moisés
Quando Deus o chamou para ir ao Egito para libertar o Seu povo, Moisés alegou ser incapaz de tal missão e pediu-Lhe que escolhesse outra pessoa (Êx 3.11; 4.10-13). Por acaso Deus lhe aplicou algum teste de personalidade para mostrar que Moisés tinha aptidão? O Senhor tratou da frágil auto-estima de Moisés ou do seu baixíssimo valor-próprio? Ele lhe receitou a cura interior para libertá-lo das memórias encobertas por ter sido abandonado pelos seus pais e criado num lar adotivo, e da falta de identidade própria resultante disto? Foi-lhe ministrado um curso de auto-aperfeiçoamento, autoconfiança e sucesso? Pelo contrário, Deus lhe prometeu: "Eu serei contigo"!
O "aconselhamento" bem-intencionado daqueles que tentam ajudar os cristãos a se compreenderem pela focalização no eu, na realidade, está privando os aconselhados da presença e do poder divinos que Moisés experimentou. As forças e fraquezas humanas são irrelevantes neste caso. O que vale é se o poder do Espírito Santo de Deus é ou não manifesto na vida da pessoa. Muitos, se não a maioria dos personagens bíblicos, bem como dos heróis da fé mais recentes, desde os primeiros mártires até os grandes pioneiros missionários do século XIX, provavelmente falhariam nos atuais testes dos perfis de personalidade.
Na verdade, Deus não escolheu Moisés por sua elevada qualificação, mas por ser ele o homem mais manso na face da terra (Nm 12.3). Por que Deus escolheria tal pessoa para enfrentar Faraó, o mais poderoso imperador da época, no seu próprio palácio, para libertar Israel de suas garras? Ele o fez para ensinar os israelitas a confiar nEle e não em homens para seu livramento!
Os heróis da fé sem "terapias"
Jamais se encontra alusão de que José, Davi, Daniel, ou qualquer outro herói da fé precisasse de terapias como as que estão por aí, consideradas hoje tão vitais e eficazes. Foi quando Jó teve um vislumbre de Deus e disse: "Eu me abomino [odeio] e me arrependo no pó e na cinza" (Jó 42.6), que ele foi restaurado pelo Senhor. Foi também quando Isaías teve a visão de Deus e clamou: "Ai de mim! Estou perdido! (Is 6. 1-8) que Deus pôde usá-lo. Precisamos mudar o foco de nossa atenção, volvendo os olhos para o Senhor e não para nós mesmos.
Manifestação do poder de Deus em nossa fraqueza
Tenha sede de Deus! Procure conhecê-lO! O fruto do Espírito não vem como resultado de compreendermos a nós mesmos através do uso de técnicas ou análises humanistas, mesmo revestidas de linguagem bíblica, mas pela manifestação do poder do Espírito Santo em nossa fraqueza. Seja fraco o suficiente para que Ele possa usá-lo! (TBC 2/93, traduzido por David Oliveira Silva)
Dave Hunt

ACEITA UM FOLHETO DA PALAVRA DE DEUS?

O homenzinho da Rua George

Alguma vez você já se perguntou o que resulta da distribuição de folhetos? O relato abaixo, do pastor Dave Smethurst, de Londres, responde essa pergunta:
“É uma história extraordinária a que eu vou contar. Tudo começou há alguns anos em uma Igreja Batista que se reúne no Palácio de Cristal ao Sul de Londres. Estávamos chegando ao final do culto dominical quando um homem se levantou em uma das últimas fileiras de bancos, ergueu sua mão e perguntou: “Pastor, desculpe-me, mas será que eu poderia dar um rápido testemunho?” Olhei para meu relógio e concordei, dizendo: “Você tem três minutos!” O homem logo começou com sua história:
“Mudei-me para cá há pouco tempo. Eu vivia em Sydney, na Austrália. Há alguns meses estive lá visitando alguns parentes e fui passear na rua George. Ela se estende do bairro comercial de Sydney até a área residencial chamada Rock. Um homem baixinho, de aparência um pouco estranha, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja, entregou-me um folheto e perguntou: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje à noite, o senhor irá para o céu?’ – Fiquei perplexo com essas palavras, pois jamais alguém havia me perguntado uma coisa dessas. Agradeci polidamente pelo folheto, mas na viagem de volta para Londres eu me sentia bastante confuso com o episódio. Entrei em contato com um amigo que, graças a Deus, é cristão, e ele me conduziu a Cristo”.
Todos aplaudiram suas palavras e deram-lhe as boas-vindas, pois os batistas gostam de testemunhos desse tipo.
Uma semana depois, voei para Adelaide, no Sul da Austrália. Durante meus três dias de palestras em uma igreja batista local, uma mulher veio se aconselhar comigo. A primeira coisa que fiz foi perguntar sobre sua posição em relação a Jesus Cristo. Ela respondeu:
A rua George, em Sydney.

