3 de out. de 2017

12 EVIDÊNCIAS BÍBLICAS DE VIDA APÓS A MORTE

Doze Evidências Bíblicas de Vida Consciente após a Morte do Corpo, do Tormento Eterno dos Ímpios, do Gozo dos Crentes e da Perpétua Existência dos Espíritos.
Por Nélio Macedo, apologista protestante.
Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância (Jo 10.10 b).
1) O ladrão condenado foi salvo e esteve com Deus no terceiro céu, o paraíso, no mesmo dia em que morreram ele e o Salvador. O texto também dá suporte a idéia de que a alma espiritual do homem tem consciência após a morte, lançando por terra a pregação daqueles que entendem que a alma é somente um componente que dá animação ao corpo como um programa de computador dá animação a um robô sem conferir-lhe personalidade, caráter, razão, consciência e individualidade.
LC 23.43 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
IICO 12.2 Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. IICo 12.3 E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) IICo 12.4 Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
2) O apóstolo Paulo admite a certeza de que estará com Cristo no Céu após morrer.
Fp 1.21 Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Fp 1.22 Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Fp 1.23 Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Fp 1.24 Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne.
3) Cristo ensina a consciência ao admitir haver um juízo e um destino para as almas dos homens após a morte.
HB 9.27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.
Lc 16.19 Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. LC 16.20 Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; Lc 16.21 E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. Lc 16.22 E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. Lc 16.23 E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. LC 16.24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Lc 16.25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. LC 16.26 E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. Lc 16.27 E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, LC 16.28 Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Lc 16.29 Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. LC 16.30 E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles,
arrepender-se-iam. Lc 16.31 Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.
4) O Mestre ensina que, mesmo que o crente esteja morto, sempre viverá,pois é Deus de vivos e não de mortos.
Jo 11.25 Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; Jo 11:26 e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?
Mt 22.32 Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.
5) O Apocalípse ensina a consciência dos seres humanos após a morte do corpo.
Ap 6.9 E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. AP 6.10 E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Ap 6.11 E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.
6) Os salmistas ensinam que Deus guia o homem enquanto vivo e que o recebe na Glória após a sua morte.
Sl 49.14 Como ovelhas são arrebanhados ao Seol; a morte os pastoreia; ao romper do dia os retos terão domínio sobre eles; e a sua formosura se consumirá no Seol, que lhes será por habitação. Sl 49.15 Mas Deus remirá a minha alma do poder do Seol, pois me receberá.
Sl 73.21 Quando o meu espírito se amargurava, e sentia picadas no meu coração, Sl 73.22 estava embrutecido, e nada sabia; era como animal diante de ti. Sl 73.23 Todavia estou sempre contigo; tu me seguras a mão direita. Sl 73.24 Tu me guias com o teu conselho, e depois me receberás em glória.
7) Paulo ensina que, enquanto nesse corpo, estamos ausentes do Senhor, mas que após a morte o crente estará na Sua presença.
IICo 5.1 Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. IICo 5.2 Pois neste tabernáculo nós gememos, desejando muito ser revestidos da nossa habitação que é do céu, IICo 5.3 se é que, estando vestidos, não formos achados nus. IICo 5.4 Porque, na verdade, nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos oprimidos, porque não queremos ser despidos, mas sim revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. IICo 5.5 Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu como penhor o Espírito. IICo 5.6 Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor IICo 5.7 (porque andamos por fé, e não por vista); IICo 5.8 temos bom ânimo, mas desejamos antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o Senhor. IICo 5.9 Pelo que também nos esforçamos para ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. IICo 5.10 Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.
8) Tiago, irmão do Senhor, admite que o crente, mesmo depois de estar no sono da morte, vive na santa presença do Senhor.
I Ts 5.9 porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo, I Ts 5.10 que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
9) Paulo admite que a família de Deus, o Pai dos crentes, também está no Céu.
Ef 3.14 Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai, Ef 3.15 do qual toda família nos céus e na terra toma o nome, Ef 3.16 para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior.
