2 de jul. de 2015

FRACOS MODELOS DE CRISTO

 

Fracos Modelos de Cristo

Cada crente deve representar o Senhor Jesus aqui na Terra, devendo ser uma cópia do Salvador e mostrar Cristo ao mundo. Essa é uma tremenda responsabilidade.
Nós somos membros do corpo de Cristo. O corpo é o veículo através do qual uma pessoa se exprime. O corpo de Cristo, a Igreja, é o veículo pelo qual Ele deseja revelar-Se ao mundo.
Assim, uma questão é levantada a cada um de nós: “Que tipo de imagem de Cristo ofereço ao mundo?” E devemos perguntar a nós mesmos:
Se a única visão que têm de Cristo
É o que vêem dEle em ti,
Minha alma, o que vêem eles?
Deus tem um sobrenome. Ele foi chamado o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
Alguém explicou: Deus tem um sobrenome. Ele foi chamado o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Ele não se sentia envergonhado de ser o Deus destes homens (Hb 11.16b). Como é que Deus se sentiria se tivesse o meu nome como o Seu sobrenome?
Charles Swindoll disse:
Quer queiramos quer não, o mundo observa-nos com a atenção de uma gaivota que espreita um camarão em águas pouco profundas. O crente... está sob vigilância constante. Este é o nosso problema ocupacional número um. E quando falamos do nosso Salvador e da vida que Ele nos oferece, tudo o que dizemos é filtrado através daquilo que os outros observam em nós.

Ferido em casa dos seus amigos

O triste fato é que Cristo tem sofrido bastante devido às vidas daqueles que professam ser Seus discípulos. Ele tem sido ferido até na “casa dos Seus amigos.”
James Spink disse:
A causa do Cristianismo tem sido mais prejudicada pelo seus seguidores do que pelos seus oponentes, porque o mundo compara freqüentemente a profissão de fé de um cristão com a prática da mesma. Dizem, com uma certa razão, que se o Cristianismo é aquilo que nós defendemos ser, então as nossas vidas deveriam ser diferentes.
Hudson Taylor concordou:
A incongruência dos cristãos, que ao professarem que crêem na sua Bíblia mas se sentem felizes em viver como se tal Livro não existisse, tem sido um dos maiores argumentos para a discussão dos meus companheiros mais céticos.
Não é difícil encontrar ilustrações para a forma como o Senhor é freqüentemente tão mal representado. Recentemente, vi uma camionete com dois adesivos no pára-choque traseiro. Um dizia: “Eu amo Jesus”. No outro podia ler-se: “Se bates no meu carro, acabo contigo”. Aparentemente o dono do carro não podia ver a contradição gritante dos dois sentimentos.
Por exemplo, George Duncan conta a seguinte história do mundo dos negócios: Um negociante... tinha participado de um programa cristão de rádio na noite anterior, e uma das suas funcionárias o tinha ouvido. Na manhã seguinte, ele estava de muito mau humor, as coisas não estavam correndo bem, e a funcionária acabou sendo vítima do mau humor do patrão. Ao sair do escritório ela comentou com uma colega que entrava: “Está certo... Venham a Jesus no domingo à noite e vão para o Diabo na segunda-feira de manhã.”
Quando um homem de negócios cristão não cumpriu o que havia prometido, um concorrente perguntou-lhe: “A que igreja você pertence?” Ele respondeu: “A minha igreja não tem nada a ver com esse assunto. Isso é negócio”. Pode ter levado vinte anos dando um bom testemunho, mas destruiu-o em vinte segundos.
Quando um famoso ator ou atriz relata que “nasceu de novo”, a notícia é transmitida por todos os meios de comunicação disponíveis. Mas, da mesma forma, também são transmitidas as notícias de que ele, ou ela, não abandonaram completamente o seu modo de vida anterior, quando aparecem num filme de baixo nível, tornando evidente que Cristo não fez diferença na sua vida.
E os “músicos cristãos” com a sua atuação teatral, sugestiva linguagem corporal, letras muito duvidosas e música que imita a do mundo: Será isto Cristianismo? Ou será uma paródia, uma imitação ridícula?
Um criminoso declarou ter-se convertido numa grande campanha evangelística. A notícia espalhou-se imediatamente, mas ele continuou com as suas atividades criminosas, contatando com o sub-mundo do crime. Quando alguém o confrontou com essa caricatura de Cristianismo, ele disse: “Nunca me foi dito que por dizer sim a Jesus, eu tinha de voltar as costas à minha vida anterior. Não entendo, há jogadores de futebol cristãos, há “cowboys” cristãos, há políticos cristãos. Por que não pode haver um criminoso cristão?” Desde ali ele abandonou o Cristianismo.
Depois, temos as personalidades cristãs da televisão, de roupas caras, cabelos perfeitos, cobertas de jóias, pintadas como Jezabel. É desta maneira que Jesus é apresentado, tão diferente do meu amigo pobre de Nazaré.