“Morei em Sydney por algum tempo, e há alguns meses voltei lá para visitar amigos. Estava na rua George fazendo compras quando um homenzinho de aparência curiosa, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja e veio em minha direção, ofereceu-me um folheto e disse: ‘Desculpe, mas a senhora já é salva? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Essas palavras me deixaram inquieta. De volta a Adelaide, procurei por um pastor de uma igreja batista que ficava perto de minha casa. Depois de conversarmos, ele me conduziu a Cristo. Assim, posso lhe dizer que agora sou crente”.
Eu estava ficando muito admirado. Duas vezes, no prazo de apenas duas semanas, e em lugares tão distantes, eu ouvira o mesmo testemunho. Viajei para mais uma série de palestras na Mount Pleasant Church em Perth, no Oeste da Austrália. Quando concluí meu trabalho na cidade, um ancião da igreja me convidou para almoçar. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele tinha se tornado cristão. Ele explicou:
“Aos quinze anos vim a esta igreja, mas não tinha um relacionamento real com Jesus. Eu simplesmente participava das atividades, como todo mundo. Devido à minha capacidade para negócios e meu sucesso financeiro, minha influência na igreja foi aumentando. Há três anos fiz uma viagem de negócios a Sydney. Um homem pequeno, de aparência estranha, saiu da entrada de uma loja e me entregou um panfleto religioso – propaganda barata – e me fez a pergunta: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, o senhor vai para o céu?’ – Tentei explicar-lhe que eu era ancião de uma igreja batista, mas ele nem quis me ouvir. Durante todo o caminho de volta para casa, de Sydney a Perth, eu fervia de raiva. Esperando contar com a simpatia do meu pastor, contei-lhe a estranha história. Mas ele não concordou comigo de forma alguma. Há anos ele vinha me incomodando e dizendo que eu não tinha um relacionamento pessoal com Jesus, e tinha razão. Foi assim que, há três anos, meu pastor me conduziu a Cristo”.
Voei de volta para Londres e logo depois falei na Assembléia Keswick no Lake-District. Lá relatei esses três testemunhos singulares. No final da série de conferências, quatro pastores idosos vieram à frente e contaram que eles também foram salvos, há 25-30 anos atrás, pela mesma pergunta e por um folheto entregue na rua George em Sydney, na Austrália.
Na semana seguinte viajei para uma igreja semelhante à de Keswick e falei a missionários no Caribe. Também lá contei os mesmos testemunhos. No final da minha palestra, três missionários vieram à frente e explicaram que há 15-25 anos atrás eles igualmente haviam sido salvos pela pergunta e pelo folheto do homenzinho da rua George na distante Austrália.
Minha próxima série de palestras me conduziu a Atlanta, na Geórgia (EUA). Fui até lá para falar num encontro de capelães da Marinha. Por três dias fiz palestras a mais de mil capelães de navios. No final, o capelão-mor me convidou para uma refeição. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele havia se tornado cristão.
“Foi um milagre. Eu era marinheiro em um navio de guerra no Pacífico Sul e vivia uma vida desprezível. Fazíamos manobras de treinamento naquela região e renovávamos nossos estoques de suprimentos no porto de Sydney. Ficamos totalmente largados. Em certa ocasião eu estava completamente embriagado e peguei o ônibus errado. Desci na rua George. Ao saltar do ônibus pensei que estava vendo um fantasma quando um homem apareceu na minha frente com um folheto na mão e perguntando: ‘Marinheiro, você está salvo? Se morrer hoje à noite, você vai para o céu?’ – O temor de Deus tomou conta de mim imediatamente. Fiquei sóbrio de repente, corri de volta para o navio e fui procurar o capelão. Ele me levou a Cristo. Com sua orientação, logo comecei a me preparar para o ministério. Hoje tenho a responsabilidade sobre mais de mil capelães da Marinha, que procuram ganhar almas para Cristo”.
“Desculpe, mas você é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?”