10) O autor de Hebreus admite que os patriarcas estão a desejar a ressurreição, o que nos faz pressupor estarem tais homens conscientes mesmo após a morte de seus corpos.
Hb 11.13 Todos estes morreram na fé, sem terem alcançado as promessas; mas tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Hb 11.14 Ora, os que tais coisas dizem, mostram que estão buscando uma pátria. Hb 11.15 E se, na verdade, se lembrassem daquela donde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. Hb 11.16 Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.
11) O Senhor Jesus mostra-nos o inferno como um lugar de punição ininterrupta para os descrentes e demais inimigos de Deus Pai.
MT 3.10 E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada nofogo.
MT 3.12 Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.
MT 13.40 Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.
MT 13.50 E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.
LC 13.24 Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão. LC 13:25 Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, SENHOR, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois; LC 13:26 Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas. LC 13.27 E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniqüidade. LC 13:28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora.
MC 9.43 E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, MC 9.44 Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. MC 9.45 E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga, MC 9.46 Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
MC 9.47 E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno, MC 9.48 Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. MC 9.49 Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.
AP 20.10 E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.
JD 1.6 E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; JD 1.7 Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.
12) Mesmo morto há séculos, Moisés aparece ao Salvador no monte.
Dt 34.5 Assim morreu ali Moisés, servo do SENHOR, na terra de Moabe,conforme a palavra do SENHOR.
MC 9.2 E seis dias depois Jesus tomou consigo a Pedro, a Tiago, e a João, e os levou sós, em particular, a um alto monte; e transfigurou-se diante deles; MC 9.3 E as suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas como a neve, tais como nenhum lavadeiro sobre a terra os poderia branquear. MC 9.4 E apareceu-lhes Elias, com Moisés, e falavam com Jesus. MC 9.5 E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Mestre, é bom que estejamos aqui; e façamos três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.
JD 1.9 Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda.
Fonte: CACP

O ANIQUILACIONISMO É BÍBLICO?

Aniquilacionismo é a crença de que os incrédulos não irão viver uma eternidade de sofrimento no inferno, mas serão “extinguidos” após a morte. A crença no aniquilacionismo é o resultado da falta de entendimento de um ou mais das seguintes doutrinas: (1) as conseqüências do pecado, (2) a justiça de Deus, (3) a natureza do inferno.
Em relação à natureza do inferno, aniquilacionistas não entendem o significado do lago de fogo. Obviamente, se um ser humano fosse lançado em um lago de lava, ele seria instantaneamente consumido. No entanto, o lago de fogo é um domínio tanto físico quanto espiritual. Não é simplesmente o corpo de um humano sendo lançado no lago de fogo, é o corpo, a alma e o espírito de um humano. Uma natureza espiritual não pode ser consumida por fogo físico. Ao que tudo indica, os não-salvos são ressuscitados com um corpo preparado para a eternidade da mesma forma que os salvos (Apocalipse 20:13; Atos 24:15). Estes corpos estão preparados para um destino eterno.
A eternidade é outro aspecto que o aniquilacionismo falha em adequadamente compreender. Aniquilacionistas estão corretos quando dizem que a palavra grega “aionion”, que é traduzida como eterno, não significa eterno por definição. Ela se refere especificamente a uma “era” ou “eon”, um período de tempo específico. No entanto, está claro que no Novo Testamento o uso de “aionion” é algumas vezes feito para se referir a um período de tempo eterno. Apocalipse 20:10 fala de Satanás, da besta e do falso profeta sendo lançados no lago de fogo e sendo atormentados “de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”. Está claro que estes três não são “extinguidos” por serem lançados no lago de fogo. Por que seria o destino dos não-salvos diferente (Apocalipse 20:14-15)? A evidência mais convincente para a eternidade do inferno é Mateus 25:46: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”. Neste versículo, exatamente a mesma palavra grega é usada para se referir ao destino nos injustos e dos justos. Se os injustos são atormentados apenas por uma “era”, então os justos irão viver no Paraíso por apenas uma era. Se os crentes forem para o Paraíso para sempre, então os incrédulos irão para o inferno para sempre.