Um negócio rendoso

Não convém, também, esquecer alguns pregadores de rádio ou de televisão, que levam a vida angariando dinheiro e vivem em casas suntuosas, viajam em automóveis e aviões caríssimos. Nunca demora muito para que um repórter exponha todo o jogo tal como é, e que o Cristianismo fique, de novo, prejudicado.
Foi noticiado que um dos pregadores favoritos da América vivia numa mansão de muitas salas, remodelada como o Palácio de Versalhes, com fabulosos jardins, estábulos e lagos. Outro comprou uma mansão de meio milhão de dólares em Los Angeles, a que a sua esposa se referiu como sendo um cantinho para fugir à rotina. Um Rolls Royce também foi adicionado à sua frota de Mercedes e Jaguars.
O mundo evangélico realmente está necessitando de uma limpeza profunda.
É constrangedor verificar o número de líderes cristãos que, ao atingirem os pináculos do poder cristão, acabaram nas manchetes dos escândalos sexuais. Alguns desapareceram com as secretárias particulares e divorciaram-se das suas esposas. Quantas mulheres cristãs, bem conceituadas, deixaram seu lar e marido para viver com outro homem? O mundo evangélico realmente está necessitando de uma limpeza profunda.
Quantas vezes Cristo é difamado por “políticos cristãos” de linguagem vulgar, compromissos duvidosos, associações obscuras? É incalculável a desonra causada ao nome de Jesus.
Talvez se devesse mencionar também os prisioneiros famosos que proclamam ter sido salvos. Através de uma forte representação dos crentes, um juiz duvidoso e relutante concorda em libertá-los. Algumas organizações cristãs aproveitam-se deles colocando-os como pregadores itinerantes (para arranjar mais fundos financeiros para a organização). Pouco tempo depois estes homens caem novamente na criminalidade e são detidos. Estudantes cristãos que colam nos exames, donas de casa que discutem com os vizinhos, pessoas que são mal-educadas e impacientes desonram a Palavra de Deus. Todo o comportamento que não reflita o caráter de Cristo fará com que os seus inimigos se manifestem e blasfemem. Todo o mau exemplo fará os descrentes dizerem: “Aquilo que tu és fala tão alto que abafa o que dizes”. Foi este tipo de conduta que levou John MacArthur a dizer: “Penso que Jesus tinha muito mais classe que muitos dos seus representantes”.
Uma vez, um soldado apresentou-se a Alexandre o Grande por ter desobedecido a ordens:
- “Como te chamas?” perguntou Alexandre.
- “Alexandre,” respondeu o soldado com acanhamento.
- “Alexandre? Ou mudas de nome ou de comportamento!” ordenou o grande chefe militar.
Aqueles, dentre nós, que defendem o título de cristão, têm obrigação de agir em conformidade com ele. “É contraditório alguém dizer que crê, e agir como se não cresse.” (H.G.Bosh).
Certa vez, em conversa com Mahatma Gandhi, E.Stanley Jones disse:
“Estou ansioso por ver o Cristianismo naturalizado na Índia, para que não seja mais uma coisa estrangeira identificada com um povo estrangeiro e um governo estrangeiro, mas para que faça parte da vida nacional da Índia e que o seu poder contribua para o crescimento e redenção deste país. O que é que sugere que façamos para que isso se concretize?” Gandhi pensativa e gravemente respondeu: “Eu sugeria... que todos vocês, cristãos... começassem a viver mais à semelhança de Jesus Cristo. Em seguida, sugeria que praticassem a vossa religião sem a adulterar ou depreciar. Por último, sugeria que dessem mais valor ao amor, porque o amor é o centro e a alma do Cristianismo”.
Atribui-se a Gandhi ter dito: “Eu teria sido um cristão se não fossem os cristãos.”
Brian Goodwin conta-nos sobre um jovem chinês que fora educado por um missionário numa escola cristã. Ele admirava o seu professor e, anos depois, ao saber que este tinha voltado à cidade, tentou entrar em contato com ele no hotel onde o professor se encontrava hospedado. No entanto, recusaram-se a anunciá-lo ao missionário e expulsaram-no do hotel. “Então é assim que os cristãos agem,” murmurou o jovem ao afastar-se. Todos os anos de cuidado e atenção que tinha recebido do seu professor missionário foram anulados por aquela grande humilhação. O nome deste jovem era Mao Tse-tung.
Bem, estas foram as más notícias. Graças a Deus que a história não acaba aqui.  (William MacDonald — http://www.chamada.com.br)

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