Seis meses depois, viajei a uma conferência reunindo mais de cinco mil missionários no Nordeste da Índia. No final, o diretor da missão me levou para comer uma refeição simples em sua humilde e pequena casa. Também perguntei a ele como tinha deixado de ser hindu para tornar-se cristão.
“Cresci numa posição muito privilegiada. Viajei pelo mundo como representante diplomático da Índia. Sou muito feliz pelo perdão dos meus pecados, lavados pelo sangue de Cristo. Ficaria muito envergonhado se descobrissem tudo o que aprontei naquela época. Por um tempo, o serviço diplomático me conduziu a Sydney. Lá fiz algumas compras e estava levando pacotes com brinquedos e roupas para meus filhos. Eu descia a rua George quando um senhor bem-educado, grisalho e baixinho chegou perto de mim, entregou-me um folheto e me fez uma pergunta muito pessoal: ‘Desculpe-me, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Agradeci na hora, mas fiquei remoendo esse assunto dentro de mim. De volta a minha cidade, fui procurar um sacerdote hindu. Ele não conseguiu me ajudar mas me aconselhou a satisfazer minha curiosidade junto a um missionário na Missão que ficava no fim da rua. Foi um bom conselho, pois nesse dia o missionário me conduziu a Cristo. Larguei o hinduísmo imediatamente e comecei a me preparar para o trabalho missionário. Saí do serviço diplomático e hoje, pela graça de Deus, tenho responsabilidade sobre todos esses missionários, que juntos já conduziram mais de 100.000 pessoas a Cristo”.
Oito meses depois, fui pregar em Sydney. Perguntei ao pastor batista que me convidara se ele conhecia um homem pequeno, de cabelos brancos, que costumava distribuir folhetos na rua George. Ele confirmou: “Sim, eu o conheço, seu nome é Mr. Genor, mas não creio que ele ainda faça esse trabalho, pois já está bem velho e fraco”. Dois dias depois fomos procurar por ele em sua pequena moradia. Batemos na porta, e um homenzinho pequeno, frágil e muito idoso nos saudou. Mr. Genor pediu que entrássemos e preparou um chá para nós. Ele estava tão debilitado e suas mãos tremiam tanto que continuamente derramava chá no pires. Contei-lhe todos os testemunhos que ouvira a seu respeito nos últimos três anos. As lágrimas começaram a rolar pela sua face, e então ele nos relatou sua história:
“Eu era marinheiro em um navio de guerra australiano. Vivia uma vida condenável. Durante uma crise entrei em colapso. Um dos meus colegas marinheiros, que eu havia incomodado muito, não me deixou sozinho nessa hora e ajudou a me levantar. Conduziu-me a Cristo, e minha vida mudou radicalmente de um dia para outro. Fiquei tão grato a Deus que prometi dar um testemunho simples de Jesus a pelo menos dez pessoas por dia. Quando Deus restaurou minhas forças, comecei a colocar meu plano em prática. Muitas vezes ficava doente e não conseguia cumprir minha promessa, mas assim que eu melhorava recuperava o tempo perdido. Depois que me aposentei, escolhi para meu propósito um lugar na rua George, onde centenas de pessoas cruzavam meu caminho diariamente. Algumas vezes as pessoas rejeitavam minha oferta, mas também havia as que recebiam meus folhetos com educação. Há quarenta anos faço isso, mas até o dia de hoje não tinha ouvido falar de ninguém que tivesse se voltado para Jesus através do meu trabalho”.
Aqui vemos o que é verdadeira dedicação: demonstrar amor e gratidão a Jesus por quarenta anos sem saber de qualquer resultado positivo. Esse homem simples, pequeno e sem dons especiais deu testemunho de sua fé para mais de 150.000 pessoas. Penso que os frutos do trabalho de Mr. Genor que Deus mostrou ao pastor londrino sejam apenas uma fração da ponta do iceberg.
O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas.