Outra freqüente objeção à eternidade do inferno feita pelos aniquilacionistas é que seria injusto se Deus punisse os incrédulos no inferno pela eternidade por causa de uma quantidade finita de pecado. Como seria justo se Deus punisse durante a eternidade uma pessoa que viveu em pecado por, por exemplo, 70 anos? A resposta é a seguinte: nosso pecado tem uma eterna conseqüência porque vai contra um Deus eterno. Quando o Rei Davi cometeu os pecados de adultério e assassinato ele disse: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos…” (Salmos 51:4). Se Davi havia pecado contra Bate-Seba e Urias, como poderia afirmar que havia pecado apenas contra Deus? Davi entendeu que todo pecado é derradeiramente contra Deus. Deus é um Ser eterno e infinito. Como resultado, todo pecado é merecedor de punição eterna. Um exemplo terreno disto seria comparar um ataque contra o seu vizinho com um ataque contra o presidente dos Estados Unidos. Sim, ambos são crimes, mas atacar o presidente resultaria em conseqüências muito piores. Quão mais terrível é a conseqüência acarretada pelo pecado contra um Deus santo e infinito?
Um aspecto mais pessoal do aniquilacionismo é a idéia de que nós não teríamos a possibilidade de sermos felizes no Paraíso se nós soubéssemos que alguns dos nossos amados estivessem sofrendo uma eternidade de tormentos no inferno. Quando nós chegarmos ao Paraíso, nós não teremos nada do que reclamar ou do que nos entristecer. Apocalipse 21:4 nos diz: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. Se alguns dos nossos amados não estiverem no Paraíso, nós estaremos 100% de acordo que eles não deveriam estar ali – que eles serão condenados pela própria recusa de aceitar Jesus Cristo como seu Salvador (João 3:16; João 14:6). É difícil entender isso, mas nós não seremos entristecidos pela falta da presença deles. Nosso foco não deve ser em como aproveitar o Paraíso sem os nossos amados, mas em como nós podemos encaminhar nossos amados para a fé em Cristo – para que eles estejam lá.
O inferno é talvez a razão primária pela qual Deus enviou Jesus para pagar pelo preço dos nossos pecados. Ser “extinguido” depois da morte não é um destino a temer, mas uma eternidade no inferno definitivamente o é. A morte de Jesus foi uma morte infinita, pagando nosso débito infinito pelo pecado – para que nós não o tivéssemos que pagar eternamente no inferno (2 Coríntios 5:21). Tudo o que temos a fazer é depositar nossa fé Nele e então seremos salvos, perdoados, limpos e receberemos a promessa de um lar eterno no Paraíso. Deus nos amou tanto para prover a nossa salvação. Se nós rejeitarmos Seu dom de vida eterna, nós iremos encarar as eternas conseqüências dessa decisão.
Fonte.: CACP

O QUE É ALMA?

alma imortal
“Gostaria de saber se o vocábulo “aima” significa: sopro, vida, sangue ou personalidade?”
A alma é distinta entre o corpo e o espí­rito, sendo imortal e imaterial. O vocábulo “nephesh” (Heb) é traduzido alma mais de 500 vezes no Antigo Testamento e “psy-chê” (Gr) mais de 30 vezes no Novo Testa­mento. Assim, a palavra alma aparece com vários sentidos nas Santas Escrituras tan­to figurativo como por Sinédoque. É nesse particular que se precisa muito cuidado, pois muitas falsas interpretações resultam daí, originando destarte falsos ensinos. É imperioso conhecer o sentido estrito e teo­lógico da palavra “alma”, bem como os fi­gurados do mesmo vocábulo, como aparece no texto bíblico. Os animais também têm alma, mas muito inferior à do homem: Gn 1.20,21,24,28; SI 8.5-8; Mt 6.26; 1 Co 15.39-41. Note-se que a mesma palavra original “nephesh” é usada em Gênesis capítulo primeiro, concernente ao homem e aos ani­mais. A alma dos animais além das muitas inferioridades, acaba com a morte do bru­to, já a alma do homem é eterna. Além dis­so, Deus, ao criar os animais disse: “faça-se”, mas quanto aos homens, disse: “faça­mos o homem segundo a nossa imagem e semelhança”.
