29 de set. de 2012

A ENERGIA DA KUNDALINI

A Energia da Kundalini (o Poder da Serpente): Fenômeno Ocultista do Yôga e das Religiões Orientais Está Entrando nas Igrejas Cristãs

 

Fonte: Spiritual Research Network.
Hoje, com tantos líderes cristãos endossando práticas como o Yôga (Yôga Cristã), a oração contemplativa (centrante), a meditação cristianizada, mantras e os estados alterados de consciência — tudo em nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo — não é maravilha que as manifestações místicas do poder ocultista estejam sendo experimentadas nas igrejas e nas vidas dos cristãos. Entrando na cristandade em massa, atravessando as fronteiras continentais e denominacionais, um antigo e pernicioso poder está sutilmente influenciando a cristandade já contemporizada. Esse poder ter como objetivo nada menos que a total destruição da mente, do corpo e do espírito do ser humano.
O propósito deste artigo é expor esse poder sinistro que se esconde por trás do assim chamado "fenômeno sobrenatural" que está ocorrendo na igreja atualmente. Aqueles que escaparam do mundo do ocultismo e vieram para o verdadeiro Jesus Cristo compreendem muito claramente o que está acontecendo. Por outro lado, incontáveis pessoas, incluindo muitos dos líderes das igrejas, não têm a mínima ideia.
Aqueles que estão ignorantes a respeito desse poder mortal que está invadindo as igrejas fariam bem em prestar atenção!

Energia da Kundalini e Espiritualidade Cristã?

Começaremos com uma ilustração básica de como o endosso do ocultismo (mistérios secretos, clandestinos, escondidos) está hoje sendo injetado dentro da cristandade via Espiritualidade Contemplativa, também chamada de Movimento de Formação Espiritual. Em junho de 1990, Thomas Keating, um dos pais e arquitetos fundadores do movimento da Oração Contemplativa, endossou e escreveu o prefácio de um livro intitulado Kundalini Energy and Christian Spirituality: A Pathway to Growth and Healing (Energia da Kundalini e Espiritualidade Cristã: Um Caminho Para o Crescimento e Para a Cura). Este livro foi escrito por Philip St. Romain, um católico praticante que passou por aquilo que é conhecido pelos iogues e ocultistas como "o despertamento da energia da Kundalini". O endosso do monge Thomas Keating na quarta capa do livro diz:
"Este livro iniciará os cristãos na jornada espiritual nesta importante, porém negligenciada dimensão de poder e graça transformadores." [1].
Outro endosso na quarta capa, de James Arraj, diz:
"O despertar espontâneo de energias como a kundalini que este livro descreve tem um significado que vai muito além da importância que ele tem na vida pessoal de Philip St. Romain. É certamente fascinante poder ter uma visão do que é encontrar subitamente o poder da antiga serpente, ou kundalini, que teve um papel tão importante na vida religiosa na Índia. Mas, como o autor é ao mesmo tempo um católico praticante dedicado à vida de oração e vivenciou as experiências descritas pelos sábios da Índia, sem querer ele se tornou um laboratório no qual podemos ver no microcosmo algumas das questões mais cruciais que estão diante do cristianismo hoje." [2].
De modo a examinar de perto a aprovação de Keating de utilizar a energia da kundalini (o poder ocultista) dentro da estrutura da espiritualidade cristã, citaremos uma parte extensa do prefácio que ele escreveu para esse livro. Ele iniciou da seguinte forma:
"Este livro é a primeira descrição que conheço na literatura cristã sobre o despertar da energia da kundalini em um contexto puramente cristão. Kundalini é conhecida há muito tempo nas espiritualidades taoísta, hinduísta e budista. O fato que esse completo despertar tenha ocorrido no contexto de um desenvolvimento clássico da oração cristã [contemplativa] o torna uma contribuição importante para o diálogo entre o Oriente e o Ocidente. Todavia, dada a novidade da kundalini nos círculos cristãos, qualquer interpretação teológica deve ser considerada experimental." [3; ênfase adicionada].
É importante observar aqui que o poder demoníaco (a energia da kundalini) é a base de todos os sistemas de crença ocultistas. Ele é chamado por muitos nomes diferentes ao redor do mundo, mas no fim é sempre visto como uma "força", "energia", ou "poder" impessoal. A energia da kundalini, o fundamento e núcleo do sistema de crenças panteísta (e panenteísta) do hinduísmo, é exatamente o mesmo poder que alimenta a idolatria e a adoração aberta aos demônios em inúmeras outras religiões, não apenas no hinduísmo. Além disso, o despertar da energia da kundalini, é o objetivo final de toda a prática do yôga. É interessante que a maioria dos instrutores de yôga no Ocidente nunca menciona isto e muitos deles evitam de propósito falar sobre o assunto.
De acordo com vários ensinos, kundalini é um tipo de "energia corpórea". Kundalini em sânscrito significa literalmente "enrolado", ou "enrolado como uma serpente". Na nossa língua, o termo para kundalini-Sakti é traduzido como "Poder da Serpente". De acordo com o endosso de Keating no livro, com o prefácio que ele escreveu, e com seus outros livros, ele acredita que o "Poder da Serpente" possa ser integrado na espiritualidade cristã de uma pessoa. Observe que ele também diz o seguinte no prefácio do livro de Romain:
"Lendo os místicos cristãos a partir da perspectiva de sua [de Philip St. Romain] própria experiência da energia kundalini, o autor vê muitos exemplos de sua operação nas vidas dos santos e místicos cristãos. Como essa energia também está em operação hoje em diversas pessoas que estão se dedicando à oração contemplativa, este livro é uma importante contribuição para a renovação da tradição cristã contemplativa. Ele será de grande consolação para aqueles que experimentaram os sintomas físicos que surgem com o despertamento da kundalini durante sua jornada espiritual, mesmo que não a tenham experimentado na plena extensão descrita pelo autor. O testemunho convincente do autor é uma afirmação do potencial de todo ser humano para alcançar estados mais elevados de consciência." [4; Ênfase adicionada].
Keating reconhece que as religiões no Oriente conhecem esse poder e que muitos dos envolvidos na oração contemplativa (centrante) estão experimentando o despertar da kundalini (um fenômeno ocultista). Ele diz que a kundalini é uma contribuição importante para a renovação da tradição cristã contemplativa (o que não tem base bíblica) e que o livro de Romain servirá de consolação para aqueles que experimentaram sintomas que surgem com o despertamento da kundalini. Para aqueles que conhecem bem os riscos extremos que a energia da kundalini pode trazer, e para o leitor com discernimento, essas afirmações do monge Thomas Keating somente podem ser consideradas como extremamente perigosas.
Além disso, Keating menciona o "testemunho convincente" de Philip St. Romain como uma poderosa afirmação do "potencial de todo ser humano alcançar estados mais elevados de consciência". A menção de tudo isto deve deixar os cristãos de todas as persuasões alarmados. Aqueles que estão no ocultismo sabem que os "estados mais elevados de consciência" são a pista de alta velocidade para a conexão com o poder ocultista!
Junto com o endosso de Keating da energia da kundalini, também vemos sua visão pragmática com relação ao uso da energia ocultista:
"O despertar da energia da kundalini e seus vários estágios claramente expandem nossa compreensão de como o corpo toma parte na jornada espiritual... A energia da kundalini é uma enorme energia para o bem... Esta é provavelmente a energia que é tão atraente nos líderes de seitas; eles conseguem comunicar uma experiência espiritual por meio da transmissão da kundalini de um modo que ainda não compreendemos. A energia, por mais que seja grande, é somente energia. O que conta é o uso que se faz dela. [5].
Em aberto reconhecimento que a kundalini "influenciou os métodos orientais antigos de medicina, como a acupuntura e a medicina ayurvédica", ele também menciona "que essa energia não deve ser despertada, exceto sob a orientação de um instrutor qualificado":
"A kundalini influenciou os antigos métodos orientais de medicina, como a acupuntura e a medicina ayurvédica... Todas as tradições orientais concordam que essa energia não deve ser despertada, exceto sob a orientação de um instrutor qualificado." [6].
Em seguida, sem qualquer insegurança, ele conclui:
"Como esta energia pode se levantar por meio da prática de formas ordinárias de oração cristã [oração contemplativa centrante]... à medida que a contemplação cristã se tornar mais conhecida, diversos cristãos que experimentaram o despertamento da kundalini por meio de técnicas orientais poderão desejar retornar às suas raízes cristãs..." [7; ênfase adicionada].
Keating aponta para o Oriente para que as pessoas "obtenham uma compreensão mais completa" do despertar da kundalini, mas também as encaminha para a inter-espiritualidade:
"De modo a guiar as pessoas a terem essa experiência, os diretores espirituais cristãos podem precisar dialogar com os mestres orientais [praticantes do ocultismo] para obterem uma compreensão mais completa. A importância do Documento Sobre as Religiões Não-Cristãs entra em foco aqui. O documento declara: 'A Igreja tem, portanto, a seguinte exortação para seus filhos: prudente e amorosamente, por meio do diálogo e colaboração com os seguidores de outras religiões e em testemunho da fé e da vida cristãs, reconhecer, preservar e promover as coisas boas espirituais e morais encontradas entre esses homens, bem como os valores em sua sociedade e cultura. [8].
Nas palavras finais do prefácio, Keating finaliza com um caloroso endosso ao livro. Dando a luz verde total para misturar a energia kundalini na vida do cristão, ele declara as seguintes chocantes palavras:
"Este livro iniciará os cristãos na jornada espiritual dentro da importante, porém longamente negligenciada dimensão do poder transformador da graça." [9; ênfase adicionada].

Um Erro Muito, Muito Sério

Antes de avançar mais, preciso dizer da forma mais clara possível que qualquer pessoa que se envolva com o yôga, e com a energia da kundalini, que é o objetivo de todo o Yôga, está cometendo um erro muito, muito grande. Independente de quão comprometido um cristão possa ser, pastor ou leigo, quando um crente decide se envolver com o mundo do ocultismo, incluindo qualquer nível de prática do yôga, seja para "exercício" ou qualquer outra coisa, manifestações demoníacas espontâneas muito poderosas podem ocorrer, e ocorrem com frequência. Muitas pessoas ignorantes dizem que os exercícios do yôga podem ser separados da sua filosofia. Isto simplesmente não é verdade. É um fato bem-conhecido que as posturas do yôga são o resultado do trabalho da filosofia ocultista. Yôga é uma prática ocultista; é a base do hinduísmo. Ocidentalizada como "Religião da Respiração", "Ciência da Respiração", e "Meditação Transcendental", ela leva os indivíduos a acreditarem na grande mentira da "divindade" humana. O yôga é demoníaco em sua origem; ele vem do ensino de demônios e se coloca veementemente em oposição ao Deus da Bíblia e à toda fé cristã na pessoa e na obra de Jesus Cristo. O yôga, mesmo quando praticado como um mero "exercício físico", tem o poder de produzir fenômenos ocultistas perigosos o suficiente para desfazer a psiquê humana. Infelizmente, um número incontável de pessoas, incluindo muitos cristãos sem discernimento, acreditam que o yôga possa ser praticado como um exercício físico ou como uma prática integrada de adoração — como parte de um "processo transformador" de se aproximar mais do Divino. Nada poderia estar mais longe da verdade.