Só Deus sabe quantas pessoas mais foram ganhas para Cristo através desses folhetos e das palavras desse homem. Mr. Genor, que realizou um enorme trabalho nos campos missionários, faleceu duas semanas depois de nossa visita. Você pode imaginar o galardão que o esperava no céu? Duvido que sua foto tenha aparecido alguma vez em alguma revista cristã. Também duvido que alguém tenha visto uma reportagem ilustrada a seu respeito. Ninguém, a não ser um pequeno grupo de batistas de Sydney, conhecia Mr. Genor, mas eu asseguro que no céu seu nome é muito conhecido. O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas. (extraído de Worldmissions – redação final: Werner Gitt)

Vale a Pena!

“Disse-lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21).
Existem muitas organizações que trabalham com literatura cristã. Inúmeros irmãos fazem uso de folhetos, livros, fitas e revistas para divulgar o Evangelho, mas geralmente não vêem o resultado de suas atividades missionárias. Isso pode causar desânimo, e certamente muitos distribuidores de folhetos já se perguntaram: “Será que vale a pena?”
Com freqüência ficamos sabendo de pessoas que se converteram através de um folheto ou de um livro, ou que foram fortalecidas na fé por meio da literatura. Mesmo que jamais saibamos dos resultados de nossa semeadura, eles são prometidos pelo Senhor (veja Is 55.11). Além disso, um obreiro na “seara do Senhor” não é avaliado pelo número de pessoas que se convertem pelo seu trabalho mas por sua fidelidade no trabalho cristão. Também devemos ter sempre em mente que nós não convertemos ninguém. Só Deus é que pode tocar os corações, despertar as consciências e, pelo Espírito Santo, conduzir uma pessoa à fé em Jesus Cristo. O exemplo citado mostra que Ele faz isso em nossos dias e que pode agir através de muito ou de pouco. Que este testemunho anime os distribuidores de folhetos a continuarem semeando com perseverança a boa semente, que certamente dará frutos a seu tempo. (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br).

3 de out. de 2011

A RESTAURAÇÃO DE DEUS NA TRAGÉDIA



INTRODUÇÃO



1.Um esforço concentrado do inferno para destruir a família


A família está sendo bombardeada com arsenal pesado. Há torpedos mortíferos apontados para a família. É a crise conjugal. É crise dos jovens. É a crise dos valores.


A família está perdida. A educação moderna está perdida. As instituições não sabem o que fazer para reverter essa crise.


2.Seis áreas básicas que o inimigo tenta atacar em nossa vida


a)Nosso relacionamento com Deus


b)Finanças


c)Filhos


d)Saúde


e)Casamento


f)Amizades.


3.Deus proclama o caráter de Jó – 1.8


Deus conhece os que são seus. Deus conhece sua vida. Ele sabe quem é você. Ele sabe o que você não faz e o que você faz. Ele conhece seus pensamentos, seus desejos, seus sonhos. Deus elogia Jó pela sua piedade e integridade.


4.Satanás levanta suspeitas sobre as motivações de Jó – 1.9-11


Ele disse que Jó serve a Deus por interesse.


Disse que Jó serve a Deus porque Deus o tem enriquecido.


Satanás acusa Jó de amar mais o dinheiro, os filhos e a saúde do que a Deus.


5.Deus constitui Jó como seu advogado na terra – 1.12


Deus confia em Jó. Jó não sabia, mas ele havia sido constituído como advogado de Deus na terra ao passar pelas duras provas e revezes da vida. Se Jó naufragasse, era o nome e a reputação de Deus que estava em jogo.


I.OS TORPEDOS DO INFERNO NA FAMÍLIA DE JÓ


1.Satanás acatou os bens de Jó – 1.13-20


a)Ele usou homens – sabeus e caldeus roubaram e saquearam os rebanhos de Jó. Ele foi espoliado, roubado. Jó decretou falência. Foi à bancarrota. Abriu concordata.


b)Ele usou fogo – queimou ovelhas e servos (1.16).


Jó sendo o homem mais rico do Oriente, ficou pobre, sem crédito. Sua empresa faliu, seu negócio acabou.


A crise financeira é a crise de muitas famílias hoje. É o investimento que não deu certo. É o negócio que se frustrou. É a empresa que não reage. É a globalização que solapou sua estabilidade. É o jovem que sai da Faculdade sem perspectiva de emprego. É o pai de família que é mandado embora aos 50 anos e não arranja mais emprego.


Talvez um acidente, uma tragédia, uma mudança de política na empresa pegou você de surpresa e pôs sua vida financeira de cabeça para baixo. Tudo que você construiu durante anos foi de água para baixo.