O nosso corpo é a “bainha” da alma; ela explora o ambiente ao nosso redor e recebe as impressões do mundo exterior por meio dos sentidos corporais: vista, ouvido, olfato. etc. A alma é a sede das emoções, paixões, desejos e sentimentos. A alma, por meio do espírito, põe-nos em contato com Deus e por meio do corpo põe-nos em contato com o mundo.
A alma é o ser social do homem. Por meio dela ele tem consciência de si mesmo. Sabe que é uma personalidade. Resta-nos saber que este vocábulo tem seis sentidos diferentes nas Escrituras, sendo um real e cinco figurados. São eles:
1.  0 sentido real. Isto é, “alma” signifi­cando alma mesmo.
2.  A alma significando o sangue: Lv 17.14; Dt 12.23. Isto apenas ressalta o valor do sangue, sem o qual o homem não pode viver. Quando se faz transfusão de sangue, não se diz que estão fazendo transfusão de alma, nem injetando alma.
3.  “Alma” significando o corpo, a pes­soa física: Gn 12.5; 46.27; Êx 1.5; 12.4; Lv 21.11; Nm 6.6; Rm 13.1.      •
4.  “Alma” significando animal: Gn 1.20. Aí, no original a palavra empregada é “nephesh”. Se o sentido não fosse figura­do, entenderíamos por exemplo: “produ­zam as águas pessoa vivente”, o que seria um contra-senso.
5.  “Alma” significando vida: Lv 22.3. Trata-se de sinédoque, figura de linguagem literária, em que a parte é tomada pelo todo. Alma é também chamada vida, porque é ela a parte mais importante do ser. Ela transmite vida ao corpo mediante o espírito.
6. “Alma” significando coração: Dt 2.30. Ora, sabemos que o coração é um órgão como os demais, de carne, que bom­beia o sangue através do corpo. Tudo o que se atribui ao coração o é figuradamente. A referência mesmo é a alma: 1 Rs 8.17; SI 14.1; Mt 9.14; 1 Co 7.37.

QUAL É A FONTE RELIGIOSA DOS ADVENTISTAS?

Um problema sério a considerar, antes de entrar no mérito da questão, é indagar onde está a fonte de autoridade de um adventista. É muito bonito ler de alguém que argumenta sobre a autoridade da Bíblia com certa empáfia, soberba como se realmente a sua fonte de autoridade religiosa estivesse apoiada na Bíblia o que, entretanto, não corresponde à realidade dos fatos. E afirmo que isso não é declaração caluniosa, falsa, pecaminosa. Passemos então a considerar os fatos:
TRÊS TEORIAS SOBRE FONTE DE AUTORIDADE RELIGIOSA 
Existem três teorias sobre fonte de autoridade religiosa: a primeira é que o princípio de autoridade está na organização ou na Igreja (catolicismo); a segunda admite que a fonte de autoridade está no homem (racionalismo ou misticismo); a terceira é que Deus falou através de seu Filho Jesus Cristo, cujo registro infalível está na Bíblia (Hb 1.1-2). (O Caos das Seitas, p. 288, 1ª edição, 1970).
Em qual situação se coloca o adventismo? O adventismo vale-se da Bíblia, mas a atribuem aos escritos de Ellen Gould White o mesmo grau de inspiração dos escritores bíblicos. E isso é uma marca das seitas.
Acerca da Bíblia lemos, “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21).