O Poder da Serpente: Os Segredos do Tantra Yôga e do Shakti Yôga

De modo a definir de uma vez por todas o que é a energia da kundalini, faremos uma citação da quarta capa do bem-conhecido livro ocultista intitulado Serpent Power: The Secrets of Tantric and Shaktic Yoga (Poder da Serpente: Segredos do Yôga Trântrico e Shaktico), de Arthur Avalon (Sir John Woodroffe). Avalon escreveu:
"O que é a kundalini, o Poder da Serpente? Mitologicamente, ela é um aspecto de shakti (poder ou energia) e consorte de Xiva (NT: ou Shiva). Filosoficamente, é a energia criativa que forma a mente e a matéria, e vem para descansar na forma mais baixa da matéria. Ela é a consciência: o poder da matéria para conhecer a si mesma. Em termos de prática tântrica, é o poder misterioso que reside no corpo humano e que pode ser despertado por técnicas adequadas: meditações especiais e práticas de yôga de uma natureza particularmente poderosa. Ela é a Deusa: o cerne de muitas áreas das religiões orientais, não somente do hinduísmo." [10].
Na página 1 do livro, Avalon escreveu:
"Estes nomes se referem a Kundalini-Sakti, ou Poder Supremo no corpo humano, com o despertamento do qual a união (o yôga) é alcançada... por meio de Kundalini-Sakti, que, de modo a lhe dar um nome em nossa língua, chamo aqui de Poder da Serpente. Kundala significa "enrolado". O poder da Deusa (Devi) kundalini, ou aquilo que está enrolado; pois sua forma é a de uma serpente enrolada e adormecida na parte central-inferior do corpo, na base da coluna vertebral, até que pelos modos descritos ela seja despertada naquele Yôga que leva seu nome." [11].
A nota de rodapé de Avalon nesta mesma página diz:
"Um dos nomes dessa Devi é Bhujangi, ou a Serpente." [12].
Também observamos como o especialista internacional em yôga Gopi Krishna define kundalini em seu livro The Awakening of Kundalini (O Despertar da Kundalini):
"Tradicionalmente, ela é conhecida como Durga, a criadora; Chandi, a feroz e sedenta de sangue; e Kali, a destruidora. Ela é também Bhajangi, a serpente. Como Chandi ou Kali, ela usa uma guirlanda de crânios em volta do pescoço e bebe sangue humano." [13].
Kundalini é um termo que em sânscrito significa "enrolado". Essa "força yógica da vida" supostamente se move pelos chakras (canais de energia) no corpo humano de modo a colocar a pessoa em um estado de iluminação ocultista. De acordo com a filosofia ocultista, kundalini é um campo não-físico de energia que os iogues dizem que não somente está em volta do corpo físico, mas pode inundar o corpo. Para aqueles que lançam dúvidas e simplesmente chegam à conclusão que nem todas as formas de yôga tem a capacidade de despertar a energia kundalini, talvez essa pessoa deva pensar novamente. Hans Ulrich Rieker, autor de diversos livros e uma bem-conhecida autoridade em yôga e meditação, diz:
"Kundalini é o pilar de todas as práticas do yôga." [14].
Se o despertar da kundalini — o Poder da Serpente, é o pilar de todas as práticas do yôga, então por que os cristãos estão praticando yôga e/ou tentando integrar kundalini em sua espiritualidade cristã? Existem somente duas respostas a esta questão: eles são completamente ignorantes daquilo que o yôga e o despertar da kundalini representam, ou sabem o que estão fazendo, mas não se preocupam. Em ambos os casos, por ignorância ou por conhecimento, eles se posicionaram em rebelião contra o Deus Todo-Poderoso. Os cristãos não devem participar nas obras infrutuosas das trevas e se colocarem em jugo desigual com as práticas pagãs, mas devem viver como filhos da luz, agradando ao Senhor. Efésios 5:8-11 diz:
"Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade); aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as."

Manifestações do Poder Ocultista?

As manifestações da energia kundalini que ocorrem por meio do yôga podem ser cheias de riscos e sabe-se que causam a morte. Precisa ser lembrado que a energia kundalini é poder demoníaco mascarado como uma "força cósmica da vida". De acordo com iogues indianos e numerosos praticantes do ocultismo de muitos campos diferentes, o despertar da kundalini é uma transformação altamente desejável e benéfica pela qual as pessoas passam em sua jornada espiritual. Eles dizem que as pessoas simplesmente precisam "permitir", "se entregar" e "confiar em todo o processo". Embora muitas pessoas creiam sinceramente e de todo o coração nisto, a literatura ocultista adverte que esse assim chamado "despertar" não ocorre sem riscos extremos. Se esses são os fatos com os não-cristãos que estão envolvidos com o yôga, então o que faz os cristãos pensarem que podem praticar yôga (e outras práticas ocultistas cristianizadas) e não serem influenciados por esses mesmos poderes sinistros? Na filosofia e literatura do yôga, respostas espontâneas que são causadas pelo despertar da kundalini são chamadas de kriyas. A seguir, está uma lista de diversas respostas emocionais e físicas que sabidamente estão associadas com essa "energia" ocultista. Quando você ler isto, pode descobrir que já ouviu falar, ou até mesmo viu estas coisas acontecerem nas igrejas cristãs ou nos assim chamados encontros de avivamento. Essas manifestações são encontradas uma imensa variedade de religiões ocultistas. Elas também são vistas em muitos grupos aberrantes, heréticos, sectários, hiperfé e em muitos ministérios cristãos do estilo de libertação.
Sensações intensas de energia e calor estimulando o corpo, os assim chamados "surtos elétricos" e "impulsos elétricos" que sobem e descem pela coluna vertebral, "energia de calor" movendo-se pelas pernas, pelas mãos, etc. Frequentemente, as pessoas se chacoalham violentamente, têm espasmos e se contorcem em movimentos similares ao de uma serpente. Sabe-se que as pessoas perdem o controle completo sobre suas emoções, fazem movimentos bruscos com extrema alegria, riem de forma descontrolada, choram de forma intensa, gritam violentamente, dão golpes de caratê no ar, assumem posições de guerreiros, produzem sons incomuns de animais, rosnam de forma grotesca e dão gargalhadas. Outros começam a falar em línguas estranhas, cantam canções e recitam poemas que anteriormente desconheciam, proferem palavras incompreensíveis incontrolavelmente, e até batem suas cabeças e corpos contra as paredes, no chão e contra os objetos inanimados. Durante as manifestações da energia kundalini, as pessoas ficam dominadas por estados de suprema felicidade (verdadeiros êxtases) e estados alterados de consciência. Algumas vezes, elas também afundam em estados de incrível desespero, sentindo medo, ansiedade, tristeza, raiva, loucura iminente e até pensamentos suicidas.
Os cristãos que passam por esses assim chamados "despertamentos" também assumem posturas e gestos espontâneas do yôga, bem como os fenômenos citados anteriormente. Eu mesmo, como pastor, missionário e pesquisador cristão, já observei alguns desses fenômenos bizarros em igrejas cristãs ao investigar o "vale tudo" do Reavivamento do Riso (também chamado de Bênção de Toronto e Reavivamento de Pensacola).
Entretanto, estas coisas não são diferentes do fenômeno ocultista que acontece no Yôga do Riso e nos cultos de adoração budista e hindu. As pessoas sob essa maligna influência imitam a postura e produzem sons e movimentos típicos dos animais. Elas testificam que tiveram visões coloridas, viram luzes brilhantes e experimentaram a "Unidade de todas as coisas" (panteísmo). Os praticantes também ouvem sons de murmúrios, chilros e zumbidos. Sabe-se de cristãos mal-orientados que grunhiram como porcos, latiram como cachorros e rugiram como leões. Alguns, como os praticantes do vodu haitiano, fazem a dança da galinha e só conseguem parar quando ficam totalmente exaustos. Outros, caem no chão, "embriagados no espírito" e são fisicamente fixados no solo por poderosas forças sobrenaturais e invisíveis. Também já foi observado na Nigéria que esse tipo de poder "elétrico" leva as pessoas a "vomitarem em espírito" Acompanhando isto tudo aparecem cheiros suaves, odores repugnantes, e uma intensa e até dolorosa excitação sexual.
Esta lista é apenas a ponta do iceberg de uma relação bem longa de fenômenos ocultistas relacionados com o despertar da kundalini. Se de fato as descrições acima foram produzidas por meio do despertar da energia da kundalini (poder demoníaco), então os cristãos precisam reconhecê-las como demoníacas — pois isto é o que elas são. [Nota: Cuidado pastoral sério e equilibrado deve ser consultado antes de simplesmente concluir que todas as manifestações do tipo "fenômeno" são demoníacas.] No mínimo, os fenômenos acima devem ser rejeitados como perversões claras e falsificações, pois não vêm do Espírito Santo da Bíblia. Para aqueles que têm discernimento, a diferença é clara.
Infelizmente, o que você acaba de ler nos parágrafos acima é compreendido por muitos cristãos instáveis e sem instrução bíblica como manifestações do poder do Espírito Santo. Isto absolutamente não é verdade. O que você acaba de ler são descrições extrabíblicas de manifestações do poder demoníaco. O Espírito Santo das Escrituras é uma pessoa; Ele é Deus; Ele é santo e não é um poder impessoal e ocultista. Ele não leva as pessoas ao ridículo de rastejarem no chão como cobras, a agirem como animais e fazerem posturas espontâneas do yôga. O papel do Espírito Santo nas vidas dos crentes não é levá-los a crises demonicamente induzidas de extrema dor e ataques de loucura. Ele também não faz as pessoas ficarem "embriagadas com o divino" e caírem no chão como grupos de hindus em ataques de riso incontroláveis. São os pregadores cristãos do avivamento hiperfé e dos sinais e maravilhas da mentira e os falsos profetas que estão rotulando esse "espírito kundalini da serpente" como sendo o Espírito Santo.
Também é importante observar que em seu livro Kundalini Energy and Christian Spiritituality: A Path to Growth and Healing, Philip St. Romain descreve que viu chocantes similaridades entre as manifestações de Siddha Yoga e as manifestações no pentecostalismo.
"Uma forte convergência entre as espiritualidades hindu e cristã pode ser observada quando se compara o Siddha Yôga com o pentecostalismo. Em tempos recentes, o Swami Muktananda Paramahansa foi muitíssimo proeminente em propagar a prática da meditação Siddha. Quando li Kundalini: The Secret of Life, escrito pelo Swami Muktananda, fiquei admirado pelas similaridades que ele compartilha com o pentecostalismo." [15].