2.Satanás atacou os filhos de Jó – 1.19


a)Jó era um pai exemplar (1.4,5) – Jó inspirava amizade no coração dos filhos (1.4). Ele tinha comunhão com os filhos (1.5). Ele santificava os filhos (1.5). Ele orava por todos os filhos (1.5). Ele orava pelos filhos de madrugada e continuamente (1.5). Ele priorizava a vida espiritual dos filhos.


b)Satanás atacou os filhos de Jó num dia de festa e comunhão familiar – Todos os filhos morreram num único desastre. Jó vai para o cemitério sepultar todos os seus 10 filhos de uma única vez. Sua dor é indescritível. Jó raspou a cabeça, mostrando que a sua glória havia apagado.


c)Os amigos de Jó o acusam – Disseram que a habitação de Jó havia sido amaldiçoada (5.3). Disseram que seus filhos haviam sido desamparados e destruídos (5.4). Disseram que seus filhos eram rebeldes e por isso Deus os havia destruído (8.4).


d)Quem sabe este é dilema da sua vida hoje – Há muitos filhos que estão sendo atingidos pelos dardos inflamados do maligno. Há muitos pais e mães que estão chorando pelos filhos. Há muitos filhos que estão no mundo, no vício, no pecado. Quem sabe seus filhos são rebeldes, desobedientes e isso está acabando com você.


3.Satanás atacou a saúde de Jó – 2.4-6


Satanás achou que Jó amava mais a sua pele do que a Deus.


Jó então foi ferido: infecção, mau hálito, dor, pele necrosada, corpo encarquilhado. Raspava suas feridas com cacos de telha.


As pessoas cuspiam nele. Seus ossos ardiam. Formavam-se bolhas de pus e ele mordia nessas bolhas para aliviar sua dor.


Sua dor foi tão grande que ele: 1) Desejou morrer no ventre da mãe (3.11; 10.18); 2) Desejou morrer ao nascer (3.11); Desejou que os seios de sua mãe estivessem murchos para morrer de fome (3.12); 4) Procurou e desejou a morte, mas a morte fugiu dele (3.21,22).


Quem sabe você vive o drama de uma enfermidade na família, uma doença crônica, um diagnóstico sombrio e uma cirurgia iminente.


4.Satanás atacou o casamento de Jó – 2.9,10


A mulher de Jó não suportou a pressão. Ela estava acostumada com o sucesso e não com o sofrimento. Ela estava acostumada com as glórias da prosperidade e não com o vale da adversidade.


Ele se insurgiu contra Deus, blasfemou contra ele, ergueu os punhos contra o céu e ordenou seu marido
romper com Deus e morrer.


Jó enfrenta o drama da crise conjugal. Do abandono da esposa na hora da sua maior solidão e aflição. É a dor que supera o romance. É a revolta mostra a carranca. É a crise no casamento que se instala. É o divórcio do cônjuge e depois dos filhos.


5.Satanás atacou as amizades de Jó


Eles são amigos – Vêm de longe.


Eles são solidários – Choram


Eles acusam Jó de:


a)Dizem que Jó não é convertido – 22.21-30ç


b)Dizem que Jó é um pecador endurecido – 11.3


c)Dizem que Jó é rebelde contra Deus – 34.35-37


d)Dizem que Jó é hipócrita – 4.3-5


e)Dizem que Jó é adúltero – 8.6,7ç 22.5


f)Dizem que Jó é ladrão – 18.19


g)Dizem que Jó é explorador dos pobres – 22.6


h)Dizem que Jó é insensível às necessidades dos aflitos – 22.7,9


i)Dizem que Jó é louco – 5.2


Quem sabe seus amigos mais achegados se voltam contra você: é a decepção, a mágoa, a traição, a acusação insolente, injusta.


II. A ATITUDE DE JÓ DIANTE DO DRAMA DO SOFRIMENTO


1.Jó desaba com Deus sobre sua dor


Jó, na sua angústia levou aos céus 16 vezes a pergunta: POR QUE.


a)Por que estou sofrendo

b)Por que perdi meus filhos


c)Por que Deus não responde minhas orações


d)Por que perdi meus bens


e)Por que meu casamento acabou


f)Por que meus amigos me acusam


g)Por que Deus não me mata


Jó estava cheio de queixas. Ele levantou 34 queixas contra Deus.