Define-se como seita uma organização religiosa cujos ensinos repousam sobre a autoridade de um líder espiritual cujos escritos são vistos como sendo de valor igual ou superior a Bíblia e cujos ensinos estão em oposição às doutrinas bíblicas do cristianismo histórico. O problema central dessa definição de seita é que o líder “possui autoridade igual ou superior à Bíblia”. O líder ou a líder é visto como “profeta” ou “profetisa”. Desde que esse profeta ou profetisa é visto como canal de comunicação de Deus com os homens, os seus ensinos são tidos de autoridade inquestionável – são dogmas. A questão fundamental, quando tratamos com os sectários, é descobrir quem é o porta-voz deles. Enquanto os filhos de Deus têm a Bíblia como seu padrão exclusivo de fé e conduta, por meio da qual se decidem todas as questões religiosas, o sectário olha para os escritos do seu profeta ou profetisa.
O ADVENTISMO É UMA SEITA
À luz da definição da palavra seita, fica abundantemente claro que o adventismo do sétimo dia é uma seita e não uma igreja cristã ou uma denominação evangélica. A autoridade religiosa do adventismo do sétimo dia repousa sobre os escritos de Ellen Gould White, tida como a “mensageira do Senhor”. Ela é base da autoridade religiosa dos adventistas. “Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de seus servos e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio dos TESTEMUNHOS DO SEU ESPÍRITO. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao seu povo a respeito de sua vontade e da conduta que este deve ter”(Testemunhos Seletos. vol. II. pág. 276, 2ª edição, 1956). O maiúsculo é nosso. Assim – pode-se afirmar que a fonte de autoridade adventista repousa sobre três palavras: ELLEN GOULD WHITE
JOSEPH SMITH E ELLEN GOULD WHITE
Fazendo um paralelo entre Ellen Gould White e Joseph Smith, em reclamar sua condição de profeta, afirma ele, textualmente, “Se qualquer pessoa me perguntar se eu sou um profeta, não o negarei, já que estaria mentindo se o fizesse; pois, segundo João, o testemunho de Jesus é o espírito de profecia. Portanto, se declaro ser testemunha ou mestre, e não tenho o espírito de profecia, que é o testemunho de Jesus, sou uma falsa testemunha; porém, se sou um mestre ou testemunha verdadeira, devo ter o espírito de profecia, e isso é o que constitui um profeta” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith , pág. 263). O grifo é nosso.
Joseph Smith, para se colocar como profeta, alega ter tido várias visões. A primeira delas, a mais importante, foi sobre a apostasia geral do cristianismo, quando Jesus lhe advertiu para “não se juntar a nenhuma igreja, pois todas estavam erradas e seus credos eram uma abominação a vista de Deus”. Foi avisado por Jesus para abrir uma nova igreja a que deu o título pomposo de Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (A Pérola de Grande Valor, pág. 56-57; 3 Néfi 27.8).
Os adventistas reivindicam para a sua profetisa autoridade religiosa igual à reivindicada por Joseph Smith Jr. dentro do mormonismo.
PARALELO ENTRE MARIA E EGW
Dentro do catolicismo existe um estudo teológico sobre Maria denominado Mariologia. Nos seminários adventistas existe uma matéria de estudo específico sobre ela. A apostila se denomina “Orientação Profética no Movimento Adventista”. A autoridade religiosa dela em livros, revistas da Escola Sabatina é tão grande que nem mesmo os escritores bíblicos alcançaram tamanha autoridade religiosa. Os comentários da revista da Escola Sabatina são feitos com transcrições dos livros dela. Da mesma forma como os católicos aceitam o dogma da autoridade Papal. Para alguém se tornar membro da Igreja Adventista é mister aceitar a infalibilidade de sua fundadora Ellen G. White. E não se diga que a comparação é absurda. Não pode alguém batizar-se na Igreja Adventista do Sétimo Dia senão aceitar que Ellen G. White tem inspiração divina igual a dos escritores bíblicos (Revista Adventista. Fev 84, pág. 37).