Uma das Maiores Mentiras de Satanás

O autor Romain menciona que todas as pessoas que passam pelo processo kundalini podem não ter o Espírito Santo. Ele também diz que é preciso tentar diferenciar entre o despertar da kundalini e o Espírito Santo. Em seguida, ele faz uma declaração que arranca completamente o teto da teologia bíblica sólida. Sob o título "O Espírito Santo como a Energia Kundalini de Cristo", Romain joga a teologia bíblica na lata do lixo ao dizer:
"Finalmente, acho que seja válido refletir na possibilidade que o Espírito Santo possa simplesmente ser a energia kundalini do Cristo ressurreto." [16].
Se a afirmação de Romain aqui não invalida, perverte e destrói a teologia bíblica, então nada mais fará isso. Equiparar a kundalini, o Poder da Serpente, com o Espírito Santo do Deus Vivo e Eterno é um grave insulto ao Espírito da Graça.
Para não haver confusão sobre o quão longe Romain se aventurou na falsa religião, que o leitor tome nota da seguinte citação on-line que ele fez de um artigo intitulado Kundalini: The Hindu Perspective (Kundalini: A Perspectiva Hindu):
"O despertar da kundalini pode acontecer espontaneamente, como fruto de viver a vida espiritual. Ele também pode ocorrer como resultado de práticas ascéticas, da experiência com drogas, ou as transmissões Shaktipat, como mencionei anteriormente... Kundalini é uma energia que precisa ser respeitada. De fato, ela é reverenciada e adorada por muitos hindus." [17].
Na sentença seguinte no mesmo artigo, ele diz:
"Mas o que é a kundalini? É a energia dos corpos espirituais mais elevados invadindo os níveis mais baixos? De acordo com a literatura sobre yôga, é no mínimo isto, e muito mais. Kundalini é ninguém menos que Shakti, a consorte feminina de Xiva, que é um com Brahma e Vixnu (ou Vishnu) na trindade hindu. Portanto, kundalini é considerada uma energia divina e seu despertar é interpretado como o acordar para o divino. Não é maravilha que os autores hindus vejam essa energia como o correspondente para a experiência cristã do Espírito Santo." [18].
No artigo do fórum on-line, Romain foi questionado:
Fórum: O que é exatamente a energia kundalini?
Philip: É mais fácil dizer o que ela não é do que aquilo que é. Francamente, não sei o que ela é. Entretanto, ela dá a sensação de ser pura energia da vida, não tingida pela emoção ou pela paixão. Entretanto, essa energia da vida é de uma qualidade estranha. Ao contrário da energia emocional, que com toda a certeza sei que me pertence, a energia que acabo de descrever não parece me pertencer. Há uma qualidade impessoal nela que a princípio parece bastante estranha, mas depois se torna muitíssimo agradável. Ao dizer que é impessoal, não desejo implicar que ela seja antipessoal. Não é. Ela parece ser completamente não-subjetiva, isto é tudo. Descrever a realidade da energia da vida que não é nem pessoal nem antipessoal é muito difícil. [19].
Ele também foi questionado sobre quais são algumas das consequências físicas do despertar da kundalini:
Fórum: Quais são algumas das consequências físicas de despertar essa energia?
Philip: Aqui estão algumas das mais básicas: 1) Visão interior iluminada quando os olhos estão fechados, especialmente durante o período de oração e meditação. O fundo visual se torna azul, roxo, ultravioleta, dourado, prateado, branco, algumas vezes forma padrões circulares, no formato de túneis. 2) Sensações de calor e/ou frio em diferentes partes do corpo, especialmente nos ombros e no alto da cabeça. 3) Sensações de arrepio no cérebro, nas orelhas, na fronte, na coluna vertebral e em outras partes do corpo. Sensação parecida com a de uma corrente elétrica passando por esses pontos, frequentemente mexendo com os nervos. 4) Sensação que um fluído quente e energizado está percorrendo lentamente o cérebro e/ou a parte superior da coluna. 5) Percepção de sons interiores — tinindo, chilrando e zumbindo nos ouvidos. 6) Forte compulsão para fechar os olhos com força, especialmente durante a oração silenciosa. 7) Alteração do padrão da respiração — algumas vezes lenta e superficial (especialmente durante a meditação), curta e cortada, ou profunda e suave. Preferência crescente pela respiração abdominal. 8) Sensação que uma energia elétrica está passando pelos órgãos reprodutores. 9) Sensação que bolhas de gases estão subindo da região dos órgãos reprodutores. 10) Compulsão para mover os músculos faciais e os membros do corpo em posturas do yôga. 11) Impressão que um olho interior está vendo com os dois olhos sensoriais. Sensação de calor e de uma força que emana do centro da testa. [20].

Kundalini e seu Risco Para os Seres Humanos

Que o leitor esteja avisado — envolver-se com o yôga e com a energia kundalini dá a luz verde para antigas e perniciosas entidades que procuram se envolver no desmantelamento das vidas humanas. Seja a pessoa apenas um principiante ou um especialista, todas as posturas do yôga e as orações com a respiração têm a capacidade de invocar os poderes malignos das trevas. Uma vez que o mundo do poder ocultista tenha sido contactado por meio das posturas do yôga, técnicas de respiração, visualização, oração contemplativa ocultista e repetição de mantras, o desmantelamento acontece. Ele pode ser lento a princípio, mas com certeza o desmantelamento da personalidade e uma nova hostilidade em relação ao Evangelho de Jesus Cristo já terão se estabelecido. A experiência do autor Romain, como muitas outras, é como tudo inicia. O resultado final é a total conversão para uma cosmovisão ocultista.
Gopi Krishna é autor de diversos livros e fundador da Kundalini Research and Publication Trust. Ele também é um especialista em kundalini. Como alguém que mergulhou há muitos anos no mundo do poder ocultista, ele adverte em suas publicações dos possíveis e extremos perigos da prática do yôga. Algumas das advertências que ele faz incluem "efeitos drásticos" no sistema nervoso central. Ele também já mencionou a possibilidade de morte. Krishna, em seu artigo intitulado The True Aim of Yoga (O Verdadeiro Objetivo do Yôga), diz:
"Em Hatha Yôga, os exercícios respiratórios exigem maior esforço e requerem algumas posições anormais do queixo, do diafragma, da língua e de outras partes do corpo para evitar a expiração e a inalação de ar para dentro dos pulmões de modo a induzir um estado de respiração suspensa. Isto pode ter efeitos drásticos sobre o sistema nervoso e sobre o cérebro e é óbvio que essa disciplina pode ser muito perigosa. Até mesmo na Índia, somente aqueles que estão preparados para enfrentar a morte é que se atrevem a passar pela disciplina extrema do Hatha Yôga." [21].
Kundalini, a força cósmica da vida da deusa hindu Shakti, é um poder muito perigoso para qualquer ser humano experimentar. O próprio coroamento de realizações na religião do Yôga termina com severos estágios e estados de possessão demoníaca. Incluído neste fenômeno está a possessão em um grau em que a personalidade humana individual da pessoa é completamente destruída e substituída por uma entidade que se faz passar pela personalidade humana anteriormente conhecida. Este fenômeno extremo é conhecido como possessão perfeita. Na religião hindu, ele é obtido por meio do yôga. Frequentemente, os praticantes do yôga podem, sem sequer perceber o que está acontecendo com eles, se tornarem involuntariamente possessos por demônios. É neste estado que muitos iogues frequentemente declaram terem alcançado a autorealização — o reconhecimento de sua própria unidade com o Brâman, a Consciência Divina Universal. O que eles não sabem é que acreditaram na mentira da divindade humana, a mesma mentira contada pela serpente (Satanás) em Gênesis 3:4-5:
"Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal."
Que nunca, seja em nome de Jesus Cristo ou não, acreditemos nessa tolice de pensar que podemos brincar com o jogo do yôga e de algum modo não nos queimar com o fogo místico e ruinoso da energia kundalini. As manifestações de energia kundalini podem ocorrer em qualquer nível do Yôga. Distúrbios mentais irreversíveis, psicose, loucura, doenças não diagnosticáveis, perversões sexuais e vidas humanas completamente destruídas são prova positivas que a kundalini é demoníaca em sua origem. A verdade flagrante é que a energia kundalini é o puro mal sem qualquer verniz. Chame-a de "Ciência da Respiração", "Yôga como Exercício", "Yôga Cristã", "Yôga para a Mamãe e para Mim", "Yôga Sagrada", etc. ela ainda é má. Para o cristão, a ordem clara de Jeová Deus nas Escrituras é que evitemos qualquer contato com a idolatria pagã. Isto inclui todas as formas de ocultismo que existem debaixo do sol, incluindo o yôga, a oração contemplativa centrante, etc. Cristianizar o yôga e chamar a energia da kundalini de Espírito Santo não é exceção. Envolver-se com yôga, oração contemplativa centrante ou qualquer forma de despertamento da energia da kundalini pode levar a um severo e prolongado período de opressão demoníaca, a estados de extrema depressão mental e de falta de ânimo, fazer com que entidades demoníacas influenciem o corpo humano, etc. As poses do Yôga Cristão e até mesmo as orações com exercícios respiratórios do yôga podem induzir problemas que podem deixar o praticante sob influência do oculto. Embora eu não acredite que um cristão nascido de novo possa ser possesso por demônios, acredito (e tenho aconselhado) cristãos nascidos de novo que estiveram sob severo assédio por poderes demoníacos como resultado de manifestações de kundalini em suas igrejas. Já vi pessoalmente e já ajudei cristãos que estavam em estado mental semivegetativo e que sentiam dores excruciantes não-diagnosticáveis. Pessoalmente, já experimentei uma forma desse fenômeno perigoso quando eu era um jovem cristão sem muita instrução bíblica em 1990. Isto aconteceu em uma igreja que foi meramente visitada por um falso profeta do movimento Filhos de Deus Manifestos da Chuva Serôdia. Posso garantir a você que não é muito engraçado ser feito de brinquedo pelos poderes das trevas como resultado de um falso profeta impor uma "unção" demoníaca sobre você em nome de Cristo.