2.Ninguém entendeu a causa do sofrimento de Jó


a)Satanás – Ele serve a Deus por interesse.


b)A mulher de Jó – Revolta-se contra Deus, abandona-o e pede ao marido para desistir de Deus e morrer.


c)Seus amigos – A causa são os pecados de Jó.


d)Jó – acha que suas aflições foram impostas por Deus.


e)Ninguém discerniu que era Satanás que estava atacando Jó. Ilustração: SARA.


III. A INTERVENÇÃO DE DEUS NA RESTAURAÇÃO DE JÓ


1.Deus não respondeu sequer um dos questionamentos de Jó, mas faz-lhe 70 perguntas.


Onde estavas tu quando eu lançava os fundamentos da terra


Onde estavas tu quando eu espalhava as estrelas no firmamento.


Onde estavas tu quando eu punha limite nas águas do mar.


Deus mostrou para Jó sua soberania.


Quando não pudermos entender o que Deus está fazendo: podemos saber que ele está no controle e é nosso Pai.


2.Tudo que Satanás intentou contra Jó, Deus reverteu em bênção


Satanás tentou afastar Jó de Deus, mas Jó ficou mais perto do Senhor.


Satanás tentou destruir a confiança de Jó através do sofrimento, mostrando que Deus não era nem soberano nem amor; mas Jó se curva diante da soberania de Deus – Ilustração – O satanista que enviou uma compra para uma crente em necessidade.


Satanás tentou azedar o coração de Jó com mágoa de seus amigos, mas Jó intercede por eles.

Satanás tentou tirar tudo de Jó, mas Deus devolveu-o em dobro.


Jó compreendeu seis coisas:


1)Ele entendeu que não há crise que Deus não possa reverter – “Bem sei que tudo podes…” (42.2);


2)Ele entendeu que os desígnios de Deus não podem ser frustrados: “E nenhum dos teus desígnios pode ser frustrado” (42.2);


3)Ele admitiu que o seu conhecimento de Deus era superficial – “Eu te conhecia só de ouvir” (42.5);


4)Ele passou a conhecer a Deus de forma mais profunda a pessoal – “… mas agora os meus olhos te vêem” (42.5);


5)Ele reconheceu sua precipitação no falar – “Na verdade falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia” (42.3);


6)Ele passou a conhecer profundamente a si mesmo – “Por isso me arrependo no pó e na cinza” (42.6).


3.Deus restaurou a sorte de Jó


Deus restaurou todas as áreas atingidas na vida de Jó:


a)Deus restaurou os bens de Jó – dando-lhe o dobro. Hoje Deus pode por em ordem sua vida financeira. Ele pode reerguer você. Ele é o Deus da provisão.


b)Deus restaurou a saúde de Jó – Viveu mais 140 anos. Ele viu seus filhos e os filhos de seus filhos. Ele teve uma vida longa e feliz. Deus pode curar suas enfermidades. Deus pode lhe dar a alegria de ver seus filhos crescendo, se casando. Deus pode lhe dar a alegria de ver seus netos e sendo instrumentos de bênção no mundo.


c)Deus restaurou o casamento de Jó – O casamento de Jó foi curado, transformado. Acabou a mágoa, a revolta, o esfriamento. Deus é especialista em reparar vasos quebrados. Para Deus não há causa perdida nem casamento perdido. Talvez você pensa que o divórcio é a única saída. Mas Jesus pode transformar a água em vinho.

d)Deus restaurou os filhos de Jó – Agora, Jó tem 10 filhos no céu e 10 filhos na terra. Não deu o dobro, porque não perdemos os nossos filhos com a morte. Seus filhos são filhos da promessa. Não abra mão de seus filhos. Aqueles filhos que hoje podem estar lhe trazendo dor, amanhã serão baluartes nas mãos de Deus.


e)Deus restaurou os amigos de Jó – Em vez de guardar mágoa das pessoas que falam mal de você, ore por eles. Porque através da intercessão Deus vai curar você e perdoar seus amigos.


CONCLUSÃO


Deus pode restaurar sua família. Deixe de murmurar. Dobre os joelhos e comece a orar e os céus se manifestarão;


Foi quando Jó começou a orar que a sua cura brotou.

Jó começou esse processo tendo Deus como o ponto principal de relacionamento e terminou com Deus em primeiro lugar.


Fonte: Hernandes Dias Lopes