CANDIDATOS AO BATISMO
Na ficha de “Informações Sobre os Candidatos ao Batismo”, além dos dados pessoais do batizando, a pergunta de nº 18 registra:
“Crê no Espírito de Profecia? ____ Quantos livros já leu? ____ “.
Outra declaração comprometedora sobre sua infalibilidade:
“Por que Alguns Deixam de Ser Beneficiados pelo Espírito de Profecia”:
1. …
2. …
3. …
4. O deixar de apreender a verdadeira natureza de seus escritos quanto à inspiração e a infalibilidade”. (Orientação Profética No Movimento Adventista, pág. 157)
Veja o documento escaneado:
Sem qualquer constrangimento afirmam:
“Ao passo que, apesar de nós desprezarmos o pensamento dos pioneiros, nós aceitamos como regra de fé a Revelação – Velho Testamento; Novo Testamento e Espírito de Profecia” (A Sacudidura e os 144.000, pág. 117).
AUTORIDADE DE PROFETISA
Disse ela: “Minha missão abrange a obra de um profeta, mas não termina aí” (Orientação Profética no Movimento Adventista, pág. 106).
“Os livros do ‘Espírito de Profecia’ e também os ‘Testemunhos’, devem ser introduzidos em toda família observadora do sábado; e os irmãos devem conhecer-lhes o valor e ser impelidos a lê-los” (Testemunhos Seletos. vol. II, pág. 291). O grifo é nosso.
“Não são só os que abertamente rejeitam os Testemunhos ou que alimentam dúvidas a seu respeito, que se encontram em terreno perigoso. Desconsiderar a luz equivale a rejeitá-la” (Testemunhos Seletos. vol. II, pág. 290).
“Disse o meu anjo assistente. ‘ Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. O destino das almas depende da maneira em que forem elas recebidas” (Primeiros Escritos, pág. 258). O grifo é nosso.
“Quanto mais o eu for exaltado, tanto mais diminuirá a fé nos Testemunhos do Espírito de Deus… Os que têm confiança posta em si mesmos, hão de reconhecer sempre menos a Deus nos Testemunhos dados pelo Seu Espírito” (Ibidem 292).
“Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de Seus Profetas e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao Seu povo a respeito de Sua vontade e da conduta que este deve ter” (Testemunhos Seletos, vol. II pág. 276, 2ª edição, 1956).
No texto de Hb 1.1. onde consta, “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”, é mudado para indicar que hoje já não fala pelo mesmo meio, seu Filho Jesus Cristo, mas nos fala hoje de modo diferente, ou seja, pelos escritos de Ellen G. White.
Deste modo, não devemos mais consultar a Bíblia quando quisermos ouvir a voz de Deus, mas devemos procurar entender Deus falar pelos escritos dela. Preferia que a chamassem de ‘A mensageira do Senhor’” (Review and Herald, 26 de julho de 1906).
AUTORIDADE RECONHECIDA 
Dizem os adventistas: “CREMOS QUE:… Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação para os Adventistas do Sétimo Dia … NEGAMOS QUEA qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas. (Revista Adventista, fev. 1984, pág. 37).
O que está dito pela Igreja Adventista do Sétimo Dia é muito sério. Afirmar que a autoridade dos escritos de Ellen G. White quanto à inspiração é igual a dos escritores da Bíblia, é chamá-los de infalíveis. Podemos escolher entre ler os escritos, por exemplo, de Paulo, através de suas epístolas numa das quais ele afirma: “Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor” (1 Co 14.37) ou ler os escritos de Ellen G. White, acerca dos quais está escrito: “Embora os profetas da antigüidade fossem humanos, a mente divina e a vontade de um Deus infalível, estão suficientemente representadas na Bíblia. E o mesmo Deus fala por meio dos escritos do espírito de profecia. Estes livros inspirados, tais como O Desejado de Todas as Nações, O Conflito dos Séculos e Patriarcas e Profetas, são certamente revelações divinas da verdade sobre as quais deveríamos depender completamente” (Orientação Profética No Movimento Adventista, pág. 45). O grifo é nosso.