O Dever dos Cristãos: Sair do Meio Deles e Santificar-se

A Bíblia é muito clara que os cristãos não devem participar no paganismo ou nas práticas ocultistas de qualquer tipo. O próprio Jeová Deus chama Seu povo para ser santo e se separar dessas vis abominações. Qualquer cristão que rejeita essas verdades das Escrituras está rejeitando o Deus que inspirou as Escrituras. Devido à tendência humana de participar dessas coisas, o apóstolo Paulo exortou os cristãos coríntios a se separarem de todas as formas de paganismo. Como um líder profundamente preocupado com o povo de Deus, Paulo escreveu:
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?"
Ele então apresentou a razão por que os cristãos não devem ter coisa alguma que ver com as falsas religiões:
"Porque vós sois o templo do Deus vivente..."
Paulo também citou o Velho Testamento para mostrar o desejo de Deus de habitar com Seu povo, mas somente após ele se separar daquilo que é impuro (o paganismo, a idolatria, o ocultismo, etc.).
"... como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."
Ele também forneceu um plano simples de ação para o crente seguir de modo a fazer a vontade de Deus sem contemporizar. Observe que isto envolve lembrar-se das promessas de Deus, deixar de lado os pecados da carne e do espírito e caminhar de uma maneira santa no temor (santa reverência) de Deus.
"Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus." [2 Coríntios 6:14-7:1].
A energia kundalini, o coração e alma do yôga e da oração contemplativa centrante, deve ser evitada a todo custo. As manifestações de poder oculto que ocorrem em nome do cristianismo são uma praga sobre o nome de Jesus Cristo e sobre Sua igreja. Não é maravilha que o mundo olhe em descrença à medida que mais e mais cristãos estão utilizando métodos ocultistas para "terem uma experiência". Os professores sem discernimento que trazem esses ensinos condenáveis para dentro da igreja, bem como todos os líderes que contemporizam e permitem que essas coisas continuem sem serem questionadas sem dúvida terão de colocar suas mãos sobre o rosto em desesperadora vergonha diante do Senhor, a quem eles professam amar.
Tudo sob o disfarce de uma experiência mais profunda, mais íntima, mais mística, incontáveis cristãos contemporizadores dos dias atuais estão se afastando do cristianismo bíblico. Correndo atrás de metodologias extrabíblicas orientadas pelos sentidos, os cristãos instáveis e com pouca instrução bíblica estão sendo enganados. Como resultado, eles estão se conectando com as interfaces místicas e com os ensinos de demônios. Não há nenhuma outra explicação.
O Espírito Santo nos advertiu de antemão, não é mesmo?
"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência." [1 Timóteo 4:1-2].
Nas palavras do apóstolo João, dizemos uma palavra de advertência a todos:
"Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém." [1 João 5:21].
Leia também: "A Oração Contemplativa - Espíritos Enganadores e Doutrinas de Demônios"

Bibliografia

  1. Philip St. Romain, Kundalini Energy and Christian Spirituality: A Path to Growth and Healing, Nova York, The Crossroads Publishing Company, 1994.
  2. Ibidem.
  3. Ibidem, pág. 7.
  4. Ibidem.
  5. Ibidem., págs. 7-8.
  6. Ibidem, pág. 8.
  7. Ibidem, pág. 9.
  8. Ibidem, pág. 9.
  9. Ibidem.
  10. Arthur Avalon [Sir John Woodroffe], The Serpent Power: The Secrets of Tantric and Shaktic Yoga, New York: Dover, 1974, quarta capa.
  11. Ibidem, pág. 1.
  12. Ibidem.
  13. Gopi Krishna, The Awakening of Kundalini, New York: E. P. Dutton, 1975, pág. 13.
  14. Hans Ulrich Rieker, The Yoga of Light: Hatha Yoga Pradipika, Nova York, Seabury Press, 1971, pág. 101, ênfase adicionada.
  15. Philip St. Romain, Kundalini Energy and Christian Spirituality: A Path to Growth and Healing, Nova York: The Crossroads Publishing Company, 1994, pág. 115.
  16. Ibidem, pág. 125.
  17. Philip St. Romain, Kundalini: The Hindu Perspective, http://www.innerexplorations.com/ewtext/kun.htm.
  18. Ibidem.
  19. Mais sobre "Kundalini Energy and Christian Spirituality", incluindo uma entrevista com Philip St. Romain, em http://www.innerexplorations.com/ewtext/moreon.htm
  20. Ibidem.
  21. Gopi Krishna, The True Aim of Yoga, Psychic, janeiro-fevereiro, 1973, pág. 13, Citação de Yoga: Kundalini Yoga, de John Ankerberg e John Weldon, http://www.ankerberg.com/Articles/new-age/NA0402W3.htm.

AS SEIS COSMOVISÕES DOMINANTES DO MUNDO

Compreendendo as Seis Cosmovisões Dominantes no Mundo

Autor: Dr. David Noebel

Forcing Change, Volume 4, Edição 2.
No início dos anos 1990s, o Dr. James Dobson e Gary Bauer procuraram identificar aquilo que viam acontecer com os jovens cristãos. A conclusão deles foi que:
"... nada menos que uma grande guerra civil de valores está ocorrendo hoje na América do Norte. Dois lados com cosmovisões tremendamente diferentes e incompatíveis estão travados em um conflito amargo que permeia cada nível da sociedade." [1].
A guerra, conforme Dobson e Bauer a descreveram, é uma luta "pelos corações e mentes das pessoas; é uma guerra de ideias." [2].
De um lado está a cosmovisão cristã, a base da civilização ocidental. Do outro lado estão cinco cosmovisões: o Islamismo, o Humanismo Secular, o Marxismo, o Humanismo Cósmico e o Pós-Modernismo. Embora essas cinco cosmovisões não concordem em cada detalhe, elas unanimemente concordam em um ponto: sua oposição ao cristianismo bíblico.
Como em qualquer guerra, existem baixas e as ideias anticristãs estão fazendo suas vítimas. Pesquisas recentes indicam que até 59% dos universitários que se declaram cristãos "nascidos de novo" mudam de categoria por volta do último ano de seus cursos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas de George Barna, nove de cada dez adultos que se declaram "cristãos" não têm uma cosmovisão bíblica. Para efetivamente se envolverem nessa batalha ideológica, os cristãos precisam ter uma compreensão dos tempos e "saber aquilo que precisam fazer" (1 Crônicas 12:32).

O Que É uma Cosmovisão?

Todos baseiam suas decisões e ações em uma cosmovisão. Podemos não ser capazes de articular nossa cosmovisão e ela também pode ser inconsistente, porém todos nós temos uma cosmovisão. Portanto, a pergunta é: o que é uma cosmovisão?
Uma cosmovisão é uma "estrutura interpretativa", [4] uma espécie de par de lentes por meio das quais vemos todas as coisas. A cosmovisão se refere a qualquer conjunto de ideias, crenças ou valores que forneçam uma estrutura ou mapa para ajudar você a compreender Deus, o mundo, e seu relacionamento com Deus e com o mundo. Especificamente, uma cosmovisão contém uma determinada perspectiva relacionada com pelo menos cada uma das seguintes dez disciplinas: Teologia, Filosofia, Ética, Biologia, Psicologia, Sociologia, Direito, Política, Economia e História. [4].
Este artigo resume as seis cosmovisões que atualmente exercem mais influência no mundo. Existem outras cosmovisões, mas elas são menos importantes em termos de influência. Por exemplo, o Confucionismo, o Budismo, o Taoísmo, o Hinduísmo e o Xintoísmo podem influenciar profundamente alguns países orientais, mas dificilmente afetam todo o mundo. As principais ideias e sistemas de crenças que controlam o mundo e, especialmente o Ocidente, estão contidos nas seguintes seis cosmovisões:

A Cosmovisão Cristã

Muitas pessoas, incluindo muitos cristãos, não percebem que a Bíblia trata todas as dez disciplinas de uma cosmovisão. O Cristianismo é a incorporação da afirmação de Jesus Cristo de que Ele é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6). Quando dizemos: "Este é o caminho cristão", queremos dizer que este é o modo como Cristo nos faria tratar a vida e o mundo. Não é uma questão de pouca importância pensar e agir como Cristo nos instruiu.
Os EUA são descritos como um país cristão. Entretanto, os EUA — juntos com toda a civilização do mundo ocidental — se afastaram de sua herança intelectual, cultural e religiosa. Cerca de trinta anos atrás, o filósofo cristão Francis Schaeffer observou a tendência do país em direção ao secularismo como uma falha dos cristãos "em verem que tudo isto [a ruptura cultural e social] ocorreu devido a uma mudança na cosmovisão, isto é, por meio de uma transformação fundamental no modo geral como as pessoas pensam e veem o mundo e a vida como um todo." [6].
O estudo das cosmovisões em geral e da cosmovisão cristã, em particular, é um chamado ao despertamento para todos. Uma nação que esteja procurando promover os direitos humanos (incluindo o direito de nascer), a liberdade e o bem comum precisa aderir à única cosmovisão que pode explicar nossa existência e dignidade. Afirmamos que a dignidade humana advém do fato de termos sido criados à imagem de Deus, uma perspectiva singularmente bíblica. O abandono dessa perspectiva traz sérias consequências; basta observar o crescimento no número de abortos, nas práticas homossexuais, na eutanásia, no casamento entre pessoas do mesmo sexo, a pesquisa com células-tronco embrionárias e a tendência em direção à clonagem humana.

A Cosmovisão Islâmica

O número de muçulmanos é estimado em 1,3 bilhões de seguidores. [7]. Nos anos recentes, a cosmovisão islâmica cresceu exponencialmente em número, poder e influência e, portanto, merece ser incluída em nosso estudo. Um artigo publicado teve o seguinte título: "O Futuro Pertence ao Islã" [8], o que fornece um incentivo adicional para que compreendamos suas crenças e objetivos.
Escrevendo em The Sword of the Prophet (A Espada do Profeta), o comentarista e consultor em política internacional Serge Trifkovic explicou que "o Islã não é uma 'mera' religião; é todo um modo de vida e um sistema social, político e jurídico que envolve tudo e que gera uma cosmovisão peculiar para si mesmo". [9].
O Cristianismo e o Islã têm alguns ensinos em comum, incluindo a crença em um Deus pessoal, a criação do universo material, anjos, imortalidade da alma, céu, inferno e julgamento dos pecados. Da mesma forma, os muçulmanos aceitam Jesus como um profeta (um entre muitos), Seu nascimento virginal, Sua ascensão física, Sua segunda vinda, Seus milagres e Seu papel como Messias. [10].
As grandes diferenças entre o Cristianismo e o Islã são: a rejeição do Islã do Deus bíblico triúno e da morte vicária de Jesus pelos pecados do mundo. Os muçulmanos também rejeitam a ressurreição física de Jesus dos mortos e Sua reivindicação de ser o Filho de Deus.
Outra grande diferença entre o fundador do Cristianismo e o fundador do Islã é que a Bíblia descreve Jesus como alguém que teve uma vida imaculada, enquanto que as tradições do Islã retratam Maomé com muitas falhas e imperfeições.
"A prática e constante encorajamento de Maomé para o derramamento de sangue", escreve Trifkovic, "são singulares na história das religiões. Assassinatos, pilhagens, estupros e mais assassinatos estão no Alcorão e nas tradições." [11].
Além disso, a vida de Maomé "parece ter impressionado seus seguidores com uma crença profunda no valor do derramamento de sangue como um modo de abrir as portas do Paraíso". [12]. Assim, desde o ano 622 até o presente, a história do Islã tem sido de violência, submissão e guerra contra os infiéis (qualquer um que não seja muçulmano).
Para muitos muçulmanos, um dos legados mais importantes é ver o mundo como um conflito entre a Terra da Paz (Dar al-Islam) e a Terra da Guerra (Dar al-Harb). Por outro lado, existem muitos muçulmanos, particularmente aqueles que vivem em países ocidentais democráticos, que não creem nas passagens violentas do Alcorão sobre matar os infiéis e que a história violenta do Islã deva ser aplicada literalmente hoje. [13]. Todavia, em ambos os casos, o Islã é uma cosmovisão contra a qual os cristãos precisam contender.

A Cosmovisão Humanista Secular

O Humanismo Secular (também chamado de Humanismo Laico, ou Humanismo Secularizado) refere-se principalmente às ideias e crenças delineadas nos Manifestos Humanistas de 1933, 1973 e 2000. O Humanismo Secular é a cosmovisão dominante na maioria de faculdades e universidades em todos os países ocidentais. Ele também fez avanços em muitas escolas e universidades cristãs, especialmente nas áreas de Biologia, Sociologia, Direito, Ciência Política e História.
Os humanistas seculares reconhecem a sala de aula como uma poderosa incubadora para doutrinar os alunos em sua cosmovisão. Operando sob a palavra da moda "liberalismo", uma agenda Humanista Secular controla o currículo nas escolas do sistema público de ensino dos EUA graças à Associação Nacional da Educação, à Academia Nacional de Ciências e diversas fundações, incluindo a Fundação Ford.
Os cristãos que estão considerando uma educação de nível superior precisam estar bem instruídos a respeito da cosmovisão Humanista Secular, ou correm o risco de perderem sua própria perspectiva cristã quase que automaticamente. Em seu livro Walking Away From the Faith, a autora e professora de seminário Ruth Tucker deixa claro que os estudantes cristãos estão se afastando da fé por causa do ensino Humanista Secular.
As ideias do Humanismo ganharam influência proeminente em toda a sociedade moderna. B. F. Skinner, Abraham Maslow, Carl Rogers, and Erich Fromm, todos os quais receberam o título "Humanista do Ano" afetaram poderosamente a disciplina da Psicologia. Cientistas como o falecido astrônomo Carl Sagan, outro "Humanista do Ano", pregaram seu humanismo com grande publicidade na televisão e em livros adotados no currículo escolar. Mais recentemente, o combativo ateísta e biólogo da Universidade de Oxford Richard Dawkins recebeu muita atenção com seus livros sobre a evolução e, é claro, com seu livro de grande sucesso de vendas Deus, um Delírio, publicado em 2006. Claramente, os humanistas estão dispostos a apoiarem sua cosmovisão — frequentemente com mais fervor e dedicação que os cristãos fazem por sua fé. Por estas e por outras razões, precisamos prestar muita atenção à cosmovisão do Humanismo Secular.

A Cosmovisão Marxista

O Marxismo é uma cosmovisão militantemente ateísta e materialista. Ele desenvolveu uma perspectiva com relação a cada uma das dez disciplinas, normalmente em grande detalhe. Baseado nos escritos de Karl Marx (fim dos anos 1800s), o Marxismo assumiu novas aparências nos anos recentes, incluindo a degradação da cultura como uma forma de atividade revolucionária. [14]. O mais recente Manifesto Comunista, intitulado Empire (Império) foi publicado no ano 2000 pela editora da Universidade de Harvard. A presença de Marx continua a ser sentida em todo o mundo.
O Marxismo predomina em muitos campi universitários. Recrutados nos anos 1950s e 1960s como alunos de faculdade, muitos "radicais" marxistas receberam diplomas de pós-gradução e hoje integram o corpo docente de muitas universidades.
"Com algumas poucas e notáveis exceções", diz o ex-professor da Universidade Yale Roger Kimball, "nossas universidades e as faculdades de artes liberais instalaram todo o menu radical no centro de seus currículos de Ciências Humanas tanto no nível de graduação como de pós-graduação." [15]. O U.S. News and World Report publicou uma extensa matéria em 2003 intitulada "Where Marxism Lives Today" (Onde o Marxismo Vive Hoje), que diz o seguinte: "O Marxismo está tão entrincheirado em cursos que vão de Literatura a Antropologia... que hoje os estudantes estão virtualmente imersos nas ideias de Marx." [16].
O "menu radical" mencionado por Kimball inclui uma grande porção de determinismo econômico. De acordo com Karl Marx, o problema fundamental com o capitalismo é que ele gera a exploração. Portanto, o capitalismo precisa ser substituído por um sistema econômico mais humano, um sistema que elimine o livre mercado (a propriedade privada e a troca livre e pacífica de bens e serviços) e o substitua por uma economia controlada pelo governo. As ideias econômicas de Marx e a definição de políticas públicas caminham de mãos dadas. O comunismo no estilo de Marx controla um grande número de países em todo o mundo e, disfarçada com o nome de "Social Democracia", uma filosofia política de inspiração marxista engolfou os países da Europa Ocidental. Além disso, nos anos recentes, muitos países sul-americanos se voltaram para o marxismo e muitos acreditam que a atual administração do presidente Obama e o atual Congresso dos EUA estão levando rapidamente o país para o mesmo caminho socialista. [17].
Ademais, alguns grupos cristãos tentaram combinar sua forma de cristianismo com as ideias de Marx sobre a igualdade social. Devido à prevalência e à natureza subversiva do Marxismo, os cristãos precisam se acautelar dos objetivos dos professores, políticos e teólogos de pensamento marxista.

A Cosmovisão Humanista Cósmica

A cosmovisão Humanista Cósmica consiste de dois movimentos espirituais inter-relacionados. Um é conhecido como Movimento de Nova Era e o outro é o neopaganismo, que inclui práticas ocultistas, xamanismo indígena e Wicca.
O Movimento de Nova Era mistura antigas religiões orientais (especialmente o Hinduísmo e o Zen-Budismo) com um toque de outras tradições religiosas, adiciona uma dose de jargão científico e traz o bolo recém-saído do forno para a sociedade consumir. "A Nova Era", explica a pesquisadora cristã Johanna Michaelsen, "é a religião eclética máxima do eu: tudo o que você decidir que é certo para você é correto, desde que você não fique com a mentalidade estreita e exclusivista sobre aquilo." [18].
Entretanto, a suposição que a verdade reside dentro de cada indivíduo torna-se a pedra fundamental para a cosmovisão. Dar a alguém o poder de discernir toda a verdade é uma faceta da teologia e essa teologia tem ramificações que muitos membros do movimento de Nova Era também descobriram. Marilyn Ferguson, autora de A Conspiração Aquariana (um livro considerado como "o clássico divisor de águas da Nova Era"), diz que o movimento introduz "uma nova mente — o aparecimento de uma cosmovisão surpreendente" [19].
Essa cosmovisão foi resumida da seguinte forma por Jonathan Adolph: "Em seu sentido mais amplo, o pensamento de Nova Era pode ser caracterizado como uma forma de utopismo, o desejo de criar uma sociedade melhor, uma 'Nova Era' em que a humanidade viva em harmonia consigo mesma, com a natureza e com o cosmos." [20].
Embora os aderentes da Nova Era não façam sérias distinções entre as religiões, considerando que todas são no fim a mesma coisa, John P. Newport explica que: "... geralmente, os neopagãos acreditam que estão praticando uma antiga religião popular, seja como uma forma sobrevivente ou restaurada. Assim, estando focados nas religiões pagãs do passado, eles não estão particularmente interessados em uma Nova Era do futuro." [21].
Por meio de livros de grande sucesso de vendas, de programas na televisão e de filmes no cinema [22], a cosmovisão Humanista Cósmica está ganhando convertidos no Ocidente e em todo o mundo. Malachi Martin lista dezenas de organizações que são de Nova Era ou simpatizantes da visão Humanista Cósmica. Claramente, o Humanismo Cósmico, um transplante do Oriente, é uma presença crescente em todo o hemisfério ocidental.

A Cosmovisão Pós-Moderna

Forçados a encararem a desumanidade, a destruição e todos os horrores produzidos pelo Terceiro Reich e pelos Gulags soviéticos durante a primeira metade do século 20, grupos substanciais de humanistas iluministas e neo-marxistas abandonaram suas cosmovisões para criarem uma cosmovisão que eles acreditavam seria mais apropriada para a realidade, resultando na virada para o Pós-Moderno. Por volta de 1980, professores pós-modernos estavam entrando significativamente nos Departamentos de Ciências Humanas e Ciências Sociais das universidades de todo o mundo.
O filósofo cristão J. P. Moreland observa que o Pós-Modernismo se refere a uma abordagem filosófica principalmente na área da Epistemologia, ou aquilo que conta como conhecimento ou verdade. Falando em termos bem amplos, Moreland diz: "O Pós-Modernismo representa uma forma de relativismo cultural sobre coisas como a verdade, a realidade, a razão, os valores, o significado linguístico, o 'eu' e outras noções." [23].
Embora existam diversas formas de Pós-Modernismo, três valores são unificadores: (1) um comprometimento com o relativismo; (2) uma oposição às meta-narrativas, ou explicações totalizadoras da realidade que são verdadeiras para todas as pessoas em todas as culturas; (3) a ideia de realidades culturalmente criadas. Cada um desses comprometimentos tem o propósito de negar que exista uma cosmovisão ou um sistema de crenças que possa ser considerado como Verdade absoluta.
O instrumento metodológico mais eficaz do Pós-Modernismo, que é usado extensivamente nos Departamentos de Letras modernos, é conhecido como Desconstrução, que significa (1) que as palavras não representam a realidade e (2) que os conceitos expressos em sentenças em qualquer idioma são arbitrários.
Alguns pós-modernistas chegam ao ponto de desconstruírem a própria humanidade. Assim, junto com a morte de Deus, da verdade e da razão, a humanidade também é obliterada. Paul Kugler observa a inversão irônica: "Hoje, é o sujeito que declarou que Deus estava morto cem anos atrás que agora está tendo sua própria existência colocada em questão." [24].
Para complicar as coisas ainda mais, precisamos reconhecer que existe também uma variedade chamada de "Pós-Modernismo Cristão" [25]. Tal é a essência do Pós-Modernismo dominante — uma cosmovisão que afirma que não existem cosmovisões. Essa cosmovisão "anticosmovisão" certamente requer a atenção dos cristãos atentos.