Ela ainda diz que “os livros do ‘Espírito de Profecia’ e também os ‘Testemunhos’, devem ser introduzidos em toda família observadora do sábado; e os irmãos devem conhecer-lhes o valor e ser impelidos a lê-los” (Testemunhos Seletos, vol. II, pág. 291) (o grifo é nosso)
Duvidar de seus escritos é estar em trevas (Testemunhos Seletos, vol. II, pág. 291) e a compreensão de seus escritos decidirá o destino das almas (Primeiros Escritos, p. 258).
Imaginem os sabatistas reconhecendo a autoridade de EGW e terem de obedecer ao seguinte mandamento dela:

“Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento entre jovens cristãos de raças branca e preta
, direi que nos princípios de minha obra esta pergunta me foi apresentada, e o esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse passo não devia ser dado; pois é certo criar discussão e confusão… Que o irmão de cor se case com uma irmã de cor que seja digna, que ame a Deus e guarde os Seus mandamentos. Que a irmã branca que pensa em unir-se em matrimônio a um irmão de côr se recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está dirigindo nessa direção” (Mensagens Escolhidas, vol. II, pág. 344).
A QUESTÃO DO SÁBADO NA VISÃO DE EGW
1. Os adventistas declaram que a equação: sábado = justificação pelas obras, atribuída aos observadores do Sábado, é falsa, caluniosa e pecaminosa (por ser mentira) espero que já tenham modificado tais alegações em sua literatura, se é que realmente amam a verdade e se batem pela mais elevada ética cristã.
Veja, você leitor, como os sectaristas pisam sobre a dignidade dos seus opositores. Não andarem conforme sua cartilha, são tidos como desonestos. Vejamos o que declarou Ellen G. White sobre a guarda do sábado:
“Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 23 – 2ª edição, 1956).
Se uma citação não bastar, pois poderiam afirmar que somos injustos em tirar um texto fora do contexto, temos outras ainda em seus escritos. Escreve Ellen no livro O Conflito dos Séculos: “O sábado será a pedra de toque da lealdade: pois é o ponto da verdade especialmente controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, traçar-se-á a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não o servem” (pág. 611, Ellen Gould White. Casa Publicadora Brasileira. 1971).
Nem mesmo o cancelamento dos pecados como afirma as Escrituras (1 Jo 1.7,9), têm certeza os sabatistas se não se viverem em harmonia com a lei de Deus, o que implica naturalmente, para eles, a guarda do sábado.
Eis o que ela declara no livro O Conflito dos Séculos:
“…. verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a Lei de Deus, seus pecados serão riscados, e eles próprios havidos por dignos de vida eterna” (pág. 487, CPB-1971).
Será que isso é “citação desonesta de trechos isolados?” É difícil aceitar que líderes da guarda do sábado desconhecessem essas declarações de sua profetisa? E isso não é uma opinião isolada. Os supostos guardadores do sábado, raciocinam assim: o sábado não implica em justificação pelas obras, mas quem não guarda o sábado e crê que o domingo como “dia do Senhor” (Ap 1.10), tem o sinal da besta e será atormentado para sempre (Ap 14.9-11).
Enquanto isso, Paulo escreveu treze epístolas e em nenhuma delas recomendou, como necessário para a salvação, a guarda do sábado. Pelo contrário, combateu aqueles que guardavam dias para se justificar diante de Deus, afirmando que temia pela salvação deles, pois estavam aceitando outro evangelho.
“Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias (sábados), e meses (luas novas), e tempos, e anos (festas anuais). Receio de vós, que não haja trabalhando em vão para convosco” (Gl 4.9-11).
Também em Cl 2.16-17 Paulo declara, “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados. Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”. E saiba que a palavra ‘sábados’ se refere ao sábado semanal.
* título original: “Uma carta não respondida” – (Esta matéria é de autoria do Pr. Natanael Rinaldi – numa resposta ao adventista, Azenilto Brito).