Conclusão

Não podemos negligenciar essas cinco cosmovisões anticristãs. A base para muito daquilo que é ensinado nas salas de aula nas escolas públicas hoje vem do pensamento secularizado, marxista, humanista cósmico e pós-moderno e recebe diversos rótulos: Progressismo, Multiculturalismo, Politicamente Correto, Desconstrucionismo, e Educação para a Auto-Estima. Ou, como é frequentemente o caso, os rótulos são deixados de lado e os cursos são ministrados a partir de suposições anticristãs sem que os estudantes sejam informados qual cosmovisão está sendo expressa. A neutralidade na educação é um mito.
O primeiro capítulo do livro de Daniel explica como ele e seus companheiros se prepararam para sobreviverem e florescerem no meio de um choque entre civilizações em seu tempo. Acreditamos que os jovens cristãos equipados com um conhecimento abrangente e uma compreensão da cosmovisão cristã e de suas rivais possam se tornar "Daniéis" que não ficarão nas laterais, mas que entrarão em campo para participarem na grande colisão de cosmovisões no século 21.
A sociedade florescerá somente à luz da verdade e quando a ênfase retornar para uma perspectiva cristã. Essa mudança drástica em ênfase pode ser produzida por meio da liderança de milhares de estudantes cristãos bem-informados e confiantes que pensem de modo amplo e profundo a partir de uma bem-afiada cosmovisão bíblica e se levantem como líderes na educação, nos negócios, na ciência e no governo.
Nosso desejo de produzir essa mudança em ênfase é a razão fundamental por que nosso ministério cristão produz currículos e recursos para as escolas cristãs e para as famílias que oferecem educação no próprio lar para suas crianças (primária, básica e de segundo grau), apresenta treinamento em cosmovisão para professores de todo o país e do mundo e organiza conferências para os estudantes e para os adultos. Maiores informações podem ser obtidas em nossa página na Internet em http://www.Summit.org.
Nota: Este artigo foi extraído do capítulo introdutório do livro Understanding the Times (Compreendendo os Tempos), do Dr. David A. Noebel, (Summit Press, Manitou Springs CO, 2006). Esse livro fornece uma comparação detalhada das seis cosmovisões discutidas neste artigo e pode ser adquirido no site do autor em http://www.summit.org. Porções do texto original foram editadas e reescritas por Chuck Edwards para compor este artigo.

Notas Finais

1. James C. Dobson e Gary L. Bauer, Children at Risk: The Battle For the Hearts and Minds of Our Kids (Dallas, TX: Word, 1990), pág. 19.
2. Ibidem, pág. 19-20.
3. Extraído de "College Student Survey". Cooperative Institutional Research Program, UCLA. Artigo on-line em http://www.gseis.ucla.edu/heri/css_po.html. [Nota: O vínculo não está mais ativo].
4. Norman L. Geisler e William D. Watkins, Worlds Apart (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1989), pág. 11.
5. Outras áreas poderiam ser incluídas em uma definição de cosmovisão, como as artes, porém estas dez disciplinas contêm as áreas principais, atuando como uma teia de ideias em interação, que contribuem para uma visão total do mundo e da vida.
6. Francis A. Schaeffer, A Christian Manifesto (Westchester, IL: Crossway Books, 1981), pág. 17.
8. "The Future Belongs to Islam", de Mark Steyn, 20 de outubro de 2006, acessado em 4/5/2009, http://www.macleans.ca/culture/books/article.jsp?content=20061023_134898_134898.
9. Serge Trifkovic, The Sword of the Prophet (Boston, MA, Regina Orthodox, 2002), pág. 55.
10. Ibidem, pág. 369.
11. Op cit., pág. 51.
12. Ibn Warraq1 (Ed.), The Quest for the Historical Muhammad, New York, 2000, pág. 349, citado em Trafkovic, pág. 51.
13. Veja "The American Islamic Forum for Democracy", em http://www.aifdemocracy.org.
14. Paul Edward Gottfried, The Strange Death of Marxism: The European Left in the New Millennium (Columbia, MO, University of Missouri Press, 2005); David Horowitz, Unholy Alliance: Radical Islam and the American Left (Washington, DC: Regnery Publishing, 2004); Michael Hardt e Antonio Negri, Empire (Cambridge, MA, Harvard University Press, 2000); Rolf Wiggershaus, The Frankfurt School: Its His­tory, Theories, and Political Significance (Cambridge, NY, MIT, 1998); Raymond Aron, The Opium of the Intellectuals (terceira impressão, New Brunswick, NJ, Transaction, 2003).
15. Roger Kimball, Tenured Radicals (New York, NY, Harper and Row, 1990), pág. xiii.
16. U.S. News and World Report, Special Collection Edition, 2 de setembro de 2003, pág. 86.
17. Veja o artigo on-line "The Socialization of America", de David Noebel, acessado em 4/5/2009, http://www.summit.org/blogs/pd/2009/03/the_socialization_of_america.php
18. Johanna Michaelsen, Like Lambs to the Slaughter (Eugene, OR, Harvest House, 1989), pág. 11.
19. Marilyn Ferguson, The Aquarian Conspiracy (Los Angeles, CA: J. P. Tarcher, 1980), pág. 23.
20. Adolph, pág. 11.
21. John P. Newport, The New Age Movement and the Biblical Worldview: Conflict and Dialogue (Grand Rapids, MI, Eerdmans Publishing Co, 1998) pág. 214.
22. Livros de autores sucessos de vendas incluem A Profecia Celestina e Conversas com Deus, enquanto que os temas Humanistas Cósmicos são explícitos em programas de televisão como Buffy, a Caça-Vampiros, Slayer e Lost, bem como em filmes como Pocahontas, Mulan, e Guerra nas Estrelas (direcionados para as crianças) e Sexto Sentido, Gladiador, Dança com Lobos, e Hidalgo (para o público adulto), apenas para citar alguns em cada categoria.
23. Veja o artigo "Postmodern­ism and the Christian Life" no website de J. P. Moreland. Veja também de J. P. Moreland e William Lane Craig, "Filosofia e Cosmovisão Cristã", Edições Vida Nova, http://www.vidanova.com.br/produtos.asp?codigo=192.
24. Walter Truett Anderson, The Future of the Self: Exploring the Post-Identity Society (New York, NY, Tarcher/Putnam, 1997), pág. 32.
25. Veja D. A. Carson, The Gagging of God: Christianity Confronts Pluralism (Grand Rapids, MI, Zondervan, 1996); Myron B. Penner, ed., Christianity and the Postmodern Turn (Grand Rapids, MI, Brazos Press, 2005); e D. A. Carson, Becoming Conversant with the Emerging Church (Grand Rapids, MI, Zondervan, 2005).

13 de set. de 2012

ESPÍRITOS GUIAS?

Vamos analisar e um assunto da máxima importância, que é a crescente popularidade de um fenômeno que pode ser chamado de possessão espiritual voluntária ou "canalização". Os canalizadores afirmam que um espírito entra realmente em seus corpos e "guia" ou transmite mensagens através deles. A questão-chave é esta: quem ou o que são exatamente esses espíritos-guias?
Muitas idéias, algumas até bem estranhas, têm sido consideradas. Serão eles alucinações dos mentalmente instáveis, como dizem os médicos? Fazem parte da mente inconsciente que todos temos, de acordo com alguns psicólogos? Ou são criaturas do futuro, ou ainda, procedentes de civilizações espaciais distantes, como tem sido afirmado por certos cientistas? Serão reflexos de um aspecto divino do homem – um Eu "maior" que está agora surgindo como parte de um salto grandioso na evolução espiritual da humanidade, segundo alguns líderes religiosos? Serão seres espirituais genuínos, tais como "anjos", ou mortos, ou os "deuses" e espíritos da natureza de várias tradições religiosas, como dizem os canalizadores?
Ou serão uma categoria inteiramente diferente de "seres" – os demônios mencionados na Bíblia?
O ponto de vista bíblico raramente é examinado pelos estudiosos dos fenômenos psíquicos. O parapsicólogo (pessoa que estuda "cientificamente" o mundo oculto) Alan Gauld se recusa sequer a discutir a teoria dos demônios, porque diz que ela é "agora tão raramente proposta que não irei considerá-la de forma alguma".1 É de se esperar que os envolvidos no estudo da canalização tenham um preconceito natural contra a crença na teoria dos demônios, porque isso os implicaria num ponto de vista desdenhado pelos seus companheiros.
Não obstante, se alguém procura uma teoria para explicar todos os fatos, a teoria dos demônios não pode ser ignorada, quer lhe seja ou não pessoalmente atrativa. Até William James, um dos grandes pioneiros da psicologia ocidental, declarou certa vez durante suas investigações da canalização (então chamada de "mediunidade"):
A recusa do "iluminismo" moderno em tratar a "possessão" como uma hipótese a ser considerada pelo menos plausível, apesar de ter a seu favor uma vasta tradição baseada em experiências humanas concretas, sempre me pareceu um exemplo curioso da força dos modismos nas coisas "científicas". Que a teoria dos demônios (i. e., espíritos malignos) irá novamente predominar é para mim absolutamente certo. A pessoa precisa ser mesmo "científica", para ser tão cega e ignorante a ponto de não suspeitar de tal possibilidade.
Assim sendo, se houver a mínima possibilidade desses espíritos serem demônios, o leitor deve ficar de sobreaviso. Se for provável que o sejam, a questão do envolvimento com eles é evidente. Convidamos o leitor a examinar as evidências lógicas que tem levado muitos outros, além de nós, a concluir que os espíritos da canalização não são quem afirmam ser.

Por que uma prática do ocultismo da antigüidade é tão excitante e atraente para os homens modernos do século vinte, inclusive os céticos?

As pessoas têm hoje uma grande necessidade de encontrar um significado para a vida. Elas descobriram, muitas vezes de modo doloroso, que ele não pode ser achado numa visão exclusivamente material da realidade. Até mesmo os céticos desejam saber as respostas para perguntas como: "Quem sou?", "Por que estou aqui?" e "O que acontece quando a pessoa morre?". Quer admitam ou não, a idéia da vida não passar de alguns anos de sofrimento e prazer, substituídos pela não-existência eterna, aterroriza a muitos. Os homens sabem que são mais do que o produto final da combinação casual de átomos de hidrogênio. Eles estão claramente procurando respostas.
As pessoas têm hoje uma grande necessidade de encontrar um significado para a vida. Elas descobriram, muitas vezes de modo doloroso, que ele não pode ser achado numa visão exclusivamente material da realidade.
O homem moderno vê a canalização como uma prova das respostas mais profundas para a vida. A canalização parece responder às indagações sobre a natureza da realidade (é espiritual?), a natureza da morte (é o fim?), a natureza do potencial humano (é ilimitado?), e a natureza do "eu" (é divino?). Desse modo, a canalização é poderosamente persuasiva, alegando ter acesso ao próprio mundo dos espíritos, o qual pode suprir as respostas. Os espíritos estão dando informações que enganam os homens, fazendo-os pensar que estão em contato com pessoas que viveram na terra, morreram e agora vivem felizes na vida do além. Os espíritos afirmam que através da morte eles encontraram as respostas para a vida e o conhecimento de que todos os homens viverão para sempre. Os espíritos alegam falar com autoridade sobre a natureza de Deus, o propósito da vida e o que acontece por ocasião da morte. Eles afirmam não haver inferno e que Deus e o céu não são como a Bíblia diz.
A canalização oferece, portanto, uma resposta falsa para a necessidade de experiências religiosas do homem moderno. Ele é enganosamente levado a pensar que tal contato com os espíritos dá sentido à sua vida e ameniza o seu medo da morte.
Pense por um momento no que se passa na mente de uma pessoa que tem uma experiência espírita impressionante. É como um cego que repentinamente recupera a visão. No mesmo instante, tudo muda à medida que ela vê um novo mundo de grandes maravilhas esperando para ser explorado. Da mesma forma, aqueles que encontram o que acreditam ser espíritos verdadeiros dos mortos pensam que a morte não é mais o fim, o momento de perda absoluta, mas simplesmente o começo de uma existência nova e jubilosa, cheia de possibilidades ilimitadas. As pessoas são enganadas para pensar que não há um inferno com o qual preocupar-se, mas só o potencial do aperfeiçoamento infinito. Os espíritos fazem mais que persuadir; eles exercem grande poder sobre a mente e o coração dos homens. Esse é o encanto da canalização.

O que a Bíblia diz sobre a canalização?

A primeira incidência histórica da canalização foi registrada na Bíblia em Gênesis capítulo 3. Lá no Jardim do Éden, o diabo usou a serpente como um "canal" para enganar Eva (Gn 3.1-5; 2 Co 11.3; Ap 12.9). Através da canalização, o diabo levou o homem a duvidar de Deus, com graves conseqüências. Significativamente, há razões importantes para crer que a realidade básica da canalização sugerida aqui jamais se alterou no que se refere: (1) à origem (o diabo ou demônios); (2) ao seu resultado (ilusão espiritual que destrói a confiança em Deus); e (3) às suas conseqüências (juízo divino; Gn 3.13-19; Dt 18-9-13). A canalização é, pois, condenada pela Bíblia como uma prática maligna diante de Deus. Ela é rejeitada por ser uma forma de espiritismo que envolve contato com demônios e a divulgação dos seus falsos ensinamentos.
A Bíblia ensina igualmente que "nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios" (1 Tm 4.1). Os ensinamentos espíritas deturpam a natureza de Deus, mentem sobre Cristo e distorcem o caminho da salvação. Os que confiam nas doutrinas espíritas enfrentam o juízo da morte. Sob a autoridade do próprio Cristo, descobrimos que o inferno é um lugar real (Mt 25.46; Lc 16.19-31). Os demônios que asseguram aos homens que o pecado não é real e o inferno não existe, promovem a ruína eterna dos que confiam neles.
A Bíblia instrui os homens a rejeitarem toda sorte de espiritismo por ser algo maligno e um contato com espíritos mentirosos. A canalização é uma forma de guerra espiritual, pondo em risco as almas dos homens (2 Co 4.4). Essa é a razão pela qual tanto a canalização quanto seguir os ensinos dos canalizadores é condenado nas Escrituras como rebelião contra Deus e se expor ao juízo divino. Um exemplo disso é o rei Manassés de Judá no antigo Israel. "Ele praticou a feitiçaria, usou a adivinhação, praticou a magia e tratou com médiuns e espíritas, fazendo o que era mau perante o Senhor, provocando-Lhe a ira" (2 Cr 33.2-6, tradução livre). Da mesma forma, em Deuteronômio 18.9-12, Deus adverte o Seu povo: "Não se achará entre vocês quem faça adivinhações, pratique a feitiçaria, que seja espírita, ou invoque os mortos; pois, todo aquele que faz essas coisas é abominável ao Senhor..." (tradução livre). A frase "que seja espírita" condena claramente todos os aspectos da canalização. (John Ankerberg e John Weldon - http://www.chamada.com.br)
John Ankerberg é apresentador do premiado programa “The John Ankerberg Show” em rede nacional nos EUA. Ele é orador internacional e diplomou-se em

ENFRENTANDO AS FORNALHAS DA VIDA

Enfrentando as Fornalhas da Vida

Alguma vez em sua vida você provavelmente já se perguntou: “Por que Deus permite que soframos? Por que enfrentamos adversidades e dores?”.
Existem várias respostas. Às vezes a tribulação é a disciplina imposta por Deus. Quando não estamos caminhando com Ele como deveríamos, Ele entra em cena como um pai amoroso para nos proporcionar circunstâncias que foram projetadas para nos levar de volta a Ele. Outras vezes sofremos simplesmente porque vivemos em um mundo cheio de pecado, sofrimento e amargura.
Também pode ser que Deus nos permite sofrer para beneficiar outros que estão ao nosso redor. Em Daniel 3, encontramos três jovens judeus que haviam sido levados cativos para a distante Babilônia, onde suportaram uma tribulação que permitiu a Deus revelar-Se ao reino gentio mais poderoso da terra.

A Acusação

Para compreendermos a história deles, devemos nos lembrar que, no segundo ano do cativeiro de Daniel (603 a.C.), o rei Nabucodonosor teve um sonho. Ele não apenas queria alguém que pudesse interpretar seu sonho, como também exigia que tal indivíduo adivinhasse do que constava aquele sonho. Ninguém havia conseguido o feito até que Daniel e seus três amigos buscaram o Senhor em oração. Então, Daniel disse a Nabucodonosor o que ele havia visto: uma estátua de um homem com uma cabeça de ouro. A estátua significava, em poucas palavras, uma figura do futuro do mundo. Nabucodonosor representava a cabeça de ouro – o Império Babilônio.
A seguir, Daniel revelou e explicou o sonho. Nabucodonosor entendeu parte da abrangência do que aquilo indicava, porque ele declarou: “Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis” (Dn 2.47). Mesmo assim, ele aparentemente se esqueceu daquele fato, porque vários anos mais tarde sua resposta ao sonho foi erigir uma estátua de aproximadamente 30 metros revestida de ouro e determinar que todos os homens no reino se prostrassem diante dela e a adorassem. Três homens não fizeram isso: os amigos de Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Seus nomes babilônios eram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Então, os caldeus trouxeram esses homens sob acusações diante do rei. (Daniel não estava entre eles e as Escrituras não dizem nada sobre onde ele estava).
Nabucodonosor perguntou-lhes: “É verdade... que vós não servis a meus deuses, nem adorais a imagem de ouro que levantei?” (Dn 3.14).
O versículo seguinte é o ponto crucial do capítulo: “Se não a adorardes, sereis, no mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente. E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (v.15). Nesse ponto, Nabucodonosor considerou-se Deus a si mesmo.
Os três responderam:
Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste” (vv.16-18).
Quando Deus lhe traz problemas e dificuldades, nem sempre é porque você fez alguma coisa errada ou por causa das circunstâncias normais envolvidas em se viver num mundo perdido que está amaldiçoado pelo pecado. Às vezes Deus quer dizer alguma coisa àqueles que estão ao seu redor, e Ele quer usar você para transmitir a mensagem dEle.
Foi isso que Ele fez com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Essa não foi uma experiência agradável para eles. As Escrituras dizem que a fornalha estava quente; e, por causa de sua raiva e de seu orgulho, o rei “ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava” (v.19). De fato, ela estava tão quente que o fogo instantaneamente destruiu todos os soldados que atiraram os três para dentro da fornalha.

O Desafio

Quando Deus lhe traz problemas e dificuldades, nem sempre é porque você fez alguma coisa errada ou por causa das circunstâncias normais envolvidas em se viver num mundo perdido que está amaldiçoado pelo pecado.
Então, Deus entrou como que em uma disputa com Nabucodonosor. Ele quis deixar bem claro qual era a extensão de Seu poder, soberania, bondade e graça.
É bem possível que algumas coisas que você está enfrentando agora tenham menos a ver com você (embora você vá crescer a partir delas) que com as pessoas ao seu redor. Talvez Deus tenha escolhido você como um veículo para alcançar outros.
Esses homens tinham grande consideração e respeito por Deus, e isso permitia que Deus os usasse. O mundo pode pensar que é grande coisa, mas os crentes consideram a Deus. Isto é, eles honram a Palavra de Deus e os Seus caminhos e O respeitam e O servem. Foi isso que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego fizeram. Nesse ponto, eles foram amarrados e jogados para dentro da fornalha.
Servir a Deus não é algo que vem com a garantia de que sobreviveremos a todas as adversidades e sairemos ilesos. Nem significa que sempre sobreviveremos. Significa que estamos à disposição dEle, e que Ele pode fazer conosco aquilo que desejar. No caso de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, Deus lhes deu libertação.
Atônito, Nabucodonosor perguntou: “Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei. Tornou ele e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses” (vv. 24-25).

A Escolha

Mas, sabe de uma coisa? Aqueles três homens não tinham nenhuma garantia quando entraram; nem nós temos. Nunca sabemos se o plano de Deus é trazer glória a Seu nome através de nosso martírio ou através de nossa libertação.
Era aí que estava João Batista em Mateus 11. Cerca de dois anos haviam se passado a partir do início do ministério de Jesus, e João foi colocado atrás das grades, provavelmente coçando a cabeça e pensando: “Espere aí! Pensei que eu fosse o precursor do Messias”. Então, ele enviou mensageiros a Jesus, perguntando: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Lc 7.19). As coisas não se encaixavam. Ele pensava que Jesus iria libertar Israel de Roma e estabelecer o Reino Davídico. Entretanto, ali estava ele, o precursor (Lc 1.17; Lc 7.27), na prisão. Logo após esses acontecimentos, ele foi decapitado.
Somos servos do Deus vivo. Isso significa que somos instrumentos para sermos usados por Ele. Estamos à disposição dEle. E devemos pensar sobre nós mesmos, não como porcelana de valor inestimável, mas como copos de papel que Deus pode usar para aquilo que Ele quer realizar.
Somos servos do Deus vivo. Isso significa que somos instrumentos para sermos usados por Ele. Estamos à disposição dEle. E devemos pensar sobre nós mesmos, não como porcelana de valor inestimável, mas como copos de papel que Deus pode usar para aquilo que Ele quer realizar. Você não pode dar mais a Deus do que Ele a você. Deus nunca toma nada que Ele não substitua muitas vezes mais.
Em outras ocasiões, porém, Ele liberta de maneira miraculosa. “Então, se chegou Nabucodonosor à porta da fornalha sobremaneira acesa, falou e disse: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde!” (Dn 3.26).
E eles saíram do meio do fogo sem sequer terem sido chamuscados. O fogo não teve efeito algum sobre eles. Os cabelos deles não estavam queimados, suas roupas não estavam danificadas, e o cheiro do fogo não se apegou a eles. Deus havia escolhido protegê-los por intermédio de um anjo do Senhor.
O mundo foi forçado a levar Deus em consideração por causa dos três jovens judeus que resolveram adorar apenas a Ele:
Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus. Portanto, faço um decreto pelo qual todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas em monturo; porque não há outro deus que possa livrar como este” (vv.28-29).
Às vezes, Deus deseja demonstrar Sua grandeza e poder e está buscando pessoas que estejam dispostas a caminhar com Ele pelo meio da fornalha ardente. Talvez você esteja nessa fornalha agora. Ou talvez você venha a estar daqui a seis meses. Embora aquele possa ser um lugar amedrontador, você precisa se lembrar de que Deus é tão capaz de libertar você da fornalha quanto em meio a ela. A decisão é dEle. O que Ele requer de nós é fé.
Essa experiência foi um dos três principais “eventos de Deus” na vida de Nabucodonosor que fizeram do primeiro rei dos tempos dos gentios um adorador de Javé.
Se você e eu estivermos dispostos a colocar Deus em primeiro lugar, então aqueles que estão ao nosso redor também poderão vê-lO. Eles verão como você confia n’Ele à medida que for passando por dificuldades e eles se maravilharão daquilo que Ele faz em sua vida e por meio de sua vida. (Richard D. Emmons - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)
Richard D. Emmons é professor titular de Bíblia e Doutrina na Universidade Bíblica de Filadélfia e pastor-sênior da GraceWay Bible Church em Hamilton Township, Nova Jersey, EUA.

3 de set. de 2012

O REINO E O PODER

O Reino e o Poder

O profeta Daniel viveu em tempos tumultuados. Numa vida que se prolongou possivelmente até aos 90 anos, Daniel experimentou a queda do Reino de Judá pelas mãos de Babilônia, e depois a destruição de Babilônia pelos medo-persas. Durante essas reviravoltas políticas, quando as superpotências da época entravam em confronto direto umas contra as outras, competindo pelo controle do antigo Oriente Médio, Deus revelou a Daniel que tudo estava sob Seu controle e de acordo com o plano que Ele tinha para Seu povo, Israel, e para a vinda do reino de Deus à terra.
Durante os séculos VI e VII a.C., o Reino de Judá foi apanhado em um conflito entre três grandes impérios: a Assíria, a Babilônia e a Medo-Pérsia. O Império Assírio, com base em Nínive, havia governado o antigo Oriente Médio desde o tempo de Tiglate-Pileser III, na metade do século VIII a.C. Foi essa nação que havia conquistado Samaria e levado cativo a Israel, o Reino do Norte, em 722 a.C. Ao final do século seguinte, a Babilônia foi vagarosamente invadindo a Assíria, saqueando Nínive em 612 a.C.
Em 609 a.C., uma coalizão entre os exércitos da Assíria e os do Egito tentaram reprimir os babilônios em Carquemis. Mas, perto de 605 a.C., sob o poder de Nabucodonosor, a Babilônia foi vitoriosa; e, assim, Judá tornou-se subserviente ao Império Babilônio.
Naquele ano, Nabucodonosor levou pessoas cativas do Reino de Judá, dentre elas Daniel. Ele voltou a fazer a mesma coisa em 597 a.C., após a rebelião do rei Joaquim. Este morreu na Babilônia; seu sucessor, Jeoaquim, foi então levado prisioneiro (juntamente com o profeta Ezequiel); e Zedequias se tornou rei. Finalmente, em 586 a.C., após Zedequias ter se rebelado, o rei Nabucodonosor queimou Jerusalém, destruiu o Templo e exilou o restante da nação de Judá. Como a Babilônia já controlava Israel (o Reino do Norte), que havia sido capturado pela Assíria, Babilônia tinha agora total domínio sobre todo o povo judeu.
O Império Babilônio, embora glorioso, teve vida curta. Treze anos depois da morte de Nabucodonosor, uma coalizão entre os medos e os persas, sob a autoridade do rei Ciro da Pérsia, conquistou a Babilônia, desviando o rio Eufrates e atacando a cidade através do leito do rio, no dia 29 de outubro de 539 a.C. Ciro, então, decretou que todas as nações cativas sob o poder de Babilônia poderiam retornar às suas pátrias. Desta forma, foi dado início ao Império Persa, sem precedentes, que governou desde a Índia até o Mar Mediterrâneo por mais de 200 anos.
Assim, Daniel viveu durante um tempo de tremendo tumulto político, com a nação judaica sendo subserviente a essas potências maiores. O Livro de Daniel, entretanto, nos ensina que o mundo nunca está fora do controle de Deus e que todas as nações estão sujeitas a Ele.

O Livro

O Livro de Daniel nos ensina que o mundo nunca está fora do controle de Deus e que todas as nações estão sujeitas a Ele.
Embora a Bíblia cristã coloque Daniel entre os Profetas Maiores, a Bíblia hebraica o coloca juntamente com os Escritos. Isso pode ser porque Daniel trabalhou principalmente como um funcionário do governo, primeiro da Babilônia e depois da Pérsia; portanto, o livro foi colocado entre Ester e Esdras/Neemias, juntamente com outros escritos dos tempos pós-exílicos.
As revelações de Daniel abrangem quase sete décadas e especificam os anos de realeza, quando ele recebia visões. O livro foi escrito tanto em hebraico (Dn 1.1-2.4a; Dn 8.1-12.13) quanto em aramaico (Dn 2.4b-7.28). Aramaico era a língua internacional daquela época e o fato do livro ter sido escrito nas duas línguas nos diz que Daniel escreveu tanto para judeus quanto para gentios.
Daniel 1 funciona como uma introdução. Esse capítulo coloca Daniel como um judeu exilado na Babilônia e mostra tanto seu caráter quanto a bênção de Deus sobre ele e sobre seus amigos por causa da fidelidade deles. Os capítulos 2 a 7 estão escritos em aramaico, significando que a mensagem é primeiramente para as nações gentias.
Os capítulos 2 e 7 revelam quatro reinos gentios de duas formas. No capítulo 2 (o sonho de Nabucodonosor), cada um dos quatro reinos é representado como um tipo de metal na imagem de um homem que é finalmente destruída pela vinda do Reino de Deus. No capítulo 7, os mesmos quatro reinos são apresentados como quatro tipos de bestas. As Escrituras identificam os primeiros três reinos como a Babilônia (Dn 2.37), a Medo-Pérsia (Dn 8.20) e a Grécia (v.21); e o quarto reino é geralmente reconhecido como sendo o Império Romano – o que se encaixa historicamente.
Da mesma maneira, os dez artelhos da imagem em Daniel 2.41-43 correspondem aos dez chifres da quarta besta em Daniel 7.7,24. A revelação adicional em Daniel 7.8,24 é a que um pequeno chifre irrompe dentre os dez para blasfemar contra Deus. O Altíssimo julga aquele chifre pequeno através do Filho do Homem, e então o reino é entregue aos santos.
Os capítulos 3 e 6 correspondem um ao outro, pois demonstram a preservação que Deus faz dos que se mantêm fiéis a Ele na época desses governantes gentios. O capítulo 3 é a famosa história de Sadraque, Mesaque e Abedenego e de como Deus os protege na fornalha quando eles não se prostram diante da imagem de Nabucodonosor. Da mesma maneira, Deus protegeu a Daniel, já idoso, (capítulo 6) na cova dos leões quando continuou a se prostrar diante do verdadeiro Deus, mesmo em violação à lei dos medos e dos persas. Os dois relatos não apenas instruem o Povo Escolhido de Deus a ser fiel a Ele enquanto estiver sob o governo dos gentios, mas também instruem os governantes gentios sobre quem é verdadeiramente Deus.
Essa confiança torna-se, então, o tema dos capítulos 4 e 5. O capítulo 4 é a descrição autobiográfica de Nabucodonosor e de seu encontro com o Deus Altíssimo. É a história do orgulho e da humilhação desse rei durante os sete anos em que sofreu de boantropia (insanidade em que a pessoa pensa que é um bovino). Ele viveu em humilhação, como um animal no campo, até que reconheceu que seu reino e poder vinham de Deus.
O capítulo 5 reconta a blasfêmia do rei Belsazar e a resposta de Deus quando usou, em sua festa de bebedeiras, os utensílios sagrados do Templo judaico que havia sido destruído. Os dois relatos admoestam os governantes gentios a reconhecerem que a soberania deles sobre Israel vem de Deus. Não vem deles, nem de seus deuses; e eles devem honrar o Deus Altíssimo e Seu povo, ou serão julgados.
Os capítulos 8 a 12 consistem de três visões, ou revelações, escritas em hebraico e tratam do futuro de Israel sob o domínio de quatro reinos gentios. Todas as três visões enfocam o contínuo julgamento ou sofrimento de Israel nas mãos dos gentios até que venha o Reino de Deus. O capítulo 8 é uma visão revelada em 551 a.C., e trata da opressão de Antíoco IV (Epifânio), um rei selêucida vindo do Império Grego, que profanaria o futuro Segundo Templo em Jerusalém, em 167 a.C., estimulando desta forma a revolta dos Macabeus. Esse rei também é descrito na visão de Daniel 11.21-35.
O capítulo 9 é a resposta de Deus à oração de Daniel em 539-538 a.C., sobre a profecia de Jeremias de que o povo judeu ficaria no exílio por 70 anos (Jr 25.11-12; Jr 29.10). Daniel entendeu que aquele era o momento do final do exílio (609-539 a.C.).
O Livro de Daniel contém uma mensagem tanto para Israel quanto para as nações gentias. Para os gentios, a mensagem é que reconheçam o Deus de Israel como o Deus Altíssimo e acolham o plano dEle para Israel e para o mundo.
Deus revelou a Daniel que um período de 70 vezes sete anos de julgamento futuro estava decretado para Jerusalém até que toda a expiação tivesse sido feita em favor de Israel. No final de 483 anos, o Messias deveria ser “cortado” (Dn 9.26), deixando uma última “semana” (um período de sete anos) de julgamento antes do fim (vv.24-27).
A visão final, registrada nos capítulos 10 a 12, foi dada em 536-535 a.C. e trata da nação de Israel nos “últimos dias” (Dn 10.14). O capítulo 11 visualiza os conflitos entre os selêucidas e os ptolomaicos durante o tempo do Império Grego, que culminou com a abominação da desolação de Antíoco Epifânio no Templo (Dn 11.31).
Antíoco Epifânio é apresentado como nada menos que um tipo de um futuro governante maior: o Anticristo, que se exaltará contra Deus. O livro termina com o estabelecimento do governo de Deus e a recompensa da ressurreição dos santos.

A Mensagem

O Livro de Daniel contém uma mensagem tanto para Israel quanto para as nações gentias. Para Israel, a mensagem é que permaneça fiel ao único e verdadeiro Deus a despeito dos sofrimentos sob o governo gentio, enquanto espera o Messias de Deus e o Seu Reino.
Para os gentios, a mensagem é que reconheçam o Deus de Israel como o Deus Altíssimo e acolham o plano dEle para Israel e para o mundo. Deus deve ser reconhecido como Soberano; e honra e glória devem ser dadas a Ele. Como o próprio Nabucodonosor reconheceu: “o domínio [do Deus de Israel] é sempiterno, e o reino [do Deus de Israel] é de geração em geração” (Dn 4.34). (Herb Hirt - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)
Herb Hirt é reitor da Escola de Estudos Bíblicos da Universidade Bíblica da Filadélfia (EUA).